Criminal Love escrita por Anna Lopes


Capítulo 11
O Jantar




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Nesses anos no mundo da investigação nunca tive tanto trabalho, como tive nesse caso do Julian. Foi um dos piores casos que eu já tinha visto. Eu estava tão frustrada e cansada que eu não dei tchau pra ninguém, apenas entrei em meu Dodge e dirigi para o primeiro fast food que encontrei. Passei um Mcdonalds que tinha na avenida principal, pedi um Big Mac, fritas e um refrigerante. Sim sou muito gorda. Ao chegar em casa apenas joguei as coisas em cima do sofá e fui para o banheiro tomar uma ducha. Era tão relaxante, sentir a água quentinha correndo no meu corpo... Telefone toca.

— Mas não deve ser possível! – grito do box – A hora do banho é sagrada! – me dou vencida pelo celular, desligo o chuveiro, me enrolo na toalha e vou pegar o bendito, nem vejo quem está me ligando - ALÔ! – reviro os olhos

— Oi filha! – diz meu pai com uma voz suave do outro lado da linha do telefone – Parece nervosa! O que aconteceu? – pergunta ele.

— OI pai! Nada, só estou cansada, o ultimo caso foi meio complicado. - lamento.

— Você estava dormindo? Liguei em hora errada? – pergunta ele.

— Jamais pai, o senhor não me atrapalha não. – sento na cama e abaixo a cabeça - E como o senhor está? E a Susan? – pergunto.

— Estamos bem. Filha, liguei pra dizer que no domingo irei pra Vegas, vou te visitar e na segunda vou até o laboratório. E eu gostaria de saber se você terminou o relatório desses últimos 15 dias? – Eu sabia que eu estava esquecendo de alguma coisa, que ódio.

— Ah sim, o relatório, está quase pronto, irei termina-lo hoje! – minto.

— Essa é a minha garota! Vou deixar você descansar, te vejo domingo, bem cedo! – diz ele todo animado.

— O senhor e essa mania de acordar com as galinhas! – brinco.

— Filha aprenda uma coisa, quem acorda cedo, vive mais! Tchau, Te amo! –ele diz e logo desliga. Posso voltar pro meu banho, mas nem tenho tempo de voltar ao banheiro e meu telefone toca mais uma vez. Deixo escapar um palavrão em minha boca.

— Alô! – a raiva me consumia.

— Oi amor! – diz nick, com uma voz doce.

— Como você pode estar de bom humor, depois daquele caso? – pergunto. Dá para ouvir sua risada na linha. - Estou sendo uma estúpida, desculpa querido! – Me rendo.

— Está de TPM? Pra mudar de humor assim? Se estiver já fala que vou comprar muito chocolate pra você! - Ele brinca.

— Não seu bobo. – reviro os olhos. – Pra esse mês, não tem data prevista!

— Falando em data, você vai fazer algo hoje? – pergunta ele.

— Bom são 21h, comprei um Big Mac que já deve estar frio, achei meu minha coleção da série Friends nas minhas caixas, vou vestir o meu pijama e pretendo ficar na cama até segunda.– digo.

— Pode desmarcar tudo essa sua sessão depressão ai e vem jantar comigo. Fiz minha especialidade... Massa! – diz ele com espontaneidade.

— E porque você acha que uma massa vai ter tanto poder assim de me tirar de casa em uma sexta à noite? - brinco

— Porque foi o seu namorado que fez! – rimos

— Me ganhou – rimos - Vou estar ai em meia hora! – desligo. Eu coloquei um vestido azul escuro de alças, um pouco acima do joelho e nele tinha algumas flores pequenas estampadas, para ir, nada de salto, nada de maquiagem muito forte, tentei ficar o mais natural possível. Prendi pequenas mechas do meu cabelo atrás e deixei a minha franja cair de lado. Pra falar a verdade eu estava querendo sair na rua de pijama e chinelo. Andei menos 5 minutos já estava na casa dele. Ao parar em frente a sua casa era possível ouvir a melodia de uma música country, só não pude decifrar que musica era. Toco sua campainha, ele rapidamente atende à porta. Ele estava lindo com um estilo meio esportivo. – Oi querido! – ele sorri ao me ver.

— Oi Baby! – ele da um beijo – Entra! – ele me guia pra dentro da sua casa, ela definitivamente era a casa de um homem, mas não era bagunçada como os homens tem fama de terem, era tudo bem arrumadinho. Sua casa tinha cores bem frias. – Me da sua bolsa! – entrego e ele joga na sala, que era bem perto do corredor da porta. Quando dou por mim, ele me puxa e me dá um beijo calmo.

— Eu estava com saudades! – lhe dou pequenos selinhos, ele interrompe.

— Mas nos vemos todos os dias, como pode estar com saudades?- brinca ele.

— Estava com saudade de nós! – retifico.

— Eu sei sua boba, eu conto os minutos pra ter algum momento ao seu lado. – ele me dá mais um beijo – Vem, vamos comer antes que a comida esfrie. – ele me leva até a sala jantar, ele diminuído um pouco a luz do lugar, espalhado pequenas velas no perímetro do lugar, estava tudo muito lindo, ele colocou algumas velas na mesa, em cima do meu prato tinha uma rosa. Ele puxa a cadeira pra mim e pego a rosa pra sentir seu perfume. – Sei que não ficou a decoração perfeita, mas... – pego em sua mão.

