Amor Perfeito XIV - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 13
A vida em pessoa


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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 "Se não for você, eu não sou eu mesmo, você é tudo o que importa para mim."

Kevin Narrando

Comi a pizza e tomei os remédios e deitei de novo. Acabei dormindo. E pelo visto eu passaria a merda da madrugada aceso. Ouvi meu celular vibrar no criado e o peguei sonolento. Despertei no instante que vi quem era.

— Eu disse que esperaria a próxima ligação, mas não imaginei que seria tão rápido. – falei e sorri.

“Você acabou de acordar?”

— Sim. Sei o quanto você me acha lindo quando eu acordo, mas não faz essa expressão... Estou tentando resgatar meu lado cruel e assim não vai dar.  – ele sorriu. Um dos meus sorrisos preferidos. Aquele quando ele ouvia algo que gostava muito. Geralmente era o meu sorriso. – Oh, você sorriu. Gostou disso. Mas... Se não me falha a memória são poucas as coisas que eu digo e que você não gosta.

“Sempre audacioso.”

— Nós dois somos. – ele sorriu de novo. Maldição. – Por que está sorrindo Murilo?

“Sempre nos demos tão bem, por que eu deveria estar de cara fechada?”

— É... Até me recordo que éramos amigos antes de tudo isso.

“E não precisamos ser inimigos. Da mesma forma que você não precisa voltar a atacar o seu irmão.”

— Como eu sou inocente. Você não ligaria por querer me ver.

“Te ver me desmonta. Acho melhor assim.”

— É bem reciproco. – sorri. – Sabe... Apesar de ter te odiado bastante por alguns segundos ontem, agora parece que é só uma lembrança distante.

“Você me odiou?”— ele riu.

— Não se faça de bobo Murilo. – suspirei. – Pode deixar que quando eu me apaixonar iriei te ligar para pedir conselhos.

“Eu não te pedi conselhos.”

— Foi quase isso. – revirei os olhos. – Avançou?

“Você não quer saber disso.— ele ficou sério. – Bom... podemos manter nossa amizade, se isso te faz bem. Só não vire aquilo Kevin, por favor.”

— Por mim ótimo. Você me liga sempre que sentir vontade, não só quando o meu irmão quiser que você tente mudar o meu caminho.

“Ainda mais que você já mudou de ideia. Né?!”— aquele sorrisinho com aquelas covinhas me fez sentir calor. E ao mesmo tempo vontade de chorar.

— Como eu não mudaria com você sorrindo assim pra mim? – falei com a voz mansa e sincera.

“Para com isso Kevin.”

— É sério. Você tem um poder incrível sobre mim. Se disser que eu vou fazer, eu vou fazer e pronto. Playboy insuportável.

“Diabo irreversível.— ficamos nos olhando. – Eu te magoei e você magoou seu irmão. Isso não é nada legal.”

— Eu sei. Não vou fazer de novo. Só por favor, não me evite mais. Isso me mata. Não aguento pensar que você me odeia ou que toda sua atenção agora é para outra pessoa.

“Nunca vou te odiar Kevin.”

— Consigo ver pela sombra na cabeceira da cama que tem alguém ao seu lado. Minha emoção ao falar contigo só me deixou perceber isso agora, acredita? – ele respirou fundo. - Vocês ficaram e estão juntos agora né?

“Por que você faz isso?”

— Também não sei. – deixei minha emoção tomar conta de mim e os meus olhos que estavam umedecidos agora molharam o meu rosto.

“Estou sozinho.”— assim que ele disse isso vi que a sombra mudou, a pessoa havia saído de lá. Dei um sorriso.

— Acho que alguém não gostou da sua mentira, você arrumou problemas. – ele percebeu que eu me diverti muito com isso e estava realmente feliz.

“Tchau Kevin, vá pedir perdão a Arthur.”

