Lady Nikiforova’s Fake Husband escrita por Haruyuki


Capítulo 5
Ato 5: учитель (Uchitel' - Professor)




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5.1

São Petersburgo, Novembro de 1866 - Mansão Nikiforov

 

Cast: 

— Filha do Príncipe da casa Nikiforov, parente da família real Russa, Victoria Romanova Nikiforova.  

— Mordomo e falso marido de Lady Victoria Romanova Nikiforova, Yuuri Nikiforov.

 

Pouco a pouco, Lady Viktoria e Yuuri adormecem na mesma cama, onde ela começa a construir seu ninho usando roupas contendo o cheiro de Yuuri, e também com diversos lençóis e travesseiros para que ele fique bastante confortável. Os meses passam e com a investigação sobre os desaparecimentos não trazendo nenhum resultado, Lady Viktoria e seu marido, Yuuri, finalmente podem curtir a lua-de-mel deles tranquilamente.

"Este é seu plano, Minha Senhorita?" Yuuri pergunta, a servindo de uma xícara de chá com geleia e sanduíches.

"Sim." Viktoria responde, lambendo seus lábios ao beber um gole do maravilhoso chá de Yuuri. "Uma viagem de 150 dias de cruzeiro ao redor do mundo, com direito a visitar diversas cidades diferentes." 

"Muito bem." Yuuri abre um sorriso, a tocando na bochecha com seus dedos da mão direita enluvada. "Se me der licença, eu irei preparar nossas malas e os cachorros."

"Obrigado, Yuuri." Ela diz, comendo um sanduíche com um largo sorriso no rosto. " Eu irei chamá-lo caso precise de algo."

"Entendido." Yuuri diz, se curvando para ela e se afastando para realizar suas novas tarefas.

Enquanto isso, Viktoria escolhe um livro aleatoriamente de sua biblioteca para ler e se surpreende por ser uma história infantil sobre o Deus Chernobog. Ela se lembra das notícias que leu na biblioteca quando procurava por informações de Yuuri e, ficando curiosa, decide que deveria ler ele naquela manhã.

Há muito, muito tempo atrás quando o mundo estava na Idade dos Deuses, cada civilização tinha suas próprias divindades para serem respeitadas em troca de desejos realizados. Em uma dessas civilizações, havia um Deus que governava o Reino do Céus e outro, o Reino dos Mortos. 

Um certo dia, graças aos caprichos de um Deus menor, o Deus dos Mortos se apaixonou por uma Deusa do Reino dos Céus e a sequestrou até seu Reino, onde a obrigou a comer uma fruta dizendo que seria para saciar a fome dela.

Graças a essa fruta, a Deusa ficou incapaz de retornar para o Reino dos Céus, gerando a fúria de sua mãe. O Deus dos Céus, pai da Deusa sequestrada, foi ao Reino dos Mortos exigir que a Deusa retorne para o seu Reino. 

Após uma longa discussão, os dois Deuses decidiram que ela ficaria metade de um ano no Reino dos Céus e a outra metade no Reino dos Mortos, o reinando junto com o Deus da Morte. 

E durante anos, a Deusa conviveu assim. Sua presença atraindo vida e beleza para os dois Reinos que convive. Mas então, em uma suposta festa no Reino dos Céus, a Deusa acaba se apaixonando por um Deus de profunda Beleza e se recusa a ir para o Reino dos Mortos. 

Quando o Deus dos Mortos surge no Reino dos Céus atrás de sua esposa e descobre que ela está apaixonada por outro Deus, ele se enfurece e declara Guerra. 

Guerra que dura séculos, até que Deus dos Céus amaldiçoa seu irmão, antes de lançar uma magia de ressurreição no corpo dos Deuses mortos naquela Guerra e ser morto por ele. 

O Deus da Morte entrou em desespero por causa da maldição e da morte de sua amada, desaparecendo logo em seguida.

Muitos dizem que o Deus amaldiçoado vaga pelo Reino dos Mortos atrás da alma de sua amada. 

Outros dizem que ele destruiu os dois Reinos e vive solitariamente no Reino da Terra como Chernobog ou também como 'o Ceifador'.

E os autores acreditam que ele está sim no Reino da Terra, vivendo entre seres humanos e ciente de que sua amada Deusa irá reencarnar ali a qualquer momento, desejando e rezando para que ele possa estar ao lado dela novamente.

~ The End ~

Viktoria se emociona com a história, e lamenta o que aconteceu com o Rei dos Mortos. Ela decide se unir mentalmente aos Autores e desejar pelo reencontro do Deus dos Mortos e de sua Deusa.

'Isso não é a verdade.'

