O Despertar dos Sentidos LIVRO 1 escrita por Shirley Santos


Capítulo 19
17 - Um Domingo Incrível (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO:
Como fiz no capítulo anterior, vou dividir este cap. em dois, pois ele é bastante longo. Espero que gostem. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/788861/chapter/19

Simone está dormindo profundamente quando começa a sonhar. Em seu sonho, está conversando com o Júlio na praia, em frente à casa dele, olhando para o mar e o sol brilhando forte, refletindo sua luz na água.

Subitamente, o Rick e o Cesar aparecem, começam a discutir com o Júlio por estar com ela e por causa disso os três começam a brigar, a lutar com socos, pontapés, cotoveladas, chutes e cabeçadas.

Ela tenta apartar a briga suplicando para que eles parem, mas sua voz não sai. Tenta gritar e nada. Nenhum som sai de sua boca, então corre para perto deles, porém quanto mais Simone corre, mais fica longe deles.

Por fim, os três desaparecem, a ruiva olha de um lado para o outro e nada de vê-los, volta a sua atenção para o mar, percebe que a água está vermelha, se aproxima da arrebentação, coloca a mão na água e descobre que é sangue.

Um mar de sangue imenso, Simone começa a chorar, se vira para correr na direção da casa de Júlio, mas uma grande sombra segura seus braços impedindo-a de alcançá-la, ao mesmo tempo que uma gargalhada sinistra ecoa por todo o lugar.

Simone é acordada por Eduardo que a sacode na tentativa de despertá-la.

— Simone! Acorda! Acorda!

A ruiva se assusta, senta-se na cama um pouco desorientada, se lembrando do mar de sangue.

— Você estava tendo um pesadelo?

— Acho que sim. Obrigada por me acordar. – ela passa as mãos no rosto.

— Com o que estava sonhando?

— Nada. Esqueça. – sussurra enquanto se levanta — Vai dormir que vou beber um copo d'água.

— Sim. Mas não demore. – murmura deitando-se e pega no sono de novo um segundo depois.

Simone vai até a cozinha no escuro e na ponta dos pés descalços para não acordar o Júlio. Vestida com um pijama tipo calça e camiseta de manga comprida com um desenho da Minnie, o cabelo um pouco bagunçado. Pega água, ao começar a ingerir, percebe a porta da cozinha aberta.

Olha para um relógio pequeno que está sobre o balcão do armário, com um pouco de dificuldade por estar sem suas lentes, vê que marca cinco e vinte e cinco da manhã, então resolve sair temendo que acontecera alguma coisa com alguém.

Passa pela área de serviço, depois pela garagem, percebe o portão de pedestre aberto. Não consegue segurar sua curiosidade e sai, olha de um lado para o outro, não vê nada ou qualquer pessoa ali perto.

Dá de ombros, olha para o céu que ainda está bastante iluminado pela lua que já se esconde atrás das montanhas, algumas nuvens esparsas. A orla não tem uma boa iluminação como as praias da zona sul do Rio, porém com a ajuda da lua podia-se ver a arrebentação não muito longe.

Simone aproxima-se da praia. Ao pisar na areia fria, mexe com os dedos dos pés para sentir o máximo da temperatura e sorri, segue na direção da água. Ao chegar bem perto da arrebentação, distingue uma figura familiar sentada na areia. Ela se aproxima, senta-se ao lado da figura, bem perto.

— Perdeu o sono? – pergunta olhando para o mar.

— Na verdade, não consegui dormir. – Júlio responde olhando para ela.

Ele está vestido com uma bermuda preta, camiseta branca e também está descalço.

— Por quê? – ela questiona.

— Por sua causa.

— O que eu fiz? – olha para Júlio franzindo o cenho.

— Apareceu em minha vida. – o moreno abre um sorriso encantador — E a iluminou com seu brilho!

— Meu brilho? – a ruiva levanta as sobrancelhas, ao mesmo tempo que arregala os olhos.

— Sim. Seu sorriso, suas gargalhadas, seus olhos, seu cabelo, sua voz, sua pele, sua personalidade. Tudo em você brilha!

Simone o olha boquiaberta ao ouvir as palavras dele e dá uma gargalhada.

— Por que está rindo? Estou falando sério!

— É a primeira vez que alguém fala assim comigo, "Apareceu em minha vida e a iluminou com seu brilho!". É engraçado!

— Eu não acho engraçado! Jamais uma mulher fez isso comigo! Estou me sentindo um tolo por estar assim!

— Você quer que eu suma para voltar a sua vida de antes? – Simone mostra uma expressão severa em seu rosto.

— Não! Você não vai sumir! Quero você bem perto de mim! – diz abraçando-a forte — Promete que não vai embora?

— Prometo. – sorri e dá um beijo no rosto do moreno.

— Mas, e você? Por que está acordada?

