O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 4
Melissa


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo, espero que estejam gostado dessa primeira temporada, estou louca para saber a opinião de vocês, então meus amados leitores comentem.

E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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Mal podia acreditar que segunda feira finalmente havia chegado.

Enquanto me arrumava, meu coração batia acelerado como se quisesse sair do peito, afinal trabalhar em um dos laboratórios mais conceituados e ao lado de um dos farmacêuticos mais respeitados de toda Inglaterra não era para qualquer um, o que me deixou ainda mais nervosa, peguei o celular para ligar para a única pessoa que poderia me transmitir calma naquele momento.

—Oi vó. - disse assim que ela atendeu ao telefone.

—Abelhinha, aconteceu alguma coisa? - ela questionou preocupada e sorri com saudade dela.

Minha avó paterna, havia decidido morar no litoral em uma casa de repouso após a morte do meu avô, mesmo meus pais insistido para que ela morasse conosco não teve jeito. Ela sempre teve o espirito livre, por isso sempre se comparava a um pássaro.

—Não aconteceu nada vovó, só estava com saudades.

—Eu também abelhinha, mas prometo que mataremos a nossa saudade, quando for para o casamento do Danny, mas hoje não é o seu primeiro dia de trabalho?

Havia ligado para a minha avó após o jantar de sexta anunciando, que apesar da minha inexperiência, havia conseguido a vaga de farmacêutica assistente nos laboratórios Thompson.

—É sim vó, e estou nervosa. -segredei voltando ao presente e ela sorriu como se tivesse adivinhado a razão dos meus problemas.

—Vai dar tudo certo minha abelhinha, você é capaz de tudo. Quando se sentir insegura, segure a echarpe que lhe mandei de presente, pois ela é magica. - minha avó disse misteriosa e sorri por ela ainda querer me fazer acreditar em magia.

—Bem que gostaria vó, mas acabei perdendo a minha echarpe no dia da entrevista. - disse triste e ela sorriu animada o que me deixou confusa.

—Isso é um bom sinal abelhinha, a echarpe é magica. Se sumiu, é porque ela está à procura do seu amor verdadeiro, e só voltará quando encontrar. - ela disse e sorri suave, vovó só podia estar lendo muitos romances à beira da praia.

—Espero que ele seja muito corajoso, para enfrentar três Hastings ciumentos em defesa da garotinha deles. - disse entrando na onda da minha avó que sorriu, afinal não tinha nenhum mal em alimentar a sua imaginação.

—Ele será o mais corajoso de todos, abelhinha. Um verdadeiro lobo. - ela explicou e ouvi minha mãe me chamando da escada.

—Já vou mãe. - disse afastando o telefone da orelha antes de voltar a falar com a minha avó. -Porque um lobo, vovó?

—Porque eles são corajosos, leais e destemidos, além de terem ficado na moda literária por um tempo. - ela disse e foi impossível não rir da explicação da minha avó. - Se a echarpe voltar me ligue para avisar.

—Tudo bem vó, agora preciso desligar se não vou chegar atrasada para o primeiro dia, te amo.

—Eu também te amo abelhinha, vou esperar a sua ligação. - ela disse e concordei antes de desligar o telefone, descendo em seguida para tomar o meu café da manhã.

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Assim que desci do carro, que havia solicitado através de um aplicativo, em frente à sede do conglomerado Thompson, meu coração começou a bater acelerado como se estivesse em uma maratona. Respirei fundo algumas vezes tentando me acalmar antes de entrar no prédio em que trabalharia a partir de hoje, após me identificar na portaria e receber meu crachá de acesso o segurança me pediu para pegar o elevador e apertar o andar dos laboratórios, pois o meu chefe estava me esperando.

Enquanto o elevador seguia para o último andar, alisei a saia plissada do meu vestido lilás de maneira nervosa antes do meu celular começar a tocar, com cuidado abri a minha bolsa atrás dele e sorri assim que vi a foto de Theo, Becca e meu sobrinho na tela.

—Bom dia Theo. - disse sorrindo assim que atendi ao telefone.

