Dinastia 1: O Sonho Real escrita por Isabelle Soares


Capítulo 30
Nova Fase


Notas iniciais do capítulo

Primeiro, eu gostaria de me desculpar por não ter postado ontem. Estive muito ocupada ontem e simplesmente não deu tempo postar o capítulo como prometido. Mas aqui estou!
Segundo, eu quero que vocês se preparem por que a partir do capítulo de hoje já iniciamos a segunda fase da história, onde Bella começará a ser conduzida para sua vida na realeza. Espero que gostem! Boa Leitura!



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Estávamos agora na sacristia para o nosso casamento civil com a presença de nossas testemunhas, apenas pessoas que gostávamos bastante, Jake e Alice me representando e Rosalie e Emmett representando Edward. Era desse jeito que eu queria que fosse desde o princípio, o nosso amor celebrado de uma maneira simples e pura.

Edward se inclinou ao meu ouvido e me disse baixinho:

— Eu te amo.

— E eu mais ainda.

O juiz já nos aguardava com um livro em suas mãos e nos recebeu com um sorriso caloroso no rosto. Juízes me faziam lembrar do doloroso processo que foi o julgamento de Mike pelas “informações privilegiadas” que ele obteve as minhas custas. Foram meses com o processo correndo na justiça e os autos sendo analisados. Advogados a favor e contra brigando em audiências infinitas para quem levava a melhor. Até que tudo chegou ao fim dez meses depois daquela noite em que o pegamos no flagra. Lembrei da manhã em que saiu a notícia que finalmente ele havia sido considerado culpado.

Edward chegou, após o fim da audiência, no quarto dele, onde eu o esperava. Eu sabia que aquela tinha sido a última. Eu não tinha participado dessa por que o juiz havia me dispensado, após longas e angustiantes sessões que tive que enfrentar e Edward vendo o meu sofrimento, acabou pedindo a minha suspensão das audiências. Eu tinha ficado até aliviada por não ver mais a cara de Mike e relembrar tudo que ele me fizera.

— E aí? – perguntei ansiosa.

— Ganhamos!

— Ah! – gritei!

Edward me pegou no colo e me girou. Eu nem estava acreditando que finalmente a justiça estava sendo feita!

— Mike e Jéssica pegaram três anos de cadeia e mais dois anos cumprindo serviços sociais obrigatórios.

— Eu nem acredito que finalmente estamos livres!

— Livres deles pelo menos.

É verdade, nós nunca nos livraremos de aproveitadores. Quando foi preso, Mike até tentou se fazer de vítima e de desentendido, porém foi difícil ele se livrar do flagrante, afinal, ele não estava só violando a minha privacidade, mas a de Edward também e isso era estritamente proibido. Quando se viu todo encralacado, acabou confessando que era ele que vinha tirando fotos minhas escondido e vendendo para os tabloides anonimamente. Contou que tinha ganhado muito dinheiro com isso e seguia fazendo o trabalho sórdido sozinho até que Jéssica descobriu e resolveu ajudá-lo. Tinha sido ela que havia instalado os aparelhos no meu quarto, com a intenção de ganhar ainda mais dinheiro com as fotos e os áudios colhidos. O plano de como ia ser colocado a webcam e a escuta no meu quarto também tinha sido dela. No dia em que o encanador havia ido consertar o nosso banheiro que havia entupido, ela entrou e disse a ele que era nossa amiga e que iria pegar umas coisas que tínhamos pedido e no momento em que ele confiou nela e se distraiu, ela instalou os aparelhos e saiu. Foi tudo muito bem pensado. Jéssica era mesmo muito esperta!

Passei dias pensando em quais tinham sido as reais motivações deles para fazer algo tão horrendo. Até fui visitá-los na cadeia, mas ambos foram frios e me ignoraram completamente. O caso “Newton”, como a imprensa chamava, ganhou a boca do povo e se espalhou por dias em todas as notícias nesses últimos dez meses e da forma que eles menos queriam, ganharam a atenção de todos. Só podia ser mesmo isso que os motivaram, o desejo por dinheiro e poder. Além da mágoa e da inveja que eles criaram de mim.

— Temos que comemorar! – falou Edward.

— Temos, mas antes você tem que fazer a sua prova prática para poder finalmente ganhar a permissão para voar.

— Eu sei... Estou nervoso.

— Não devia. Afinal você tirou uma nota tão boa na prova teórica e voa tão bem quanto um passarinho!

— Você é suspeita!

— Quando você vai aprender a confiar mais em si mesmo?

