Mais um momento para Armando e Betty escrita por MItch Mckenna


Capítulo 3
Capítulo 3: Na suíte do Hotel da Candelária


Notas iniciais do capítulo

Resumo do capítulo anterior: Meio a contragosto, Betty consegue convencer Armando a levar a um dos hotéis mais luxuosos da cidade, no bairro da Candelária, onde costumava frequentar com Marcela nos tempos de namoro e antes de começar a namorar levava modelos. Pensava que o seu amado jamais iria aceitar, mas ele aceita e a leva à uma suíte luxuosa. Lá, Betty tenta fugir das suas investidas:

Esta história é um Spin Off em homenagem à obra “Betty a feia” de Fernando Gaitán



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 Apesar de estar no hotel com Armando, sua intenção não era ceder aos carinhos do chefe. Pretendia ganhar tempo. Afinal, sua real intenção, era seguir para sua casa a bordo do táxi, mas Armando a havia surpreendido. O que fazer?

Betty pegou, então, uma garrafa de vinho, e trouxe para a cama, esperando que Armando poderia abrí-la. Estava sim meio alterada, pois não costumava beber, mas também achava que agora precisava ter coragem para fazer tudo que precisava fazer: rejeitá-lo. Espalhava-se na cama e lembrava das noites  que passara com Seu Armando quando ele parecia tão gentil, tão entregue, quando sentiu sua mão percorrendo seu corpo, parecia um sonho. Mas seu sonho havia virado pesadelo e seu príncipe era o ogro cruel que as meninas do quartel diziam.

“Bem fez a Mireya que caiu fora tão logo percebeu que estava ficando louca por ele!”-pensou- “E eu?  O que faço?  -Perdida em seus pensamentos, lembranças, atordoada pelo álcool e o misto de amor e raiva, desejo e repulsa, Betty pôs-se a mexer de um lado para outro, sorrindo abobalhada.

Enquanto falava com Marcela, Armando começava a gaguejar

“O que esta mulher está fazendo? ” -pensava, ao ver Betty agitando-se sozinha na cama

—Sim, Marcela, sim, estou ouvindo. Mas Marcela deste jeito não consigo fechar negócio. Chama-me mais tarde sim?  Sim, já te disse que estou com Betty! Lógico que ela é mulher (E que mulher!-pensou) Ah não sei!

Armando sabia que como seu carro estava ainda no Méson, eles iriam confirmar que estava por lá.  Então, não se preocupou, começou tirar seus sapatos, meias, paletó e dirigiu-se à cama, onde Betty já estava deitada.

—Betty, minha Betty! -Ele tira-lhe os sapatos ecomeça a tirar as meias

—Não, dr.

—Você sabe que quer isso tanto quanto eu, Betty!

—Mas a dona Marcela...

—Marcela está longe e não tem como saber o que estamos fazendo...

— E este hotel?

—Frequentava muito aqui, eles serão discretos. Fica tranquila.

(Ele começa a beijá-la desesperadamente)

—Diga-me que que não me ama... Sabe que estou louco de desejo, sabe que temos esta noite para ficarmos juntos!

—Ai, Dr.!

Armando livra-se do casaco dela com uma mão, enquanto segura seu rosto com a outra para beijar-lhe profundamente. Enquanto aparentemente cede a seus carinhos, Betty pensa em deixar Armando totalmente convicto de que vai possuí-la e seguir com seu jogo, tendo-a dominada. Por ser muito inteligente, acha que pode perfeitamente tomar conta da situação e depois deixá-lo ali sozinho, pedir para ir ao banheiro e sair correndo. 

—Ai, Doutor!

—Mi Betty!

Ele começa a desabotoar sua blusa, tentando descer seu rosto pela fenda.

—Dr. E a luz?

—Sim, sim...

Armando deixa na penumbra, embora quisesse olhar mais uma vez seu corpo, pois tinha certeza que tinha algo mais que nas duas vezes que haviam feito amor no apartamento de Mário e a primeira no hotel, não conseguira descobrir. Apesar de entregar-se totalmente em suas mãos, Beatriz era muito tímida e não gostava que a vissem nua.

Puxou-a pelas pernas para tirar-lhe a meia calça, enquanto a acariciava.

Betty só pensava: “Deixa mais um pouco, quando ele estiver certeza, invento que preciso ir no banheiro e pronto. Ai”

—Betty, sabe quanto lhe desejo!

O celular toca novamente e Armando não crê.

Procurando uma desculpa pra livra-se dele, Betty mande que atenda, pois deve ser Marcela. Era tudo o que queria, ir embora antes de sucumbir aos desejos de seu corpo e seu coração.

—Alô! Oi, Mário! (Pronto! Se Betty estava até começando a sentir o carinho que o toque de Armando lhe proporcionava, aquele nome conseguiu gelá-la até a alma).

Discretamente pegou suas coisas e foi ao banheiro tornar a vestir-se. Estava decidida. Iria mandar-se dali. Do banheiro ficou ouvindo o que o seu doce algoz dizia, sussurrando:

—O que quer a esta hora, Caldeirón?  Sim, me está atrapalhando. Não te interessa com quem estou. É problema meu! Sim, ainda gosto de mulher! Não te interessa! Não vou te falar nada desta vez! Nem com quem estou! Parece a Marcela! Está de romance com Hugo Lombardi?

Beatriz gosta do que ouve, Armando pensa que ela não está ouvindo. Ele desliga o celular.

—Estou te esperando! -Armando livra-se da gravata e da calça,  ficando de camisa e cueca.-Venha, Betty!

Betty se vê tocada pelo que ouviu de Armando ao celular com Mário. Mesmo sentindo seu coração enternecido por ele novamente, sente que não é hora que fraquejar, calça os sapatos, guarda as meias na bolsa, pois não terá como vestí-las e de lado tenta acessar o corredorzinho que dá passagem para a saída do quarto.

