Miss Slasher escrita por Glauber Oliveira


Capítulo 4
Fôlego


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo e mais uma morte. Boa leitura!



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O dia seguinte, conhecido como o dia do Miss Redlake pelas participantes, finalmente chega. Na casa dos Hooper, Cassid e Elena tomam o café da manhã, sentadas à mesa da cozinha. A mulher, usando o uniforme de policial como de costume, e a adolescente, vestida pronta para ir à escola, com a mochila no chão, ao seu lado. Sem fome, Elena revira com o garfo seus ovos e bacon no prato. O semblante da jovem é de cansado, com olheiras, o que não é surpresa depois de passar a noite acordada, pensando.

 Ontem, após irem à farmácia, ela e Zoe foram à escola e dispararam em direção ao banheiro feminino. Elena fez o teste de gravidez. Positivo. A palavra ecoou em sua mente até enfim absorver a ideia, e quando isso aconteceu, a garota desabou em lágrimas. “Eu tô fodida em todos os sentidos”, foi a primeira coisa a dizer assim que descobriu o resultado. “Você tem que contar pro Dylan e pra sua mãe”, aconselhou Zoe.

 Elena não sabe a melhor hora de contar a Cassid, mas sabe que aquele não é o melhor dia. A mulher está tão animada com o concurso de beleza. Seria muita falta de consideração estragar esse momento para ela.

— Sua cara tá horrível — a policial comenta, de repente. — Ficou ansiosa por causa da competição e não conseguiu dormir?

— Aham — a adolescente mente.

— Vai ter que passar muita maquiagem pra disfarçar se você quiser vencer.

— “Se eu quiser vencer” você quis dizer — a adolescente murmura com os dentes cerrados, perdendo a paciência.

— O que disse?

— Que eu vou cuidar disso.

— Hmm. E você não quer me contar nada?

— Tipo?

— Tipo o B que você tirou na prova de matemática. Ontem eu fui no colégio e aproveitei pra ver como andam suas notas. O que tá acontecendo? É o Miss Redlake? Se for, não se preocupa, você vai ganhar porque é a melhor em tudo que faz.

— Mas eu não quero ser a melhor! — Elena eleva o tom de voz de modo súbito. — Eu quero ser eu mesma!

— Do que você tá falando?

— Eu tô cansada de bancar a filha perfeita só porque você é a xerife! Eu vivo fazendo o que você quer!

— Não é verdade.

— É sim! O concurso de miss agora, o karatê aos treze, o balé aos sete...

— Então o que você quer, hein?

— Eu passei tanto tempo fazendo o que você queria que nem sei o que quero, mas sei exatamente o que eu não quero. E essa competição beleza é a última coisa que faço por você. Ah, a propósito, eu tô grávida.

 A jovem levanta, agarra a bolsa e sai da cozinha.

— E-elena, volta aqui! — Cassid a chama, porém a filha não lhe dá ouvidos. A xerife escuta a porta da frente abrindo e logo se fechando.

***

— Você vai no Miss Redlake, né? — Olivia pergunta a Violet enquanto as duas caminham lado a lado pelos corredores da escola.

— Eu já confirmei mil vezes que vou — a amiga responde sorrindo.

— Desculpa, é que como meus pais não vão estar lá pra me ver, só sobrou você de presença importante.

— Ué, e o Dylan?

— Eu gosto dele, e ele disse que vai aparecer, mas a gente só tá saindo há duas semanas. Ele vai ter que ralar muito pra conseguir um espaço no meu coração que só você e meus pais têm.

— Essa foi a coisa mais fofa que já me disse.

— Não, a coisa mais fofa que eu já te disse foi o meu nome.  — As duas riem. — Ah, e pela última vez, o concurso começa às 20h30. Não esquece.

— Nem que eu tivesse Alzheimer.