— Um sonho ruim me fez acordar. – volta seu olhar para o mar — Fui para a cozinha beber água, vi a porta aberta, então a curiosidade me dominou e vim parar aqui.

— Sonho ruim? – Júlio levanta uma sobrancelha.

— Sim. Muito ruim.

— Me conta.

— Não me lembro direito... – a ruiva fecha os olhos comprimindo-os com força, assim como os lábios — Apenas... de ver você, o Cesar e o Rick brigando por alguma coisa – ela abre os olhos novamente, voltando a observando o mar, completa — Depois vejo um mar vermelho e quando chego perto, era um mar de sangue.

— Mas... foi só um sonho! Nada de mal vai acontecer!

— Eu sei. – ela se levanta — Agora, acho que vou voltar para a cama.

Júlio segura sua mão e murmura:

— Fica comigo? Vamos ver o amanhecer juntos. O céu já está começando a ficar mais claro.

Ela sorri, voltando a sentar-se, Júlio a abraça mais uma vez. Os dois permanecem em silêncio apenas olhando para o horizonte, ouvindo o som do mar, além de alguns pássaros que cantam em árvores próximas.

Os raios solares começam, lentamente, a iluminar o céu e as nuvens conforme a terra começa mais um ciclo diurno. As nuvens vão mudando as cores que, primeiro, ficam em um tom rosado escuro que se misturam ao azul escuro da curva celeste que ainda mostra algumas estrelas brilhando. Depois as cores das nuvens passam para o vermelho.

Simone canta um trecho da música "Mais Uma Vez", do Legião Urbana:

 

"Mas é claro que o sol vai voltar amanhã

Mais uma vez, eu sei

Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã

Espera que o sol já vem."

 

Júlio sorri, faz carinho no cabelo de Simone que encosta sua cabeça no peito dele. Assim, continuam a observar as nuvens e sua mudança de cores que começam a ficar alaranjadas. Até que finalmente o Sol desponta no Leste. Conforme o astro rei sobe, imponente, vai deixando de ser da cor laranja avermelhado, tornando-se amarelo, desta forma pintando as nuvens de amarelo também.

— O nascer do Sol mostra exatamente o que sua chegada representa em minha vida. – Júlio murmura sem tirar os olhos do horizonte — Eu estava na escuridão e quando você apareceu na empresa, no dia da sua entrevista com esse cabelo vermelho, começou a iluminar minha alma exatamente como ele está fazendo agora com o céu.

Júlio dá um longo e profundo suspiro, pega o queixo dela forçando-a a fitá-lo nos olhos:

— Você é o meu sol.

Ela sorri com a declaração do moreno, dá um beijo demorado no rosto dele. Ele ri e a faz deitar na areia fazendo-a rir também. Olha fixamente nos olhos da ruiva, enquanto tira uma mecha do cabelo rubro que ficou no rosto dela ao deitar-se, então a beija de forma intensa, Simone retribui e os dois se abraçam.

Por alguns instantes, se entregam as sensações do beijo, eis que ele interrompe, se afasta lentamente com os olhos fechados, enquanto ela abre seus próprios olhos, o vê sorrindo e sorri também:

— O que foi? – ela sussurra.

— Estou gravando o seu beijo na minha mente. – ele abre os olhos e a vê sorrir — Acho que estou começando a entender porque o Cesar e o Ricardo querem tanto voltar com você.

— Mas não vou voltar com ninguém! – declara empurrando-o, se levanta irada e segue em direção a casa — Minha vida mudou e jamais deixarei que isso aconteça! Ouviu bem? Jamais!

Ele se levanta rapidamente, se coloca na frente dela impedindo-a de prosseguir, então murmura segurando os braços da ruiva:

— Sei que não quer que isso aconteça, por isso vou te pedir algo.

— O quê? – solta-se das mãos dele, cruza os braços nervosamente.

— Namora comigo?

— Como? – Simone franze a testa e comprime os lábios.

— Quer namorar comigo?

A ruiva começa a rir, pula nos abraços dele, o abraça forte:

— Achei que nunca iria pedir!

Júlio começa a rir, a abraça forte, levantando-a e faz vários giros com ela, que ri eufórica. O moreno para de girar, a desce e a beija profundamente por alguns instantes, por fim eles voltam a olhar para o sol que já está um pouco acima da linha do horizonte.

— Vamos voltar para dentro porque estou com fome. – Simone murmura passando a mão no rosto de Júlio.

— Eu também. – sussurra colando sua testa na dela, fitando os olhos da ruiva.

Eles voltam para a casa depois de se beijarem intensamente de novo. Percebem que todos ainda dormem, por isso resolvem preparar o café para quando os outros acordarem. Júlio pega um saco de pão que sobrou da festa, os coloca na forma para aquecê-los no forno, Simone pega duas mangas e descasca para fazer suco.

