Hogwarts e o Mistério do Cristal Maldito — Vol 1 escrita por Linesahh


Capítulo 45
Capítulo 44 — Plano


Notas iniciais do capítulo

Yooo!!! Eaê, bruxinhos queridos, como estão nessa linda Terça-Feira???

Vou ser breve, pois só agora consegui entrar no PC da vovó e daqui exatos 15 minutos começa o Terço da Misericórdia. Traduzindo: é obrigatória a presença de todos os netos ;-;

Bem, no capítulo de hoje, como bem já diz o nome, teremos a armação do "Plano para pegar Sebastian Rosier desprevenido". O que será que esses grifinórios inventaram? Algo inteligente? Arriscado? Horrível? Bem, só lendo para saber, hehe ^-^

Boa Leitura ♥



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♦ Louisa Northrop ♦

 

— Esses garotos são totalmente, unicamente, integralmente, completamente e absolutamente chatos! — Iris Legraund reclamou pelo o que pareceu ser a quinquagésima vez naquela semana. A garota só faltava soltar fogo pelas ventas de tão brava.

— Hum... — Louisa Northrop ficou sem saber bem o que dizer. Não queria deixar a ruiva ainda mais nervosa do que já estava. — Acho que jogar Excremento de Dragão na cabeça do Sánchez não era tão necessário assim, Iris... — falou baixo.

Direcionou os olhos para Billy ao longe, observando sua evidente miséria. O garoto continuava a receber as ajudas nada satisfatórias do prof. Beery, que mais ria do estado lastimoso do aluno em vez de ajudá-lo a tirar aquela substância porosa e pegajosa detrás de suas orelhas.

— Como é?! — Iris olhou-lhe um pouco ofendida. — Mas eu estava com a razão! A culpa foi dele por ter me ignorado outra vez! — justificou, bufando e desviando o olhar.

Louisa disfarçou um careta. Era tão difícil falar com Iris quando ela estava brava e descontando em tudo e em todos...

— Olhe... — começou com certa cautela. — Não foi um dos atos mais educados... — ao ver que Iris demonstrou tédio e impaciência com sua fala, continuou rapidamente: — Mas digo também que aqueles excrementos são um pouco difíceis de se encontrar, além de serem um dos fertilizantes mais poderosos que existem. Você não deveria tê-los pegado impulsivamente do estoque privado do prof. Beery para desperdiçá-los daquela maneira. — indicou o Sánchez com o queixo.

Continuando com a caminhada, Iris olhou rapidamente para trás, observando o colega, e voltou a cabeça para frente novamente. Pouco a pouco, ela pareceu assumir uma expressão pensativa e um pouco envergonhada.

— É verdade, não é?... — ela torceu o rosto em culpa. — Não foi muito legal com o prof. Beery... Pedirei desculpas depois. — decidiu.

— Sim, é melhor. — Louisa apoiou rápido, pois acreditava que a boa educação sempre era o caminho mais correto a se tomar. — Só que agora me pergunto se os meninos continuarão a nos ajudar depois dessa sua “artimanha”...

Sua voz devia ter saído mais conformativa e tranquila do que esperava, pois Iris fez cara feia imediatamente.

— Ah, não, Louisa. — desaprovou, quase como se lhe acusasse. — Não me venha com essa de querer desistir de tudo!

Arqueou os olhos.

— O-O quê? Mas eu não estou desistindo de nada, apenas me perguntei se...

— Esqueça, Louisa; entendi perfeitamente o que você quis dizer. — Iris levantou a palma da mão para lhe cortar. — Olhe, não faço ideia do que esteja te preocupando e te desanimando tanto nos últimos tempos, mas lembre-se de que tudo isso que estamos fazendo é pelo bem maior, e...

— Não fale isso.

Iris ficou confusa.

— Oras, como assim? Falar o quê?

Louisa voltou a olhar para frente, os olhos percorrendo o chão coberto de neve úmida. Sem perceber, uniu as mãos, apertando-as levemente.

