Mais um momento para Armando e Betty escrita por MItch Mckenna


Capítulo 2
Capítulo 2: Em um luxuoso Hotel no Bairro da Candelária...


Notas iniciais do capítulo

Resumo do capítulo anterior: Após beijar Betty, Armando é desprezado pela assistente que pega um táxi para se dirigir à sua casa, mas seu amado age rápido e se enfia dentro do carro. Os dois ficam dando voltas pelo centro da cidade aos beijos até que Armando propõe que passem a noite juntas, mas Betty resolve testá-lo pedindo para que a leve a um hotel luxuoso.

Esta história é um Spin Off em homenagem á obra “Betty a feia” de Fernando Gaitán



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E então?-Betty fita-o com olhos inquiridores

—Betty, Betty! Você está querendo me criar problemas?

—De forma alguma, Dr.! 

O celular de Armando toca.

—Deve ser a Dona Marcela já está ligando para o Sr. É melhor atendê-la!

—Não! Não! Esta noite é nossa!  (ele grita!)

—Não grite comigo, Doutor!

—Desculpe, desculpe! Desculpe, sim, Betty? -Armando tenta se controlar, mas vira os olhos para cima

—Tudo bem, doutor!    Senhor! -falando com o motorista- Por favor, vire à direita...

—O que está fazendo?

—Estou ensinando o caminho de minha casa!

—Não, Beatriz! Depois te levo para casa! Vamos onde queira. Aqui mesmo na Candelária, temos hotéis bem localizados, luxuosos.

—Posso sugerir um aos senhores? -intromete-se o taxista

Armando fica nervoso porque o taxista se intrometeu e indicou o hotel mais luxuoso e badalado do bairro para o casal.

—Este está bonito, Doutor!-Betty impressiona-se com o luxo do hotel. Mas sua real intenção é irritar Armando

Armando abre a porta para Beatriz sair e enquanto paga a corrida, ouve comentários inapropriados do motorista:

—Deve estar mesmo louco por ela, hein, Dr.?

—Por que diz isso?

—Um senhor tão distinto fazer de tudo por uma mulher tão feia ou faz por dinheiro, mas ela não parece ser rica ou se estiver completamente apaixonado por ela.

—Não te interessa! Fica com o troco e me deixe em paz!

Armando bate a porta do carro.

—Que foi, Dr.?

—Não é nada, Beatriz, nada! Quer mesmo ir neste hotel?

—É muito lindo, Dr.! Já esteve aqui?

—Sim. Me conhecem aqui e pedem documentos. Assim que eu der entrada, irão saber, a Marcela irá saber...

—O sr. Quer que eu me registre?

—Não tem como. Se não for cliente VIP, tem que ter reserva. Por isso queria que fôssemos naquele outro que fomos da outra vez.

—É muito longe de minha casa.

—Olha, façamos o seguinte: eu vou na recepção, por favor, espere no saguão.  Tem algum problema?

—Não...

—Já esteve aqui com alguma modelo?

—Sim, mas há muito tempo, nem estava noivo da Marcela. Eu tenho apartamento agora.

—Está bem, eu espero aqui!

Armando apresenta-se para a recepcionista.

—Dom armando Mendoza, a que devemos a honra de tê-lo novamente como nosso hóspede?

—Preciso passar esta noite aqui!

—Sem problemas! Arrumamos um bom quarto para o senhor.

—Preciso de uma suíte bonita, luxuosa, de frente para a praça, de preferência com elevador privativo.

—Presidencial?

—Bem, não precisa, quero algo luxuoso, mas discreto.

—Está sozinho? Ou com sua noiva?

—Não, exatamente. Por isto, precisa ser discreto. Ninguém, ninguém pode saber que estive aqui.

—Entendo.

—Por isto, quero deixar esta diária paga e com dinheiro, está certo?

—Precisamos registrar o nome de sua acompanhante.

—Não ouviu o que disse? Ninguém pode saber que estou aqui, preciso de descrição, não estou com minha noiva.

—Entendo, Dr. Mendoza, é para sua segurança, mas vamos abrir uma exceção.

—A pessoa com quem vou estar é de minha inteira confiança.

Armando pega as chaves e apanha Beatriz no saguão, onde estava quase sendo expulsa, logicamente por não estar adequadamente vestida para o ambiente.

—Deixe homem. É minha acompanhante!

—Como queira, Sr. – o segurança olha Beatriz de cima abaixo.

