Hogwarts e o Mistério do Cristal Maldito — Vol 1 escrita por Linesahh


Capítulo 50
Capítulo 49 — Victor Faz uma Revelação


Notas iniciais do capítulo

Oiê, gente!
Cheguei um pouco tarde, mas cá estou para postar o novo capítulo! Passei o dia fora com a mamis, comprando coisas para a casa ^-^ Como vocês estão nesse sábado? Se divertindo ou extremamente entediados?

Bem, vamos ao capítulo! Será que Victor irá dar alguma boa informação?
Boa Leitura ♥



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♦ Louisa Northrop ♦

 

Debruçado sobre o batente apedrejado, com um rolo de pergaminho entre as mãos, Victor Black parecia estar imensamente distraído.

Um dos enormes pinheiros banhados de neve estava logo à frente, podendo facilmente ser tocado por qualquer um que esticasse o braço. Victor passava os olhos energizados sobre o pergaminho, recitando palavras sem pausa alguma:

— Bezoar, Descurainia, Bubótupera, Romã, Pedra-da-Lua, Urtiga...

Louisa conseguiu contar mais uns vinte nomes até a lista parecer, enfim, terminar. Pelo que conseguiu ouvir, tratavam-se de ingredientes para o preparo de variadas poções. Victor deveria estar decorando-os...

O garoto finalmente relaxou os ombros e suspirou em bálsamo.

— Enfim! Terminei essa chatice! — e então, para o espanto de Louisa, ele sacou a varinha e incendiou o pergaminho, atirando-o sacada abaixo.

Louisa devia ter feito algum barulho (principalmente por conta da surpresa momentânea ante o ato do garoto — ele não precisava daquelas anotações para estudar?), pois acabou chamando a atenção de Victor para onde estava.

— Louisa? — ele olhou-lhe, parecendo levemente surpreso.

De repente, sentiu a mesma vontade de sumir assim como ocorrera quando encontrara-se com August dias antes.

— Victor... — falou um pouco desorientada. — Err... — seus olhos desviaram-se na direção em que ele havia jogado o papel em chamas, agora já fora de vista. — Estava apenas vendo o... — procurou desesperadamente qualquer palavra coerente. — Fogo.

Louisa com certeza poderia ter se saído um pouco melhor, mas, felizmente, Victor inclinou-se um pouco sobre o batente, visando procurar algum ponto queimado na base da construção do terraço. Provavelmente o papel já devia estar em cinzas.

— Ah, sim... — comentou. — Eu costumo queimar minhas anotações, sabe? Assim me forço a decorar tudo... — ele voltou-se novamente para si. — Mas estou surpreso. Já estava achando que peguei algum tipo de praga. O que deu em você para que ficasse tão evasiva nesses últimos meses?

Louisa ficou tensa.

— E-Evasiva? Acho que é impressão sua... — falou nervosa. — E, hã... É melhor eu já ir. — assentiu para si mesma, virando-se rapidamente para ir embora.

— Ei, ei — Victor foi a seu encalço, lhe puxando pelo ombro. — Espere, Louisa. — seus olhos escuros pareceram analisá-la rapidamente. — Você é uma desgraça mentindo, sabe disso. O que houve, afinal?

Não soube o que dizer. Estava extremamente nervosa e envergonhada. Não queria ter de falar sobre aquilo em voz alta. Baixou a cabeça.

Louisa achou que devia ser bem fácil para qualquer um lê-la apenas por sua expressão, pois Victor logo pareceu um pouco incrédulo, como se houvesse cogitado algo evidentemente certeiro.

— O quê? — ele perguntou, como se ela tivesse respondido sua pergunta anterior. — Não me diga que é sobre aquilo. — falou sem acreditar. — Você é louca? Achei que esse assunto já havia se resolvido há muito tempo! Por que está o desenterrando justo agora?

Louisa encontrava-se imensamente sem jeito, evitando seu olhar.

— Eu... Não sei, eu... — balançou a cabeça. — Simplesmente voltou a ficar... Fresco.

— Ah, Louisa... — Victor pareceu desapontado. — E eu achando que era algo sério... Estava até tentando lembrar se eu havia feito algo que te desagradou de alguma maneira... Como jogar suas bijuterias em um ninho de ratos ou coisa assim. Não acredito que era logo por causa daquilo.

Continuou calada, olhando-o com hesitação.