— “Pelo bem maior”. — conseguiu dizer, ainda que meio sem jeito. — Era o lema do... — pausou. — Bem, de um bruxo das trevas que foi derrotado há poucos anos...

— Fala de Gellert Grindelwald? — Iris perguntou, curiosa.

Desviou o rosto mais uma vez. — É... É dele sim.

Curiosamente, Iris não se atreveu a dizer mais nada.

... Esse ato fez Louisa perguntar-se, intimamente, se sua vacilação sobre o assunto estava tão óbvia em seu rosto, mas ficou aliviada mesmo assim. Após limparem as botas sujas de neve, adentraram o castelo. Dirigiram-se até o Salão Principal, pois já era hora do almoço. Felizmente, mesmo quando sentaram-se à mesa, Iris não voltou a comentar sobre o assunto anterior.

Louisa sentiu-se frustrada. Nem a apetecível sopa de cebolas à sua frente conseguiu abrir-lhe o apetite. Não queria que Iris achasse que ela era uma covarde — os fatos passavam longe disso. Jamais abandonaria sua investigação com Iris e os outros, mas não era por isso que tinha de aceitar ou gostar delas.

A grande verdade era que, desde que soubera que os meninos da Sonserina possuíam um envolvimento a mais do que aparentavam com o Cristal Maldito, sua hesitação aumentou em sobremaneira. Desejava não meter-se em nada que tivesse a ver com Victor, Sebastian ou August, ao menos naquele ano; porém, seu caminho parecia entrelaçar-se cada vez mais com os deles ultimamente.

Lançou um breve olhar para a mesa da Sonserina. Sabia que eles não estavam envolvidos de forma tão profunda nessa trama, e que, de alguma forma, assim como Iris e Matt contaram, eles haviam sabido de algo que não deveriam ter conhecimento...

Bom, aquilo era mais do que o esperado para Louisa. Afinal, não foram poucas as vezes em que aqueles garotos souberam de coisas que ninguém deveria saber.

Uma vez, Cassiopeia Black¹, tia de Victor, estava se vangloriando por estar sendo cortejada por Hector Morten, um homem de linhagem puríssima e muito rica. Por incrível que pareça, na mesma hora em que ela estava dizendo aquilo, Victor estava lendo o profeta do sr. Black, seu pai, no qual tinha surrupiado. Surpreendentemente, o garoto viu, no canto de uma das fotografias estampadas, o homem de quem a tia estava falando acompanhado de uma outra mulher.

Não foi difícil para ele deduzir que o homem estava claramente enrolando sua tia. Mas Victor não costumava ser fofoqueiro e não teria dito nada a ela se alguns dias depois ele não houvesse deixado escapar que a echarpe da amante do sr. Morten era muito mais elegante do que a que ela própria trajava.

Depois daquilo, a manchete estampada no Profeta Diário dois dias depois foi sobre como as orquídeas do jardim da casa de Hector Morten foram “misteriosamente” amaldiçoadas. No fim, para completar, o resgate do sr. Morten foi extremamente demorado e complicado de se executar, pois as flores e raízes enraivecidas puxavam-no insistentemente pelos calcanhares e o soterravam debaixo da terra.

Louisa buscou espantar aquela história da cabeça; havia sido deveras impressionante para ela na época. Em vez disso, voltou a pensar sobre o que teria desagradado Victor, Sebastian e August naquela história do Cristal Maldito. Com certeza eles deveriam ter se aborrecido com o tal de “ele”. Louisa sabia que os meninos não gostavam de ninguém mandando neles, o que certamente essa pessoa deveria estar fazendo.

August e Victor geralmente não temiam qualquer ameaça ou coação. Na verdade, Louisa estava admirada por eles ainda estarem naquela espécie de “jogo” ao invés de entregarem logo o principal autor de tudo aquilo...

“Não seja boba, Louisa”, pensou, repreendendo-se.

