Amor Perfeito XIV - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 30
Prazer, Kevin.


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥
* foto do Kevin que a roupa tanto irá ser citada no capítulo. Obs: as tatuagens dele foram passar o natal em outro lugar (: kkkkk mas elas já voltam.
* perdão caso haja algum erro, o capítulo tá enooorme e o Kevin me deixa emocionada kkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/789213/chapter/30

 

Kevin Narrando

Desliguei a ligação com Arthur e me direcionei a varanda me sentando novamente ao lado do meu vô.

— Desculpa. Era o meu irmão. Onde paramos? – o olhei. Ele ajeitou seus óculos e me olhou de volta.

— Sobre tirar esse amor do seu peito. Kevin o que tem que se perguntar é você está lutando contra o fato de não conseguir esquecer esse rapaz?

— Lógico que estou. O senhor me conhece muito bem.

— Não pedi pra se defender. – ele deu um sorrisinho que lembrava minha mãe. – Estou pedindo para você se fazer essa pergunta com bastante cuidado. Não é questão de ter ou não ter que amar, mas querer. Se você não quer vai esquecer, a gente sabe disso.

— Eu sei. Na maioria das vezes esse controle funciona, mas com esse sentimento não é assim. Não consigo não ama-lo.

— Explique mais sobre isso.

— Não adianta buscar uma razão para não fazer. É não conseguir não fazer. É algo que não dá para escapar.

— Isso está saindo do controle.

— Já saiu há muito tempo. – o olhei com tristeza.

— Não existe nada que eu possa te dizer Kev. Ou vai acabar apenas com o tempo ou... – ele me olhou sério. – Não vai acabar. E nesse caso, mesmo que não fiquem juntos, mesmo que não dê certo... Os anos se passarão e aquele amor permanecerá intacto dentro de você. – ele parecia saber o que estava dizendo. Que coisa mais triste. Não queria isso pra mim.

— Nem que eu enfie uma faca comprida e afiada dentro de mim eu tiro isso. Não quero, não preciso, não me faz bem. Não posso lidar com isso.

— Não é escolha Kevin. Tudo o que eu te ensinei, tudo que o seu pai te ensinou, as lições para explorar o poder da sua mente e aguçar todos os seus sentidos. Tudo isso não vale de nada quando se trata desse sentimento.

— Você notou que eu mudei bastante né? – o encarei.

— Mudar é inevitável. Você não seria o mesmo garoto frio e inexpressivo pra sempre.

— Gosto tanto de você porque você tem todo esse conhecimento e não o usa para transformar ninguém em um escroto. Por que deixou meu pai fazer isso comigo?

— Amo a minha filha. Prometi a Kira que eu não bateria de frente com Caleb. Seria uma briga boa. – sorrimos.

— Ela tem sorte de ter você como pai.

— Sua mudança é mesmo significativa. – ele se levantou. – Vem, vamos passear um pouco.

Fiquei o resto desse dia e o outro dia inteiro tentando não fazer o que eu já havia feito. Quando a gente quer se enganar é engraçado não é mesmo? Procuramos meios para chegar aonde queremos sem que seja diretamente. E foi isso que eu fiz. E agora eu estava no carro a caminho de Torres. Não podia dizer que estava ansioso, eu não estava. Nervoso? Talvez. Mas o meu nervosismo assemelha-se ao stress. Estacionei o carro e entrei sem fazer muito alarde indo direto na pessoa diferente que vi no local. Ele pareceu bastante assustado a me ver.

— Eu sou o... – comecei a falar e ele me cortou rapidamente.

— Eu sei quem você é. Eu sou o namorado do Murilo. - ele não estava me desafiando, estava?

— Espero que esteja a vontade na casa dos meus avós, com minha família e... O resto não é necessário dizer. – disse sorrindo. Iria sair, mas ele me chamou.

— E eu espero que tenha superado. – fiquei olhando pra ele.

— Acha que não superei por que não estou com alguém? Namorar é doloroso e inútil, foi a pior merda que fiz em minha vida. Não pretendo repetir o erro. – suspirei. – Olá Murilo. – me virei para o lado. – E não é que os meus dons continuam os mesmos?! – sorri. – Ah... – me virei novamente para o namorado dele. – Você tá pegando a melhor fase dele. – falei como quem contava um segredo. – Ele nem sempre foi bonito. –sai rapidamente.