 Então as duas avistam à frente, a alguns metros, Hector furioso agarrando Scott pelo pescoço, o jogando de costas contra o armário. O rapaz enforcado, tentando se libertar, não tem a menor chance contra o agressor maior e mais forte.

— Larga ele! — Violet pede ao latino assim que chega perto dele e do irmão, acompanhada de Liv. — O que tá acontecendo?!

— Não tá sabendo o que esse merda fez? — Hector indaga. — Ele publicou um vídeo me acusando de ter matado a Justine. Tá todo mundo compartilhando e achando que é verdade. Até picharam “assassino” no meu trailer.

— E agindo assim vai fazer as pessoas mudarem de opinião sobre você? — Ela questiona.

 Hector fica em silêncio, parecendo refletir a respeito do que foi dito. Em seguida, aproxima seu rosto ao de Scott e fala no ouvido dele:

— É melhor apagar a porra daquele vídeo.

— Ou então vai fazer o quê? — Scott o desafia. — Me estripar?

— Talvez — o latino diz e solta o garoto magrelo de rosto rubro, indo embora em seguida.

— Você tá bem? — Violet pergunta ao irmão.

— Vou ficar — o rapaz responde tossindo.

— Ótimo. Agora apaga o vídeo falando do Hector.

— Nem pensar. Foi por causa dele que eu fui dos cem aos mil inscritos da noite pro dia. Imagina quantos eu vou ter daqui a uma semana ou um mês? A fama finalmente chegou pra mim!

***

 Duas horas e meia antes do Miss Redlake as nove participantes se reúnem em frente  teatro da cidade, onde acontecerá o evento e onde elas treinaram ultimamente. Impacientes e espalhadas pela calçada, porém próximas do da entrada, elas seguram malas de rodinhas, maletas de maquiagens e seus vestidos cobertos por capas transparentes de plástico. Todas conversam paralelamente enquanto esperam a Senhorita Arquette, atrasada há vinte minutos, que possui as chaves para abrir o teatro.  

 Elena conta a Zoe sobre ter revelado a mãe que está grávida durante uma discussão.

— Será que ela vai te expulsar de casa? — a indiana questiona.

— Acho que não — Elena responde. — Minha mãe adora manter as aparências pra evitar que a cidade fale da nossa família. Foi assim quando ela e meu pai já não se gostavam mais, e vai ser do mesmo jeito comigo. Aposto que ela vai querer esconder minha gestação até onde puder, e eu não vou aguentar ser controlada e sair de casa por vontade própria, igual meu pai.

— Pode ficar na minha casa se quiser.

— Obrigada.

— E o Dylan? Já contou pra ele?

— Ainda não. Tô enfrentando um leão por vez.

 Em um canto, Margot fofoca com as gêmeas aos murmúrios:

— Vocês viram o vídeo do Hector enforcando o Scott no colégio? Depois disso, a polícia nem precisa de mais provas pra prender ele por assassinato.

— Eu tô te ouvindo, Margot. — Beverly, há alguns metros, se intromete na conversa. — E se não calar a boca, o próximo assassinato vai ser o seu.

— Pelo jeito a agressividade é de família — Margot rebate.

— Ah, mas eu sou pior que o Hector. — A árabe se aproxima da abelha rainha, ficando a um passo dela. — Eu não vou te enforcar como ele fez com o Scott. Vou deixar sua cara tão deformada que você não vai participar de mais nenhum concurso de beleza, incluindo esse.

— Isso é uma ameaça?

— Não. É uma promessa.

— Sai daqui, traficante! — Samantha se junta à discussão, defendendo Margot. — Nenhuma de nós quer comprar droga.

— Você foi mais educada comigo ontem enquanto me servia um hambúrguer e um milk-shake — Bev comenta com a gêmea. — Você e sua irmã são uma piada. Uma é garçonete e a outra, caixa de supermercado. Ainda assim agem como se fossem melhores que todo mundo só porque andam com a riquinha.