Eles nunca revelariam algo que ajudaria o restante das pessoas do castelo. Eram egocêntricos demais para isso.

Olhou de soslaio para Iris, que já não parecia mais tão irritada como quando saíram das estufas. Louisa sabia que ter de esperar Billy e Matt finalmente revelarem o plano contra Sebastian Rosier estava sendo uma verdadeira tortura para ela. Iris não estava se aguentando de agonia e ansiedade em imaginar como seria o tal “plano-maluco” dos dois garotos, e estava emburrada por eles não quererem compartilhá-lo com elas até tudo estar “planejado”.

— “Mas somos uma equipe!” — Iris protestara, fazendo uma cara nada boa quando eles anunciaram suas posições.

— “Exatamente, Legraund: uma equipe.” — Matt sorriu. — “E é justamente por causa disso que sei que entende perfeitamente bem que eu e Billy precisamos analisar os horizontes sozinhos antes de adentrá-los. Portanto, agradecemos à compressão.”

(Ele teve de se afastar com Billy rapidamente antes que Iris pudesse acertá-lo com um livro após dizer essa frase).

Já Louisa, por outro lado, havia ficado pensativa e um pouco preocupada com o que eles estariam tramando. O que eles iriam inventar daquela vez...?

Ainda não tinha muitas especulações, mas o que quer que fosse, desejava que não se tratasse de nenhum escândalo, afinal, a ideia central ainda era apenas falar com Sebastian.

De repente, Iris chamou alguém, tirando Louisa de suas divagações:

— Ei... Henry, ei!

O garoto, que passava perto de onde elas estavam, parou e olhou interrogativamente para a ruiva. Iris, num salto, ergueu-se e encaminhou-se na direção dele rapidamente. Louisa, ainda que continuasse sentada, conseguiu escutar todo o diálogo uma vez que não estava tão longe.

Iris parou um tanto agitada na frente do garoto, os olhos brilhando de expectativa.

— Henry, onde está o Daniel? — perguntou, uma nota de preocupação transparecendo em seu rosto. — Não o vejo descer para as refeições há dois dias...

Henry entortou a boca, num misto de frustração e languidez.

— Ele não quer descer... Diz que está sem apetite. — ele suspirou. — Ainda continua extremamente baqueado pelo que houve com a irmã.

Iris pareceu desconfortável.

— Nossa... Mas ele ainda tem que se alimentar...

— Eu fico levando para ele algumas frutas durante o dia, mas ainda é difícil fazê-lo comer o que quer que seja... O pior mesmo é durante a noite. — ele notificou, chateado. — Parece que ele fica sonhando com Clara e, bem, desconfio que não sejam situações agradáveis...

Louisa preferiu parar de escutar depois disso, virando-se para frente, incomodada. Estava sentindo muita pena de Daniel desde que Clara fora transferida para o St. Mungus. Ouvira dizer que o garoto não saíra do lado da irmã até que esta fosse levada pelos curandeiros.

Poucos minutos depois, Iris já estava de volta. Ela sentou-se um tanto desanimada ao lado de Louisa e voltou a comer seu bife acebolado sem tanto entusiasmo como antes.

Às vezes, Louisa admirava-se com o controle emocional que Iris, frequentemente, possuía quando o assunto era relacionado ao Cristal Maldito. Quer dizer... Ela era uma nascida-trouxa, afinal. Pessoas e lugares sendo cristalizados aleatoriamente por um artefato mágico não deveria ser algo “normal” na visão dos trouxas.

Suzanne Roowar, por exemplo, passava mal toda vez que um novo ataque era anunciado, e ficava no quarto trancada por horas a fim, extremamente deprimida...

Até que a auto-controle-emocional de Iris estava correndo melhor do que o esperado. E isso, certamente, era uma boa notícia.

Quando ambas finalmente terminaram de comer, dirigiram-se para as portas do Salão Principal. Iris mal abriu boca para comentar sobre a ausência do dois “queridos-parceiros-de-investigação”...