Ele, então, continuou, mas dessa vez num tom mais baixo:

— Olhe, sei que deve ter sido uma situação um tanto... Medonha para você, e que minha irmã pode ser sim, um pouco persistente...

— “Um pouco”? — arqueou os olhos, conseguindo finalmente falar algo.

Ele revirou os olhos. — Certo, muito persistente. — corrigiu-se. Olhou-a mais significativamente. — Mas aquilo acabou. Não sei por que ficou tão insegura de repente.

Aquilo fez Louisa realmente refletir.

Era verdade. Por que, afinal, havia ficado tão perturbada? Não era como se tudo aquilo fosse voltar, não é? E, mesmo se voltasse, por que sentir-se acuada? Não era como se Louisa não possuísse voz para se defender...

Instantaneamente, foi como se um peso de mil quilos houvesse saído de seus ombros. A realidade começou a lhe atingir, e de repente suas preocupações já não faziam mais tanto sentido assim.

Engoliu em seco, exigindo a si mesma que parasse com aquilo e o olhasse nos olhos. Sentiu-se meio tapada.

— Eu... Peço desculpas. Não sei o que deu em mim. — parou para pensar. — Eu só... Não. — balançou a cabeça. — Esquece.

Ele encarou-lhe por alguns instantes, provavelmente certificando-se de que ela estaria realmente estava falando sério. Por fim, afastou-se.

— Hum, está bom, então. — pareceu se convencer. — A propósito, o que queria falar comigo, afinal?

Franziu o cenho, confusa. — Como sabia...

Ele encolheu os ombros, sorrindo óbvio. — Eu te conheço, Louisa. Sempre sei quando quer alguma coisa. E então? A que devo a honra de sua ilustre presença, senhorita?... — zombou.

Quase suspirou de alívio: ao menos as coisas pareciam ter voltado ao normal...

Contudo, ainda que todo o problema anterior já tivesse se resolvido por completo (o que era um tremendo alívio), teve de hesitar um pouco com o novo “tema” que iria abordar. Afinal, era o que ela tinha acidentalmente ido fazer desde o princípio.

“Como começar...?”

— Bem... — disse um tanto incerta. — Eu queria saber algo relacionado ao Cristal Maldito...

O sorriso dele se desfez, a expressão se fechando aos poucos — aquele não devia estar sendo seu assunto favorito nos últimos dias.

— Ah... — ele fez uma careta, voltando para a sacada. — Não sei se quero falar sobre isso, não...

Louisa entendeu imediatamente. Ele estava pensando em Sebastian.

Aproximou-se, então, lentamente, postando-se ao seu lado. Deu uma espiada nos troncos mais elevados do pinheiro à frente, antes de continuar:

— Olhe... Eu sinto pelo o que aconteceu com ele. — Victor pareceu ficar ainda mais incomodado. Analisou-o reservadamente. — Como está levando essa situação?

Ele respirou fundo, dando um meneio com a cabeça, como se dissesse: “Maravilhosamente bem, não está vendo?”.

— Eu... Estou evitando pensar sobre isso. — declarou, tentando soar firme. — Não adiantará em nada pensar no pior. August acha a mesma coisa.

Acenou, concordando.

— Eu sei. Ele me falou que não está com um mau pressentimento.

Victor ergueu uma sobrancelha para si mesmo, ainda olhando fixamente para frente.

— Bom, de certa forma isso é um consolo: é difícil as presciências de August estarem erradas. Então... — ele batucou os dedos no mármore, de repente franzindo o cenho como se alguma coisa o irritasse. — Vamos apostar na sorte.

Louisa normalmente não gostava muito de “apostar na sorte”, mas não disse nada. Sua atenção então foi atraída pelo olhar interrogativo de Victor.

— A propósito — ele começou agora mais leve, e Louisa constatou que o “assunto-Sebastian” havia acabado. —, bem que August comentou que alguma idéia estúpida devia estar subindo por sua cabeça. É sobre o Cristal também?

Novamente os pensamentos de Louisa tornaram-se um pouco desconexos. Pelo motivo de nos últimos dias ter decidido que não falaria com Victor, não houve tempo para organizar a cronologia dos fatos que iria expor.

Mas pensou que devia estar apenas se complicando.

“Comece simplesmente pelo começo, Louisa. Fácil assim.”

— Sabe... Há alguns meses eu descobri uma coisa...

