O telefone tocou: Para variar mais problemas...

Sasuke teria de ir a empresa resolver um problema causado por um de seus diretores assunto. Grunhiu irritado com a incompetência generalizada que o forçava a ter de ir pessoalmente resolver a questão, já que nenhum de seus funcionários fora capaz.  As decisões mais importantes sempre ficavam em suas mãos, mas frequentemente tomava-as à distância, por meio de teleconferências. Sempre ficava irritado com a bajulação interesseira da maioria dos membros dos cargos de chefia.

Era o terceiro dia de dispensa da babá e as coisas não andavam muito fáceis. Além da impertinência habitual, Sasuke observava que o garoto andava um tanto inquieto. Mesmo quando o estava vigiando Naruto andava de um lado a outro arrastando Ed consigo.

Conseqüência de ficar tantos dias dentro de casa sem ter onde gastar energia, a não ser   em suas observações ao extraterrestre, mas o papai de primeira-viagem não sabia disto.

Sasuke recostou-se na cadeira. Toda aquela movimentação tirava sua concentração. O que raios aquela criança tinha? Não podia ficar quieta nem por algumas horas?

Pensou em trancá-lo no quarto, mas isso seria violar os direitos humanos. Não seria? Sem contar que só em pensar na falação de Tsunade ao saber disso fazia suas têmporas começarem a latejar.

Salvou o arquivo em que trabalhava num pen-drive e desligou o note-book. Era quase impossível achar uma babá disponível em cima da hora, por isso nem tentou. A saída era levar o moleque com ele.

-Moleque!

Sasuke chamou levantando-se e indo até a sala. Naruto o encarava de pijama.

-Troque-se. Nós vamos sair.

O menino não se moveu um centímetro.

-É surdo? (¬.¬)

Estava hesitante. Desde que chegara a casa nunquinha o Et havia o chamado para sair. Então, o convite parecia muito suspeito. Será que era agora? O esquisitão ia querer livrar-se dele e de Ed agora?

-Pra quê?

Sasuke não estava acostumado a ser questionado. Como assim "pra que?". Porque ele estava mandando. Isso deveria bastar. Porém, não bastava para o pequeno Naruto.

-Não vou!- Respondeu diante da insistência do tutor.

-Vai ficar aqui sozinho então?

Sasuke tentou amedrontar a criança. Ignorava que a perspectiva de sair com o Et carrancudo era mais assustadora do que ficar sozinho em casa.

-Ed vai ficar comigo.

-Olha moleque... Você vai.

-Não vô naum! Não importa o que você faça! Et!

Naruto chutou a canela de Sasuke e subiu correndo as escadas.

-Feio!

Não, aquela criança não podia se atrevido a fazer aquilo, pensava Sasuke. Mas ela tinha e agora ele a faria ir de qualquer jeito.

Naruto não achava que um espião não deveria usar de violência, mas parecia ser um caso de vida ou morte. Perguntava-se o que ele e Ed fariam, não tinham para onde fugir. Correu para seu quarto fechando a porta. Antes que pudesse levar a cadeira até ela para ficar na altura da fechadura e trancá-la Sasuke entrou. E, pela cara que o esquisitão fazia o pequeno sabia que ele e seu pingüim estavam muito encrencados.