O Despertar dos Sentidos LIVRO 1 escrita por Shirley Santos


Capítulo 13
12 - O Fim DE Semana E A IRMÃ DE CORAÇÃO




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Os dias do final de semana passam rápidos para Simone. Eduardo à leva para passear no sábado em um shopping da zona sul. Andando pelos corredores, ela vê um vestido de cetim tipo mullet, com a parte maior da saia rodada alcançando os pés, enquanto que a parte menor alcança a altura dos joelhos, na cor azul safira, com um forro na saia em tecido filó que a deixa um pouco mais volumosa, além de que permite um pedaço de dois centímetros ultrapassar a barra da saia, assim deixando-se ver, na cor branca. Há, também, um detalhe fino em cetim branco no decote tomara que caia que finaliza com um pequeno laço no meio do decote.

A ruiva fica eufórica com o vestido.

— Olha, Dudu! Que lindo!

— Uau! Lindíssimo! Vamos lá para você experimentar! – responde puxando-a pelo braço.

— Ah, não! Olha só o preço! Não posso comprá-lo.

— Pode deixar que eu pago. Agora, vamos lá para você experimentá-lo!

Os dois entram na loja, pedem para a vendedora o vestido para Simone experimentá-lo. Ela entra no trocador, ao sair, Eduardo se surpreende ao vê-la.

— Está maravilhosa! Uma deusa! Uma rainha!

— Deixe de exageros seu bobo! Ficou bom mesmo?

— Minha flor, já disse que ficou lindíssima! O contraste da cor azul do vestido com seu cabelo vermelho ficou um mast! Você vai levar ele e para combinar... hum... que tal aquela carteira na cor azul meia noite com fivela prateada que combina com estas sandálias de mesma cor da carteira, com salto agulha.

— Tem certeza?

— Calça a sandália para vermos!

Simone coloca a sandália, pega a carteira. Eduardo pede para ela dar uma volta.

— Eu sabia! Ficou lindo! E vou te dizer mais, ele deixa uma parte das suas asas à mostra, o que deixa o espectador curioso para saber onde elas terminam.

— É mesmo?

— Sim! Vamos levar tudo! – declara olhando para a vendedora.

— Mas vai ficar muito caro, Dudu!

— Não se preocupe! Depois você me devolve! Agora, dá mais uma voltinha!

Simone se vira sorrindo, faz charme com o cabelo, em seguida volta para o trocador.

Os dois dão mais algumas voltas pelo shopping, compram mais algumas roupas para ela e para ele. Assistem a uma seção de cinema com um filme de comédia que faz Simone cair na gargalhada por várias vezes.

No domingo, Eduardo à leva ao Parque do Ibirapuera para fazerem piquenique, ele a faz rir muito, pois começa a reparar nas pessoas que passam por ali. Expressa coisas boas e más sobre a vestimenta, ou sobre o porte físico, ou sobre seus acompanhantes. Por várias vezes, coloca seus próprios defeitos no meio da confusão. À tarde, ele à leva ao prédio onde mora, localizado no Jardim Paulista, mostra para Simone sua moto nova da Yamaha, na cor preta de seiscentas cilindradas.

— Deixe-me dar uma voltinha! – pergunta entusiasma.

— E você tem carta?

— É claro! Você esqueceu? Tirei logo depois que nos formamos. Por favor, deixa?

— Ok! Mas acho que vai sentir frio com esse shortinho curto e camiseta. – Eduardo observa atentamente as roupas da ruiva.

— Então, me empresta uma calça!

— Vou fazer mais que isso, vou te emprestar minha roupa de motoqueiro. Com certeza, vai servir em você porque está um pouco apertada para mim.

— E como é essa roupa? – Simone questiona levantando as sobrancelhas.

— Jaqueta e calça de couro preto.

— Mas não vai combinar com meu tênis branco!

— Você pode usar minha bota preta. Acho que vai ficar grande no seu pezinho de anjo, mas quem não tem cão, caça com gato!

