Miss Slasher escrita por Glauber Oliveira


Capítulo 3
Suspeitas


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo postado. Boa leitura!



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Pelos corredores da Redlake High School, o único assunto falado entre os estudantes é o que aconteceu com Justine.

 A voz do diretor, vinda dos autofalantes espalhados pelo prédio, anuncia:

Devido ao infeliz ocorrido com uma dos nossos alunos e para a segurança de todos, haverá somente meio período de aula. — Os adolescentes, ao ouvirem a notícia, gritam em comemoração. — Até lá, um por vez, vocês deverão comparecer à diretoria e responder algumas perguntas da policia.

 Margot abre seu armário e tira de dentro dele alguns livros. Ao fechá-lo, ela sobressalta se deparando com as gêmeas Samantha e Samara Romero, que surgiram atrás da portinhola sem fazerem um barulho sequer.

— Oi, Margot! — ambas dizem ao mesmo tempo, sorridentes.

— Porra, que susto! Vocês não podem chegar assim do nada, não depois do que houve com a Justine.

— Desculpa — as duas falam juntas.

  Samantha e Samara são as fiéis seguidoras de Margot, os zangões que fazem tudo o que ela, a Abelha Rainha da escola, manda. Margot é a garota mais rica da cidade e está no topo da cadeia alimentar daquela selva chamada ensino médio, acima de qualquer líder de torcida ou jogador do time de futebol americano.

 Desejando o gostinho desse universo de popularidade e luxo, nem que sejam apenas as migalhas, as gêmeas servem e bajulam Margot, que tem noção da “amizade” baseada em puro interesse, aproveitando o máximo para trata-las mal. A adolescente não se arrepende de ser cruel com as irmãs, pois sabe que por trás daquela falsa simpatia, há uma dupla de racistas que a odeia em segredo. Quando Margot se inscreveu no Miss Redlake, Samantha e Samara comentaram que ela com certeza venceria porque “ser negro está na moda”.

 A jovem então encorajou ambas a também participarem do concurso, dizendo que seria divertido. Porém no fundo, Margot quer que as duas sejam ridicularizadas diante de uma plateia, usando os vestidos mais feios que ela comprou já que a gêmeas, vindas de uma família humilde de seis irmãos, não têm dinheiro para gastar com essas coisas. Ganhar delas na competição seria apenas a cereja do bolo. Não tendo opção, elas aceitaram participar.

— Foi horrível o que fizeram com ela — Samara diz. — Nem dá pra acreditar.

— Será que o Miss Redlake vai ser cancelado? — Samantha questiona, fingindo preocupação.

— Eu conversei com a Senhorita Arquette e ela me falou que “o show tem que continuar” — Margot informa sorrindo maliciosamente. — E também querem aproveitar o concurso pra fazerem uma homenagem à Justine.

— Menos mal. — Samantha força contentamento e sua irmã a imita.

— Agora, cadê o meu café descafeinado, com leite, xarope de abóbora, sem espuma e extra quente?

— Aqui. — Samara lhe entrega o copo da bebida.

 Margot dá um gole.

— Isso tá quente, não extra quente! Vocês não conseguem fazer uma coisa simples direito?!

— Mas tava do jeito que você pediu — Samantha explica —, só que acabou esfriando com a sua demora hoje.

— Então a culpa é minha?

— Não! — As gêmeas imediatamente negam em uníssono. — A culpa é sempre nossa.

— Foi o que pensei.

***

 Sentada em um vaso sanitário com a tampa abaixada, Beverly espera uma estudante que combinou de se encontrar ali no banheiro do colégio, localizado no segundo andar. Via mensagem de texto, ela avisou a outra garota que estaria na cabine do meio, e lhe passaria a droga por baixo da divisória do lado esquerdo, mesmo lugar por onde receberia o dinheiro.