… Quando, de cara, foram abordadas por Matt Ryman e Billy Sánchez.

— Ah, aí estão vocês! — o garoto de olhos extremamente verdes sorriu, parecendo estar bastante empolgado. — Venham! Finalmente terminamos nossas pesquisas, o plano está praticamente completo. Agora sim podem saber os detalhes. — ele olhou especificamente para Iris nessa última parte.

— Ah, só agora decidiram dar o ar da graça? — a garota replicou, abespinhada. — Achei que já tinham esquecido de que somos um quarteto e não uma dupla...

Louisa olhou para a colega um tanto confusa.

— Iris, você estava reclamando há um minuto que não aguentava mais esperar para saber sobre o plano... — pôs-se a sussurrar em seguida, para que só ela escutasse: — Não deveria estar feliz?

Iris sussurrou de volta, um pouco impaciente:

— E estou. Mas não há mal nenhum em continuar demonstrando mau-humor. Eles têm que ver que não estou cem por cento satisfeita.

Billy pigarreou, irritado.

— Las señoritas podem parar de cochichos e nos acompanharem a um lugar reservado?

— Mas é claro! — Iris sorriu largamente (o que fez Louisa ficar ainda mais confusa: onde o mau-humor entrava nisso?). A ruiva aproximou-se do moreno, exibindo segundas intenções em seus olhos azuis. — A propósito, suas orelhas já estão revitalizadas do Excremento de Dragão de antes, Sánchez? Seria péssimo se alguns pés de Bulbos Saltadores crescessem aí dentro... — zombou.

Billy sorriu maleficamente, não tardando a retrucar:

— Se acontecesse, teria a honra de ser la primera a receber o esguicho cegante que os Bulbos soltam, Legraund.

Iris cerrou os punhos, irritada. Louisa logo sentiu um mau pressentimento crescer em seu peito ao ver a expressão enraivecida que ia sondando o rosto da garota.

Felizmente, antes que uma guerra pudesse ter seu início, o Ryman colocou-se entre os dois.

— Ei, ei, baixem a tensão, pessoal. — ele deu um leve empurrão em Billy, que retrocedeu um passo para longe da ruiva. — Cara, foque no nosso plano. Primeiro o mais importante, e então vocês dois podem planejar mil e uma maneiras de destruir um ao outro. Entendido?

Após os nervos parecerem baixar, Louisa limpou a garganta.

— O Salão de Duelos está aqui próximo e com certeza fica vazio nesse horário. Pode ser um bom local. — falou baixo.

— Pelo menos alguém parecesse estar interessado na investigação. — Matt falou, olhando feio para Iris e Billy. — Boa ideia, Northrop. Vamos para o salão, e espero que ninguém se mate até lá.

O Salão de Duelos era uma sala ampla cheia de janelas que alcançavam o teto. Cortinas de tons prateados e vinho estavam localizadas em suas laterais. Não haviam cadeiras ou mesas, somente um tipo de palco em formato oval, medindo um metro de altura, postado exatamente no meio da sala. Louisa deduziu que era naquele espaço específico em que se decorriam os duelos entre os alunos dos outros anos.

O mais impressionante, porém, eram as dezenas de armaduras postadas em formação por todo o arredor da sala. Nenhuma delas se mexia.

Iris caminhou até o palco e sentou-se nele de braços cruzados — certamente ela ainda deveria estar emburrada por antes. Ela pegou a varinha e começou a fazer faíscas douradas e vermelhas saírem de sua ponta, presenteando o piso com rabiscos aleatórios.

— E então? O que vocês andaram fazendo nas últimas duas semanas e que não revelaram para nós até este momento? — ela perguntou, os olhos ainda voltados para o estranho desenho que ia se formando com as faíscas. Seria um crisântemo?

— Não é óbvio? Estivemos estudando a rotina de Sebastian Rosier. — Matt respondeu após verificar os corredores lá fora e fechar a porta. Aparentemente, estavam seguros por enquanto.