Simone dá uma gargalhada e eles sobem para o lar do carioca.

Um apartamento de tamanho médio com dois quartos, uma pequena sala de estar que faz divisa com a cozinha tipo americana e um banheiro pequeno. Móveis planejados para obter o máximo de conforto, com o menor espaço possível, decorado com cores vivas e vibrantes. Para enfeitar, alguns quadros de atores de cinema famosos que são as paixões de Eduardo em quase todas as paredes da sala e do quarto dele.

— Seu apartamento é muito bonito, Dudu!

— Na verdade, não é só meu. Minha tia deixou em testamento este apartamento para mim e para meu primo.

— Nossa! Mas onde ele está?

— Não sei. A última notícia que tive dele é que foi para o México e isso já faz vários anos. Nunca mais tive notícias dele. Inclusive, minha tia até deixou alguns documentos dele aqui.

— Então, o apartamento é seu e pronto.

— Sim. Agora, vou pegar a roupa. Você quer se trocar no meu quarto ou no banheiro. Onde prefere?

— Prefiro no banheiro.

Simone coloca as roupas, além da bota de Eduardo, enquanto ele pega o capacete e o documento da moto, depois entrega tudo para ela. Os dois voltam para garagem, a ruiva sobe na máquina e a liga. Acelera um pouco para sentir seu motor, eis que ela pega seu celular, coloca os fones no ouvido, localiza a música "Going Under" do grupo Evanescence, aperta o play, em seguida veste o capacete e sai pela cidade ao som de muito rock n' roll.

 

Vídeo da música

 

Ela passa pelo centro que tem pouco movimento de carros nas ruas, depois segue para a marginal do rio Tietê em direção à rodovia Bandeirantes. Ao chegar na autoestrada, acelera forte ficando totalmente eufórica quando a moto chega a duzentos quilômetros por hora em alguns pontos, fazendo-a desviar e ultrapassar caminhões grandes, muitos carros de passeio, além de alguns ônibus. Chegando ao entroncamento entre as rodovias Bandeirantes e Anhanguera entra na segunda autoestrada, segue até a cidade de Jundiaí, faz o retorno e volta pelo mesmo caminho.

É crepúsculo quando, finalmente, regressa ao prédio de Eduardo, tira o capacete, exclama entusiasmada para o amigo que já estava impaciente lhe aguardando na portaria:

— Nossa, Dudu! É maravilhosa, sua moto!

— Eu estava preocupado com você! Por onde andou, minha flor?

— Fui até Jundiaí!

— O quê? – questiona espantado com a declaração dela – Você está maluca? Pegar a pista sem ter muita prática é perigoso!

— Eu sei, mas não resisti! A pista estava quase livre e hoje é domingo. Não tem problema.

— Ok! Mas toma cuidado quando for dar esses passeios.

— Você vai me deixar dar outras voltas?

— Claro, mas só deixo aos domingos. Ok?

— Ok!

— Agora, coloque-a de volta na garagem que vou te levar ao hotel.

 

(***)

 

A segunda-feira começa com Simone e Eduardo trabalham muito concentrados na confecção dos storyboards no escritório dela, quando o telefone toca e ele atende:

— Hello!

— Por favor, a Simone? – reponde uma voz masculina conhecida do outro lado da linha.

— Quem deseja falar com a minha chefinha? Estamos ocupadíssimas!

Simone fita Eduardo com curiosidade, então dá um sorriso de reprovação pelo comentário do amigo.

— É Cesar! Fale que é sobre a Ilhane! – responde a voz.

Eduardo cobre o aparelho com as mãos:

— É o Cesar. Diz que é sobre a Ilhane.

— Ah, tudo bem! Passa para mim! – Simone sorri sacudindo as mãos para ele passar logo o telefone.

— Bom dia, Cesar. – a ruiva murmura.

— Bom dia, Simone. A Ilhane está aqui totalmente impaciente, louca para te ver! – ele exclama rindo.