Contou então sobre a conversa dele e dos outros no Corujal que havia escutado sem querer, onde tivera conhecimento do tal “ele” pela primeira vez. Não citou Iris — decidiu passar a imagem de que estava dirigindo suas próprias investigações sozinha.

Em seguida, falou sobre as suspeitas que tinha tanto dele, August e Sebastian, estarem envolvidos em algo relacionado com a tal “figura misteriosa”, e em como aquilo reforçou-se ainda mais ao saber que eles haviam se metido em toda aquela história “acidentalmente”.

Victor cortou-a depois daquilo:

— Pela honorável memória de Merlin, Louisa. Como você ficou sabendo dessas coisas? — ele passou de chocado para aborrecido. — Está nos seguindo, por acaso?

Sentiu-se ruborizar.

— Claro que não! — negou, nervosa. — Foi tudo uma enigmática coincidência. Não é preciso explicar. — ele balançou a cabeça, claramente não acreditando, fazendo Louisa ficar incomodada. Em momento algum ela havia seguido eles. Pelo menos estava realmente sendo sincera nesse ponto. — Mas, voltando ao assunto: eu já conclui que essa pessoa de quem vocês estavam falando está relacionada ao pedaço do Cristal Maldito escondido aqui no castelo.

— E como exatamente você concluiu isso?

Hesitou. Não estava em seus planos citar o amuleto, e certamente não faria aquilo.

Portanto, limitou-se apenas em balançar a cabeça.

— Eu apenas deduzi. — mentiu novamente. — Mas e então? É verdade? Você e os outros se envolveram nessa história sem querer?

A maneira como ele a olhou apresentava nitidamente que estava se perguntando se valia a pena assentir, ou não.

Logo, ele pareceu achar que não faria mal responder apenas o básico:

— ... Sim. — a voz dele saiu esquiva. — Foi um acidente, sim.

Deduziu que aquilo era a única coisa que ele comunicaria sobre aquele assunto. Mudou, então, a estratégia.

— Certo. — assentiu com a cabeça. — Mas e esse “ele”? Sabe quem é?

Por algum motivo o olhar de Victor sempre escurecia quando ela citava a tal figura misteriosa, quase como se sentisse algum tipo de repulsa suprimida.

Ele desviou o rosto.

— Sim, sim. Sei quem é o babaca. — revirou os olhos ao mesmo tempo em que Louisa arregalou os seus próprios.

— Então você precisa me dizer! — aproximou-se ansiosa, o que pareceu deixá-lo surpreso. — Tornará tudo mais fácil... — sentiu os pensamentos ficarem á mil com as inúmeras possibilidades. — Apenas o nome. Por favor. — implorou.

Ele fez uma careta, negando de imediato. — Não, não: está fora de questão.

— Não vai dizer que está com medo, vai?

Devia ter pisado no calo dele, pois ele voltou-se para si nem um pouco contente.

— Claro que não, sua inepta. Eu apenas não posso.

Não gostou do que ele lhe chamara, mas decidiu, por hora, não brigar.

— E por que não?

Victor suspirou, como se Louisa fosse um tremendo incômodo em sua vida.

— Faz parte de um feitiço, Louisa. Eu, assim como August e Sebastian, fomos enfeitiçados para não dizer o nome. — encolheu os ombros, ainda um pouco aborrecido. — Portanto, não posso ajudar. Satisfeita?

Louisa sentiu como se houvessem lhe acertado em cheio na cabeça. Havia voltado ao ponto inicial novamente.

Olhou ao redor, a frustração quase a sufocando. Por que as coisas tinham de se complicar tanto assim?

Voltou-se para a superfície apedrejada, apoiando as mãos sobre ela, oscilando o rosto negativamente. Sentia-se um fracasso.

— Mas que dr.. — conteve-se, suspirando num lamento.

Sentia que o garoto continuava observando-lhe. Tentou, então, fazer aquela conversa ter um único ponto positivo.

— Ao menos poderia me dizer qual o objetivo dessa pessoa? — Louisa perguntou, desanimada.

Um sorriso azedo cresceu no rosto de belos traços do garoto.

— Acredito que você já tenha uma ideia.

“É claro”, desviou o rosto. “Então essa pessoa está mesmo atrás das Cristal. Mas isso já era de se esperar, ainda mais por conta do amuleto...”.

Ainda presa em seus pensamentos, mal notou sua aproximação.

