Assassin's Creed: Elementary escrita por BadWolf


Capítulo 16
Como Preparar Uma Ratoeira




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            A noite já havia caído sobre o céu de Londres quando Evie chegou ao trem-esconderijo dos Assassinos. A sensação de dever cumprido, apesar de Miss Hunter não ser sua cliente, fez-lhe surpreendentemente bem. A sensação era parecida com a que ela sentiu quando pôde ajudar Artie com alguns de seus casos inexplicáveis de assassinato. Não era de se estranhar que Holmes tomasse tal gosto por este ofício, pois tinha lá seus atrativos. Era excitante e perigoso, e de certo modo, gratificante – ao menos, quando acabava bem. Imaginava, entretanto, se Holmes já havia sentido o dissabor do fracasso alguma vez. A julgar pelas maneiras arrogantes dele, jamais revelaria a verdade. Era orgulhoso demais para tal.

            Na despedida em Charing Cross, Holmes pediu que Evie aguardasse por um contato seu no dia seguinte – o último dia no prazo dado por CAM. Alegou que tinha um último ajuste a tratar e que ela deveria aguardar por seu sinal, sem entrar em grandes detalhes. Apesar de se sentir mais uma vez no escuro em se tratando da incursão à Appledore Towns, Evie não se sentia mais desconfortável com essa parceria.

            Sentando sobre sua poltrona, a Assassina acabou surpreendida pela súbita chegada de seu noivo, Henry Green. Com um semblante sério que não combinava com ele.

            -Henry! – ela o saudou, levantando-se rapidamente para falar com ele. Estava prestes a dar-lhe um abraço afetuoso, mas para sua surpresa, o Assassino franziu o cenho, o que a desencorajou em continuar. Ela jamais o vira irritado com algo – especialmente, irritado com ela.

—O que houve? Aconteceu alguma coisa? – ela perguntou, confusa, ao ver que ele se esquivara de seu abraço, chegando a dar um passo para trás quando confrontado com o gesto carinhoso de Evie. No entanto, a zanga de Henry durou pouco. Era fato que o mesmo não sabia ser firme por tanto tempo, nem mesmo quando estava com raiva. Logo o semblante do Assassino se anuviou, tornando-se próximo de alguém preocupado, não furioso. Preocupado e também cansado. O Assassino passou a mão por seus cabelos, coçou a nuca em sinal de hesitação, e por fim se pronunciou. Seus lábios abriram e fecharam algumas vezes antes que as primeiras palavras saíssem.

—Eu estive preocupado com seu desaparecimento. Procurei você por toda a parte. Onde você esteve, Evie?

—Tive alguns assuntos para tratar.

—Você não respondeu a minha pergunta.

Não havia tom de fúria na voz de Henry. Mas dor.

—Não faz muito tempo, nós dois conversávamos sobre tudo. Você costumava compartilhar comigo mesmo a mais absurda de suas teorias. Éramos amigos, parceiros. Um entendia o outro, um apoiava o outro. E agora, você me exclui de seus assuntos e...

—Eu não o excluo de nada, Henry! – protestou Evie. – Jamais faria isso...

—Então, porque não me disse que passaria quase dois dias fora de Londres?

—Eu... Eu não tive tempo, foi tudo rápido demais e...

—Estou fazendo as perguntas erradas, não é? Creio que o correto seria perguntar “com quem” você passou esses dias...

A Assassina arregalou seus olhos, boquiaberta.

—Jacob. O que ele andou te dizendo?

—Nada, Evie. Ninguém me disse nada. Eu notei que suas melhores armas e a sua mala haviam desaparecido. Imaginei que você estivesse envolvida em alguma coisa importante e urgente a ponto de fazê-la sair de Londres tão repentinamente, mas não é isso o que me entristece.

—Henry...

—Seu silêncio, Evie. Não somos tão próximos como antes. Consigo sentir que em sua mente, há inúmeros planos sendo projetados, construídos. E onde eu me encaixo neles? Ao que foi reduzida a minha participação em sua vida? Fui relegado a ser um mero espectador, ansioso por receber suas migalhas de atenção.

—Não, Henry... Por favor...

