Cullen sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 6
Capítulo 6: Revelação




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Capítulo 6: Revelação

Após segundos de reflexão, Carlisle diz:

Você precisa ir Carole, aqui é muito perigoso, principalmente a noite. Se não fosse eu...

— Por que tenho que ir embora? Não quero ficar longe de você nunca mais meu irmão!

— Meus amigos podem não gostar. Eles não querem que humanos saibam de nossa existência.

— Eu prometo que não vou falar para ninguém. Para nossos parentes você está morto. Mas eu nunca acreditei nisso.

— Obrigada minha irmã. Eu sei que você não vai contar para ninguém. Mas...

— Eu gosto muito de você Carlisle.

— Eu também, por isso não quero que eles a descubram. Eles não são como eu.

— Eles são vampiros que tomam sangue humano?

— Sim - admite como se tivesse feito algo errado.

— Como você pode ficar com eles?

— Eles são muito mais refinados do que os espectros que viviam nos esgotos de Londres. Eles apreciam as artes e a ciência. Só porque eu vivo com eles não quer dizer que vou me tornar como eles. Além disso, não encontrei ninguém que aceitasse viver seguindo a dieta vegetariana.

— Eu viveria desse jeito, me transforme por favor irmão.

— Não é assim tão fácil como você imagina Carole. Eu posso não conseguir parar e acabar mantando você sem querer. E mesmo se eu conseguir, depois que eu provar seu sangue não seria fácil voltar à dieta que criei.

— Por quê?

— O sangue humano é nossa bebida natural, fomos criados para ingerir, embora eu não concorde é a verdade e por isso é mais apelativo para nós vampiros. Para mim que evito sentir o sabor seria extremamente prejudicial.

— Eu não pensei nisso... Não quero fazê-lo sofrer ou que se torne um monstro por minha causa. Prefiro que você fique assim como é, o único vampiro bom do mundo.

— Acho que sou mesmo. Essa dieta não é muito popular na espécie. Dizem que eu sou fraco por isso.

'Pelo contrário' pensa Carole 'é preciso muita força de vontade para resistir'.

— Você nunca provou, então?

— Não. Quando eu percebi no que havia me transformado eu fugi da cidade para evitar encontrar alguém e fazer o que eu era destinado a fazer: mal. Eu não queria ser assim e por isso me escondi em uma caverna ao perceber que minha força de vontade estava diminuindo na proporção contrária da sede. Ataquei um rebanho de veados que passou perto da entrada de meu esconderijo quando eu já não aguentava mais de fome, ou melhor, sede.

‘E para você também seria dolorosa a mudança. Lembro como foi para mim. Mesmo que o vampiro não teve a intenção de me transformar, isso não muda muito o que acontecesse é essencialmente igual. A sensação é de estar sendo triturado vivo. A cada instante você deseja morrer para acabar com o sofrimento.'

— Mas no final você consegue. Eu estou disposta a passar pelo que precisar - ela diz corajosa.

— Carole, você tem uma vida inteira pela frente irmã. Você é ainda tão jovem e não sabe o que o futuro trará.

— Pode ser bom ou ruim. O futuro não é só agradável.

— Eu sei disso melhor do que ninguém, mas não posso fazer o que me pede. Você não merece acabar assim. Passar sabe-se lá quantos anos vivendo assim. Talvez séculos.

— Eu não vou chegar ao fim Carlisle, eu quero viver para sempre com você irmão. Meu destino é ao seu lado. Nunca desisti de você.

— Eu agradeço do fundo do coração, mas agora você pode ficar em paz sabendo que eu estou bem. Continue sua vida, é o que lhe peço. Por mim. Por sua mãe e seus irmãos.

— Não. Eu quero ficar para sempre perto de você - ela é teimosa ou ao menos tem ideia firme. Quando quer algo persiste até conseguir.

— Você não sabe o que diz... Você não tem namorado ainda?

— Nenhum pretendente, meu coração é livre, é só meu. Não há nada que me prenda a esse mundo.

— Você não quer casar e ser mãe? Vampiras não podem.

— Não, acho que não nasci para isso.

— Não posso fazer o que me pede Carole.Não é justo.

— Por quê? É proibido? Um vampiro atacou você. Então é justo me deixar morrer?

— Ele me atacou para se defender porque nós o perseguimos. E não, não é exatamente proibido. Somos responsáveis pelos vampiros que criamos.

— Como os pais são pelos filhos?

— Mais ou menos isso.

— Eu não seria uma filha difícil para você irmão.

— Eu sei que você não é difícil. Não é por isso que nego. Não acho certo fazer isso com alguém que tem escolha.

— Por quê? Eu quero ser vampira, isso não conta?

— As pessoas dizem que perdemos nossa alma. Não sei se eles estão errados. E não quero arriscar a sua.

— Eu acho que estão errados, se você tivesse perdido a alma não se importaria em matar pessoas.

— Está certo. Mas na Bíblia proíbe tomar o sangue, pois é onde está a vida.

— Sim, mas diz isso para os humanos.

— Por isso não sei se a dieta vegetariana é mesmo a melhor alternativa.

— É a única, ainda não existe uma fruta de sangue. Você é admirável, meu irmão. Aposto que até mesmo Deus está impressionado com você. Você precisará ser muito forte para ficar nessa dieta.