Assim, começam os preparos para o café. O barulho do liquidificar é ensurdecedor, o que provoca a ira de Cesar que sai do quarto.

— Que barulho! – exclama com as mãos tapando os ouvidos, fica pasmo ao ver o Júlio e a Simone na cozinha, mas logo se refaz enquanto rosna — Vocês não sabem que é domingo! Tem gente querendo dormir!

Simone aperta o botão de funcionamento do aparelho, interrompendo o ruído, Júlio fala com um sorriso de orelha a orelha:

— Que isso, cunhadinho. Está um lindo dia ensolarado lá fora e queremos aproveitar o máximo deste dia maravilhoso!

— Nossa! Quanta alegria! – Camila sai do quarto se espreguiçando — Por que tanta felicidade?

Júlio olha para Simone que sorri docemente para ele, então declara:

— O motivo de tanta alegria? A vida é muito curta para ficarmos sempre carrancudos! Você não acha, Simone?

— Sim! Claro! – sorri e volta ao preparo do suco.

Cesar percebe que algo aconteceu entre eles, volta para o quarto com uma carranca feia. Camila vai ajudar o Júlio e a Simone com os preparos do café, enquanto os outros se levantam. Depois de se cumprimentarem, começam a ajudar também.

Quando terminam o preparo, todos sentam à mesa, Camila na cabeceira, do seu lado direito o Júlio, a Simone e o Eduardo; do seu lado esquerdo é deixada a cadeira vaga para Cesar, ao lado sentam-se o Elton e a Agatha. Eles começam a desfrutar do café, quando finalmente Cesar sai do quarto e sentando-se no seu devido lugar, ao que Júlio exclama, com expressão de deboche:

— Você não ajudou, então não vai comer!

— Como é?

— Brincadeirinha! Deixa de ser tão carrancudo, cunhadinho. Você não era assim!

— É mesmo. – Camila murmura após beber um pouco de suco — O que aconteceu com o meu maridinho lindo? – ela aproxima a mão para fazer carinho no rosto dele.

— Nada. – Cesar se afasta rejeitando o carinho da esposa — Só não gosto de acordar cedo no domingo.

— O que vamos fazer hoje? – pergunta Eduardo olhando para Júlio.

— Bom, Dudu. – começa Júlio — Como prometido, vou deixar a Simone dar uma volta de moto, depois vamos todos passear pela cidade.

— Dudu? Desde quando vocês têm essa intimidade? – pergunta Cesar em tom perverso.

— Acredito que já posso chamá-lo assim. Certo, Simone? – Júlio olha para Eduardo, depois para ruiva.

Simone olha para o amigo, rindo, deixando quase todos sem entender nada. Ela olha para o moreno contendo o riso e murmura:

— Acho que chamá-lo de Dudu vai ficar mal para você. Vão começar a duvidar da sua masculinidade.

— Então, que todos saibam que não estou interessado no Eduardo, mas sim em você, Simone! – responde olhando para ela, pega a mão da ruiva, sem deixar de olhar para os presentes — Pedi a Simone em namoro enquanto assistíamos o nascer do sol e ela aceitou!

Eduardo dá um grito de alegria e abraça a Simone:

— Eu sabia que isso ia acontecer! Dou o maior apoio neste namoro!

Elton e Agatha trocam olhares, sorriem com a novidade, então ele declara:

— Nós também apoiamos! Vocês fazem um belo casal!

— Não pode! – Cesar explode batendo uma das mãos fechada, com força sobre a mesa, assustando a todos.

— Por que não? – Camila comprime os lábios, semicerrando os olhos.

— P-porque... porque vai atrapalhar o trabalho dela! – Cesar gagueja tentando esconder sua raiva.

— Acho que não vou atrapalhar. Sei que ela tem muito trabalho atrasado, assim como eu. – Júlio murmura depois de engolir um pedaço de pão — Não vou ficar atrás dela o tempo todo.

— Mas eu não entendo o que tem uma coisa a ver com a outra? – pergunta Camila.

— Perdi o apetite! – Cesar sai da mesa e vai para o quarto.

— Ultimamente tem perdido sempre o apetite! – Camila exclama nervosa, se levantando e seguindo atrás dele.

— Me deixe em paz, Camila!

Cesar faz a porta bater e Camila fica parada na frente dela por alguns instantes, depois volta para a mesa com um sorriso amarelo nos lábios. Todos ficam em silêncio durante o restante do café da manhã.

Quando terminam, os homens fazem a limpeza da mesa, guardam o que sobrou dos alimentos, enquanto as mulheres lavam a louça e a guardam. Depois cada um faz sua higiene matinal, vestem roupas leves colocando seus trajes de banho por baixo da roupa. Júlio vai até o barracão, empurra a moto para fora depois tenta fazê-la funcionar, mas sem sucesso. Pede para Elton ajudá-lo a empurrar para a rua e fazê-la pegar no tranco.