A porta fechou-se de modo brusco, algo bruto demais para os padrões sempre gentis de Henry Green. Um livro chegou a cair. Ela jamais o viu tão desapontado, triste... E com certa razão, pensou a Assassina. Pouco a pouco, ela o excluiu de absolutamente tudo.

Droga!

—Cheguei em um mau momento?

Era Violet Fitzgerald, para surpresa de Evie. A Frye negativou, colocando o livro que caiu sobre o chão em seu lugar correto.

—Não foi nada. Pelo menos nada que não se resolva com a cabeça mais fria. O que houve? Você parece animada com algo...

—Henry não te contou? – perguntou a Assassina, ainda entusiasmada apesar do clima péssimo que encontrara no trem.

—Não. O que ele tinha para me contar?

—Ainda que um tanto atrapalhado, o seu informante estava certo quanto aquele galpão. Encontramos os templários franceses, Evie!

—Sabia! – disse Evie, fechando um dos punhos. – Eu sabia que eles já estavam em Londres. Então, o que fizeram?

—É esse ponto que reside o problema. Nada precisou ser feito porque eles simplesmente... Já estavam mortos quando chegamos.

—Como assim, mortos?! – surpreendeu-se Evie, arregalando seus olhos verdes. – Quem os matou?!

—Não sabemos ainda. Estávamos prestes a investigar, mas fomos surpreendidos por um atirador no telhado. Um atirador muitíssimo habilidoso, e que portava uma arma silenciosa, que disparava sem fazer qualquer barulho.

—Impossível!

—Também pensaria o mesmo se alguém me contasse, mas segundo Mr. Graham Bell, é possível. Já há alguns protótipos desse tipo de arma silenciosa sendo desenvolvidos por alguns inventores, e certamente esse atirador já dispõe dessa tecnologia.

—Seria ele um templário? – questionou-se Evie. Quem mais poderia se dispor de tamanha tecnologia senão um templário?

—É a hipótese mais plausível, do contrário porquê ele atiraria em nós, Assassinos? Mas não é o que pensa Mr. Green. Ele acha que há um terceiro elemento nessa história. Afinal, a julgar pelos ferimentos nos templários... Foram todos mortos a tiros. Mr. Green acha que é pelo mesmo atirador que nos atacou. Quem mais teria interesse em matar Assassinos e também templários? Talvez a polícia, a Rainha...

—Ou algum grupo de marginais que não esteja relacionado a Assassinos ou templários... E se isso for verdade, é perigosíssimo. – deduziu Evie, preocupada. – Não podemos deixar que civis se intrometam nessa guerra. Preciso conversar com Mr. Abberline, para saber se há alguém com o perfil desse atirador nos arquivos da Scotland Yard. Se ele está de alguma forma relacionado aos executores dos templários, é melhor começarmos por ele. Mas e quanto a Matteo Salvatti, o arqueólogo?

—Não conseguimos encontra-lo, mas garantimos que ele não está morto, pois não encontramos o seu corpo entre os mortos. Acredito que ele ainda esteja vivo e que possivelmente foi sequestrado pelas mesmas pessoas que eliminaram os templários.

—Por Júpiter... Em que sentido um arqueólogo poderia ser tão valioso assim?

—É também o que me pergunto. Pedimos que Clara O’Dea e as crianças dessem uma vasculhada pela cidade em busca de movimentações suspeitas, enquanto Mr. Green está tentando localizar através do carroceiro morto quem os contratou. Era um Blighter remanescente.

—Henry? Mas por que ele está fazendo isso e não Jacob? – questionou Evie. Apesar de todos os seus problemas, ninguém melhor do que Jacob quando se tratava do submundo do crime. Duvidava muito que a busca de Henry tivesse a mesma eficiência.

Violet parecia um tanto abnegada em explicar, mas prosseguiu.

—Mal conseguimos encontra-lo, Evie. E quando conseguimos, ele mal nos escutou. Disse que estava ocupado demais com os Rooks para nos ajudar. Mas estamos fazendo o possível para descobrir o que está acontecendo, apesar de... Tais dificuldades.

Evie resmungou, insatisfeita com a irresponsabilidade de seu irmão gêmeo.