Ele desligou e eu fechei os olhos. Queria guardar em minha mente cada sorriso que ele deu naquela ligação. Como ele podia fazer isso comigo? Eu estava certo de que o esqueceria! E também de como eu queria viver. E ele vinha e simplesmente bagunçava tudo. Não tinha escolha, iria fazer o que ele queria. Ia pedir perdão a Arthur. Mas amanhã, hoje eu não era capaz de nada.

 

Arthur Narrando

Segunda. Sete e meia da manhã. Tomava café ignorando meus pensamentos e tentando focar apenas em como seria o meu dia.

— Você tem que chegar às oito? – minha mãe perguntou me olhando. Ela sabia que sim, mas como não tinha ninguém pra falar nada procurava assunto comigo.

— Sim. – respondi e continuei comendo.

— Seu tio sai tão cedo, tem razão do casamento dele não ter dado certo.

— Mãe, você vai começar essa hora? Sério?

— Bom dia. – Ravi se sentou à mesa.

— O que está acontecendo com ela que anda tão amargurada?

— Se eu soubesse já tinha resolvido.

— Como se não fosse óbvio! Você já está com Alice de novo né Arthur? – parei de comer e fiquei olhando para ela.

— Qual argumento você vai usar agora? Por que a amizade entre você e o seu irmão você mesma destruiu sozinha.

— Vai lá falar com ele que você está com a filha dele. Vai. Só leva seu cartão do convênio médico contigo.

— Vou acabar de me arrumar para ir trabalhar. – me levantei a ignorando.

Na hora do almoço eu passei rápido em casa e depois de comer fui até o quarto de Fael. Ele ainda estava dormindo, então mandei uma mensagem no celular dele avisando que caso ele esquecesse eu estava trabalhando. Sai trombando com os meninos chegando.

— Você já tá saindo? – Otávia perguntou me olhando.

— Uhum. – segurei o rosto de Alice e a beijei. – Você não vai almoçar com a sua mãe?

— Ela tá trabalhando. Parece que o marketing musical é mais importante que a filha. – a olhei estranhando aquela reação. A mãe sempre trabalhava quando surgiam trabalhos que ela curtia e isso não era novidade para Alice.

— Já te falei para não se meter nisso. Não crie um ódio por sua mãe. É desnecessário. E cruel. – a olhei com bastante seriedade.

— Tá. – ela respondeu contrariada. – Por que está saindo tão rápido?

— Vou ir à concessionaria. – falei em seu ouvido. – Te amo. – me despedi e fui rapidamente antes que acabasse me atrasando para o trabalho depois.

— Prefiro o vermelho. – olhei para o lado e olhei o dono da voz. – Mas com as habilidades de direção do nosso irmãozinho... O prata irá disfarçar os arranhados.

— O que está fazendo aqui?

— Achou mesmo que iria dar esse presente ao pequeno dentuço sozinho? – tentei não rir. Inutilmente. – Não vou roubar seu prestígio, que fique claro que a ideia foi toda sua.

— Até por que você não a teria. – ele se virou para mim.

— Desculpa. Você melhor que ninguém sabe o quanto esse tipo de amor deixa a gente louco. – fiquei o olhando.

— Contanto que não use nada, não fique com Rafael, não seja cruel comigo e o mais importante, não volte a agir como o antigo Kevin, eu te desculpo.

— Muitas condições. - ele arregalou os olhos e fingiu pensar.

— É pegar ou largar. Eu não chorei e nem passei a noite em claro atoa.

— Você e a Alice são tão melodramáticos. 

— E você e o Kevin tão estúpidos.

— Aceito todas essa condições. Mas eu escolho a cor do carro. – ele saiu andando. Revirei os olhos e respirei fundo. Era esse o motivo de ficar tão mal quando parecia que eu iria perdê-lo, ele era a própria vida em pessoa.

"Preciso que você me mostre a luz, não só agora, mas por muito, muito tempo."


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Notas finais do capítulo

Será que podemos ficar felizes?!
Até amanhã ♥



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