— Ele sabe fazer uma entrada de impacto. – ouvi o namoradinho dizer. – Como você está?

— O que você está fazendo aqui? – Arthur veio até mim.

— Procurando diversão é que não é. – olhei os irmãos de longe. – Biblioteca. Vai ter que chamar o casalzinho ali.

— Alice não vai querer ir. Você tem noção que apareceu do nada e tá causando?

— Não queria estar aqui. Juro. – o olhei. – Se eu convencer Alice você traz o resto? – ele concordou e então fui até aquela chata.

— Sei que está com raiva de mim, mas preciso que venha comigo.

— Não quero saber. – ela nem me olhou.

— Alice é sério. – tive sua atenção.

— Você já viu que lindo o meu cunhado? – respirei fundo.

— Alice, vem. – ela revirou os olhos e me seguiu. Quando cheguei estavam alguns e faltavam poucos.

— Não chamei Fabiana e Alícia porque quanto menos pessoas se envolverem nessas coisas é melhor. – Arthur avisou ao entrar com o casal que faltava.

— Kevin porque você veio igual um pintinho todo de amarelo passar o natal aqui? – olhei Alexandre sabendo que ele abriu a porta do inferno. Todo mundo ria menos o casal e Arthur.

— Alguém me empresta um óculos, o sol ali na frente tá muito forte. – Alice falou colocando as mãos nos olhos.

— Falou a menina que tem os olhos amarelos. – resmunguei.

— É sério Kevin, qual é dessa roupa?

— É confortável, minha mãe me deu, eu gostei, estou usando.

— Você só usa preto, branco e cinza. Não existe amarelo em sua paleta de cores.

— Vai falar isso pra Kira. – encarei o Ryan com preguiça.

— Por que estamos aqui? – o namorado do Murilo perguntou para Arthur.

— Kevin. – ele me olhou.

— Então... – respirei fundo.

— Tira a casca primeiro pra falar ow banana. – até o Yuri. Eu não acredito nisso.

— A próxima piada com a minha roupa eu vou embora e vocês vão se foder.

— Para gente. Igual uma gema de ovo ou não o Kevin é o fodão do rolê.

— Vai pro inferno. – mandei olhando Otávia.

— Não contei pra vocês, mas Diana me chantageou. – todos ficaram calados com a fala do meu irmão. – Ela iria simular um assédio do meu padrasto ou do meu tio. Ravi e Vinicius. Pedi ajuda ao Kevin só que ele já estava indo viajar. E bom... Não nos falamos mais, imaginei que ele não faria nada.

— Mas eu fiz. – o olhei. – Antes de ir passei na casa dela e falei que se ela inventasse uma denúncia falsa grave dessas que eu iria até a delegacia dar queixa por perseguição, que de acordo com o Art. 149-B do código penal é crime e ela já está enquadrada nele e pagou multa. Ela sabe que ficaria um pouco complicado pra ela.

— Então ela desistiu?

— Sim e não. – respirei fundo. – Ela não vai fazer isso, mas já fez outra coisa.

— Espera um pouco. – Murilo pediu e passou a mão no rosto. – Que inferno é Diana, por que ela quer chantagear meu pai? – olhei Arthur.

— Diana e Danilo são os irmãos filhos do casal que se mudou para a casa ao lado. Alice sempre teve receio do garoto e a garota sempre deu em cima de Kevin mesmo ele dizendo insistentemente que era gay. Ele pesquisou e descobriu que a garota perseguia o ex namorado a ponto dele se mudar do País e o garoto quase matou a ex namorada. – ele respirou. – Ela é um pouco descontrolada e o Kevin esquentado... Ele jogou na cara dela que sabia e agora vivemos nele ciclo de chantagens. Entendeu?

— Não existe polícia aqui não? – o namoradinho dele perguntou.

— Vou tomar um chá ali e depois eu volto. – falei e Arthur me puxou.

— Você acha mesmo que se alguém te chantagear vai adiantar alguma coisa ir a polícia? – Arthur perguntou o encarando.

— Eu não posso mesmo ir tomar meu chá? – nos olhamos.

— O que ela fez Kevin? – Alice perguntou preocupada. – Não estou com um pressentimento bom.

— Lembram do abrigo né? – não tinha como falar aquilo e não lembrar da gente, mas eu não deixei a minha voz vacilar. – Ela entrou em contato com várias garotas que estavam lá e achou uma tão suja quanto ela disposta a tudo. Ela não denunciou o pai, mas denunciou o filho... Murilo foi acusado de assédio há mais ou menos duas horas.