— “Melhor que todo mundo” não, melhor que você — Samara entra na briga. — Se não quiser ser denunciada por venda de substâncias ilícitas, é melhor dar meia volta.

 Dominada pela raiva, Beverly fecha o punho direito, desejando socar os rostos de Margot e suas duas bajuladoras, porém ela não quer arrumar problemas com a polícia — e por consequência com Ruby — ou ser expulsa da escola, portanto dá as costas para o trio e se mantém o mais distante possível.

— Bom dia, meninas! — Lana Arquette diz ao chegar alguns minutos após a confusão entre as participantes terminar.

 — Até que enfim! — Natalie comemora. — Eu já tava achando que você tinha sido assassinada também.

— Eu seria a última pessoa da região que isso aconteceria — a mulher fala. — O senhor todo poderoso cuida de mim. De qualquer forma, desculpem meu atraso. Acabei esquecendo onde tinha guardado as chaves do teatro e fiquei uns dez minutos revirando minha casa toda.

 A Senhorita Arquette é a vice-prefeita de Redlake, organizadora e apresentadora do concurso de miss, além disso, uma solteirona na faixa dos trinta, beirando os quarenta anos, magra e alta como aquelas modelos de passarela. Em suas aparições está sempre usando vestidos elegantes e salto-altos. Apesar de bonita e simpática, ela nunca se casou, talvez por ser um tanto religiosa — mesmo não frequentando a igreja — ou ocupada demais cuidando de qualquer evento da cidade, afinal ela trabalhava apenas com isso antes de ocupar o atual cargo político.

 O interior do teatro cheira a algo antigo, e não é por menos já que o lugar, utilizado para vários tipos de coisas, foi construído nos anos cinquenta, sendo então considerado um patrimônio de Redlake. Ainda assim é um local conservado e razoavelmente grande, com o teto alto, a ponto dos murmúrios das nove participantes ecoarem pelo ambiente serem ouvidos por todas.

 As garotas se dirigem aos camarins para se instalarem, cada uma ocupando um.

***

 A escuridão da noite e os arbustos altos da reserva florestal impedem que o carro de janelas fechadas e embaçadas seja visto. No banco de trás do veículo, Scott e Kevin, suados depois de transarem ali, batem papo enquanto se vestem com dificuldade por conta do pouco espaço.

 Embora Scott conhecesse Kevin, ele nunca trocou uma palavra com o policial até alguns meses atrás, quando começaram a conversar através de um aplicativo de relacionamento destinado a homens gays. Os dois logo se identificaram ao descobrirem ter uma paixão em comum: filmes de terror. “Eu sou muito fã do seu canal, mas nunca tive coragem de falar com você”, o asiático admitiu ao adolescente.

— Ele pode te processar por difamação por esse vídeo — Kevin comenta. — Mas você pode prestar uma queixa se quiser, afinal ele te enforcou.

— Não — Scott fala. — Eu até que achei meio excitante o Hector apertando meu pescoço e sussurrando no meu ouvido. Você podia tentar na próxima.

— Idiota — o policial diz aos risos. Subitamente o homem fica sério. — Pra ser sincero eu tô cansado de todos os nossos encontros serem aqui. Eu quero sair com você de verdade, sabe? Ir no cinema, no restaurante, andar na rua de mãos dadas...

— Eu não tô pronto ainda. Além disso, olha onde a gente vive. Já viu um casal gay por aqui demonstrando afeto? Não!

— Eu sei que você não se sente seguro em se assumir porque nós estamos numa cidade pequena, e não quero te pressionar a nada porque eu entendo que cada um tem seu tempo, mas até quando vai deixar de fazer ou ser o que quer por medo do que os outros vão achar? — Silêncio. Desajeitadamente, Kevin se debruça para os bancos da frente, estica o braço e pega algo do porta-luvas, entregando em seguida para Scott. — Toma. É spray de pimenta pra você se defender dos homofóbicos ou do assassino à solta. Até do Hector.