— É mesmo? — Louisa levantou as sobrancelhas, surpresa. Não havia pensado que era isso que eles estiveram fazendo durante as duas últimas semanas.

— É claro. Se queremos enquadrá-lo sozinho para fazê-lo abrir o bico e revelar quem é o “ele”, logicamente temos de arranjar um momento exato para que ele não esteja acompanhado.

Iris piscou, indignada.

— Ah, se era só isso nós poderíamos ter ajudado! Sei de vários métodos eficazes de como seguir alguém... — ela reclamou da mesma forma que uma criança de cinco anos reclama quando tem seu doce preferido retirado pelos pais.

— Você chama atenção demais, Legraund. — Matt explicou, dando de ombros. — Só para começar, seu cabelo já nos dá uma grande desvantagem. Ele chama muita atenção. — comentou.

— Isso é um completo insulto! — a garota ofegou, nitidamente ofendida.

— Todo bien, todo bien... — Billy revirou os olhos, parecendo estar impaciente. — Voltemos ao assunto: analisamos meticulosamente a rotina do Rosier, e digo que não foi fácil achar momento úteis para abordá-lo. Sebastian passa a maior parte do tempo com August Lestrange e, quando não é esse o caso, ele fica na Sala Comunal da Sonserina. Fizemos algumas anotações. — ele retirou um pergaminho do bolso e o abriu.

Aquilo despertou a curiosidade de Louisa e Iris, que se aproximaram do garoto para ler o que estava escrito:

 

Investigação: Rotina de “Sebastina Rosita” (Sebastian Rosier)

 

Segunda-FeiraToma café da manhã/ Dois tempos de Poções/ Almoço/ D.C.A.T/ Herbologia/ Jantar.

Comentários: Não há momentos no dia em que Sebastian fica livre. Dia: Inútil.

Terça-Feira: Dorme até tarde e não desce para o café/ Reclama de fome com o Lestrange durante todo o trajeto até a sala de Transfiguração/ Come cerca de quatro pratos de galinha-assada no almoço/ Aula de Herbologia/ Toma café da tarde (15 Bombas de Caramelo)/ Trato de Criaturas Mágicas/ Jantar.

Comentários: Entre o café da tarde e a aula de Trato de Criaturas Mágicas, Sebastian fica cerca de uma hora sozinho. Dia: Útil.

Quarta-Feira: Antes do café vai com August ao Corujal para mandar cartas aos familiares (com certeza ele precisa da ajuda do Lestrange para organizar as palavras em sua carta)/ Dois tempos de Feitiços/ Almoço/ Passa boa parte da tarde com os irmãos Avery pregando peças em garotas (enfeitiçam a armadura do 2° andar para que ela solte um grito estridente e diga a frase: “Desembainhe sua espada e lute comigo até a morte se tiver coragem!”. As garotas saem correndo histericamente do local)/ Jantar/ Astronomia.

Comentários: Sebastian não fica desacompanhado em momento algum. Dia: Inútil.

Quinta-Feira: Café-da-Manhã (normalmente joga panquecas com calda de caramelo no cabelo da monitora Agatha Mason, da Sonserina)/ Dois tempos de Adivinhação (ele sempre tem de ser arrastado pelos colegas quando tem essa aula. Sebastian alega ter medo da Bola de Cristal)/ Almoço/ D.C.A.T/ Café-da- Tarde (come 15 Bombas de Caramelo. De novo.)/ Fica o restante da tarde abrindo diversos Sapos de Chocolate para ver se finalmente consegue a carta de Merlim (mais de 1.000 sapos de chocolate e ele não parece ter tido avanços com isso)/ Jantar.

Comentários: Novamente Sebastian passa bastante tempo sozinho após o Café-da-Tarde. Dia: Útil.

SextaFeira: Dia em que Sebastian fica extremamente ocupado fazendo todos os deveres atrasados da semana para entregar até o Jantar. August Lestrange o auxilia em todos eles.