— Que bom! Traga ela aqui!

— Não. – Cesar volta a ficar sério — Pede para o Eduardo vir buscá-la, por favor.

— Por quê?

— Não quero quebrar a promessa que te fiz.

— Promessa? – indaga Simone franzindo o cenho — Que promessa?

— Aquela que disse que iria te deixar em paz.

— Entendi. Tudo bem. Vou pedir para ele ir até aí para buscá-la. Muito obrigada, Cesar.

— Eu é que agradeço a oportunidade de ouvir sua voz.

Simone sorri, um pouco relutante em deixar de falar com ele, desliga o telefone. Permanece com o pensamento distante como em um transe:

— Ei! Acorda! – Eduardo estala os dedos na frente do rosto da ruiva — O que aconteceu?

— Você pode, por favor, ir à sala do Cesar. – responde ao sair do transe — Acompanhe a Ilhane até aqui.

— Ah! Então, vou finalmente conhecer a famosa Ilhane?

— Sim. Agora, vai logo buscar ela, por favor! – murmura juntando as mãos em súplica.

— Ok! Já vou!

Eduardo sai da sala, dez minutos depois ele retorna acompanhado de Ilhane Costa Gonçalves.

Ilhane tem trinta anos, sua origem é o sangue indígena misturado com os afro-descentes. Possui pele morena, cabelos negros, com cachinhos bem pequenos, olhos negros e algumas marcas de antigos cravos no rosto. Seu corpo, apesar de magro, possuí seios volumosos, sua estatura é mais baixa que a Simone. Sempre usa calça jeans e blusinhas não muito decotadas e nem apertadas para poder disfarçar o volume dos seios.

Ela tem o dom de fazer as pessoas rirem mesmo nos piores momentos, não com palhaçadas como Eduardo, mas com comentários do tipo "Nada é tão ruim, que não possa piorar!". Sempre muito gentil com todos, seja conhecido ou desconhecido. Por causa destas e de muitas outras virtudes, Simone a considera muito mais que uma amiga. É como uma irmã mais velha que não têm, principalmente porque Ilhane sempre lhe dava conselhos na época de escola.

Ao ver a irmã de coração, Simone pula de alegria e corre para abraçá-la. As duas se abraçam forte, beijando o rosto uma da outra. A alegria é tão grande que contagia Eduardo que também as abraça.

— Quanto tempo, Laine! – Simone fala ao se soltar do abraço, sentando-se — Sente-se. Este que foi te buscar é Eduardo meu melhor amigo.

— Já fomos apresentados pelo Cesar que, inclusive, falou muito bem de você. – responde sentando-se ao lado de Eduardo — Realmente, faz muito tempo e você ficou todo esse período sem dar notícias. Seu pai, às vezes, me liga para saber se alguém te viu.

— Sinto muito. Mas não podia voltar para a casa dos meus pais. Muito menos achei que tinha de dar notícias.

— Nossa, Simone, por que tanta raiva?

— Não é raiva, é mágoa! Você sabe muito bem o porquê! Na verdade, só você sabe o que sinto para não querer voltar.

— Eu sei de tudo! Mas são seus pais, você tem que perdoá-los.

Simone balança a cabeça em negativa, cruzando os braços.

— Jamais vou perdoá-los! Não perdoo meu pai porque ficou imóvel, indiferente aos atos de violência da minha mãe. Quanto a minha mãe, não preciso nem dizer porque não a perdoo!

— E seus irmãos? Não sente falta deles? – Ilhane murmura estendendo as duas mãos para Simone sobre a mesa.

— Sinto muita falta deles. – Simone segura as duas mãos da amiga com força — Por muitas vezes, pensei em voltar só por causa deles.

— E então?

— Não quero mais falar sobre esse assunto. Quero saber como você está? O Cesar me disse que casou e virou doutora. – diz Simone mudando seu semblante de amargura para alegria.