— Obrigado. É muito romântico da sua parte.

— E eu não sei? Só não solta isso aqui dentro senão vai matar nós dois.

 Ambos riem.

***

— Esses vestidos são mais pesados que a Olivia quando era gorda — Samara reclama entrando no camarim da irmã, segurando a peça de roupa com ombros bufantes e saia volumosa. — Como é que eu vou conseguir andar?

— A intenção é essa — Samantha diz. — A vaca da Margot quer humilhar você e eu. Como se não bastasse eles serem feios, a gente ainda pode tropeçar e cair de cara no palco.

— Bom, eu vou no banheiro antes de vestir essa merda porque depois não vai dar nem pra passar da porta. Você vem comigo?

— Não, tô vazia.

— Ok.

 Samara se conduz ao sanitário feminino. Lá, ela entra em uma das três cabines, a do meio. Sentada no vaso, ela ouve a porta do toalete se abrindo e os passos de alguém no recinto, que caminha ao terceiro cubículo à direita, fechando-o.

 Após fazer suas necessidades, a adolescente se dirige à pia e, enquanto lava as mãos, a porta da última cabine se abre e de dentro sai a figura de rosto enfaixado. Não há tempo para Samara se virar e perguntar quem é aquela pessoa anônima segurado um saco plástico transparente. Assustada, a garota apenas arregala os olhos ao ver através do espelho o indivíduo encapuzado atrás dela avançando. No segundo seguinte, Samara está com a sacola cobrindo a cabeça e o mascarado se esforçando em lhe imobilizar. A figura enrola um pedaço de fita isolante ao redor do pescoço da vítima lutando desesperada para se desvencilhar. A adolescente cai de bruços no chão ao levar uma rasteira do agressor, que ata as mãos dela atrás das costas com mais fita isolante. Aos prantos e gemidos, Samara luta para puxar o ar que ainda resta naquela sacola presa à sua cabeça. Não há fôlego para gritar por socorro. A moça inspira mais uma vez e dessa, o ar não vem. A sensação é de se afogar no seco. Samara percebe estar perdendo a consciência, e consequentemente a vida, assim que sua visão começa a escurecer. Prestes a tudo se apagar, última imagem que vê são os coturnos do assassino diante de si.

***

— Antes de vocês começarem a se arrumar, eu gostaria de fazer um ensaio bem rápido só pra ver como vai ficar agora com a homenagem de última hora a Justine, que o Senhor a tenha — a Senhorita Arquette fala com as garotas reunidas no palco. — Tá faltando alguma participante aqui?

— Tirando a que morreu? — Natalie indaga. — A Olivia e uma das gêmeas. Não me pergunta qual delas é.

— A Samara foi no banheiro — Samantha diz —, mas já faz uns quarenta e cinco minutos.

— Eu acabei de vir de lá — Olivia comenta ao aparecer —, e não tinha ninguém.

 Samantha saca o celular do bolso e manda uma mensagem para a irmã: Onde você tá? Anda logo e vem pro palco!

— Não dá pra ficar esperando — Lana avisa. — Vamos ter que ensaiar sem ela. Bom, como apresentadora do Miss Redlake, eu vou começar a noite com um vídeo em homenagem a Justine. Alguém pode abrir as cortinas pra eu simular minha entrada?

— Eu — Beverly se voluntaria levantando o braço. Ela vai para os bastidores parando próxima a uma fileira de alavancas. — Qual dessas eu puxo?

— A vermelha, eu acho! — a mulher fala do outro lado dos bastidores, oposta à árabe.

 Com certa dificuldade Beverly consegue puxar a alavanca, porém as cortinas não se abrem apesar de algo acontecer: um vulto vindo do alto atinge o chão de madeira do palco em grande velocidade, causando um barulho alto que ecoa pelo local. É o corpo de Samara. Ele possui uma corda no pescoço ligada à alavanca acionada, um saco plástico na cabeça e braços para trás com os pulsos amarrados por fita isolante. A perna esquerda está quebrada, possivelmente por conta da queda. Quando percebem o que acabou de ocorrer, todas ali presentes gritam em uníssono apavoradas.