— Acho que estou aprendendo aos poucos.

E estava mesmo. Edward já tinha evoluído muito com as sessões com o psicólogo. Tanto que já estava quase no fim do tratamento e já nem frequentava a casa de Joseph Mathews para os encontros com tanta frequência. Cada vez mais, ele me deixava mais orgulhosa! Porém, eu sabia que ele não estava curado, para isso seria um processo longo que eu nem sei quando teria um fim. Dependeria somente dele.

Resolvemos almoçar fora para ter uma comemoração rápida e mais tarde seguimos para a sede das Forças Armadas, onde ele realizaria sua última prova de voo. Apertei a mão de Edward com força para lhe passar mais segurança. Realmente ele estava nervoso, pois suava um pouco. Enquanto esperávamos a vez dele de levantar voo e mostrar a todos as suas capacidades, tentei conversar amenidades com ele para distraí-lo.

— Esqueci de te contar que meu pai está namorando de novo.

— É mesmo? – me perguntou surpreso.

— Sim e fiquei feliz em saber. Só não sei como ele conseguiu me esconder isso  tempo todo!

— E quem é a felizarda?

— Sabe que eu ainda não sei? Ele vem fazendo todo esse mistério e nem sei o porquê? Jake aparentemente sabe quem é, mas também não quis me contar e fico aqui com toda essa curiosidade.

— Acho que é por que ele tem medo que você não venha a aceitar essa situação. Afinal, ele se manteve solteiro e se dedicando ao trabalho e a você esse tempo todo.

— Mas é por isso que eu fico feliz. Por que eu sentia que ele era muito sozinho e eu queria que ele encontrasse alguém para ficar ao lado dele como a minha mãe encontrou.

— Verdade. Fico até feliz por que essa namorada vai desviar um pouco a atenção dele do nosso namoro.

Rimos juntos. Parecia bobagem, mas o meu pai até hoje, com mais de um ano que Edward e eu estamos namorando, ele nunca conseguiu encarar a situação muito bem. Ainda tratava Edward muito formalmente e o olhava de esguelha, mesmo que ele tenha feito de tudo para agradá-lo. Me lembro de como foi engraçado quando formos todos passar o feriado de fim de ano com a família real em Clarence e Edward se atrapalhando todo na pescaria com o meu pai. Foi hilário!

— Ele vai dar uma reuniãozinha lá em casa hoje para apresentá-la a mim e, é claro, que você também está convocado.

Edward me olhou um pouco assustado e fez como se estivesse procurando algum compromisso em sua agenda no celular.

— Não seja bobo Edward! Não invente desculpas! Meu pai vai estar ocupado demais para destilar o seu veneno em você.

— Eu sei, meu anjo, é claro que eu vou estar com você essa noite.

Nos beijamos discretamente para não atrairmos uma atenção indesejada. Era sempre assim quando estávamos fora do nosso ambiente familiar, não podíamos nos comportar como um casal normal que vinha um milhão de curiosos nos atrapalhar.

— Senhor Edward Cullen. – o chamaram ao longe.

Paramos de nos beijar e ele foi para a parte externa, onde estava um pequeno avião militar. Desejei-o sorte e fui até lá fora o observar encostada nas grades que separavam o lado externo da pista de aviação.

Edward levantou voo com perfeição. Eu ficava olhando para ele com muita admiração, mas sem perder totalmente o velho medo que eu tinha de acontecer alguma coisa com ele lá no alto.

Nesses, últimos meses ficamos cada vez mais próximos, mesmo com as aulas de voo e o treinamento constante dele na Real Academia da Força Área de Belgonia, onde ele ficaria prestando serviços por um tempo, mesmo sendo altamente improvável que ele algum dia vá efetivamente ao front pilotando algum caça da aeronáutica.

Eu também tinha ficado cada vez mais próxima de toda a família real, em especial do rei e da rainha e de Alice, quando ela estava presente. Em dezembro, quando passamos uma semana em Clarence, eu percebi um pouco mais da rotina deles e como eles se comportavam no privado, longe dos olhares do público. Existia sim, certo carinho e cumplicidade que toda família devia ter. Era divertido estar com eles, principalmente com Emmett, que quando estava em seu melhor estado, fazia piadas e nunca deixava ninguém ficar sem sorrir. Até Edward ficava mais falante. Porém, dava para sentir uma certa tensão no ar, e ficava mais evidente quando os compromissos reais exigiam a atenção deles. Aí se tornava tudo muito rígido e protocalado. Era quase difícil de respirar com toda aquela rotina agitada e controlada. Eu realmente não entendia como eles aguentavam.