Comentários: InútilInútilInútil.

 

Louisa ergueu os olhos do pergaminho, encarando Billy e Matt como se eles fossem dois dragões-ucranianos. Sentiu-se verdadeiramente passada.

Iris assobiou.

— Uau... Agora entendo por que vocês davam uma sumida de repente.

— Bem, como podem ver, há apenas dois momentos em que Sebastian fica sozinho. Ao que parece, as Bombas de Caramelo só ficam acessíveis no café-da-tarde de terça e quinta. O Lestrange tem aula de Aritmância nesse horário e por isso não acompanha Sebastian. — Matt elucidou. — A única hora em que podemos abordá-lo é nessas ocasiões.

— E os fins de semana? — Iris indagou.

Billy negou com cabeça.

— Sem chance. O Rosier passa a maior parte do tempo na Sala Comunal praticando sua atividade preferida: dormir.

Louisa colocou a mão no queixo, concentrada.

— Então temos que arrumar uma maneira de fazê-lo ir a um determinado lugar para conseguirmos interrogá-lo... Como? — ergueu os olhos para os dois garotos.

Ambos sorriram satisfeitos.

— Já planejamos o que vamos fazer. — Matt falou. — Ao que parece, Sebastian está indo muito mal em Poções. A prof. Picquery ameaça regularmente colocá-lo em aulas extras se ele continuar com o desempenho atual. Então... Temos uma ideia quanto à isso.

Iris levantou as sobrancelhas.

— Espero que essa ideia seja melhor do que aquela da caixa no corredor cheia de lasmentas. Aquilo nos rendeu uma baita detenção. A propósito, aonde vocês arranjaram aqueles bichos e por que eles vomitavam coisas coloridas?

Ficou evidente que a garota havia tocado em um ponto desconfortável para os dois.

— Não precisava relembrar esse desastre... — Billy murmurou, envergonhado.

— Digamos que Billy tenha alguns contatos úteis, e conseguimos aquelas criaturas por meio deles. — Matt explicou rapidamente. — Ah, e aquela coisa que eles vomitavam, bem... — ele passou a mão na nuca, meio sem jeito. — Foi uma tentativa de misturar comida com algumas poções simples... A ideia era fazer o Rosier criar uma pelagem densa, colorida e fedida quando abrisse a caixa e as lasmentas pulassem em massa sobre ele. Mas acho que não colocamos poção de fazer o cabelo crescer o suficiente...

Louisa fez uma pequena careta ao lembrar daquele dia. Precisou de vários banhos para fazer aquele cheiro horrível de frango podre e leite azedo desaparecer de seu cabelo.

Decidiu sair daquele assunto.

— O que vocês planejaram em relação ao mau desempenho do Sebastian em Poções?

Billy pareceu ficar satisfeito em explicar.

— É o seguinte: quando Sebastian estiver no Salão Principal se empanturrando de Bombas de Caramelo, ele receberá uma carta supostamente da prof. Picquery. A carta dirá que a professora quer que ele vá até o corredor da Sala dos Troféus no terceiro andar, pois ela pretende passar o novo horário que ele terá daqui em diante nas aulas extras de Poções.

— Por via das dúvidas, pegaremos uma carta qualquer da Picquery na aula que teremos agora à tarde, apenas para conseguirmos copiar minuciosamente a letra e assinatura dela. — Matt piscou. — Cada detalhe conta.

— Como farão isso? — Iris franziu o cenho.

— Simples: a Picquery sempre dá uma reclamação escrita para quem tira a pior nota do dia em aula. E ainda temos um bônus: o Billy aqui nem precisa fingir ir mal para conseguir ser o pior! — Matt zombou do amigo, que apenas revirou os olhos.

— Hoje é quarta. — Louisa falou de repente. — Pretendem fazer esse plano amanhã?

— Es la idea. — Billy assentiu.