— Sim, mas não tenho muita coisa para contar. Quero que você conte o que te passou, aonde esteve, essa mudança de visual, como conseguiu chegar ao status de vice-presidente de produções da Miranda?

— Essa parte da vida da Simone, conheço muito bem! – declara Eduardo, impedindo Simone de dizer algo mais — Faço questão de contar tudinho!

— Então, me conte porque parece que nossa amiga não quer falar nada! – Ilhane ri ao soltar as mãos da amiga e encara o carioca.

Eles conversam por algum tempo, Eduardo conta todos os detalhes que conhece da vida de Simone para Ilhane. A ruiva sempre o interrompe pedindo para deixá-la contar, mas ele não deixa.

 

(***)

 

Cesar está perdido em seus pensamentos quando a porta abre e JP entra sem cerimônia, fechando-a atrás de si:

— Então, irmão? Como foi a noite de sexta? Foi se encontrar com quem?

— Nem me pergunte como foi aquela noite.

— Por quê? – pergunta ao sentar na poltrona.

— Aquela noite foi um tormento. – murmura colocando as mãos na cabeça em exasperação — Você lembra que saímos da empresa praticamente juntos para não levantar suspeitas?

— É claro.

— Pois é. Não me conformei com a minha derrota. Resolvi voltar para cá e fiquei estacionado, não muito longe da entrada, para ver a hora que a Simone iria sair.

— Hum... sei... e?

— A segui por toda a noite. E adivinha?! Ela saiu de novo com o Júlio! – Cesar coloca as duas mãos espalmadas sobre a mesa.

— Sério? Vai me dizer que ele a levou para um motel? – JP murmura com um brilho perverso nos olhos.

— Não. E isso está me matando! Não sei se isso é bom ou ruim.

— Ora! Mas o que é isso, Cesar? É claro que é bom!

— Ah... estou achando que não é. E sabe por quê? Nós conhecemos o Júlio, quando está querendo alguém basta um único jantar e ele já leva a garota para cama, às vezes nem isso! Na mesma noite que as conhece, faz o serviço, depois nunca mais as vê.

— Isso eu sei, você sabe que já recriminei ele por isso! – responde JP com ar de gozação — Tem que deixá-las em stand by! Nunca se sabe quando vai precisar delas de novo.

— JP! – Cesar comprimi os lábios.

— O quê? – responde rindo.

— Você é mesmo um canalha! Mas, enfim, acho que têm algo mais ali do que a simples vontade de ficar com uma mulher bonita.

— Você acha que ele está gostando dela?

— Não sei cara! Realmente, não sei! – Cesar roça a testa com os dedos da mão direita, nervosamente.

— Espera! Espera! Mas o que foi que você viu? O que aconteceu? Aonde ele a levou? Você está me deixando nervoso!

Cesar passa as mãos no rosto, no cabelo, abaixa a cabeça, depois de uns segundos levanta seu olhar para JP, respira fundo e começa:

— Primeiro, ela estava fabulosa! Fiquei paralisado por alguns segundos por vê-la tão linda.

— Hum... queria estar lá para ver. – JP fala com malícia na voz.

— Vai me deixar contar ou não! – diz Cesar rispidamente.

— Sim. Claro. – faz gesto com a mão para que seu amigo continue.

— Muito bem! Então, o Júlio a levou para jantar no restaurante da família da Carmella, nossa governanta.

— Sei.

— Eu não quis entrar para não levantar suspeitas. Depois, a levou para uma boate. Aí sim, resolvi entrar e fiquei de longe apenas observando. Eles conversavam, riam, algumas vezes iam para pista de dança, notei, por várias vezes, o Júlio sendo carinhoso com ela.

— Carinhoso como?

— Pegando na mão dela, a tocando. – Cesar responde fazendo careta de raiva com a palavra tocando.

— E ela?

— Em alguns momentos aceitava, em outros se esquivava. Mas, quando começou a tocar uma música romântica, eles foram dançar de novo, então por um instante pensei que ia ser naquele momento que ele iria atacar. Porém, do nada, ela se afastou, seguiu para o lado do banheiro. Fui ao seu encontro, quando parei na sua frente, ela, é claro, se assustou. Perguntei se estava se divertindo.