Olhei para o alto novamente e Edward já estava descendo. Esperei no mesmo lugar em que estava enquanto ele pousava e se dirigia aos avaliadores. Ele me olhou discretamente e eu o enviei os melhores pensamentos positivos. Os avaliadores analisavam o voo dele e as suas manobras, reviravam papeis e faziam anotações sem parar. Eu também já estava nervosa a espera do resultado.

— E aí? Qual é o resultado? – perguntou Edward.

— Aprovado. – disse um dos avaliadores.

— Sério? – disse Edward sem acreditar.

— Claro. Meus parabéns! Seja Bem-Vindo a Força Aérea de Belgonia e aos nossos céus.

Edward apertou a mão dele e veio rapidamente até mim. O abracei com toda a força, mal podendo expressar a minha felicidade pela sua aprovação e por mais essa vitória em sua vida. Eu sabia o quanto ele esteve empenhado durante todo esse tempo. Ele me beijou com intensidade, me explorando com a sua língua todos os cantos da minha boca. Era tanto sentimento guardado, tanto amor! Eu me sentia acolhida e abraçada quando estava assim com ele. Me esquecia de tudo e de todos! Nos afastamos apenas para respirar um pouco e ele me olhou calorosamente, continuando a me dar pequenos beijos.

— Casa comigo.

Parei e olhei para ele séria, segurando os seus braços. Não era a primeira vez que ele me pedia em casamento. Na verdade, ele já tinha feito esse mesmo pedido um milhão de vezes, mas eu sempre negava.

— Você sabe o que eu penso sobre isso.

— Eu sei, mas isso não significa que eu vá desistir.

— Estou vendo que não.

Ele me fez esse pedido pela primeira vez em fevereiro, no dia dos namorados. Tínhamos acabado de comemorar do nosso jeito, na cama entre os lençóis. Eu estava enroscada nele, sentindo o seu peito subir e descer, quando ele disparou o tal pedido me deixando completamente paralisada. Toda mulher se sentiria completamente honrada em ouvir essa proposta e ainda mais vinda de um príncipe. Mas eu não reagira muito bem.

— Edward...

— Sim ou não?

Olhei para ele seriamente e me sentei. Coloquei as mãos no meu cabelo tentando pensar numa forma de negar a ele sem ofendê-lo.

— Não acha que é cedo demais?

Ele me olhou meio desapontado e se sentou ao meu lado, tentando entender o que havia por traz da minha negação.

— Não acho que seja cedo demais. Estamos namorando há quase um ano e...

— Edward, eu só tenho 20 anos e eu acho que essa não é a idade certa para casamentos.

— É quando duas pessoas se amam e querem ficar juntas.

Bufei e olhei para ele, sua expressão me dizia que ainda estava esperançoso por um sim. Mas eu não podia dar essa resposta. Eu simplesmente tinha pavor a casamentos e não acreditava que uniões matrimoniais pudessem dar certo.

— Sabe o que as pessoas diriam se me vissem entrando no altar com você com essa idade?

Ele me olhou sem me responder, esperava que eu o dissesse alguma coisa com uma lógica que ele pudesse entender.

— Que eu estaria grávida.

— Que absurdo! Minha mãe se casou com mais ou menos a sua idade e ninguém achou que ela pudesse estar grávida.

— Seus pais são diferentes...

— Por que? Bella, eu não entendo o porquê disso.

— Já parou para pensar o quanto seria difícil para mim ter que largar tudo agora e entrar para no modo realeza? Edward, eu não estou habituada ao seu mundo.

Então, ele parou e assentiu se convencendo do meu argumento. Afinal, desde o principio, ele tinha receio de me jogar dentro de seu mundo e me fazer passar por todos os tormentos que ele conhecia bem dentro da monarquia.

— Você tem razão nessa parte... Não posso obrigá-la a fazer o que você não quer e nem a mudar tudo em sua vida por minha causa. Seria muito egoísta de minha parte.

Estendi a minha mão até o seu rosto o acariciando. Ele estava com uma expressão tão fofa de cachorro que caiu do caminhão da mudança que eu não poderia resistir. Mesmo estando firme nos meus argumentos.

— Posso ao menos pensar primeiro?

Ele sorriu e me deu um selinho carinhoso.

— Claro que pode.

