Invisible Play - Level Up escrita por Douglastks52


Capítulo 3
Mistérios


Notas iniciais do capítulo

Kurokawa ainda está inconsciente! Então vamos ter um capítulo focado em outros personagens. Boa leitura!



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Raizer abriu sua interface e conferiu a vida de Kurokawa: 

—Tudo bem, ele ainda tem 7% de vida. -Pensou ele aliviado. -A resistência base dele era muito alta para alguém nível 25 então acabei usando mana demais. Tenho que aprender a controlar isso mais precisamente. 

Ele caminhou até a praça com aquela estátua e avistou seu objetivo: 

—Senhora, eu trouxe o amuleto de volta. -Riu Raizer se aproximando. 

Ela virou-se para Raizer e sorriu com um pouco de tristeza em seus olhos: 

—Então era realmente impossível vocês dois completarem a missão juntos? 

—Sim, desculpa. 

—Não se preocupe, meu jovem. Se esse era caminho escolhido pelo destino, então tudo dará certo no final. 

—Mesmo que esse não seja o caminho escolhido pelo destino, eu farei tudo dar certo, então você não precisa se preocupar, senhora! -Respondeu Raizer. 

—Vejo que você está bem animado. -Riu ela. -Mas a minha parte acaba aqui, de agora em diante você vai ter que descobrir sozinho o que fazer. 

—Sem problemas, eu já tenho várias ideias do que fazer! Mas antes disso, você poderia por favor me dizer quais são os critérios necessários para aceitar essa missão? Você me disse que apenas “certas” pessoas podem aceitá-la, mas isso é muito vago. 

—Não me é permitido compartilhar essas informações com jogadores, mas eu vou abrir uma pequena exceção para você, tudo depende da força do jogador. 

—A força? Você quer dizer o nível? Ou as características base? Ou o poder de ataque? Isso ainda é muito vago, senhora... 

Aquela velha mulher pegou em sua bengala e bateu-a na cabeça de Raizer: 

—Pare de dar tanta atenção à detalhes e vá fazer a missão! 

—Tudo bem, tudo bem... -Disse ele decepcionado. -Até a próxima então, senhora! 

Ela acenou e observou-o a ir embora em alta velocidade e grande animação: 

—Boa sorte, meu jovem. 

Raizer abriu seu mapa e viu diversas lojas de NPCs: 

—Ferreiro...Alfaiate...Escultor...Joalheiro! 

Ele correu até a loja e a entrou sem delongas. O senhor de cabelos castanhos curtos e barba modesta rapidamente o reconheceu: 

—Olha, olha, se não é Raizer. 

—Olá, senhor joalheiro! -Sorriu Raizer se aproximando. 

—Eu já te disse que meu nome é Jawel, não precisa ser tão formal e me chamar de “senhor joalheiro”. 

—Na verdade, eu sou péssimo em decorar nomes... -Riu Raizer. 

—Tudo bem, não é um problema. -Riu aquele homem. -Então, do que você precisa hoje? 

—Hoje, eu não vim comprar nada. Eu queria que o senhor desse uma olhada nesse amuleto. -Disse Raizer entregando o amuleto. 

Jawel segurou no amuleto, levou-o para sua mesa de trabalho e, com a ajuda de vários instrumentos, analisou-o: 

—Raizer, eu não encontrei nada que pudesse indicar quem fez esse amuleto, apenas sei que ele foi feito muito tempo atrás. E pela qualidade dos materiais usados, posso dizer que essa pessoa era muito habilidosa. Desculpa por não ser de maior ajuda. 

—Não se preocupe com isso, senhor. -Respondeu Raizer pegando o amuleto de volta. -Essas informações já são boas o suficiente. Obrigado pela ajuda e até a próxima! 

—Vejo que está com pressa, boa sorte, Raizer! 

Ele correu para fora da loja, abriu seu mapa novamente e voltou a pensar: 

—O amuleto está relacionado com a lenda do herói dessa cidade, se eu for à biblioteca da cidade talvez ache mais informações sobre a missão. 

Mais alguns minutos de viagem e Raizer chegou à biblioteca. Logo à entrada, estava uma mulher de longos cabelos negros presos num rabo de cabelo. Ela sentava-se atrás de uma escrivaninha, onde havia uma pequena placa com “Anna” escrito. Ela afastou sua atenção do livro que lia e percebeu a presença de Raizer: 

—Oh, Raizer, já terminou de ler os livros que pegou emprestado? 

—Ainda não, eu hoje vim aqui procurar livros sobre a lenda do herói dos céus ou algo parecido.  

—Ah, você está falando da lenda relacionada àquela estátua que temos aqui na cidade? 

—Sim, isso mesmo! 

—Já faz um tempo que eu li esse livro, mas eu acho que ele está no final da última secção da biblioteca, procure por “As viagens de Carlos”. 

