O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 14
Melissa


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de O Legado meus amados leitores, espero que gostem do capitulo de hoje que está cheio de surpresas.
E tenho uma surpresa para vocês...Como amanhã é o meu aniversário, para comemorar vou disponibilizar dois capítulos inéditos de o Legado, espero que tenham gostado da novidade.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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Finalmente o final de semana havia chegado, só de pensar que passaria dois dias longe da empresa me sentia estranha, como se algo estivesse faltando.

Desde o incidente em minha sala, na quarta-feira, no qual Benjamin e eu quase havíamos nos beijado novamente, decidi esquecer o que quase havia acontecido e parecia que meu chefe estava fazendo o mesmo. Evitava ficar muito próxima dele, pelo menos a atração que fazia com que perdêssemos a razão, havia ido embora, espero eu que para sempre.

—Acordou cedo filha. - mamãe disse carinhosa descendo as escadas e vindo me dar um beijo na testa, enquanto terminava de preparar a minha cesta de piquenique.

—Lembra mãe, que vou passar o dia no parque com a minha amiga do trabalho? - questionei colocando o suco de maça na garrafa térmica antes de colocá-lo na cesta.

—Lembro, você vai com a Cíntia e ainda irão levar os seus sobrinhos.

—Sim. A senhora e o papai gostariam de ir? - questionei pegando um pacote de pão de forma do armário da cozinha, para fazer sanduiches de manteiga de amendoim e geleia de amora.

—Não mesmo, aproveite seu dia com a sua amiga e as crianças. - ela disse sorrindo enquanto abria a geladeira e tirava de lá os potes de manteiga de amendoim e geleia de amora, colocando-os em cima da bancada da cozinha antes de ligar a cafeteira.

Quando estava terminando de tomar o meu café da manhã, Theo entrou na casa dos nossos pais com meu sobrinho adormecido em seu colo, e pela sua cara ele parecia bem feliz em passar um dia sem o filho pequeno.

—Vou ficar lhe devendo um enorme favor, fadinha. - Theo disse extremante agradecido enquanto entregava seu filho a mim antes de beijar a testa de Hunter.

—Tá legal. - disse confusa por sua animação antes de vê-lo sair pela porta da frente, confusa virei para questionar a minha mãe se sabia o porquê da felicidade repentina do meu irmão mais velho em deixar o filho comigo. -O que foi que deu nele?

—Você só vai entender quando tiver filhos e quiser namorar em paz. - mamãe disse sorrindo enquanto recolhia a mesa do café da manhã enquanto meu pai, que lia o seu jornal, sorria concordando com as palavras da minha mãe.

—Espera, a Becca e o Théo...- sugeri e os dois concordaram enquanto eu corava, mas logo ouvi uma buzina indicando que Cíntia havia chegado.

Meu pai fez questão de me ajudar com a cesta enquanto acomodava Hunter em sua cadeirinha no carro de Cíntia, antes de partimos em direção ao parque.

—Alex e Pandora, está é a tia Mel e o Hunter. Digam olá para eles.- Cíntia disse sorrindo para o banco de trás onde estavam seus sobrinhos.

Uma linda garotinha ruiva de olhos azuis claros e um garotinho de cabelos castanhos e olhos verdes.

—Olá tia Mel. - eles disseram juntos e sorri.

—Olá. - Hunter disse sorrindo enquanto acenava para todos e sorrimos encantados.

—Temos que lhe agradecer tia Mel, por ter inventado esse passeio e convidado a gente, porque não aguentava mais o choro daquele bebê. - Pandora disse aliviada e Alex concordou enquanto Cíntia olhava feio para os dois.

—Vocês deviam se envergonhar por falar desse jeito do irmãozinho de vocês, o Ian ainda está se acostumando a rotina da família. - Cíntia disse paciente enquanto olhava pelo espelho do carro que possibilitava a visão do banco do passageiro.

—Mas que ele chora demais, ele chora. Não consigo fazer minha atividade de matemática e o papai que sempre me ajudava, agora não tem tempo. -Alex se queixou antes de se inclinar para ficar no meio dos bancos da frente. - Tia Ci, bem que a senhora poderia me adotar, não acha?

—Tá doido Alex, aí você teria que morar com o Douglas. - Pandora disse e fez cara feia ao mencionar o nome do namorado de Cíntia.

—Esquece tia Ci, prefiro esperar o Ian se acostumar com a gente. - Alex disse voltando ao seu lugar.

—Não sei porque vocês implicam com o Douglas, ele é legal. - Cíntia disse enquanto fazia uma curva.

—A mamãe diz que ele não serve para a senhora e concordamos com ela. -Pandora e Alex disseram juntos como se soubessem das coisas e foi impossível não rir da situação.

—Tá legal, e quem segundo vocês, serviria para a sua tia? - questionei curiosa assim que virei para ver as crianças.

—Não dá corda Melissa. - Cíntia me censurou e a ignorei.

—O nosso pediatra. A mamãe sempre diz isso e temos que concordar com ela. - Pandora disse sorrindo e olhei para Cíntia.

—Você conhece o pediatra dos seus sobrinhos? -questionei interessada no assunto.

—Claro que não, por mais que minha irmã mais velha, viva falando o quanto ele é legal, divertido e bonitão, e que formaríamos um casal incrível. Susan já tentou várias vezes me obrigar a levar as crianças ao pediatra só para conhece-lo, mas sempre consigo evitar.