—Bom dia fadinha, estou ligando para saber se está pronta? Posso lhe dar uma carona até o conglomerado. - meu irmão questionou e sorri assim que ouvi a voz do meu sobrinho ao fundo me dando bom dia.

— Já estou na empresa, resolvi chegar alguns minutos antes. Você está no viva voz? - questionei e Becca respondeu pelo meu irmão.

—Está querida, e bom dia. - Becca disse sorrindo e ouvi o sorriso de Hunter ao fundo. - Espero que seu primeiro dia seja incrível, e o Hunter quer falar com você.

—Obrigada Becca e também quero muito falar com ele. - disse sorrindo à toa como a tia coruja que era.

Hunter era meu único sobrinho, desde que nasceu há três anos a nossa vida mudou radicalmente. Afinal, ele trouxe mais alegria e travessuras para a família.

—Bom dia tia Mel. - Hunter disse amoroso e sorri com carinho.

—Bom dia meu bem, a tia te ama muito e estou morrendo de saudades de você.

—Eu também tia. - ele disse amoroso e ouvi meu irmão conversando com o filho. -Preciso tomar café tia Mel, pra ir pra creche.

—Tudo bem, meu amor depois conversarmos. Beijo.

—Beijo. - Hunter disse antes do meu irmão voltar a falar.

—Você me tirou a chance de levar a minha irmãzinha no primeiro dia no trabalho. Como vou conseguir superar isso? - Theo questionou fingindo magoa e foi impossível não rir.

—Você supera Theo. E além do mais já tenho vinte e um anos, sou uma adulta, além de não ser nada profissional chegar ao trabalho escoltada pelo irmão mais velho.

—Não ia te escoltar, fadinha. Só que moro há três quadras depois da casa dos nossos pais, seria natural que pegasse carona comigo, afinal vamos para o mesmo local. - ele argumentou e suspirei concordando.

—Tudo bem, quando souber o meu horário fixo te passo mensagem avisando. - disse vencida e meu irmão deve ter feito a dança da vitória, pois escutei as risadas de Becca e Hunter ao fundo. - E você já conheceu seu chefe?

—Ainda não, estou no elevador ido encontra-lo. - disse nervosa ao meu irmão, que me avisou que estava desligando o viva voz antes de voltar a falar.

—Não precisa ficar nervosa, fadinha. O Ben é todo sério, formal e perfeccionista, mas é uma ótima pessoa. Nunca o vi destratar um funcionário durante o tempo que trabalho na empresa, e a atitude dele no dia da sua entrevista pegou todo mundo de surpreso, talvez ele estivesse em um péssimo dia. Só respire fundo e seja você mesma, qualquer coisa e só subir para o andar do direito ou me ligar.

—Obrigada Theo. - disse e as portas dos elevadores se abriram anunciando que havia chegado ao setor desejado. - Preciso desligar Theo, eu te amo.

—Tudo bem, eu também te amo. - meu irmão disse desligando e me aproximei de mulher que estava sentada atrás de uma mesa de vidro, digitando algo no computador de forma concentrada.

— Bom dia, sou Melissa Hastings, a nova farmacêutica assistente do senhor Thompson. - me apresentei a recepcionista que levantou os olhos para me ver antes de sorrir.

—Há claro, me desculpe a bagunça. - ela disse sem graça enquanto olhava para a sua mesa que estava cheia de papeis. - Ben me avisou que você chegaria hoje. Me chamo Cíntia Lopes, sou a secretária do setor administrativo do laboratório, fico responsável por encaminhar todos as decisões do chefe técnico para a administração superior.

—Entendo, você é uma espécie de ponte humana. - brinquei sem perceber e ela sorriu concordando.

—É isso mesmo garota. - Cíntia disse sorrindo enquanto me olhava. -Você tem humor, gostei disso. A maioria dos farmacêuticos da empresa são sérios, as coisas só ficam divertidas quando Ária desce para ver o Ben.

—Ela é uma figura. - disse me lembrando da minha entrevista de emprego.

—Isso é verdade, senhorita Hastings.