—Aposto que ele está embarcando em alguma proposta absurda de negócios com aquele canalha do Harry Carter. Aquele larápio deve estar prometendo mundos e fundos ao meu irmão para salvar os Rooks. Mas deixe estar, Violet. Irei ter uma conversa séria com ele. Acima de tudo, ele é um Assassino. Deveria ser grato à Irmandade, pois jamais conseguiria erguer os Rooks sem o treinamento de Assassino.

Ela observou sua poltrona, com leve tristeza. O descanso de sua viagem teria que ficar para outro momento. Evie tratou de se equipar novamente, e em seguida, saiu do trem-esconderijo. Precisava falar com Abberline o quanto antes e também saber o que Jacob estava aprontando a ponto de mantê-lo tão distante de seus deveres de Assassino. Ele sempre gostou de matar templários e apenas algo muito excepcional poderia afastá-lo disso, sabia a Frye.

Nada como trabalho para afugentar os recentes aborrecimentos, pensou a Assassina, recordando-se de sua discussão com Henry. Talvez tudo que ambos precisassem fosse um tempo afastados, depois de desabafarem sobre seus sentimentos.

 

 

IIIIIIIII

 

 

            Sempre que circulava pelos corredores da Scotland Yard, Evie Frye sentia um arrepio percorrer sua espinha. As memórias patéticas de sua brevíssima estadia na prisão ainda eram vívidas, quando foi presa após ter sido misteriosamente hipnotizada por um ladrão vulgar, enquanto ajudava Charles Dickens em uma investigação para o Clube Fantasma. O evento inusitado fez seu irmão Jacob rir dela por semanas, e a Assassina já não mais sabia se sentia raiva ou graça de toda a situação. Ocultara inclusive a dancinha patética que fizera na cela, mas Jacob não tardou a descobrir, o que só estendeu a duração de seus gracejos.

            -Por aqui, senhorita. – conduzia-lhe um guarda pelos corredores. Após subir um lance de escadas, Evie chegou até a porta, onde segundo informações, ficava a sala de Abberline, o inspetor responsável pelo distrito de Whitechapel. Bateu algumas vezes, até ser recebida pelo policial, que parecia contente com sua presença. Conversaram sobre os corpos e Evie escutou suas conjecturas. Por fim, após muita negociação, conseguiu convencê-lo a leva-la até o necrotério da cidade, onde pairavam lá – ainda sem identificação – todos os corpos retirados das caixas. Segundo Abberline, estavam aguardando identificação da Embaixada da França para decidir onde os corpos seriam sepultados, o que só fez a Assassina sentir ainda mais urgência em resolver logo o assunto. Pois sabia que muito em breve, os templários franceses seriam alertados da incursão fracassada em Londres, o que certamente geraria outro envio – ou, na melhor das hipóteses, uma desistência diante de uma baixa tão significativa. Tudo era muito incerto, e Evie só tinha certeza de uma coisa: nesta guerra, a última coisa que gostaria era de ter por perto um atirador habilidoso e ainda com pretensões incertas.

            Tão logo chegou ao Necrotério, um rosto familiar sobressaltou a Assassina.

            -Mr. Holmes. Parece que está me perseguindo.

            -O sentimento é mútuo, Miss Frye. – respondeu Holmes de volta, enquanto analisava um dos cadáveres com luvas. Vestia um dos aventais do Necrotério e parecia, para estranheza de Evie, particularmente muito à vontade ali, tão coberto de sangue quanto um açougueiro.

            -Não sabia que vocês se conheciam... – comentou Abberline, com estranheza.

            -Londres por vezes pode ser tão pequeno quanto um ovo, inspetor. Mas digam-me, o que o trazem a uma hora dessas no Necrotério da cidade? Tenho certeza de que Mrs. Abberline ficará chateada por ter que requentar a carne assada que ela preparou...

            -Bem, Mr. Holmes, isso foi uma insistência de Miss Frye e... Como sabe que minha esposa ia preparar carne assada no jantar de hoje?

            -A julgar pelo cadáver que está analisando, estamos aqui pelos mesmos motivos. – cortou Evie, impedindo Holmes de detalhar seu sempre magnífico raciocínio a Abberline.

            -Chegar em casa e receber um recado do Inspetor Lestrade de que vinte e três corpos chegaram ao Necrotério com marcas de execução e sem qualquer evidência quanto ao assassino foi extravagante demais para minha mente deixar passar. Como sabem, a minha mente se rebela perante à estagnação.