 Beverly juntamente com Hector, seu irmão adotivo, vendem wave, um estimulante que dá energia para ficar acordado por horas e ajuda a manter o foco em qualquer atividade que o usuário queira fazer. Portanto, desde atletas até os nerds procuram a dupla em busca da droga. Beverly comercializa para as meninas nos sanitários femininos, e Hector, para os meninos nos masculinos.

 Entretanto, os irmãos odeiam traficar. Apenas fazem porque Ruby manda. A mulher os acolheu, dando teto e comida quando os dois não tinham onde cair mortos. Em troca do favor, eles vendem o estimulante que ela produz. Em contrapartida, Baverly tem um plano para sair dessa vida: ganhar o Miss Redlake.

 A porta do toalete se abre e alguém entra.

— Finalmente! — Beverly diz, imaginando que seja a compradora. — Tô esperando há dez minutos. Vou cobrar um dólar pelo atraso.

— O quê? — a voz feminina e embargada fala. — Quem tá aí?

 Beverly sai do cubículo para ver quem é lá fora e reconhece a garota, que está aos prantos. Dana Nakata é seu nome.

— Ei, você não a asiática que tá na competição de miss? — Beverly pergunta.

— Sou sim — Dana responde. — E você não é a árabe que também tá?

— Eu mesma. Acho que esse é concurso regional de beleza mais diversificado de todos. Tem até uma indiana. — As duas riem. — Por que cê tá chorando?

— Por nada.

— Ninguém chora por nada. Pode falar. Eu reconheço alguém que precisa desabafar. Além disso, eu tenho que ficar aqui esperando uma líder de torcida idiota.

— Eu tenho uma doença progressiva na audição — a asiática conta e joga o cabelo para trás da orelha direita, revelando um aparelho auditivo. — Uma hora isso aqui não vai mais ajudar porque vou estar completamente surda. E hoje acordei pior. Por mais que eu esteja aprendendo a ler lábios e a língua dos sinais, não tô pronta pro que tá por vir. Sabe, eu amo música: ouvir, tocar, cantar. A ideia de que uma hora não vou poder mais fazer nenhuma dessas coisas é aterrorizante.

 Beverly avança e abraça Dana, que não se desvencilha da estranha. Aquele gesto sincero conseguiu lhe dar mais conforto do que qualquer palavra que possa ter sido dita.

***

 No horário do almoço, Olivia, Violet, Scott e Natalie sentam à beira da fonte d’água do colégio. Em um dia quente e ensolarado como aquele, não haveria lugar melhor para se refrescarem.

— Quem vocês acham que matou ela? — Scott indaga. — Acho que esse vai ser o tema do meu novo vídeo.

— Pensei que o seu canal no Youtube era sobre filmes de terror — Comenta Nat.

— E a morte da Justine não parece a abertura de um? — Ele diz. — Além do mais, todo mundo adora a tragédia de um crime real. Ao contrário de slashers como A Hora do Pesadelo ou Sexta-Feira 13, onde os assassinos sãos criaturas invencíveis que matam suas vítimas dos jeitos mais surreais possíveis, casos como o de agora atraem as pessoas porque pode muito bem acontecer com elas ou com alguém próximo. Com certeza eu ganharia vários inscritos se falasse disso.

— Isso é tão antiético! — Violet se pronuncia, indignada. — Poderia ao menos ter a decência de esperar o corpo da menina esfriar.

— E você poderia parar de bancar sensata o tempo todo — retruca o irmão.

— Eu paro quando você tiver consciência do que fala.

 O garoto aborrecido, prestes a dizer algo, desiste.

 Um silêncio constrangedor paira sobre o quarteto.

— Acho que foi o Hector que matou a Justine — Olivia solta, de repente.

— Quem é esse? — Pergunta Violet.

— O namorado da Justine. — Scott responde emburrado. Há uma longa pausa. — Não é muito suspeito ele não ter aparecido na escola hoje?

— Se minha namorada fosse estripada, eu também não apareceria — A latina reflete. — O cara só deve estar arrasado.

— Eu só sei que a maioria dos feminicídios são cometidos pelos companheiros das vítimas — Violet fala. — Por que esse seria diferente?