E desde desse dia tinha sido assim, Edward constantemente me pedindo em casamento como uma criança que pede um presente caro para os pais no natal. Eu entendia o seu desejo em se casar comigo e isso resolveria muitas coisas entre nós. Afinal, Edward estava perto de se formar e não teríamos mais o seu quarto como o nosso refúgio. Eu ficaria distante dele cada vez mais e com o casamento tudo isso se resolveria, eu não ficaria mais longe dele nunca mais.

Porém, eu ainda guardava aquele velho sentimento que estava no meu subconsciente desde que eu era pequena. No fundo, eu ainda achava que o casamento era uma instituição boba e falida que só afastava ao invés de unir. Eu não tinha bons exemplos de casais realizados dentro desse compromisso eterno, o próprio relacionamento dos meus pais tinha sido um grande desastre, então, como eu poderia acreditar que poderia dar certo?

Mesmo que eu o amasse e fosse correspondida, o casamento não seria uma forma de Edward e eu nos vermos de uma maneira diferente? Em graus de importância diferenciados? Muitos maridos usavam o casamento como uma maneira de dominar a mulher e a colocá-la num estado inferior e eu sabia o quanto as regras da monarquia era conservadoras e antiquadas. Eu não queria correr esse risco, mesmo confiando totalmente em Edward.

É claro que eu poderia estar enganada e sendo ridícula com essa opinião, mas ainda tinha o fato de que eu me considerava nova demais para um compromisso tão grande. Tinha muita coisa que eu queria fazer antes de me firmar totalmente. Para me casar com Edward, eu teria que abdicar de tudo na minha vida por que também estaria me casando com o país e não só com ele. Não poderia trabalhar para poder me dedicar vinte quatro horas aos compromissos oficiais, talvez tivesse que abdicar da minha faculdade que eu tanto sonhara em cursar um dia. Não poderia expressar a minha opinião publicamente por que membros da realeza não poderiam se envolver em assuntos polêmicos e teria que seguir um monte de regras o tempo inteiro. Enfim, não poderia mais ser eu mesma. Eu não sabia se estava preparada para isso.

— Bella, nem todos os relacionamentos são iguais. – disse Edward enquanto me acompanhava até a entrada da minha casa. – Alguns casais são precipitados demais e acabam se casando sem nem mesmo se conhecerem direito. É por isso que as taxas de divorcio são tão altas!

— E nós também não estaríamos sendo precipitados?

— Passamos por muita coisa juntos Bella. Eu te amo e sei que te conheço como ninguém.

Revirei os olhos, me sentindo pressionada por ele estar repetindo aquilo constantemente.

— Eu também te amo e você sabe disso, mas não podemos viver como estamos vivendo? Sem cerimônias, igrejas, papéis e alianças?

— Você sabe que isso não caberia para mim. Tenho que me casar um dia nem que eu não queira. Tenho que produzir herdeiros lembra?

Parei em frente à porta da minha casa e olhei para ele com uma expressão de nojo e surpresa. Que comentário mais antiquado!

— E é só por isso que quer que eu me case com você? Para acompanhá-lo em eventos como sua esposa? Ser a sua consorte e te dar muitos herdeiros?

— Claro que não! Só estava sendo sincero.

— Claro que estava!

Entramos e tentei me livrar da conversa que tinha acabado de ter com Edward. Herdeiros... Argh! Formos até a sala e vi que Jake e Leah já estavam lá sentados conversando. Notei também a presença de duas outras pessoas que não caberia naquele cenário, Seth, o irmão de Leah, e a pequena Claire, a garotinha que estava sendo criada pela mãe de Leah. Tinha alguma coisa que eu estava deixando passar e não sabia o que era.

— E aí Bella? Pronta para a surpresa? – perguntou Jake animado.

— Ainda não te perdoei pelo fato de você saber de tudo e não me contar.

— Mas vai saber agora que diferença faz?

Revirei os olhos e fiquei observando Claire desenhando nos vários papeis espalhados pela mesinha de cetro quando me pai surgiu na sala meio nervoso.

— Bella, você chegou.

Levantei e fui abraçá-lo. Ele me retribuiu meio sem jeito e eu sabia o quanto aquele negócio de apresentação o estava matando por dentro. Meu pai nunca foi bom com conflitos ou sentimentos.

— Independente de quem for, pai, eu a aceitarei e ficarei feliz. – eu o disse baixinho.

— Espero que isso se concretize mesmo Bella. Precisarei de seu apoio.

Assenti e voltei a me sentar ao lado de Edward, que foi saudado pelo meu pai rapidamente. Ele voltou a sua posição original e olhou para todos nós.