—Por favor, me chame apenas de Mel.

—Só se você me chamar de Cíntia. - ela ofereceu e sorri concordando.

Cíntia era uma mulher linda, seus cabelos loiros combinavam perfeitamente com seus olhos verdes, mas o que me chamou a atenção foi a sua alegria. Ela parecia a miss felicidade, e isso era raro nas pessoas. Senti que poderíamos ser grandes amigas.

—E então, onde está o senhor Thompson? - questionei curiosa e ela sorriu.

— Ben não está na sala dele, mas me pediu para leva-la até o laboratório assim que chegasse. Vamos? - ela questionou e concordei antes de segui-la para outro elevador, que ficava ao lado daquele que havia me trago até aqui.

—Como é a rotina de trabalho do senhor Thompson? - questionei e Cíntia me olhou surpresa pela pergunta.

—Porque a curiosidade Mel? Por acaso tem uma queda pelo Ben? - ela questionou curiosa e sorri nervosa com a sua análise interrogatória.

—O que? Não. - disse vermelha como um tomate. - Só estou curiosa porque vou ser a assistente dele, e não queria cometer nenhuma gafe. Me entendi?

—Entendo. Mas se me permite um conselho, de quem trabalha a anos nessa empresa, acho melhor não nutrir qualquer sentimento por ele, o chefe não sai com nenhuma funcionária daqui. Já tivemos algumas dores de cabeça antes que acabaram em demissão por justa causa. - ela disse me olhando esperando que sinalizasse que entendi o seu conselho e balancei a cabeça concordando. - Ótimo, odiaria ter que fazer a sua carta de demissão, porque gostei de você.

—Eu também gostei de você. - disse sincera e Cíntia sorriu amigável.

—O Ben é o primeiro a chegar e o último a sair. Assim que chega, ele vai vistoriar o setor de produção, para verificar se houve algum problema durante o turno de fabricação da noite, depois segui para os laboratórios onde faz a mesma coisa antes de subir para a sua sala e tem a sua rotina diária do escritório.

—Ele é um workaholic. - constatei sorrindo e ela concordou.

—Você não imagina o quanto, às vezes tenho que chutá-lo para fora da empresa. - ela segredou brincando e foi impossível não rir. - Qual é a graça, Mel?

—Somos parecidos nisso, também sou uma workaholic. - disse e ela gemeu o que me fez rir.- Você e o senhor Thompson parece ser amigos.

—Pode-se dizer que sim, trabalho para o Ben há oito anos desde que perdi uma aposta para a minha irmã mais velha, Susan.

—Como isso aconteceu?

—Outro dia eu te conto, porque é uma longa história que envolve muita tequila. - ela disse dando de ombros e concordei.

Assim que as portas se abriram fiquei sem fala ao ver o setor de produção da empresa, era muito maior do que a filial em que estagiei durante o curso de farmácia. Enquanto andávamos Cíntia me assegurava que Ben, iria me explicar cada setor e seu funcionamento, pois precisaria conhecer tudo, já que seria a mais nova responsável pela metade da produção dos remédios.

—Acho que agora você vai se sentir em casa, Mel. - Cíntia disse assim que abriu uma porta de vidro, onde várias pessoas usavam jalecos e estavam concentradas olhando algo em microscópios ou tomando notas das suas observações.

 E ela tinha razão, sempre me sentiria em casa dentro de um laboratório.

Antes de questionar a Cíntia onde estava o nosso chefe, ele surgiu saindo de outro setor dentro da sala em que estávamos usando um jaleco branco, enquanto explicava algo para alguém que o acompanhava.

 Não sabia explicar, mas algo dentro de mim se agitou enquanto minha pulsação e meu coração aceleravam como se tivesse corrido uma maratona. Como se tivesse ouvido o som do meu coração acelerado, Benjamin Thompson desviou a atenção da pessoa com quem falava para me ver. E a intensidade do seu olhar me arrepiou por inteira, como se não tivesse domínio algum do meu corpo.

O que estava acontecendo comigo, meu Deus?


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