— Você não pode falar assim. Seu imbecil, a gente não conta as coisas desse modo pra ele não!  Vou quebrar a sua cara.

— Antes ou depois de infantilizar seu namorado?

— Ele tem um problema Kevin! – Alice o defendeu.

— Eu tenho vários. Quer que eu comece por ordem alfabética? – ela arregalou os olhos com a minha frieza. – Alice ele precisa ser tratado como o Murilo que sempre foi, vamos poupa-lo de tudo? Mesmo?

— Se me recordo foi com você não poupando ele de nada que ele surtou e queria sair do abrigo de qualquer jeito. Ou estou enganada? – Otávia questionou me encarando.

— Foda-se. Tratem o neném como ele deve ser tratado então. – me virei para sair.

— Kevin o que vamos fazer com a denúncia? - olhei para o lado vendo a dona da pergunta.

— Advogados estão aí pra isso. – aquele namorado dele era o cúmulo do aborrecimento.

— Eu não conto com a sorte. Tenho algo que fará com que ela retire a denúncia.

— Então por que veio? Não podia fazer tudo e ficar na sua? Tinha que dar uma de herói?

— Vim porque eu esperava que todos juntos achássemos outra solução. E eu não preciso de tudo, menos me explicar pra você, sério.  – dessa vez eu sai e pra piorar trombei com meu pai entrando.

— É ele né? – ouvi a voz daquele insuportável e olhei para o Murilo. Ele estava pálido. Muito pálido. Parecia perder a respiração.

— Sai daqui. – mandei enfrentando meu pai. Ele me olhou por cima e deu uma risadinha.

— Mandando em mim agora? – tentei manter a calma.

— Anda rápido. Sai. Você já sabe o que eu faço se for preciso. – o olhei com ódio.

— Tchau crianças. – ele falou com a voz falsa de felicidade dele. Fechei a porta e fui correndo até Murilo.

— Sai de perto dele. Você e o seu pai são um câncer.

— Você vai deixa-lo mais nervoso ainda Eliot. – Alice disse olhando o cunhado. – Muh respira.

— Minha mente está em ebulição. Minha cabeça está pulsando. Sinto como se eu fosse explodir. Tenho essa ânsia, aflição, desespero dentro de mim que eu nunca tinha sentido em minha vida.

— Mas você tá bem. Você está conseguindo dizer o que está sentindo.

— Só consigo pensar em uma forma de fazer isso parar.

— Não é melhor chamarem Vinicius e Raíssa? – algum dos meninos perguntou de forma preocupada.

— É melhor vocês saírem daqui, quanto mais pessoas em volta dele pior é.

— Você se acha o policial, o médico... – olhei para o cara em minha frente.

— Você tem todo o direito de me odiar. Mas nesse momento nós dois queremos a mesma coisa que é o Murilo bem então dá pra calar a boca?

— Quer que eu faça alguma coisa? – meu irmão perguntou e eu esperava que ele conseguisse fazer o que eu pediria.

— Tira o namorado dele daqui de perto. Usa a força se for preciso. – ele fez o que eu disse.

— Kevin... – ignorei Alice que começava a reclamar.

— Murilo. – peguei sua mão e coloquei em meu peito e coloquei sua outra mão no peito dele. – Sente a diferença de ritmo entre o meu coração e o seu. – o olhei e a sua respiração continuava pesada. – Você precisa para de pensar e começar a sentir. Esquece tudo que está te deixando assim. Nada vai acontecer, eu prometo. Sente o ritmo do meu coração e se concentra em fazer com que os seus batimentos fiquem iguais aos meus. – fiquei um tempo em silêncio. – Você tem que ter esperança, acreditar que vai funcionar.  Vai dar certo. Você já está se acalmando, tá vendo?

— Como você faz isso? – ele perguntou um pouco nervoso ainda.

— Geralmente as pessoas pedem calma. Não é assim que se resolve. Não é pedindo para se acalmar, é ajudando a se acalmar. – respirei fundo. Baixei as mãos dele. – Você já está melhor. – Pode soltar o pitbull Arthur.

— Nunca mais encoste nele. – olhei para aquele idiota.