Ela arregala os olhos e olha em volta, procurando pelo dono daquela estranha voz. Entrando em pânico ao não encontrar ninguém, ela se levanta e vai atrás de Yuuri, que congela ao ser abraçado por ela e sentir não só o nariz dela o cheirar pelo pescoço como também que ela está se tremendo.

"O que aconteceu, Minha Senhorita?" Ele pergunta, liberando mais de seu odor para a acalmar a Ômega. 

Algo que funciona. Ela respira fundo o odor dele, se sentindo leve e protegida. Yuuri toca delicadamente os punhos dela e se vira, a abraçando e deslizando o seu punho direito dela. 

"Eu escutei uma voz estranha. Era parecida com a minha, mas eu juro que não havia falado nada." Ela responde, relaxando nos braços dele. "Estou com medo, Yuuri."

"O que você precisa, minha senhorita?" Yuuri pergunta seriamente, observando ela levantar o rosto lentamente e o olhar nos olhos.

"Eu preciso de você. Dentro de mim. Me enchendo com sua semente e o seu nó." Ela sussurra, mordendo o lábio inferior.

"Entendido." Yuuri diz, a pegando facilmente nos braços e a levando para o ninho, onde finalmente o Alfa se rende completamente para ela.

~x~

 

5.2

São Petersburgo, Novembro de 1866 - Cruzeiro (Oceano Pacífico)

 

Cast: 

— Filha do Príncipe da casa Nikiforov, parente da família real Russa, Victoria Romanova Nikiforova.  

— Mordomo e falso marido de Lady Victoria Romanova Nikiforova, Yuuri Nikiforov.

— Madame Min-So Park.

— Madame Takemi Nishigori Toyomura.

— Madame Celestine Cialdini Okukawa.

— Lady Satsuki Muramoto.

— Madame Isabela Leroy.

— Lady Leona de la Iglesia.

— Extras.

 

O embarque no luxuoso cruzeiro ocorreu tranquilamente para o casal Nikiforov. É claro que graças a Yuuri, jornalistas e fotógrafos não tiveram a chance de ver Madame Viktoria embarcar no cruzeiro, escondendo o rosto e parte do corpo dela com um guarda-chuva, mas deixando exposta as costas do casaco cor de rosa dela. Em uma das suítes masters, Yuuri inicia o processo de cuidado dos cães primeiro e da organização apropriada do quarto enquanto Lady Viktoria toma um banho. Ele também providencia para que chá e doces sejam entregues imediatamente, além de Kits para ninho de Ômega. 

Lady Viktoria sai do banho usando um grande roupão cor de rosa com seus longos cabelos prateados ainda molhados. Yuuri percebe que ela segura uma toalha com a mão direita e, pegando a escova de cabelo preferida dela, se senta no sofá com as pernas abertas. Kadu Viktoria se senta entre as pernas dele, que pega a toalha e começa a enxugar os fios e os escovar cuidadosamente.

"Muito obrigado, Yuuri." Ela diz, se virando e o olhando com um sorriso no rosto.

"Com prazer, Minha senhorita." Yuuri inclina o rosto, a olhando com um estranho brilho nos olhos.

Yuuri recebe as coisas que ele pediu, imediatamente servindo Lady Viktoria com os doces e o chá. Ele deixa os pacotes com os Kits ao lado da cama, para serem usados pela Ômega mais tarde. 

"Minha senhorita. Se me permite, irei tomar um banho e trocar de roupa. Depois disso, estarei lhe ensinando um pouco de etiqueta de cada país que iremos visitar." Ele revela, para a surpresa de Lady Viktoria. 

"Isso é mesmo necessário?" Ela pergunta, fazendo bico.

"Infelizmente, há certas coisas que Ômegas podem ou não fazer. E mesmo que tecnicamente nós seremos turistas, respeitar isso não só significa evitar cenas embaraçantes como também faz a senhorita ser bem vista nos olhos de quem convive com esses costumes." Yuuri explica para ela, que se surpreende com o que escuta.

"Eu entendo." Ela afirma com a cabeça, com um olhar sério no rosto. "Me ensine, por favor."

E ele a ensina sim, de acordo com livros que ele encontrou na Biblioteca Central e com a rota principal que o cruzeiro está para realizar. 

Primeira parada: Reino da Coréia;

Segunda parada: Arquipélago Imperial do Japão;

Terceira parada: Colônia Inglesa da Austrália;

Quarta parada: Império da China;

Quinta parada: Egito;

Sexta parada: República da Itália;

Sétima parada: Reino do Canadá;

Oitava parada: Brasil;

Nona Parada: Estados Unidos da América;

Décima Parada: Império da Rússia (ponto de partida inicial do cruzeiro).