***

 A polícia não demora a chegar e interditar o teatro. Em frente ao lugar, a Senhorita Arquette e as meninas dão seus depoimentos, exceto Samantha que, por estar abalada demais pela morte da irmã, é sedada e levada para casa.

 A Xerife Hooper aparece um pouco depois. Ela desce desesperada da viatura e corre, atravessando a multidão diante do local do crime, a procura de sua filha.

— Elena! — Cassid chama a jovem ao avistá-la e, sem se importar em estar em serviço, a abraça. — Você tá bem?

— Fisicamente sim — Elena fala com um semblante de quem chorou.

— Menos mal — a policial suspira aliviada. — Acho melhor você esperar no carro até eu resolver as coisas aqui. Prometo que não vou demorar.

 A garota assente e se volta para Zoe:

— Você quer uma carona?

— Se sua mãe não se importar... — a indiana responde.

— De forma alguma — a mulher diz. — Agora vão lá antes que brote um monte de repórteres.

 As meninas concordam e saem dali.

 Kevin estaciona a uma quadra do teatro para que ninguém o veja com Scott. O adolescente sai primeiro do carro e se reúne com Nat e Liv que o esperam junto de sua irmã.

— Onde você tava? — Violet pergunta preocupada

— No cinema — ele mente.

 Em seguida, Kevin se encontra com Dana acompanhada de Beverly.

— Como é que cê tá? — Ele indaga abraçando a irmã.

— Tô bem, só meio baqueada. — A asiática fala e apresenta a amiga ao policial: — Essa aqui é a Beverly. Ela também tava no concurso. — Os dois se cumprimentam num aperto de mãos. — Você pode levar a Bev até em casa?

— Claro — Kevin diz. — Eu só tenho que falar com a xerife, ok? — Dana assente. Então o rapaz vai atrás de Cassid e alcança a mulher prestes a entrar no teatro. — Xerife Hooper! Posso ajudar em alguma coisa?

— Tá tudo sob controle, Nakata — a mulher avisa. — Sua irmã precisa de você agora mais do que eu.

 Após o infortúnio no teatro e ter dado seu depoimento, Margot manda uma mensagem ao seu pai, pedindo para que venha busca-la. O homem manda esperá-lo longe dali, uma rua antes. Ela o obedece.

— Nossa, que demora — Margot reclama ao entrar no carro assim que Anthony chega.

— Podia pelo menos agradecer — ele comenta.

— Obrigada por fazer o mínimo como pai. Será que você finalmente vai se importar comigo agora que minha amiga foi morta, ou eu também vou ter que ser?

— Eu tô aqui, não tô?! É incrível como você consegue fazer com que tudo seja sobre você, inclusive o assassinato de outra garota! Você é tão ingrata e hipócrita! Usufrui de todo o luxo que foi fruto do meu trabalho e reclama que eu não tenho tempo pra você porque vivo trabalhando.

— E quem disse que eu queria luxo? Isso só serve pra tentar tapar o buraco que é ter um pai ausente. O que eu quero de verdade é que você seja mais presente, e que minha mãe não tivesse morrido!

— Eu não vou entrar nessa conversa.

— VOCÊ NUNCA ENTRA! Evitar falar dela ou se livrar das coisas dela, fingindo que ela nunca existiu, não vai te fazer esquecê-la.

— Tem razão. Porque toda vez que olho pra você, eu lembro da sua mãe, e isso dói pra caralho.


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Notas finais do capítulo

Devido a trabalhos da faculdade, o próximo capítulo só sai mês que vem. Se está acompanhando essa história, deixe um comentário, não custa nada e me motiva a continuar :)