— Ainda bem que nós vampiros somos fortes. Eu já suportei muitos testes. Eles tentam sempre me convencer a desistir dessa dieta que eu descobri.

— Não! Por favor, não faça isso!

— Fique tranquila Carole. Eles não vão consegui, eu escolhi ser assim por convicção muito mais forte do que a tentação provocada pelo cheiro de sangue.

— Quer dizer que você está sentindo o cheiro do meu sangue agora?

— Sim, e posso ouvir cada pulsação sua. Seu coração batendo.

— Mesmo de longe?

— Sim, nossos sentidos são muito ampliados com a transformação. Essa é a parte boa, se podemos dizer, de ser um vampiro. Alguns vampiros ainda tem outras habilidades extras como ler mentes.

— Oh! Eu quero ser uma vampira, por favor, me morda irmão.

— Carole, eu não posso. Não é assim tão fácil quanto você pensa. Qualquer deslize eu posso beber demais seu sangue e acabar te matando sem querer.

— Eu arrisco. Se morrer em seus braços não ficarei revoltada, não tenho nada mais que fazer nesse mundo.

— Não é tão simples. Você não pensa em mim? E como eu vou ficar se te matar? Eu vou ficar muito chateado comigo mesmo e não me perdoaria jamais.

— Está vendo você se importa então tem alma sim! Eu o perdoo e autorizo você a se perdoar se por acaso vier a me matar tentando me transformar.

— Ah Carole, você é incrível! Queria ter passado mais tempo com você, ter visto você crescer.

— Me morda e poderemos viver juntos para sempre e recuperar o tempo perdido.

— Infelizmente não há como fazer isso. Você é uma figura! Quando põe uma ideia na cabeça não desiste.

— Eu também me recordo com ternura das vezes em que você me pegava no colo para brincar. Nosso pai nunca fez isso, sabia?

— Nem comigo ele brincava. Claro que comigo era diferente, eu matei sua esposa... Eu quis lhe dar o que eu não tive e penso que toda criança merece. Ao menos, no tempo em que pude estar presente.

— Eu sei que você não escolheu o que aconteceu, mas meu irmão é um vampiro bom! Isso é maravilhoso! Carlisle, sua mãe teria muito orgulho de você, sabe disso.

— Sim, eu sei. É por ela também que eu não quero condenar outra pessoa a viver assim. Não é certo. É uma aberração.

— Sim meu irmão, mas se você não existisse só teria os vampiros maus. Já está na hora de aumentar o numero dos bons. O mundo, as pessoas precisam e merecem.

— Carole você não existe!

— Carlisle, por favor, me deixe ser a sua companhia. Você vai viver o resto da eternidade sozinho?

— É o que planejo.

— Você não merece isso.

— E ninguém mais merece se tornar um monstro.

— Você não é um monstro Carlisle! Não fale assim!

— Eu sou sim, minha irmã; eu não deveria existir, tentei me matar diversas vezes quando descobri no que tinha me transformado, mas não consegui.

Felizmente assim ele descobriu a dieta vegetariana.

— Viu só? Deus não quer que você morra.

— Isso não tem nada a ver com Ele. Nós vampiros não morremos tão facilmente como os humanos.

— Tenho certeza de que Deus aprova o seu esforço.

— Vampiros são criaturas das trevas, filhos do demônio.

— Mas você se rebelou e não aceita isso, assim como o demônio se revoltou contra Deus. Bem feito para ele, aqui se faz aqui se paga.

— Carole, não brinque com isso, isso é sério!

— Eu não tenho medo do diabo. Ele não pode ser pior do que nosso pai. Ele transformou minha vida num inferno antes de morrer de repente. Sabe-se lá quanto tempo ele iria continuar se isso não tivesse acontecido.

— Ele batia em você?

— Sim. Desde que eu era bebê ainda. Mamãe via tudo e não fazia nada, por isso e fui embora de casa. Não quero mais voltar, não me mande embora Carlisle, por favor - Carole não pode perdoar a mãe por ter permitido que o pai fizesse o que fez.

— Carole... Eu não sabia que foi tão difícil sua vida. Eu não entendo como um pai ou mãe consegue agredir um filho. Ele ou ela deveria ser visto como fruto do amor dos pais, um pedaço do cônjuge, sangue do seu sangue.

— Por isso eu penso que quem ama não bate, se bate não ama. Isso não é amor. Nem Deus me convenceria disso. Amor não é dor. Amor não machuca e não faz sofrer.

— Eu vou cuidar de você para sempre, é meu dever.

— Me transforme irmão.

— Não basta viver comigo?

— Por enquanto.

— Os Volturi não vão gostar de saber disso...

— Quem? Não quero lhe causar problemas.

— Os Volturi são vampiros italianos com quem eu convivi por algum tempo e que zelam muito pela preservação da lei.

— Qual lei? Os vampiros tem lei?

— Sim, apenas uma. Preservar nossa existência em segredo. Os Volturi não querem que os humanos saibam de nós, por isso matam aqueles que descobrem a verdade.

Carole treme.

— Me desculpe por tê-la colocado em perigo, vou embora...

— Não Carlisle, fique. Não pode me abandonar agora que sei da verdade. Eles vão me atacar... É perigoso. Por favor, fique.

Os dois encontram uma casa abandonada ali perto e se instalam.

...XXX...


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