Cullen sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 9
Capítulo 9: América




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Capítulo 9: América

1800

Depois de anos estudando nas principais cidades da Europa – menos a Itália, por razões obvias- Carlisle decide ir para o novo mundo onde poderá construir uma nova vida ao lado de sua irmã. Graças a ele, Carole se tornou uma vampira, mas os Volturi jamais saberão disso, e mesmo se sabem disso está bem, pois era o que eles queriam que Carlisle fizesse. Mesmo e por causa do que eles fizeram acabaram forçando-o a fazer o que fez ele jamais se arrependerá por ter trazido Carole para essa vida. Ela é mais feliz do que ele imaginava que alguém seria capaz de ser mesmo nessa condição, ela se adaptou muito bem. É claro que teve alguns problemas no começo como todo recém-criado tem, mas agora está muito bem adaptada.

Carole parece que de alguma forma misteriosa nasceu para ser vampira, não qualquer vampira, mas uma vampira boa, vegetariana como eles são. Com o tempo ela foi se aperfeiçoando e agora assim como o irmão é capaz de resistir ao cheiro de sangue humano e às vezes trabalha como enfermeira junto com Carlisle. Quando ele contou qual era seu plano Carole lhe incentivou:

— Minha irmã, vamos para a América? Já fiz tudo que podia aqui na Europa, vou procurar outros como nós no Novo Mundo. Quem sabe os encontre?

— Vamos sim.

— Quero trabalhar como médico nos EUA e ajudar a erguer essa nação.

Os dois pegam um navio para ir ao outro continente.

...XXX...

 

1918 – Chicago, Illinois

Já se passou mais de um século e Carlisle não encontrou mais ninguém que viva como ele e a irmã. Vem a algumas décadas cogitando a ideia de criar mais um vampiro. Ele reluta em fazer isso com alguém que tenha uma vida inteira pela frente, não quer roubar esse direito de viver, como o vampiro que o atacou fez.

Com esses pensamentos em mente veio a epidemia de gripe espanhola sobre a cidade em que ele estava trabalhando como médico. Os cientistas dizem que essa será uma das maiores epidemias da história, conforme as previsões mais pessimistas será parecida com a peste negra que arrasou a Europa no século XIV.

Os irmãos estão trabalhando em dois hospitais diferentes e por isso se encontram apenas no final do dia.

— Como foi seu dia irmão? – Carole pergunta ao vê-lo chegar em casa.

— Cansativo como sempre – ele diz ao colocar o chapéu e o casaco no cabide perto da entrada. – Mas hoje aconteceu algo diferente.

— O quê? – pergunta Carole incentivando-o a continuar seu relato.

— Uma família inteira foi internada, o pai, a mãe e o filho. O pai, Sr. Masen está muito mal, não sei se sobrevive até amanhã.

— Oh! E os outros como estão?

— A mãe parece melhor do que o filho, mas insiste em cuidar dele mesmo doente.

— É o único filho?

— Sim.

— Então está explicado o desvelo por ele. Ele é tudo para ela agora.

— Você está certa, como sempre. E você o que conta?

— Nada de novidade no meu campo de batalha.

...XXX...

 

No dia seguinte assim que chega Carlisle recebe a notícia da enfermeira:

— Dr. Cullen?

— Sim, Claire - vira na direção da moça.

— Lamento informar, mas um de seus pacientes morreu a noite passada.

— Eu já imaginava que isso poderia acontecer. Quem foi?

— O Sr. Masen.

— Ah, não havia mais nada que fazer por ele, infelizmente.

— Eu sei Dr. todos nós estamos fazendo tudo que podemos e até mais, mas esse vírus é muito resistente.

— Obrigado. Vou ver como Elizabeth e o filho estão.

Ele chega no quarto em que os dois estão:

— Bom dia!

— Bom dia Dr. Cullen – responde ela, sentada na cama do filho.

— Sinto muito pelo seu marido, fiz o que podia – se desculpa Carlisle.

— Eu sei - responde ela firme.

— Como você está?

— Estou bem. Nós fomos casados durante quase vinte anos...

— Lamento muito.

— Tudo bem, foi lindo enquanto durou nosso casamento. O que importa é que Edward sobreviva e nosso amor continuara vivo nele.

Carlisle coloca a mão na testa do menino:

— Ele está ardendo em febre! Desde quando?

— Desde hoje cedo.

— Vá descansar, você também está doente Sra. Masen.

— Eu consigo me manter, não se preocupe.