— Escute — ele começou. —, também não estou contente com toda essa história sobre o Cristal Maldito. Acho que deviam encontrá-lo logo. — revelou sua opinião.

Respirou profundamente.

— Isso seria ótimo se alguém pelo menos soubesse onde ele está...

Victor acenou. — Eu até tenho um palpite. — olhou-o confusa. — Oras, você deve ter conhecimento de que o Cristal Maldito geralmente fica alojado em algum lugar...

— Sim, sim, eu sei disso. — o cortou rápido. — Mas o que você quer dizer? — levantou as sobrancelhas, impressionada. — Sabe onde ele está? Você o viu?

Ele negou. — Não é que eu o tenha visto. É mais como uma sensação... — explicou, pensativo.

Franziu o cenho. Lá vinha mais uma...

— Como assim...?

Ele baixou o tom.

— É o que estou dizendo. Nas Torres-Oeste — ele olhou ao redor. —, acessadas pelo quinto andar, sabe? — ele olhou-a. — Há algo estranho lá. Um ar diferente... Eu sinto isso.

Louisa levou a mão ao queixo, concentrada.

— Hum... Então você acha que o pedaço está lá? — indagou incrédula.

Ele meneou com a cabeça.

— Acho que sim. Quero dizer... — foi então que, subitamente, ele pareceu ver algo por cima de seu ombro. — Oh-Oh!

Antes que Louisa pudesse se virar, sentiu e viu um lampejo alaranjado passar raspando por sua bochecha, indo exatamente na direção de Victor.

Contudo, o feitiço (que tinha como alvo o rosto do garoto), passou reto após ele, surpreendentemente, apoiar uma das mãos sobre o batente de pedra e impulsionar o corpo para frente, se jogando para a queda inevitável.

O choque do feitiço contra o enorme pinheiro abafou o grito assustado de Louisa, a neve impregnada sobre seus galhos lhe cobrindo da cabeça aos pés — seus olhos ainda estavam fixos no exato local em que Victor havia acabado de se jogar.

Sentiu, então, duas mãos bruscas lhe afastarem da sacada, e a imagem de uma menina com grande porte adentrou sua visão. Ela inclinou-se selvagemente sobre o batente, visando enxergar algo na base da torre.

— Seu maldito! — ela trovejou. — Você não escapará para sempre!

Foi então que, para a surpresa (e alívio) de Louisa, a voz debochada de Victor soou ao longe:

— Há! É o que veremos! Precisará ser menos robusta para isso, minha cara Clark!

A garota grunhiu furiosa, gritando insultos nada educados. Louisa reconheceu-a: era Mindy Clark, batedora da Corvinal. A mesma garota sobre quem Victor zombara em um dos jogos.

E na frente de todo mundo.

Louisa lembrou-se que ela não havia ficado nada feliz na ocasião, e não parecia melhor agora. De repente, pegou-se pensando nos comentários audaciosos que Victor fizera sobre os braços grossos e fortes da corvina. E era exatamente para eles que Louisa estava olhando quando a garota, dando-se por vencida, virou-se em sua direção.

… E a sensação de que, subitamente, seu tamanho havia diminuído consideravelmente perto dela rebateu-se sobre Louisa no exato momento em que Clark fechou a cara para si.

— Você o avisou, não avisou?! — acusou-lhe. — Disse que eu iria atacá-lo! Só assim para ele ter fugido tão depressa!

— A-acalme-se!... — gaguejou. — E-Eu não falei nad...

— Não minta para mim, sua imunda! — resfolegou ao ela lhe empurrar pelos ombros contra a parede. — Acha que eu acreditaria em alguma palavra vinda de alguém como você? É tão desprezível quanto ele! — ela apontou para a sacada. — Achando-se superiores apenas por causa de seus sangues puríssimos... — ela trincou os dentes, e Louisa se surpreendeu com a imensa raiva e rancor com que ela lhe olhava. — Mas terei o grandessíssimo prazer em mostrar o que acontece com pessoas malditas como você!

No momento em que a viu erguer a mão, Louisa apertou os olhos, encolhendo-se, apenas esperando a dor.

Estava apavorada. Jamais alguém havia lhe ameaçado com força física...

... E agora era a primeira vez que iria provar como realmente era.

— Clark.

Uma voz séria e carregada de advertência fez-se ouvida, fazendo com que a batedora interrompesse imediatamente o impulso da mão que se lançaria sobre o rosto de Louisa.