Postura, cabeça, mãos, cintura, pernas, cumprimentos, palavras.

Certamente as lições de etiqueta de Yuuri certamente se mostraram eficientes quando Ômegas são convidadas para jantar no Grande Salão do cruzeiro, onde Yuuri não pode entrar, mesmo sendo casado com Lady Viktoria, por ser um Alfa.

Ao entrar no Salão, ela é guiada por uma beta que faz parte da tripulação do cruzeiro para uma grande mesa redonda onde diversas Ômegas estão sentadas, conversando entre si. Viktoria se sente incomodada, até perceber que Christine também está ali na mesa.

"Viktoria!" Christine exclama, se levantando da mesa e indo até Viktoria, a abraçando.

As outras Ômegas ali presentes param de conversar para olhar a recém-chegada, que se curva e as cumprimenta primeiro.

"Bom dia. Meu nome é Viktoria Romanova Nikiforova e sou da Rússia." Ela diz, se sentando ao lado de Christine.

"Madame Min-So Park, da Coreia do Sul." Uma das madames, com seus cabelos negros presos em um coque e uma roupa estranha azul marinha se apresenta, bebendo um pouco de chá.

"Madame Takemi Nishigori Toyomura, do arquipélago do Japão." Outra Ômega, usando roupas nunca vistas por Viktoria, se curva para Viktoria, que retorna o cumprimento em silêncio.

Viktor arregala os olhos, pois Ômegas com dois sobrenomes significa nobreza ou realeza.

"Madame Celestine Cialdini Okukawa, nascida na Itália mas agora pertencente ao Japão." Uma Ômega de longos cabelos loiros escuros e pele morena diz, usando o mesmo tipo de roupa que Madame Takemi."

"Lady Satsuki Muramoto, também do Japão."

"Madame Isabela Leroy, do reino do Canadá."

"Lady Leona de la Iglesia, dos Estados Unidos da América." 

As apresentações continuam, mas Viktoria apenas sorri e as cumprimenta em silêncio, chocada por estar na presença de não uma mas pelo menos duas Ômegas como ela. Conversas normais retornam, com Lady Viktoria agora envolvida nelas. E então…

"Ah, eu sabia que eu estava me esquecendo de algo!" Lady Leona exclama, assustando o resto das Ômegas. "Madame Takemi, notícias sobre o ocorrido três anos atrás chegaram ao meus ouvidos! Fico tão feliz que você e todos os outros tenham escapado do navio em segurança!"

"Espera, que história é essa?" Christine pergunta, olhando para a Ômega em questão.

"Muito obrigada, Lady Leona. Mas infelizmente nem todos conseguiram escapar." Madame Takemi responde, abaixando o rosto.

"O que aconteceu?" Lady Viktoria pergunta, preocupada com sua nova amiga.

"Eu, meu marido, e diversas pessoas da realeza e nobreza do Japão estávamos em um navio indo para a Rússia em missão diplomática quando nosso mordomo, ao achar estranho o comportamento de tripulantes, descobriu que havia bombas espalhadas na sala dos motores do navio. Juntamente com Lorde Minato Okukawa e Lady Mari Katsuki, nossos mais leais servos, quase todos conseguiram escapar do navio antes de explodir, exceto nosso mordomo, que acabou não conseguindo escapar a tempo."

"Oh, não!" Cristine exclama, chocada.

Viktoria se lembra de ter lido nos jornais sobre pedaços de madeira surgir na praia de uma vila litorânea três anos atrás. Ela também se lembra que Yuuri acordou com amnésia há três anos atrás também, mas não vê nenhuma ligação com o evento.

Seria coincidência demais…

"Lady Viktoria. Gostaria de dizer que estou impressionada com você pelo modo como cumprimentou Madame Takemi e Lady Satsuki." Madame Celestine comenta, com um sorriso no rosto.

"Meu mordomo me ensinou um pouco de etiqueta de diversos locais diferentes." Viktoria responde, animada com o que está escutando.

Afinal Yuuri tinha razão quando disse que ela seria bem vista por ter aprendido etiquetas de povos diferentes.

Das repente, Viktoria se vê sentindo coisas estranhas sempre que está na presença de Yuuri, algo que naquele cruzeiro se torna algo ainda mais constante. Sentimentos esses que outras Ômegas usam quando se trata de seus maridos.

E então… algo de estranho acontece no meio da viagem. Uma série de eventos que irá começar a partir de agora, causados por um nome.

Um nome que, dessa vez, não parte de Lady Viktoria.

"Yuuri?"


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