—Muito obrigado! 

—De nada. 

Raizer caminhou até a secção indicada e rapidamente começou a procurar. Seus olhos caminharam entre as várias prateleiras até encontrarem aquele livro. Ele estendeu sua mão e agarrou o livro. A capa verde escura e resistente destacava as letras do título escrito a dourado. Raizer abriu-o e deparou-se com uma breve introdução: 

—Um coração gentil é a arma mais forte que um guerreiro pode carregar. Trilhe um caminho de criação, ame aqueles que merecem ser amados e aqueles que nunca foram. Viva com o orgulho. 

Raizer não sabia como reagir, essa introdução não o ajudava a entender os conteúdos do livro e muito menos dava pistas acerca de sua missão, mas aquelas palavras eram tão acolhedoras. Sem ainda entender o que sentia, ele fechou o livro e caminhou em direção à bibliotecária: 

—Eu vou levá-lo. 

—Tudo bem, já está anotado. -Sorriu ela. -Boa leitura. 

—Obrigado. -Agradeceu Raizer caminhando para fora da biblioteca. 

Do outro lado da cidade, Lizzy também perseguia seus objetivos: 

—Bestas Lendárias? -Sorriu aquele homem indo buscar algo -Vejo que você tem grandes objetivos. 

Ele voltou alguns segundos mais tarde com uma chave branca com ornamentos dourados em sua mão: 

—Aqui tem. 

Lizzy estendeu sua mão e ao tocar a chave um aviso surgiu em sua interface: 

—Missão - “Em direção à Glória” Aceite. 

Ela segurou a chave com força em suas mãos enquanto finalmente sentia que suas ações não haviam sido em vão: 

—Obrigada... 

—Não é preciso agradecer, isso foi apenas o resultado dos teus esforços. -Respondeu aquele homem. 

Ela observou a chave, leu a missão e percebeu que não haviam indicações do que fazer: 

—Ah, senhor NPC, o que supostamente essa chave abre? 

—Eu não faço a mínima! -Riu ele. 

—Ah, tudo bem. -Suspirou ela levemente decepcionada. -Eu já fiz o suficiente por hoje, acho que vou voltar para casa. 

Ela caminhou até a saída enquanto se despedia. Ainda observando a chave, ela dirigiu-se até o portal para regressar à Vila, mas no caminho ela lembrou-se de algo: 

—Kurokawa! Agora que o evento acabou, eu consigo usar o mapa para saber sua posição! -Pensou ela abrindo seu mapa. -Okay, ele não está muito longe daqui. Quando eu chegar lá...eu vou enfiar um pouco de noção naquele cérebro de pássaro... 

Ela correu até a posição em seu mapa e não viu nada: 

—Que estranho...era suposto Kurokawa estar parado logo ali, mas a não ser que ele esteja dentro daquela casa, isso não faz sentido nenhum. 

Lizzy caminhou em volta a casa e percebeu que seu telhado estava bastante danificado, ao olhar de perto, ela percebeu que havia um ser humano ali: 

—Kurokawa?! 

Sem obter nenhuma resposta, ela pulou e tentou retirar Kurokawa dos destroços: 

—Ei, está tudo bem? -Perguntou ela abrindo sua interface e conferindo a vida de Kurokawa. -Você quase morre pelo menos três vezes por semana, como você consegue? 

Ele abriu seus olhos e ficou quieto por alguns segundos tentando entender a situação: 

—Mas que merda aconteceu... 

—Você foi atacado? -Perguntou Lizzy. 

—Eu estava perseguindo alguém por causa de uma missão e depois...eu vim parar aqui? 

—Quem fez isso? 

—Minha cabeça dói, vamos para casa...  

—Tudo bem... -Respondeu Lizzy preocupada. -Você tem dinheiro para usar o portal? 

—Não... 

—Parece que alguém precisa de dinheiro emprestado... -Riu Lizzy. -Mas não se preocupe, eu completei VÁRIAS missões hoje, por isso dinheiro não é um problema. 

—Sim, tanto faz, me empresta o dinheiro. -Pediu Kurokawa. 

Lizzy percebeu que Kurokawa estava extremamente mal-humorado e decidiu evitar conversas. Os dois retornaram à casa de Kurokawa sem trocar muitas palavras. Ao chegarem em casa, Lizzy, animada com suas conquistas do dia, decidiu cozinhar algo especial, mas Kurokawa apenas trancou-se em seu quarto e foi dormir. 

Ela sentou-se à mesa sozinha enquanto apreciava sua comida: 

—O que será que aconteceu com ele? 


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Notas finais do capítulo

Eu estou tentando usar outros personagens para desenvolver um pouco mais do mundo, porque narrar tudo do ponto de vista do Kurokawa faz com que a história seja luta atrás de luta ausdhasudhasudhasu