Olharam para o lado ao mesmo tempo, dando de cara com a figura da monitora Minerva McGonagall.

Louisa suspirou mentalmente em bálsamo: seria aquela a segunda vez que a certa e justa monitora McGonagall iria lhe salvar?

— O que pensa que vai fazer com essa aluna? — seu olhar intenso e intimidador estava fixo sobre Clark, que desviou o rosto vermelho e aborrecido.

— Ela me provocou, McGonagall...

— Monitora McGonagall. — corrigiu-a. — Sendo assim, deveria ter vindo falar diretamente comigo ou com um professor. — o tom de Minerva era completamente sólido e sem um pingo de compreensão. — Afaste-se da Northrop. Imediatamente.

Parecendo juntar muito esforço, a garota deu um largo passo para trás, baixando os olhos para o piso.

— Já está escurecendo. Volte para dentro, Clark. — o tom de McGonagall estava frio, ainda mirando a batedora fixamente.

Assim, a garota bufou antes de passar pelas portas escancaradas, sumindo de vista — Louisa encolheu-se um pouco com o último olhar assassino que ela lhe dirigiu.

Vendo-se segura, de repente os olhos de Louisa se encheram de lágrimas; as palavras, saídas com intenso ódio da boca da batedora, voltaram muito vívidas em sua mente.

“Acha que eu acreditaria em alguma palavra vinda de alguém como você?”

“É tão desprezível quanto ele!”

Engoliu em seco, o olhar perdido. Deixou as costas irem de encontro a parede outra vez. Por que ela sentira tanta raiva, sendo que nunca fizera nada a ela?...

Surpreendeu-se com a voz da monitora, que continuava ali.

— Não fique se remoendo desse jeito. — sua tonalidade agora estava mais leve e calma na medida certa. — Ela está te atacando por rótulos. Não se deixe afetar. — seu olhar tornou-se mais significativo. — Você sabe exatamente quem você é. Ninguém possui o direito de te denominar de alguma maneira além de você mesma.

Louisa teve aquela sensação engraçada de estar vivendo o mesmo momento outra vez ante as palavras nostálgicas — só que, desta vez, em vez de Iris, era Minerva quem as dizia.

Esfregou os olhos delicadamente com as mãos, assentindo.

— Eu... Eu sei. — falou, sem muita firmeza. — Obrigada, monitora McGonagall...

Ela permaneceu lhe encarando por mais um tempo.

— Venha, Northrop. — ela moveu-se para o lado. — Vamos entrar.

Ainda abatida, concordou, passando por ela e adentrando o castelo. Nem perdeu tempo se perguntando como Victor conseguira se salvar da queda (a sacada não era tão alta, mas mesmo assim era uma altura moderada) ou se a batedora continuaria com raiva sua nos próximos dias.

Iria direto ao dormitório. Não iria jantar. Havia, definitivamente, perdido a fome.

Já se encontrava deitada em sua cama dez minutos depois. Embora sentisse aquele aperto e angústia no peito pela situação injusta por qual passara, em meio a todos aqueles sentimentos ruins, havia uma pequena fagulha de esperança.

Nem tudo havia sido em vão.

“Eu consegui uma pista”, pensou com certo alívio.

As Torres-Oeste. Lá era o alvo a ser mirado. Agora tinham uma direção.

Tinha certeza de que Billy, Matt e Iris ficariam satisfeitos.

“Pelo menos alguns saíram ganhando...”, suspirou um pouco amargurada. Sabia que também conseguira vantagem naquela história, afinal, também estava dentro da investigação...

... Contudo, acreditava que nada podia tirar-lhe de seu estado melancólico.


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Notas finais do capítulo

Pobre Louisa, não? Alguém aí pode conjurar uns lencinhos para ela afogar as mágoas? Felizmente temos a nossa Minerva gloriosa para salvar a pátria, aiai, que mulher incrível... *-*
O que será que eles vão encontrar nessas Torres-Oeste? O palpite de Victor estará certo? Não sei se confio...

Bem, pessoal, acho que não tenho muitas novidades para relatar da minha vida. O Natal tá chegando e, de fato, nem senti o cheiro da escola esse ano. A fanfic está começando a se aproximar do Arco Final, então já estou começando a preparar a despedida. Notei que as últimas semanas aqui estão um pouco solitárias... Cadê vocês, bruxinhos?

Bye, até o próximo!

Malfeito, feito. Nox.



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