— E qual a reação dela?

— Me pediu para deixá-la em paz me empurrando, depois entrou no banheiro sem me deixar falar mais nada. Por isso, resolvi ir embora logo depois que eles saíram, não continuei a segui-los e não a vi mais até agora.

— Bom, meu amigo, acho que você tem razão de se preocupar. Já saí algumas vezes com o Júlio, nunca o vi tratar uma mulher assim.

— Eu também já saí algumas vezes com ele e sei muito bem como ele trata uma mulher quando só quer transar, na verdade, também sei de outros podres dele, mas isso não vem ao caso. Compreende, agora, porque estou assim? E o pior é que prometi que a deixaria em paz.

— Sei muito bem de que podres você está falando, mas... você vai deixá-la em paz?

— É claro que não! Ela vai voltar a ser minha, só minha! – Cesar dá um soco na mesa irado.

— E quanto a Camila?

— Nem me fale dessa! Acredita que estava me esperando na sala, no escuro?

— Não acredito! – diz JP após conter uma gargalhada.

— Não ria, porque não é engraçado!

— Eu sei. É trágico. – murmura ao comprimir os lábios tentando conter o sorriso.

— Pois é! Nós discutimos. A mandei dormir enquanto estava me preparar para tomar banho, quando saí ela já estava dormindo.

— E durante o fim de semana?

— Fiquei trancado no escritório a maior parte do tempo para não ver nenhum dos irmãos. Sei que Camila ficaria fazendo perguntas, quanto ao Júlio, quero evitar ver a cara dele.

— É.... meu querido amigo. Você está em um problemão!

Cesar debruça sobre a mesa fazendo sons de reclamação e dor.

 

(***)

 

Ilhane se surpreende ao saber da existência de Ângela, da inexatidão de quem ela é filha. Eduardo, também conta os últimos acontecimentos no triângulo amoroso, além da entrada de um novo pretendente na vida de Simone.

— Minha amiga, quanta coisa aconteceu e está acontecendo em sua vida! – declara para Simone — Agora, também entendo melhor porque você não quis voltar.

— Agora você entende. – murmura Simone com o rosto triste.

— Seus pais precisam saber que você está bem, além de saberem que têm uma neta.

— Por quê?

— Porque é um direito deles. Não adianta você recusar porque vou contar para eles.

— Tudo bem. – Simone se dá por vencida — Mas ainda não diga onde estou! Combinado?

— Certo. Mas... E quanto ao meu amigo Cesar?

— O que tem ele?

— Está arrasado com tudo que está acontecendo. Me disse que não têm nenhuma dúvida sobre o que sente por você. Que seu maior desejo é que fiquem juntos.

— Não posso nem pensar nisso. Ele é um homem casado, assim como o Rick!

— Como você vai resolver o problema de saber quem é o pai da Ângela?

— Assim que ela chegar, irá fazer o exame de DNA. Acredito que depois de um mês o exame estará pronto.

— Quando você irá trazê-la? Quero muito conhecê-la.

— Só no mês que vem. Vamos morar com o Dudu, mas preciso esperar os móveis do quarto chegarem. E, também, é necessário que a vinda dela coincida com a folga dupla da Rose.

— Agora... – Ilhane passa os dedos nos lábios, olha para o horizonte da selva de pedras através da janela, então volta à olhar para amiga — Não sei te dizer o motivo, mas sinto que seus problemas estão longe de se resolverem. É apenas um pressentimento, mas acho que a tempestade está apenas no começo. Sabe, quando uma ventania precede uma grande tempestade? Sinto isso na sua vida neste exato momento.

Simone fica um pouco assustada com o comentário da amiga, porém resolve não dar muita atenção. As duas se despendem, Eduardo se incumbe de acompanhá-la até a saída.

 


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