Elizabeth desmaia e Carlisle a ampara antes que ela caia ao chão. Pega-a facilmente nos braços e leva até sua cama.

— Descanse, por favor - ele sussurra mesmo que ela não possa ouvir.

Carlisle vem pensando seriamente em transformá-la.

...XXX...

 

Foi tudo muito rápido, ela ficou muito debilitada que não podia mais ficar em pé e muito menos cuidar do filho:

— Doutor... – Elizabeth chama Carlisle que logo vem ao lado de sua cama.

— Estou aqui – ele abaixa ao lado do leito para que ela não tenha que se esforçar muito para falar.

— Por favor salve meu filho, eu sei que o senhor pode fazer o que nenhum médico do mundo é capaz.

— Farei tudo ao meu alcance para curá-lo.

— Não quero dizer isso, eu sei que você pode muito mais do que qualquer médico humano. Salve meu filho. Salve-o.

— Eu prometo.

Carlisle estava pensando em transformá-la, não ao filho. Mas depois do pedido expresso dela ficou pensativo. deve atender a vontade dela? Conhecendo bem a si mesmo ele vai atendê-la, mas poderia muito bem transformar os dois. Porque não? Dois vampiros jovens sem dúvida seria mais difícil controlar do que um, mas eles também são em dois. Ele poderia infligir isso à irmã. Dessa forma talvez criaria uma companhia para si e ao mesmo tempo para Carole.

Mas seu coração já tem dona, ele admite agora, a jovem que conheceu em 1911. Isso não impede que salve a mãe de Edward por ele. O garoto merece. E quanto Esme? Carlisle nem sabe se um dia voltará a vê-la. E se ao voltar encontrá-la casada e feliz e com muitos filhos? Isso sem dúvida partirá seu coração congelado, mas foi para que ela pudesse ter uma vida normal que foi embora sem criar um laço mais forte com ela que seria mais traumático romper depois.

Inútil, ele já foi fisgado só tem que reconhecer, está apaixonado. É difícil acreditar que uma humana que mal passava de uma criança havia feito se sentir assim. Só mesmo ele que é o vampiro mais humano e que se importa com as pessoas. se sua companheira não é uma vampira faz sentido que a encontre entre as humanas ora. Mas o tempo vai passar e ela não será criança para sempre logo eles dois poderão se casar. Poderia ter casado já, mas quis esperar. Esme não merecia ser vampira adolescente para sempre. Não sabe ainda como vai fazer, mas não pode viver sem ela para sempre. Não conseguiria.

...XXX...

 

Depois de apenas algumas horas Elizabeth se foi e Carlisle levou-a para o necrotério do hospital que a cada dia estava mais cheio de corpos em decomposição. Ele podia sentir o cheiro que era insuportável até para os humanos, imagine como era para ele: por isso o aviso na porta para mantê-la fechada. Carlisle poderia dizer quando cada uma das pessoas ali morreu. Muitas ainda eram da semana passada. Os coveiros não venciam enterrar tantos corpos e alguns ainda precisavam de autópsia, mas ele sabia que a causa da morte da maioria era a mesma gripe 'espanhola', que não tem nada a ver com a Espanha pois nem começou lá. O nome pegou mesmo assim.

...XXX...

 

— Como foi seu dia meu irmão? Você parece triste.

— É verdade lembra da família que eu lhe falei ontem?

— Sim, os Masen. Você não deveria ter se apegado tanto, sabe que os humanos são frágeis.

Essa não é a primeira vez que ele se apega a um ser humano. Carole admira essa humanidade no irmão e faz de tudo para manter a sua.

— Não existe mais. O pai, eu soube quando cheguei no hospital para trabalhar hoje cedo, que morreu ainda ontem a noite como eu disse, e a mãe morreu hoje. Eu estava lá, eu vi. Nunca vou esquecer.

— Mas você não disse que ela era a que estava melhor deles?

— Sim, ela estava. Mas Elizabeth insistia em cuidar do filho e foi nele que pensou até o último minuto. Ela anulou as próprias chances de sobrevivência para cuidar de Edward.

— Como assim?

— Ela me pediu que o salve. Ela parecia saber que eu sou um médico diferente.

— Carlisle você está pensando nisso? Agora é uma péssima hora para ter um vampiro novo por aí. Toda essa epidemia e pessoas mortas...

— Carole, eu entendo sua preocupação, mas eu preciso ajudar!

— Eu sei meu irmão, faça o que sua consciência disser. Eu estou com você independente do que decidir.

— Obrigado minha querida irmã.

...XXX...


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