            -Mas você acabou de concluir um caso! – exclamou Evie.

            -Sim, e antes que embarcasse no tédio novamente, decidi assumir outro. – concluiu o detetive, ocupando-se a escrever em um dos laudos. Ouviu uma porta a se abrir. Sabia bem quem se aproximava, a julgar pelos passos rápidos.

            -Ah, Stamford! Como tem passado? – perguntou Holmes, com um sorriso simpático ao médico, que Evie conseguiu identificar como sendo o cirurgião-assistente do Necrotério. Provavelmente um dos médicos responsáveis pelas autópsias.

            -Nada bem das costas, mas isso você já sabe.

            -Sim, é bem verdade. Já disse a você que o elixir não serve para isso, mas a verdade é que você está viciado por causa do caramelo. Já disse a você, meu caro, que posso preparar algo semelhante para você em meu laboratório, com a diferença de que não deixará você ter essas suas crise de gases...

            -Podemos simplesmente não falar sobre isso? – pediu o médico, um tanto ruborizado. Fez um sorriso embaraçado para Evie, mas a Assassina percebeu que o médico era deveras tímido, a julgar por suas maneiras atrapalhadas. E com um amigo como Holmes, as coisas tendiam a piorar...

            -Como queira. – disse o detetive, voltando-se à autópsia.

            -Aliás, Holmes... Ouvi dizer que está querendo sair da Montague Street.

            -Sim, meu caro Stamford. A rabugice da minha senhoria está afugentando demais os clientes e cada vez mais sinto que preciso de um lugar melhor para recebe-los. Mas como vou fazê-lo se os aluguéis de Westminster estão nas alturas? Não vou conseguir me mudar para lá, a não ser que divida o aluguel com alguém... – concluiu o detetive, suspirando.

            -Por Deus, quem gostaria de dividir aposentos com ele? – cochichou Abberline a Evie, que riu levemente. Ao perceber a sobrancelha arqueada do detetive, a Assassina não pôde deixar de concluir que ele ouvia muito bem, inclusive o gracejo do inspetor. Mas não comentou quanto a isso. Talvez porque até concordasse.

            -Eu tenho um amigo que também está precisando dividir o aluguel com alguém. O nome dele é Dr. Watson e...

            Antes que o médico pudesse terminar aquela conversa, outra pessoa entrou na sala. Era o Inspetor Lestrade, com o semblante nada satisfeito. Parecia um buldogue, sempre carrancudo e emburrado. Caminhando a passos largos, aproximou-se de Abberline, que rolou os olhos, já imaginando bem o que o inspetor estava fazendo ali, tão tarde da noite.

            -Quando me contaram, eu não acreditei. – disse o inspetor, procurando um cigarro e ignorando o aviso do necrotério de que era proibido fumar ali. Aviso esse que mesmo um inveterado fumante como Sherlock Holmes sempre obedeceu. –Não acreditei que você teria a audácia de solicitar os documentos de um dos casos! Na minha jurisdição!

            O pobre Abberline chegou a estremecer, ainda que involuntariamente, diante do excesso de fúria do Inspetor de Westminster. Estava confuso, e claramente não sabia do que o inspetor estava falando. Não que isso fosse um problema para Lestrade. Dedo em riste, o inspetor só não continuou com seus resmungos quando ouviu um pigarreio na sala.

            -Perdoe-me, Mr. Abberline, mas tomei a liberdade de usar um de seus carimbos perdidos para solicitar uma cópia do caso Ronald Aldair.

            -Você o que?! – indignou-se Abberline.

            -Então foi você! Holmes, o atrevido! Holmes, o intrometido! Holmes, o cachorrinho da Scotland Yard!

—Me desculpe, mas... Cachorrinho? – retrucou o detetive, com um olhar divertido perante aquela tentativa de ofensa do policial que, como era de seu feitio, ignorava todos ao seu redor para divagar suas reclamações.

—Sabe, eu deveria te prender por falsidade ideológica e te trancafiar em uma cela ainda que por uma noite. Tenho certeza de que os bandidos adorariam passar algumas horas com você, seu engomadinho... – ameaçou Lestrade.