—É porque você o está evitando? Por acaso tem medo de sentir algo por ele?

—Claro que não Mel, eu amo o Douglas. - ela disse convicta e concordei dando o assunto por encerrado.

Assim que chegamos ao parque procuramos um lugar a sombra de uma árvore, para que as crianças não pegassem tanto sol, já que hoje a velha Londres resolveu nos presentear com o mesmo nessa manhã.  Apesar das crianças terem idades diferentes, os três conseguiram se entender e brincarem juntos, tiramos muitas fotos para deixarmos registrado aquele encontro.

—E então, Mel, você já está uma semana na empresa, conseguiu se adaptar perfeitamente ao horário de trabalho maluco do nosso chefe, o qual penei para fazê-lo.- ela segredou e sorri concordando enquanto colocava os lanches para as crianças, que estavam jogando bola com Hunter. -Por acaso já surgiu alguma paquera na empresa? Porque se você ainda não reparou, você chama a atenção da ala masculina no laboratório e no refeitório da empresa.

—Não mesmo, eles olham para você e não para mim.

—Garota, você precisa acreditar no seu potencial. Você é linda, inteligente e uma pessoa incrível que não merece ficar para titia. - Cíntia disse enquanto colocava o suco para as crianças. - Se quiser posso te arrumar um encontro, sei de alguns caras na empresa que ficaram afim de você. Basta apenas dizer que sim.

—Não mesmo. E além do mais, os homens tem medo de mulheres com vários phds.- desconversei e Cíntia me analisou de um jeito estranho, como se estivesse à procura de algo. - O que foi?

—Você não está recusando um encontro arranjado por educação, está recusando porque alguém já mexeu com você. Quem é o cara? - Cíntia questionou animada e olhei para as crianças decidido se contava ou não o que se passava dentro de mim.

Olhei para Cíntia e vi em seus olhos que podia confiar nela, que tudo que lhe contasse jamais sairia dali, talvez com a experiência que ela tinha em relacionamentos pudesse me ajudar a entender a atração maluca, que de vez em quando sentia pelo nosso chefe.

—Hei Mel, se você não quiser contar tudo bem, vou respeitar o seu silêncio. Mas se quiser, lhe prometo que não contarei a ninguém o que me disser, esse assunto vai morrer aqui. - ela jurou e decidi que precisava desabafar com alguém ou acabaria morrendo sufocando por guardar esse segredo.

—Eu me sinto atraída por alguém da empresa. - disse e senti um alivio tão grande por admitir isso em voz alta, como se tivesse tirando uma montanha das costas.

—Sério? E essa pessoa já demonstrou algum interesse por você? - ela questionou e parei para pensar nas duas vezes em que quase beijei Benjamin, e nos olhares que sempre trocávamos, os dele sempre estavam cheios de promessas silenciosas que aos poucos se revelavam para mim.

—Ele parece bastante interessado em mim, pelo menos os nossos quase beijos confirmam isso. - disse vermelha e ela sorriu empolgada com a história.

—E ele já te chamou para sair?

—Acho que não seria apropriado. - disse e ela me olhou tentando entender do que eu estava falando.

—E porque não seria? A não ser que...- Cíntia disse confusa enquanto me olhava nos olhos e vi o choque passar por eles.

— Meu Deus, você se envolveu com um homem casado? - ela falou mais alto e algumas pessoas que estavam perto de nós viraram para nos ver.

—Claro que não sua doida e fala baixo. O que as pessoas do parque irão pensar de mim? -questionei vermelha de vergonha enquanto olhava para os lados.

—Me desculpe Melissa. Mas o que eu deveria pensar, quando você disse que não era apropriado?! Afinal, o conglomerado não proibi o relacionamento entre funcionários, o que ocorre em algumas empresas. Por exemplo, namoro com o Douglas que também trabalha na empresa, o doutor Thompson é casado com a doutora Thompson e ambos trabalham na sede da rede de hospitais. -ela disse confusa e respirei fundo antes de contar tudo.

—Quando disse que não seria apropriado, estava falando de profissionalmente. - esclareci e Cíntia parou de respirar por um tempo o que me deixou alarmada.

—Cíntia, está tudo bem?

—Meu Deus, é o Benjamin. - ela disse chocada enquanto olhava para mim.

—Eu sei que você me disse para não nutrir algo por ele, mas não consegui evitar. Essa coisa entre a gente é forte demais, por mais que tente fugir algo me empurra em direção a ele. Juro que estou tentando agir profissionalmente, mas cada dia se torna mais difícil. E não sei o que fazer, porque não quero pedir demissão, amo trabalhar no laboratório. Por favor, me diz o que fazer Cíntia. - implorei desesperada enquanto ela ainda me olhava chocada por minha revelação.

—A gente conversa depois amiga, acho melhor você ficar calada se não quer que ele saiba que está balançada por ele.

—Do que você está falando? - questionei confusa e ela sorriu para alguém enquanto acenava, confusa virei para ver quem estava atrás de mim e fiquei sem reação ao ver Benjamin correndo em nossa direção.

E tinha que admitir, Benjamin ficava lindo em qualquer situação, desde as mais sociais quando usava terno, ou as técnicas quando tinha que está de jaleco no laboratório, e as casuais como agora, quando usava regata, bermuda e tênis para correr pelo parque.

Meu Deus, aquele homem era de parar o trânsito, e aquilo no braço esquerdo dele era uma tatuagem?


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