— Tem razão — Liv concorda. — Sem mencionar que os dois brigaram feio esses dias.

 Subitamente, Dylan surge, sentando ao lado de Olivia e jogando o braço direito ao redor dos ombros dela.

— E aí, princesa! — O atleta a cumprimenta com um beijo na bochecha e acena para o restante do grupo. — E aí, gente!

— Oi. — Violet, Scott e Natalie dizem juntos, acenando de volta e sorrindo de forma nada natural. Os três não gostam dele.

— O pessoal do time de futebol tá querendo dar uma festa em homenagem a Justine — Dylan conta à ruiva. — Cê vai, né?

— Vocês nem conheciam ela — Violet se intromete. — Só estão usando a morte de alguém como pretexto pra fazerem essa festa.

 O jogador a ignora e olha para Liv, esperando uma resposta.

— Hmm... — Olivia aparenta indecisão. — Não acho uma boa ideia quando tem um maníaco à solta. Inclusive a polícia decretou toque de recolher.

— Ah, qual é! É mais seguro estar com um monte de gente bebendo e dançando do que sozinha em casa.

— Não vou estar sozinha. Vou ficar na casa da Violet e do Scott.

— Eles dois estão convidados se quiserem ir à festa.

— E quanto a mim?! — Natalie questiona. — Tô super afim.

— Não, obrigada — Violet recusa o convite.

— Eu até gostaria — começa Scott —, mas segundo um teste do Buzzfeed sobre filmes de terror, eu seria assassinado se fosse.

— Se ninguém quer, tranquilo. — Chateado, Dylan se desvencilha de Olivia, ficando em pé. — Depois a gente se fala. — E se afasta.

— Espera aí — Olivia fala arrependida, porém o atleta não lhe dá ouvidos e vai embora. — Droga.

— Garota — Nat aconselha Liv —, você tem que se acostumar a dizer “não” e ele tem que se acostumar a ouvir isso.

***

 Hector Balagueró balança o pé direito, impaciente. É possível ver a raiva em seus olhos, visivelmente vermelhos de tanto chorar. Sua vontade é de levantar daquela cadeira e atravessar a porta da sala de interrogação em que se encontra, no entanto, apenas encara o grande espelho retangular na parede à esquerda. Ele sabe que por trás do objeto há alguém o observando.

 A porta se abre. A Xerife Hooper entra no recinto e senta uma cadeira vazia diante de Hector. A mulher, segurando uma pasta de arquivos a joga sobre a mesa entre ela e o rapaz latino de dezoito anos.

— Foi difícil te encontrar, mocinho — Cassid começa. — Parece que tava se escondendo.

— Eu só queria um tempo sozinho — ele justifica. — Não posso ficar de luto pela minha namorada?

— Pode sim. Imagino que esteja sendo bem difícil pra você. Mas eu preciso fazer o meu trabelho e te perguntar algumas coisas.

— Beleza.

— Onde estava ontem à noite entre 22h30 e 00h?

— Em casa.

— Alguém pode confirmar?

— Não.

— Continuando, várias pessoas disseram que você e Justine tiveram uma discussão séria recentemente. Sobre o que era?

 Justine havia descoberto que Hector vende drogas. Ele não pode contar isso à policial.

— Nada demais — o latino responde. — Coisas de casal.

— Já vi muitos casos de garotas que morreram por “coisas de casal”. — Ela abre a pasta de arquivos, revelando algumas fotos do corpo da namorada do rapaz. Ele vira o rosto e fecha os olhos ao olhá-las. — Esse parece um deles.

— Eu não matei ela. Enquanto você suspeita de mim, o verdadeiro assassino tá por aí rindo da sua cara.

— Você, por acaso, imagina quem poderia ser o real assassino? Existe alguém que a Justine tenha se desentendido ou que não goste dela?