—Não duvido. Mas me pergunto se faria isso mesmo se... Eu estivesse prestes a resolver o mais intricado caso de sua carreira?

Levantando-se e limpando as mãos sujas de sangue na pia do necrotério, o detetive retirou o avental e aproximou-se dos dois policiais, agora estupefatos.

—Não é possível.... O caso Ronald Adair está sem resolução há anos! – resmungou Lestrade. – É muita prepotência achar que pode resolvê-lo apenas lendo o inquérito! Acha que sou tão incompetente assim, a ponto de ter deixado alguma pista para trás?

            -Você vê, mas claramente não observa, inspetor. Aproxime-se...

            Ao perceber que Holmes dedicava sua atenção ao cadáver disposto sobre a mesa do necrotério, o inspetor decidiu dar o braço a torcer e se aproximar, enquanto o detetive erguia o lençol que o cobria. Engoliu em seco ao ver a cabeça quase que explodida do pobre homem, que ele só sabia sê-lo por causa das genitais. Mal dava para reconhecer seu rosto.

            -Não acha esse ferimento um tanto familiar?

            -Não é possível...

            -Sabia que podia confiar em sua memória, inspetor. – afirmou Holmes, com um sorriso confiante.

            -Em mais de vinte anos de polícia, eu nunca vi um ferimento como aquele, no pobre Ronald Adair. Cheguei a ficar dois dias sem dormir! Eu, um policial experiente! Dois dias! E agora, o vejo novamente...

            -Na verdade, há mais outros vinte e dois corpos em estado semelhante, inspetor. Um pequeno furo na estrada e um enorme orifício na saída, maior que um punho fechado. O pobre coitado aqui, infelizmente, teve o azar de receber um tiro pela parte de trás de sua cabeça. Os fragmentos que pude retirar conferem com os retirados em Ronald Adair, indicando que se trata do mesmo tipo de bala. Sim, essa bala mesmo, que você colocou no inquérito como “de proveniência desconhecida”. Foi o mesmo tipo de bala que matou vinte e três pessoas em um galpão em Lambeth, há exatos dois dias.

            -E quem é o suspeito disso? Abberline... – voltou-se Lestrade, tal como um cão de guarda atiçado, ao inspetor de Whitechapel.

            -Ainda não sabemos, inspetor. Mas testemunhas afirmam que...

            -Há testemunhas?! Por Júpiter, isso já significa um grande avanço! Onde elas estão? Gostaria de ter uma palavra com elas.

            -A arma não emitia som algum. – interveio Evie, impedindo que Abberline mencionassem Henry Green e Violet Fitzgerald. – Conversamos com Mr. Graham Bell, que afirmou que há protótipos desse tipo de arma. Provavelmente o assassino possui um deles.

            -Eu iria mais longe. Há neste momento, em toda a Europa, apenas três armas capazes de provocar tamanho estrago e possuir essa característica tão singular. Duas delas estão em Londres, quando o jovem Ronald Aldair foi abatido. Entretanto, um dos portadores foi morto ano passado, o que só me faz pensar em um único nome...

            -Quem?! Por mil demônios, Mr. Holmes, me diga! Quem é?

            Com um sorriso vitorioso, o detetive deu sua cartada final.

            -Se eu disser o nome, a primeira coisa que a Scotland Yard fará será invadir uma casa vazia, pois tão logo eu sussurre esse nome, ele desaparecerá feito um rato. Por isso, fiz uma armadilha adequada a este rato. Enquanto os senhores discutem aqui, um ofício de última hora chega na Scotland Yard, dizendo que uma testemunha-chave do caso Ronald Adair foi encontrada e se prontificou a falar o que sabe. O depoimento está marcado para amanhã de manhã, às 9h em ponto. Anexo a esse ofício, está a solicitação de cinco guardas posicionados no 221B, em Baker Street. Nosso rato só precisa unir os pontos para entender que esses guardas não têm outra função senão proteger essa testemunha tão importante. Por isso, meus senhores, sugiro que verifiquem seus revólveres, pois essa noite haverá uma caçada em Baker Street.


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Notas finais do capítulo

Deixei uma boa pista quanto ao próximo caso emblemático de Sherlock Holmes que essa fanfic tratará...
Revelações importantes já no próximo capítulo! Até lá!



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