—O que foi?

—Nada, Sr.

—Vamos, Beatriz!

—Eu pedi um drink, Dr.!

—Eu pago!

—Acho que nunca viram uma moça tão feia neste lugar! (risada)

—Imagina, Betty!

Os dois entram no elevador quase privativo, logo depois, um outro casal entra e começa a se beijar animadamente. Armando sente o nó da gravata apertando.  Betty, aproxima-se de Armando e pendura em seu pescoço.

—Vamos fazer o mesmo, Dr.?

—Aqui não, Betty!

—Tem vergonha de mim aqui também?

—Não, Betty. Podemos nos beijar no quarto.

Betty fica contrariada.

—Por que não aqui, Dr.? O casal nem vai reparar em nós!

Como Betty ainda estava um pouco alterada pela vodka do Méson e mais uma que pediu na coquetelaria do saguão, tasca-lhe um beijo. Armando percebe que se negar-lhe o beijo, Betty pode levar a mal, então, resolve corresponder-lhe.  Tudo é visto pelas câmeras da segurança do hotel.

Armando só para de beijar Betty no corredor e vai procurar o quarto. A moça, já alterada, parece esquecer-se da carta e não desgruda do pescoço do chefe.

Só quando fecham a porta que Armando resolve agir. Ela, porém, pede a ele que espere um pouco, pois tem ligar para seu pai. Ele vira os olhos para cima. 

—É para seu pai mesmo ou para o Nicolás?  

—Para meu pai, o Nicolás já dever estar até dormindo!

—Acho bom mesmo, senão o faço dormir!-Armando comenta entre os dentes, enquanto Beatriz digita os números de sua casa

—Sim, pai! Estamos terminando uma reunião aqui com fornecedores e logo chego em casa!

—Sim, Dr. Armando me leva para casa!

Quando Betty desliga:

—Agora sim, seja minha Betty! Te necessito! Seja minha!

—Ai, doutor!

—Não sabe como estou louco para passar esta noite contigo!

—Sim, Dr.! Imagino! Já me disse.

Beijos, mas o telefone toca.

—Atenda, Dr.!

—A mim não me interessa! É a Marcela! Não vou atender!

—Atenda, Doutor! Atenda!

—Eu quero você, Betty!

—Atenda, Dr.! Já não atendeu no carro!

—Ali era o Mário!   Está bem! Vou atender!

Armando fala com Marcela, demonstrando nervosismo com as perguntas da noiva.

—Sim, logo, estarei em casa! Pode ligar para lá daqui a duas horas! Estarei lá! Estamos falando os fornecedores! Sim, estamos... estamos no Méson!  Não fale assim dela, já te disse! (Marcela o havia criticado por levar aquela mulher horrorosa e sem classe a um lugar como o Méson)

—Pronto! Já atendi! Agora, seja minha!

O telefone toca de novo. E de novo, é Marcela!

—Ai, que cruz!

—Atenda, Doutor!

—Desta vez não vou atender! Quero ficar contigo! 

—Doutor!

O telefone insiste em tocar...

—Bem, sirva-se! Tem bastante coisa no Frigobar!

Betty percebe que no Frigobar tem de tudo, menos seu suco de amora, então, resolve se servir de um vinho, e como já havia tomado vodka, ficou levemente alterada. Mas que ótimo! Assim conseguiria dar continuidade ao seu plano de desprezar Armando, deixando-o sozinho no hotel. Só bebendo um pouco para ter coragem.

—Alô? Que foi, Marcela?   Sim, Marcela! Já te disse, estou com Betty, no Méson, em um jantar de negócios. Quê? Está achando o quê? A Betty é minha amante, minha namorada ou quê?  Para estar tão desconfiada...

Não estou sendo ridículo! Não a ofenda! Ela é minha assistente, minha colaboradora, minha...

Vendo Betty aconchegando-se na cama, completamente espalhada, Armando fica como louco. As lembranças da noite de prazer na casa de Mário estavam vívidas em sua mente e em seu corpo. Aquela mulher ali não era uma 90-60-90 mas o estava deixando louco como nenhuma daquelas conseguira.


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Notas finais do capítulo

Betty dá continuidade ao plano de dar o troco em Armando, fazendo com que ele a leve a lugares chiques, ao mesmo tempo que tenta provocá-lo. Em sua cabeça, sabe que ele supostamente não sente desejo por ele, mas já que quer continuar fingindo que joga seu jogo.



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