— Não tenho ninguém específico em mente. Mas ela tava competindo à miss, não é? Eu acho que alguma daquelas participantes se sentiu ameaçada, afinal, a Justine era linda e ganharia esse concurso de lavada. Vocês deveriam interrogar todas elas.

— Não se preocupe, já estamos cuidando disso. Antes de te liberar, gostaria da sua permissão pra revistarmos sua casa.

— Permissão negada.

— Então vamos recorrer a um mandado.

— Boa sorte até conseguirem.

***

 Assim como os outros dias, após o horário da escola, Caleb dá carona para Zoe até em casa.

— Hoje à noite o time vai dar uma festa em homenagem a sua colega de concurso — enquanto dirige, ele fala para a namorada sentada no banco do passageiro. — Te pego às 19h.

— Meus pais não vão deixar — Zoe diz. — Não enquanto não prenderem quem matou a Justine.

— Eu estou te avisando sobre a festa, não perguntando se seus pais vão deixar você ir. — Ele levanta o tom de voz gradativamente, aborrecido. — Arruma uma desculpa. Fala que vai estudar na casa da Elena, sei lá. Não posso aparecer no rolê sozinho com cara de idiota.

— Vou dar um jeito. — É tudo o que sai da boca da adolescente.

 Zoe tem medo de falar ao lado de Caleb, pois qualquer coisa que diga parece irritá-lo e toda vez que ele fica irritado, acaba deixando um hematoma no corpo dela. Porém, a indiana não pode ficar calada a todo instante, então nos momentos em que é preciso dizer algo, ela demora alguns segundos filtrando as palavras “certas”. Às vezes pedir desculpa funciona quando solta as erradas. Depende do humor do rapaz que é imprevisível. Em um minuto ele consegue ser carinhoso e no outro, agressivo. É como estar vivendo com uma bomba sem relógio, impossível saber a hora exata em que explodirá, e assim que acontecer, somente a garota irá se ferir, afinal ninguém conhece Caleb igual a ela. O atleta passa grande parte do tempo fingindo ser o filho perfeito e o aluno exemplar que todo mundo admira — e por quem Zoe se apaixonou. Contudo, ao estar a sós com a namorada, ele finalmente tira a máscara mostra seu verdadeiro “eu”, aliviado. A indiana é sua válvula de escape.

 Tendo receio de terminar igual Justine, só que pelas mãos de Caleb, Zoe prefere não contar a ninguém sobre o temperamento dele. “Tomara que vocês se casem”, seus pais um dia lhe disseram.

— Te vejo mais tarde — Caleb fala assim que estaciona em frente à casa da adolescente. — Usa aquele vestido que eu te comprei no seu aniversário.

 Zoe assente e força um sorriso.

***

— Sinto muito pela namorada do seu irmão. — Dana diz e toma um gole do milk-shake de morango. Ela vai pelo menos uma vez na semana na Reese’s para tomar a bebida. Só que desta vez está acompanhada. — Até onde eu conhecia, a Justine era bem legal.

— Ela era mesmo — Beverly fala, sentada de frente para a asiática, com a boca cheia do hambúrguer que acabou de morder. — Espero que peguem o filho da puta que tirou a vida da coitada.

— Eu também espero. — Dana muda de assunto. — Desculpa a pergunta, mas o Hector é seu irmão de sangue?

— Não. — A árabe responde sorrindo. — Só de coração. A gente se conheceu na época em que a Ruby me tirou da sarjeta. Um ano antes de mim, ela encontrou o Hector na mesma situação. Ele vivia em orfanatos desde bebê, mas fugiu por conta dos maus tratos. Quanto a mim, fui expulsa de casa pelos meus pais aos quinze anos depois que eles descobriram que eu sou trans. Já o primeiro irmão a ser resgatado das ruas foi o Aron, que faleceu há seis meses, e por isso viemos pra esse lugar.

— Nossa, sua vida daria um livro. Pela pouca idade que tem, você viveu muito, e sofreu também.

— Por isso eu te entendo, apesar de nossos problemas serem diferentes. Agora, me fala de você.