— Bem... Como vocês sabem, eu estou namorando há uns meses com uma mulher incrível que vem transformando os meus dias desde que começamos o nosso relacionamento. Eu gostaria muito que vocês a conhecessem e gostassem dela como ela merece. Por favor, meu bem...

Então surgiu do corredor, uma mulher que eu conhecia de minha infância e que nunca esperaria que ela fosse a escolhida pelo meu pai. Era Sue Clearwater, a esposa do falecido Harry, amigo do meu pai. Fiquei surpresa claro, mas não os julguei. Afinal, os dois estavam desimpedidos agora. Harry tinha morrido há quase um ano na tragédia de Seraf. Na verdade, eu estava feliz por ambos poderem compartilhar os seus anseios e dias solitários juntos.

— Pai e Sue, eu estou muito feliz por vocês! – falei.

— Sério, minha filha?

— Claro! Seja Bem-vinda a família Sue! – falei enquanto a abraçava. – Só não entendo como o relacionamento de vocês começou.

— Começou quando eu me juntei às forças que estavam ajudando os desabrigados no ano passado. –explicou Charlie.

— Nos reencontramos depois de um tempo. – completou Sue. – Já que Harry e eu vivíamos mais em Estocolmo por causa de Leah e Charlie foi um grande amigo nos tempos de dificuldade. Eu não sabia o que fazer e ele foi um grande ombro amigo.

— Eu sempre gostei muito de Sue, eu a respeitava bastante, é claro, por que ela era a esposa de um grande amigo meu, mas depois que voltei a vê-la... Algo se acendeu dentro de mim.

— Nós ficamos muito próximos depois da tragédia e resolvemos deixar acontecer...

Os dois se abraçaram e Sue deu um beijo carinhoso no rosto do meu pai. Era bonito vê-los juntos.

— É ótimo vê-los realizados! Eu sempre quis que o papai encontrasse alguém que ele gostasse depois do divorcio com a mamãe e ver vocês dois assim... Me deixa super contente!

Charlie sorriu e Jake se levantou e apertou o seu ombro.

— Viu Charlie! Eu disse que a Bella iria levar numa boa!

— Obrigado Bella. – agradeceu o meu pai ainda sem jeito.

Só beijei o seu rosto como Sue tinha feito e tudo estava bem. Assim seguiu a noite, bem familiar e agradável. Sue tinha preparado um peixe ao molho delicioso e ficamos horas conversando ao redor da mesa. Meu pai ignorara Edward completamente e eu não sabia se ele estava achando ruim ou bom, pois permaneceu quase o tempo inteiro calado ao meu lado e participando do diálogo poucas vezes, só quando era solicitado. Eu sabia que ele se sentia ainda estranho diante do meu pai.

Mais tarde fizemos um brinde tanto ao relacionamento do meu pai com Sue quanto à aprovação de Edward e o fim do caso “Newton”. Ficamos dividindo a garrafa de vinho na sala enquanto apreciarmos a maravilhosa torta de maçã de Sue. A conversa agora era mais amena e eu me sentia tão tranquila e tão acolhida naquele novo ambiente familiar, parecia que nada de ruim tinha nos abalado antes. Coloquei a minha cabeça no ombro de Edward, me sentindo um pouco sonolenta, e ele começou a acariciar o meu cabelo. Meu pai já sorria pra valer com o efeito do vinho e Sue carregava carinhosamente uma Claire adormecida. Jake e Leah tinham saído para namorar lá fora e Seth parecia entrosado na conversa com papai.

Estava tudo tranquilo quando o celular de Edward tocou em seu bolso e ele atendeu. Pelo visto era algo sério, pois ele se levantou num rompante e foi conversar num canto mais reservado. Eu fiquei o observando e ele parecia preocupado. Quando desligou e veio até mim novamente, me disse baixinho:

— Emmett sofreu um pequeno acidente em casa.

— Então, é melhor você ir vê-lo.

— Venha comigo por favor.

Atendi ao seu pedido captando que Emmett só poderia estar num estado em que Edward não suportava em vê-lo, ou seja, bêbado. Me despedi do meu pai e Sue sem muitas explicações e seguimos rumo ao palácio. Fiquei pensando, será que esses problemas nunca chegariam ao fim?


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Notas finais do capítulo

Meus agradecimentos a Anna, lelinhacullen, Jo G Cullen, juaassaid, Cupcakeimperfeito, Érica, Aika e Talita Martins pelos comentários no capítulo anterior! Amo ver a participação de vocês! Comentem bastante nesse também ;)