Mas Betty, é atrapalhada e tropeça em um tapete. Armando, percebe que algo está acontecendo, e antes que ela coloque a mão na maçaneta alcança a porta.

—Que está fazendo, Betty?

—Deixe-me ir, Dr.!

—Não! Não! Estamos aqui! Está tudo bem, Betty! Não passa nada!

Ele a toma nos braços, segura seu rosto com uma das mãos e a beija demoradamente. Sentindo-se amolecida pela bebida e o toque de seu amado, Betty deixa cair a bolsa na porta.

Ao mesmo tempo que quer esganá-lo, e deixá-lo sem ar, Betty pendura-se no pescoço do chefe amado e odiado e o abraça cada vez mais. El não para de acariciar seu corpo, ao mesmo tempo que segura seu rosto para beijar-lhe. Betty, sente suas pernas moles, o sapato frouxo e vê-se arrastada por Armando, leve como uma pena nos braços daquele que deveria odiar.

Deitados na penumbra, passou a  olhá-la fixamente nos olhos, chamava seu nome de forma louca e desesperada. Não havia bebido muito como fizera da primeira vez, na verdade, ela estava bem mais alterada que ele. A segurava gentilmente com uma das mães, enquanto a outra buscava tirar cada uma das peças com as quais guardava a sete chaves o seu corpo.

—Por quê?  Quer me deixar louco?  -falava roçando seus lábios, enquanto a despia-Sabe que me quer, seu corpo, sua pele estão clamando por mim. Acaso não sei?  

—Doutor... – Betty sente que ele está realmente excitado e não há como um homem forjar aquilo.  Fica confusa.

—Te quero também, Betty! Mais até do que me quer!

—...

—Eu te amo! Ainda me amas?

Sem esperar pela resposta, fazendo carícias contínuas com as mãos e sentindo- derreter, Armando, tendo acabado de despí-la, com uma gentileza incomum, invade o corpo de Betty.

Betty ainda pensava em empurrá-lo e sair correndo, fosse como fosse. Não pensava em voltar para cama com ele, mas tudo havia sido tão rápido. Ele era muito experiente, sabia como seduzir uma mulher, ainda mais uma mulher apaixonada, enlouquecida de amor como ela. 

Sem conseguir dominar seu corpo e muito menos seu coração, que batia mais e mais forte no contato de seu amado executor. Betty, em um misto de raiva, vingança, desejo e amor, responde cada vez mais ao impulso apaixonado de seu adorável assassino. Ele havia lhe dado a vida, a matado e novamente a feita reviver. Não havia para onde fugir, nem a quem recorrer. Seu corpo não era mais seu, era dele, do Senhor Armando.

Senti-o pleno e também totalmente entregue a ela, beijava-a apaixonadamente, estava visivelmente excitado, percorria e explorava cada pedaço de seu corpo com as mãos e com a boca. Seguindo os conselhos da experiente amiga. Aurea Maria, Betty tentava aproveitar aquele momento usando toda a sensualidade escondida debaixo de tanto pano.

Deixou-se amada por completo, sem reservas, como se esquecesse de tudo o que lhe fizera.

Após satisfazem seus corpos:

—Nossa! Já são 1 hora da manhã! Meu pai vai me matar!

—Minha vida! Estou louco por você, Betty! Preciso te falar algo! Preciso!

Betty, nem mais ouvia, procurava as roupas pelo quarto.

—Dr. Eu preciso ir!

—Eu te amo, Betty! Me escuta!

—Falemos no carro!

—Te levo para casa!

—Sim!

Armando também se veste, fecha a conta e os dois saem pela porta traseira. Ainda sentindo o efeito da noite, Betty o abraça e acaricia sua face ele fica sem jeito.

—Onde está meu carro?

—O Sr. Deixou na Méson, lembra?

—Ah é... Viu, como me deixa louco, espertona?  Já havia me esquecido!

Ele chama um táxi. No táxi, Betty, espera que ele sente e começaa alisá-lo apaixonada, enquanto o beija.

—Calma! Calma!

—Não estava com desejo de mim?  Não queria ficar a noite inteira?

—Eu ficaria, mas você tem que ir para casa...

—O Sr. Também, a Dona Marcela...

—Vamos deixá-la fora disso, Ok?  (Ele lhe dá um beijo breve para que para de falar)

Ela, porém, o segura pela lapela e continua a beijá-lo.

—Estamos em um táxi!

—O Sr. Não se importou quando veio. Nos beijamos muito!

Continua a beijá-lo com paixão. Há muito tempo, Armando não sente asco e sim prazer em beijá-la.

—Ai, Doutor! (Betty, estava disposta a esquecer tudo que passara, a carta, as lágrimas e lembrar apenas do que havia acontecido aquela noite. Como ele a olhava, como se entregara e como parecia louco de desejo.

 -Preciso ligar para casa!

—Se eu ligar o celular, todo mundo vai sair ligando. Logo, você chega em casa!

—Sim. O Senhor tinha algo para falar-me?

—Bem... Queria falar-lhe no quarto. Não posso aqui no táxi, é muito íntimo.

—Podemos falar no almoço. Pode ser?

—Sim, saímos para almoçar!

Beijos.

Armando olha Betty adentrar a porta de sua casa com os olhos apaixonados.

—Como pode? O que está acontecendo comigo?

—Fala comigo, Senhor?

—Não! Leve-me à Méson de San Diego!


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Notas finais do capítulo

Betty não conseguiu resistir a Armando e sentiu-o totalmente entregue e apaixonado. Vai conseguir esquecer tudo que leu na carta de Mário e perdoá-lo?
O que ele tanto quer falar-lhe?



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