— Não há de quê pela ajuda. Agora eu tenho uma maluca para deter. Beijos francesinho. – sai certo de que não existia no mundo inteiro alguém mais puto que aquele cara nesse instante.

Arthur Narrando

Era tarde e todos nós estávamos no clube. Por mais que eu tentasse abordar Alice, ela me evitava e aquilo estava começando a me destruir.

— Não quero ser intrometido, mas o que aconteceu com vocês dois? – Vinicius me perguntou e eu não consegui não deixar que a tristeza transparecesse.

— Eu errei com ela e agora estou lidando com isso.

— É, imaginei. Dependendo do tipo de erro Arthur você tem que fazer mais que esperar. – o olhei.

— Não consigo fazer nada. Estou tão errado que parece que não posso nem tentar me redimir.

— Só o fato de você pensar assim mostra que não é assim tão errado. Você tem caráter. Pelo menos sempre tenta fazer o certo. – ele sorriu carinhosamente.

— Amor vai buscar um refrigerante pra gente. – Raíssa ordenou o fazendo rir.

— Se não quiser virar um capacho é melhor nem tentar se redimir mesmo. – ele disse baixo e saiu andando.

— E aí. – Murilo chegou perto de mim.

— Você tá bem? – perguntei o olhando.

— Não sei. – ele suspirou. – Estou escondendo do Eliot que ainda amo o Kevin. Preciso trata-lo da mesma forma como tratava quando achava que tinha superado. Isso tá me sufocando.

— Posso te sufocar mais um pouquinho? – seus olhos me fitaram de forma amedrontada. – Estou assustado. Ele é a cópia do Kevin.

— Você tá louco? Essa foi a maior besteira que você já disse.

— Fisicamente não, mas muitas coisas no jeito dele... – fiquei olhando Eliot conversar com a sogra. -  Eu o observei bastante quando vocês chegaram e na boate. Na maioria das vezes ele é calado, reservado. Quando ele falou percebi que algumas vezes ele foi debochado. E mesmo não o conhecendo muito bem ele preza pela família e até quem sabe pelo casamento dos pais. – Murilo ficou chocado e sua reação demonstrou que era verdade. – Está dando certo, ficar perto dele? Isso te aproxima do Kevin?

— Ele tá me chamando. – ele disse e suspirou.

— Saiu pela tangente. – falei e sorri.

No geral estava sendo uma tarde agradável. O meu pai não estava presente, o que ajudava muito nisso. Mas o namorado de Murilo resolveu me confundir com o meu irmão.

— Eu sei. – ele disse chegando perto de mim.

— Oi? – o olhei franzindo o cenho.

— Eu sei que o Murilo sempre vai amar o Kevin.

— Por que tá com ele então?

— Porque o amo. Ele me quer.

— Não vejo sentido.

— Tudo bem. Só não fique com essa raiva de mim como se eu tivesse destruído um relacionamento. Eles não estão juntos não é por minha causa. Sou um grão de areia na história deles.

— Olha Eliot eu não tenho raiva de você... Eu só estou aborrecido e irritado comigo mesmo e talvez por isso eu esteja passando essa impressão.

— Ah... – ele pareceu sem graça. – Tudo bem. Só vim te dizer isso porque você e Murilo são muito próximos e eu não queria que continuasse esse desconforto.

— Pode deixar. – dei um sorriso amigável um pouco forçado eu admito. Aquela tarde acabou e o Natal chegou.  E com ele veio... Kevin.

— O que você vai fazer em relação a Diana? – perguntei bem próximo a ele.

— Transar com ela. – o olhei assustado. – É isso que ela quer e é isso que posso trocar. Tem uma ideia melhor?

— Isso é um pouco demais não acha?

— Chama desespero. Mas espera pra ver o que eu faço quando estou nervoso. – ele ia ir e eu o puxei com força.

— Você tá falando sério?

— Quanto mais tempo passar pior é, a garota precisa retirar a denúncia rápido!

— Se você fizer isso ela vai ficar no seu pé mais ainda. Kevin!

— E você quer que eu deixe o Murilo ser acusado? Sério?

— E se... Ele diz que não foi ele, os pais vão acreditar. Tudo passa pelo caminho legal.

— Quantas crises de ansiedade você acha que ele vai dar até ser condenado ou não? E você acha que vai ser paga multa com a fama que Murilo tem na cidade? Existe tanta garota magoada por ele que é capaz de chover denúncias falsas depois dessa.

