O Destino Escondido no Relógio de Bolso escrita por Temy


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Ai, meu deus, já prevejo que ninguém vai ler isso. Por que diabos eu resolvi escrever uma ficção de bruxaria NaruHina? kkkk prevejo flop
Anyway, se alguém ler, saiba que essa é minha primeira fanfic com foco em NaruHina ever e que faz anos que eu não me disponho a escrever ficção. Que desafio.



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PRÓLOGO

 

A rua estava lotada com as pessoas que vieram prestigiar o dia em que a cidade de Kesas foi fundada no festival organizado pela prefeitura. Várias banquinhas com os mais diversos itens à venda, estavam espalhadas por toda a rua e atraiam a atenção dos visitantes.

Ao observar isso, o rapaz sorriu e umedeceu os lábios. “Hoje será um ótimo dia” disse para si mesmo enquanto esfregava uma mão sobre a outra como se se preparasse para uma refeição. Começou a andar olhando rapidamente ao redor.

Seus olhos logo pararam sobre a bolsa aberta no ombro de uma jovem mãe que lutava contra o filho aos berros devido a negativa da mulher em lhe dar um balão em formato de raposa. Aproximou-se e furtivamente colocou a mão dentro da bolsa pegando algumas notas de dinheiro soltas.

Afastou-se da mesma forma, já seguindo para o rapaz de camisa social preta tentando paquerar uma menina que parecia torcer para que ele desaparecesse. Revirou os olhos enquanto saltitava na direção do rapaz, no caminho pegou um copo de refrigerante sobre uma das banquinhas em que um vendedor distraído mexia no celular. Virou-se de costas assim que se aproximou e sabendo muito bem onde iria acertar e virou-se de repente em cima do rapaz.

— Não acredito, me desculpa, me desculpa mesmo. – Disse passando a mão direita sobre a roupa suja do homem que parecia bastante irritado enquanto sua mão esquerda fazia o trabalho de tirar o relógio folgado do pulso do rapaz. – Desculpa, de verdade. – Falou uma última vez já se afastando e sorriu para a moça loira com quem o homem conversava. Ela pareceu se divertir com o desastre.

Enquanto se afastava ainda conseguiu escutar as reclamações e xingamentos dirigidos a sua pessoa. “Trouxa” pensou consigo mesmo, o cara provavelmente demoraria vários minutos para notar o sumiço do relógio.

Viu duas rodinhas de amigos conversando próximas uma da outra e automaticamente sentiu um sorriso se formar em seu rosto quando notou que as pessoas de costas uma para as outras tinham objetos nos bolsos traseiros.

Aproximou-se e esbarrou brutamente nos dois propositalmente e quando eles começaram a reclamar pela falta de cuidado, ele já estava se afastando sem olhar para trás com uma carteira, que jogou fora na primeira lixeira que viu, ficando apenas com o dinheiro que havia dentro.

Furtivamente se aproximou de um casal que estava sentado sobre uma toalha no gramado em que várias outras pessoas faziam o mesmo. Um óculos ray-ban vermelhos, exatamente do jeito que ele queria, estava perto da mão da mulher, mas felizmente ela olhava na direção oposta. Fingiu cair perto dela e rapidamente pegou os óculos guardando no bolso do casaco que usava.

— Au! – Disse fechando um dos olhos com uma cara de dor.

— Você está bem? – Perguntou a mulher.

— Sim, sim... Só me arranhei um pouco. Obrigado.

Rapidamente se levantou e se afastou. Esse havia sido arriscado, se ela percebesse rápido, saberia que havia sido ele, ela olhou diretamente em seus olhos, mas o que ele podia fazer? Era exatamente o que ele queria, estava esperando por uma oportunidade dessa à meses.

Se aproximou de uma banca em que haviam várias roupas expostas e penduradas por toda a área tornando difícil até ver quem estava dentro. Se olhou no espelho e colocou os óculos, sorriu para o seu próprio reflexo. Ia se afastando, quando pelo canto do olho viu um moletom amarelo, olhou ao redor e ninguém parecia prestar atenção na arara com a peça. Com habilidade, rapidamente tirou o moletom do cabide, nenhum som foi emitido. Amarrou na cintura com a estampa para dentro e se afastou da loja rapidamente.

Olhou seu próprio reflexo no vidro da cafeteria e sorriu para si mesmo novamente tirando o relógio do bolso e o analisando.

— Yes. – Soltou para si mesmo quando viu um nome Hugo Boss.

Contou as notas de dinheiro que havia conseguido, poucos mais de 300 dólares. “Excelente dia” pensou consigo mesmo.

Guardou rapidamente o dinheiro no bolso quando escutou o barulho do sino na porta da cafeteria, cinco garotas góticas saiam do café e ele sorriu ao notar que a menina de cardigã solto passaria ao seu lado.

Com habilidade, aproveitou o movimento que a roupa fazia ao andar da mulher e puxou o que havia dentro do bolso. Sorriu para si mesmo enquanto guardava o objeto dentro em seu casaco e entrava na cafeteria. Decidiu sair dali antes que sua sorte acabasse e seguiu direto para a porta do outro lado.