— Está lindo meu amor, nenhuma outra pessoa tinha feito isso tudo pra mim antes. – falo encantada. – O importante nem é decoração, é o que sentimos um pelo o outro! – ele sorri.

— Como você pode ser assim? – ele deposita um beijo na minha mão. – Espera um minutinho que vou pegar o jantar! – concordo e ele sai. Rapidamente ele volta com o nosso jantar e serve o vinho. – Espero que goste! – sorrio. Ele fez um macarrão de forno a bolonhesa, estava muito bom.

— Tirei a sorte grande! – ele me olha sem entender – Estou com um cara maravilhoso, que dispensa elogios, que cozinha maravilhosamente bem. – rimos.

— Que isso amor! – ele fica sem graça. – Eu queria reparar os nossos dois últimos encontros, não sei exatamente se podemos chamar de encontro! – rimos, ele se referia a primeira vez que saímos, mas apenas pra tomar uma cerveja e o dia do casamento do Warrick que nos beijamos pela primeira vez.

— Você... – fico sem palavras pra expressar como ele era tão maravilhoso.

— Eu te amo Érica! – levanto e lhe dou um pequeno beijo, ele sorri logo após – Então, vamos conversar, quero saber muito mais do que eu já sei sobre você! – lhe dou um sorriso, era um pouco sorriso de desespero.

— Quer saber exatamente o que? – fico surpresa.

— AH sei lá, o que não me contou ainda? Morava com o pai e a madrasta, teve um namorado idiota, está a bom tempo no ramo de investigação, gosta de beber, ama rock, não consegue estacionar o próprio carro ainda... – brinca ele.

— Besta! – rimos – Bom, não sou muito fã de filmes de romance, depende do filme também, não gosto de terror. Apesar de ser nova iorquina não escuto rap's que geralmente nascem lá, gosto de musicais, os clássicos, mas meu amor não é só pelo Rock, eu gosto de qualquer coisa, quando eu era pequena meu pai me fazia escutar country, texano nato...

— Já que seu pai é do Texas também, eu não Vou ter tanto problema assim na questão de se relacionar com ele. – lanço-lhe um olhar de questionamento – Você acha que eu nasci em Vegas? – concordo, ele ri - Uma pessoa mais Texana do que eu você não vai encontrar mais é nunca na vida, assim que pudermos eu levo vocês ao rancho da família. – ele garante

— Outra coisa, não sei se você reparou, mas eu tenho uma tatuagem de coração no pescoço! – joguei o meu cabelo para frente, deixando a tatuagem à mostra.

— Porque ele esta inteira só até as voltas do coração? – ele se referia pelo coração estar com uma das suas partes incompletas.

— Bom, pra mim o coração representa a minha vida, eu já tenho metade da minha vida completa, ainda falta à outra parte. – ele sorri - Me conta de você, agora! – sugiro.

— Fácil! Como você, eu também estou a um tempo trabalhando em laboratório, também sou filho único, meu pai é juiz e a minha mãe é assistente social. Vim pra Vegas quando eu tinha 22 anos. Sou insistente, quando quero algo vou ate o fim. Desde de quando fui enterrado vivo, as formigas ou baratas sei lá, me incomodam. Não é exatamente medo, está mais pra agonia! Adoro andar a cavalo quando vou ao rancho, lá é meu refúgio pra sair dessa loucura de vida. – dou um gole no vinho – E o seu ex-namorado, como o conheceu?

— James? Eu o conheci na faculdade por intermédio de uma amiga, ele é filho de um dos maiores bancários de Nova Iorque, então tinha tudo que ele queria ele tinha na mão. Ele me levava aos melhores restaurantes...

— Onde ele te levava devia ser bem melhor que esse jantar mixuruca que eu fiz. Eu devia ter... - pego em sua mão.

— Os restaurantes poderiam ser bons, mas olha no que você transformou esse lugar. Eu posso nunca ter vindo aqui antes, mas isso aqui está maravilhoso. Nunca ninguém tinha feito uma coisa dessas pra mim antes. E isso é muito importante pra mim. - garanto

Eu te amo – diz ele, nasce um sorriso em nossos rostos, ele se levanta da cadeira rapidamente e pega em meu rosto e deposita um longo beijo em minha boca. Eu não conseguia achar palavras pra descrever o quanto eu estava apaixonada por ele. Desde do dia que eu recebi aquelas flores até o dia de hoje, o amor que sentia por ele, por um momento estranho, por ambas partes, fora descoberto e está sendo vivido. – Querido, temos uma coisa pra resolver... – eu continuo os beijos.

— Conrad Ecklie! – interrompe ele - Vamos continuar como estamos, até onde eu sei ele não suspeita de nada! – diz ele em meio aos beijos que aumentavam a cada instante.

— Como pode ter certeza? – pergunto, eu não conseguia parar, eu o queria.

— Eri, apenas o Warrick sabe! – garante ele, eu podia sentir sua mão passeando pela minha nuca.

— Eu acho que a Catherine sabe! – interrompo novamente.

— Quer saber? – pergunta ele.

— Foda-se o trabalho e vamos para o quarto? – sugiro.

— Essa é a minha garota! – Exclama ele.


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