— Eu também me mudei pra Redlake não faz muito tempo. Nove meses mais ou menos. Meu pai vive aqui há quase uma década, desde que ele se separou da minha mãe. Eles decidiram que eu ficaria com ela, e ele, com meu irmão mais velho. Quando minha audição piorou, os dois acharam melhor eu vir pra cá já que meu pai é médico, mas ele não pode fazer nada pra parar isso.

— E por que você se inscreveu na competição de miss?

— Esse tipo de concurso sempre tem um show de talentos, e como eu disse mais cedo, amo música, só que nunca me apresentei pra uma plateia, então resolvi que faria isso antes de ficar totalmente surda. E você?

— Em resumo, quero parar de vender drogas, e de quebra, mostrar que sou tão bonita quanto qualquer garota cis. — Ambas riem. — Bom, preciso ir. Meu turno no bar começa daqui a pouco. Mas se quiser continuar a conversa é só me mandar mensagem.

— Pode deixar.

***

 Sentada no sofá com as pernas esticadas em cima da mesinha de centro, Ruby assiste a um programa de auditório na TV enquanto come um enorme pacote de batata chips. Ela odeia morar no trailer minúsculo em que se encontra, junto de outros exatamente iguais àquele habitados por pobretões. No entanto, era isso ou um espaço mais apertado: um caixão.

 A mulher de quarenta anos vivia em Nova Iorque, em um apartamento espaçoso, e era dona de um bar bastante frequentado. As pessoas iam aos montes em seu estabelecimento em busca de wave, portanto ela decidiu expandir os negócios e abrir um segundo bar em outro bairro. Ruby só não imaginava que o local já pertencia a outro traficante. Nisso, um de seus “filhos”, Aron, acabou sendo baleado e morto como um aviso para ela ir embora da cidade caso não quisesse ser a próxima. Às pressas, a mulher deixou o estado com o restante de seus “filhos”, Hector e Beverly, para recomeçar a vida em Redlake, um lugar aparentemente sem concorrentes, e construir seu império do zero. O dinheiro que possuía quando fugiu de Nova Iorque era pouco, mas o suficiente para montar um novo bar na cidade, o Xamã. Entretanto, teria que, temporariamente, habitar a porcaria daquele trailer.

 Subitamente, a porta se abre e Hector entra.

— Olha só quem tá vivo — Ruby comenta. — Te liguei várias vezes. Espero que não tenha atendido porque estava “trabalhando” muito.

— Não. — ele diz sentando ao lado dela. — Não fui pra escola. Eu tava na delegacia.

— O quê?! — A mulher exclama desesperada, largando o saco de batatinhas. — Te pegaram vendendo minhas drogas? Você não abriu o bico sobre mim, né, garoto?

— Pra você jogar na minha cara tudo o que fez por mim? Não. E eles só queriam me interrogar por causa do assassinato da Justine.

— Ah, é. Tinha me esquecido dela. Foi você que...?

— Não! Eu sou traficante, não um assassino!

— Calma, foi só uma pergunta! E mesmo que fosse você, não tô aqui pra julgar. Agora, levanta essa bunda daí. Já que você não vendeu nada hoje no colégio, vai vender no bar.

— Não posso ter um dia de folga? Eu acabei de perder minha namorada!

— Quem morreu foi ela, não você. — Ruby agarra o pacote de chips, voltando a comer.

 Hector bufa aborrecido e fica de pé.

— É melhor largar esse saco de batatas e começar a se livrar do seu pequeno laboratório de wave do trailer. Assim que conseguir um mandado, a polícia vai revistar cada canto daqui, procurando uma prova de que eu matei a Justine.

— Mas que porra!


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Notas finais do capítulo

Se você chegou até aqui, suponho que esteja acompanhando a história e quer que ela continue. Então deixe um comentário. Não há nada mais desmotivador para um autor. do que uma história com vários acessos e nenhum leitor dando sinal de vida. Não deixe "Seu sangue lhe cai bem" morrer como Justine :(