Quando saiu na outra rua em que o movimento era menor e não estava acontecendo o festival, tirou do bolso a sua mais recente aquisição. Observou o relógio confuso, que tipo de pessoa em pleno século XXI usava relógio de bolso? Os números eram romanos e o ponteiro grande e antiquado, passou o dedo pela corrente e sorriu ao chegar à conclusão de que provavelmente era feita de ouro. Virou o objeto e se deparou com um pentagrama dentro de um círculo marcado delicadamente sobre o material de forma que era necessário movimentar o objeto para realmente conseguir vê-lo.

— Góticos estranhos. – Disse dando de ombros e guardando o objeto dentro do bolso.

Alguns minutos depois, o rapaz estava entrando em uma loja de vidro escuro e manchado de dedos, como se os donos não o limpasse com a frequência necessária. Assim que entrou, tirou os óculos e mordeu os lábios se aproximando da bancada no fundo da loja, que não era muito grande, apesar de ser repleta dos mais diversos objetos.

— Bem-vindo à... – disse um senhor animado, mas logo o sorriso sumiu quando viu quem era. – Seja o que for, não me interessa. Dê meia volta.

O rapaz sorriu de canto, mas continuou se aproximando em passos cuidadosos. Já esperava por esse tratamento.

— Eu disse para você sair da minha loja. – Disse o senhor decidido.

O rapaz ignorou e colocou o relógio sobre a bancada de vidro. Sorriu mais uma vez quando viu a expressão no rosto do homem ao ver o objeto. Era valioso, muito valioso.

— Ainda quer que eu dê meia volta? – Perguntou sorrindo convencido.

— Onde você achou isso? – Perguntou o senhor colocando os seus óculos para observar melhor o relógio.

Logo o senhor pôde perceber que era feito de ouro maciço e no centro do ponteiro havia um pequeno e raro diamante. Era uma relíquia de família, com toda a certeza, uma família rica.

— Não vem ao caso. Quanto vou ganhar por ele?

A pergunta do jovem o trouxe de volta a realidade, rapidamente fechou o rosto e guardou os óculos e logo tirou o relógio do alcance do rapaz. Não ia correr o risco de ele sumir ou destruir um objeto tão histórico e valioso.

— 100 Dólares.

— O quê? – Perguntou indignado.

— Cem dólares, nenhum centavo a mais.

— Eu sei que vale muito mais do que isso.

— Tudo bem, nesse caso, cem dólares e eu não conto que o consegui de você quando o dono vier buscá-lo.

Não abriu a boca para contestar, sabia que a chance de diminuir seu ganho era maior do que sua chance de aumentá-lo, por isso apenas pegou a nota e saiu bufando de irritação da antiga loja.

Na primeira segunda feira após o festival, passou propositalmente em frente ao antiquário apenas para se deliciar de raiva ao ver o relógio na vitrine sobre um valor que ele provavelmente não havia ganhado nem metade. Mas o choque foi ainda maior do que o esperado, sentiu sua garganta vibrar e rangeu os dentes para segurar o grunhido que soltaria caso o contrário.

O relógio estava lá, perfeitamente exposto em um apoio de acrílico de forma que a corrente caia delicadamente ao seu redor e o valor em pequenos números estava logo a frente, 1200 dólares.

Foi para escola bufando e matou o período de álgebra para descontar sua raiva destruindo o casco de uma árvore na floresta atrás da propriedade da escola. Passou o intervalo escutando música de cabeça baixa na biblioteca e quando a aula acabou fez o caminho para a casa destruindo com o canivete todas as pequenas folhas e gravetos que estavam em seu caminho. Ao cansar da atividade, começou a andar de cabeça baixa chutando as folhas que estavam na rua e por isso não a notou até que estivesse em frente da porta de sua casa.

Engoliu em seco quando viu a mulher a sua frente. Ela o observava desde que ele virou na rua e ele sentiu isso quando seus olhos caíram sobre ela. Ao mesmo tempo em que sentia um frio na espinha pelo medo do que estaria por vir, sentiu um grande fascínio em relação a moça.

Ela tinha longos cabelos negros, usava um chapéu fedora preto assim como seus óculos escuros de aros grandes e redondos. Vestia uma blusa branca com desenhos que ele não prestou atenção, uma gravata de laço preto e um suspensório que estava apoiado em seus ombros e preso a sua saia de veludo vermelha que deixariam a maior parte de suas pernas expostas se não fosse pela bota que ia até o joelho e tinha um salto plataforma maior do que o necessário.

Não pôde deixar de admirar sua beleza, sua encantadora pele alva em contraste com os tons escuros de seus cabelos. Sentiu-se hipnotizado, principalmente quando observou como se o mundo estivesse em câmera lenta ela levar a mão direita aos óculos e abaixá-los. E então ele pôde ver os belíssimos olhos azuis que ela tinha.

— Estava esperando por você, sr. Uzumaki. – Disse calmamente como se tivesse o dia inteiro para lidar com ele.

Subitamente, sentiu o frio em sua espinha voltar com tudo e algo dentro dele se agitou aquecendo-o por completo e deixando-o em absoluto estado de alerta.

— Quem é você? Como você sabe meu nome? – Perguntou sem dar ao trabalho de evitar soar rude.

— Eu? – Perguntou com um misterioso sorriso de canto e começou a se aproximar lentamente. – Eu sou a pessoa que vai lhe ensinar que nunca se deve roubar uma bruxa.


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