Finalmente, a máquina faz seu ruído característico e Simone fica eufórica ao ouvir o barulho do motor funcionando. O moreno monta na moto, dá uma volta indo até à rodovia, retorna e estaciona em frente da casa. Desce deixando-a em funcionamento, corre para o barracão para pegar os dois capacetes, tipo retro preto com desenho de caveira.

— Coloca o capacete e pode dar uma volta nela, Simone.

— Tem certeza que vai deixá-la pilotar? – Camila pergunta ainda incrédula — Você nunca deixou ninguém pilotar sua moto!

— Por que não? – pergunta Simone olhando para Camila, depois para Júlio.

— Ele tem muito ciúme das coisas dele! – responde Cesar em tom perverso, está encostado no portão observando tudo com os braços cruzados.

— Mas para você ficar feliz faço qualquer coisa! – declara Júlio sorrindo para Simone — A única coisa que te digo é, vai com calma. Ela é mais potente que a moto do Eduardo e você não está acostumada, pode se assustar com a velocidade e o peso.

— Ok. Então, lá vou eu! – a ruiva sorri, bate palmas uma vez, esfrega uma mão na outra com um brilho travesso nos olhos.

Ela coloca o capacete sem prender o cabelo, monta na moto dá uma acelerada para sentir o motor roncar e começa a rir. Dá outra acelerada, eis que Agatha grita com sorriso divertido:

— Vai! Vai logo!

Simone olha para eles, vê quase todos sorrindo, fazendo sinal de positivo. Cesar é o único que não expressa qualquer sentimento, além de ciúme e raiva.

A ruiva dá mais uma acelerada, coloca em primeira marcha, começa a acelerar mais para sair, sente um pequeno solavanco, mas não se intimida e segue em frente. Ela vai até a pista da rodovia, faz o retorno em direção à casa de Júlio.

Volta a ficar em frente da casa, porém não para, faz o retorno, dá um grito acenando para todos os presentes, segue em frente, então finalmente entra na rodovia seguindo em direção à cidade de Caraguatatuba.

Acelera até cento trinta quilômetros por hora, fica eufórica com o ronco do motor, além de sentir seu cabelo esvoaçante pelo vento. Durante todo o percurso, alguns motoristas de carro de passeio e de caminhão que passam na via contrária, buzinam e acenam para Simone, que retribui acenando e sorrindo. Ela passa próximo da pequena praia de Perequê-mirim, segue a encosta da montanha até a entrada da marina próxima a Praia do Lázaro, onde faz o retorno e volta pelo mesmo caminho.

Ao estacionar na frente da casa de Júlio, desce da moto vibrando de alegria, corre para abraçar o moreno que a levanta em seus braços. Ela agradece com um beijo ardente e demorado, deixando Cesar mais furioso ainda, mas este tenta com todas as suas forças não transparecer sua raiva quando Camila olha para ele.

— Obrigada! – Simone agradece ainda ofegante por causa do beijo e da emoção — Você fez algo que poucas pessoas fizeram por mim!

— O quê? – pergunta Júlio com um sorriso largo.

— Me fez muito feliz!

— Então, vou continuar te fazendo feliz. – ele a abraça mais forte — Vamos dar uma volta pela cidade, ir até Caraguatatuba e voltar. O que acha?

— Vamos agora?

— Claro! Vamos também, Elton? – pergunta olhando o amigo, que está abraçado a Agatha, que admira o comportamento do amigo de seu namorado.

— Mas é claro!

— E vocês vêm nos acompanhando de carro. – Júlio murmura olhando para Camila, Cesar e Eduardo.

— Sim. Nós vamos. – Camila se vira, segue na direção do interior do terreno da casa, olha para Cesar ao passar pelo portão, mas ele não dá atenção. Apenas, observa a Simone e o Júlio, então a morena entra com Elton logo atrás.

O amigo de Júlio tira sua moto da garagem, enquanto Camila fecha a casa, depois de pegar a chave do carro de Cesar. Ela manobra o veículo para fora, pede para o Eduardo e o Cesar entrarem, enquanto os outros já estão prontos para partir.

Com Júlio e Elton pilotando suas motos, suas garotas na garupa, eles começam o passeio pela cidade passando primeiro nas casas dos amigos. Estes já estão acordados, dando início aos preparativos para o churrasco de domingo.

Júlio convida a todos para darem uma volta, antes de começarem com tudo aquilo e eles concordam. Aqueles que estavam de moto montam em suas maquinas envenenadas usando suas jaquetas do moto clube e suas esposas ou namoradas na garupa, os outros entram em suas picapes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Despertar dos Sentidos LIVRO 1" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.