— Não concordo com isso. – passei a mão no rosto e respirei fundo. – É ridículo.

— Tudo o que sei dela eu já usei. Não dá Arthur. Tem que ser isso. – o puxei de novo.

— Você não vai conseguir e sabe disso.

— Ereção? – ele riu. – A mente controla tudo e você não conhece alguém que controla mais a mente que eu, conhece?

— Kevin... Não depois disso. – apontei com a cabeça para a biblioteca. Ele hesitou sem nem perceber.

— Tenho uma ajudinha. Vou pensar o tempo todo... – ele mostrou a foto de Rafael em seu celular. – Nele. – dessa vez ele se foi. Não tinha mais jeito. Fui até meu primo saber se ele estava bem, depois chamei Eliot em um canto.

— Fica longe do Kevin. Ele gosta de fazer joguinhos e causar problemas. E costuma ser impiedoso. Não estou te afrontando, só quero que tome cuidado.

— O que pareceu aqui é que ele é o condutor do pessoal. Vocês são uns idiotas de abaixar a cabeça pra esse cara doente.

— Não deixa o Murilo ouvir você falando assim dele. – pedi baixo e de forma suave.

— Ele é um sociopata. – ele me olhou seguro do que dizia. - Quem tem transtorno de personalidade antissocial costuma mentir, infringir leis, agir impulsivamente e desconsiderar sua própria segurança ou a segurança dos outros. Parece alguém que você conhece?

— Eliot...

— Não Arthur. Estudei muito tudo que Murilo me contava... A psicopatia é uma forma mais grave de sociopatia. Provavelmente ele vai ser igual ao pai no futuro. Se quiser opinião profissional pergunte a própria psicóloga do Murilo. E nem precisa ser tão inteligente assim. Qualquer ser humano normal que não está envolvimento emocionalmente com esse garoto vê isso.

— Kevin nunca age por impulso.

— Ele não precisa necessariamente ter todas as características. Egocêntrico, frio, calculista... Isso tudo eu já vi que é.

— Você viu que ele acabou de impedir Murilo de parar no hospital?

— Não é ele que sempre quis arruinar sua vida? Sempre teve inveja de você? Por que o defende tanto?

— Sim, não estou defendendo. Eu o odeio Eliot, acredite você ou não. Só não torne as coisas piores. Pelo Murilo.

— Vamos, Murilo já está lá com todos. – Alice chamou olhando o cunhado. Ele saiu, mas ela segurou meu braço. Meu coração acelerou com o seu toque. Eu a olhei e ela recuou um pouco. – O que Kevin vai fazer?

— Dar o que ela quer. – seu corpo ficou ainda mais rígido. – Não se preocupe, Kevin é grandinho sabe o que está fazendo.

— Não estou preocupada. – ela se mostrou sisuda. – Quero mais que ele se foda. Se você vai voltar a ser amiguinho dele diz a ele que não é porque ele ajudou o meu irmão que eu vou perdoa-lo.

— Não vou voltar a ser amigo dele. Estava conversando com ele quando ele saiu aqui porque eu acho errado um gay se obrigar a fazer isso. Mas não é por ser ele. E com o Eliot eu... – ela me puxou e me beijou do nada. Apertei sua cintura a afastando. – O que é isso?

— Usei o Kevin como desculpa para vim falar com você. Estou com saudade e ver você do jeito que você é me dando satisfações sem eu pedir. Só me deu vontade.

— Você sempre faz isso quando estamos brigados, lembra no abrigo? – abaixei o rosto. – Não resolve as coisas assim. A gente precisa conversar, por mais doloroso que eu sei que vá ser pra você. Porque se a gente não falar tudo agora, vai ser algo que vai voltar no futuro.

— Só te beijei Arthur. Isso não significa que eu te perdoei. Não consigo. Você desejou alguém que vai estar ao seu lado todos os dias quando voltarem suas aulas. Não dá mais.

— Não fala assim, por favor. – peguei em sua mão e ela entrelaçou nossos dedos fazendo os meus olhos encherem de água.

— Ainda sinto tudo que eu sentia por você. Só não consigo estar com alguém que eu não confio.  – ela se soltou e saiu me fazendo entrar e quebrar a primeira coisa que eu vi na frente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijos francesinho ;) kkkkkkkk até amanhã ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Perfeito XIV - Versão Arthur" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.