— Hum... Esse caso com a prof. Picquery me parece um pouco complicado... — Iris comentou, incerta, continuando a rabiscar o piso com suas faíscas coloridas. Espiando, Louisa pôde discernir que, de fato, Iris estava desenhando um crisântemo. Um crisântemo perfeitamente bem detalhado. A ruiva ergueu os olhos para os colegas. — Não é mais fácil fingir que a carta é de uma admiradora-secreta? — ela sugeriu.

Billy e Matt se entreolharam, uma luz surgindo em seus rostos instantaneamente.

— Olha... Até que isso seria ainda melhor. — Matt admitiu, impressionado. Sorriu, erguendo uma sobrancelha para as garotas. — Alguma das senhoritas se prontificaria para tomar o papel da “admiradora”?

— Não! — Iris e Louisa exclamaram em uníssono.

— Então esquece. — ele falou simplesmente. — Continuemos com o plano original.

— Tudo bem... O que faremos quando abordarmos Sebastian nesse corredor? — Louisa perguntou, querendo entender cada detalhe daquele plano.

— Como vamos estar em quatro, temos a vantagem. — Billy disse empolgado. — Enumerei as etapas: primeiro: retiramos a varinha dele; segundo: prendemos ele na Sala dos Troféus; terceiro: nós...

— Já sei! — Iris interrompeu o garoto e levantou-se, entusiasmada, parecendo vibrar de animação. — Amarramos ele numa cadeira com cordas farpadas, assim ele não vai poder se debater muito; batemos nele até que ele comece a responder nossas perguntas e, em último caso, se ele ainda não quiser abrir o bico, pegamos uma faca e ameaçamos degolá-lo! — ela terminou satisfeita, suas orbes azuis brilhando de empolgação.

Todos ficaram em silêncio encarando a garota.

Iris, extremamente animada, alternava o olhar sobre os rostos deles — talvez esperando que eles pulassem de alegria e dissessem que o plano dela era o melhor que já haviam escutado na vida — e parecia prontíssima para colocar suas ideias em prática.

Louisa olhou para a colega com certo medo. Não sabia que ela era voltada para essas coisas... violentas e sangrentas.

Billy abriu a boca devagar.

— Ah... A ideia na verdade é apenas prendê-lo na sala e ameaçarmos ele com as nossas varinhas. É, hum, não, Legraund. — ele fez uma careta. — Vamos deixar para a próxima essa coisa de... “Deblogar”.

Iris murchou de surpresa ao não ter sua proposta acatada. Matt olhava com certo receio para a ruiva. Limpou a garganta, sorrindo com certo nervosismo.

— Bem... é isso. Acho que, hum, a nossa conversa acaba por aqui, e... É. — ele foi indo em direção a porta em passos tensos (sendo seguido por um Billy igualmente hesitante) e acenou para as garotas. — Nos vemos na aula de Poções!

Após isso, os dois evaporaram em um piscar de olhos.

Iris olhou para Louisa verdadeiramente confusa, a interrogação sincera presente em seus olhos.

— Ué, o que deu neles?


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Notas finais do capítulo

♥ Curiosidade ♥

Cassiopeia Black¹ — Cassiopeia Black (-1992) foi uma bruxa de sangue-puro, filha mais velha de Cygnus Black II e Violetta Black (nascida uma Bulstrode). Seus irmãos são Pollux (pai de Walburga, Cygnus e Alphard), Marius (um aborto que foi retirado da tapeçaria) e Dorea (especulava-se que ela era a mãe de Tiago Potter; contudo, foi revelado que o nome da mãe dele era Euphemia). Cassiopeia nunca se casou e nem teve filhos.

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VOTAÇÃO: O PLANO VAI DAR BOM, OU VAI DAR RUIM? Façam suas apostas ^-^

Meus amigos, depois desse capítulo é oficial pra mim: qualquer esquema que eu quisesse armar pediria ajuda para Billy e Matt. Esses dois não dormem em serviço MESMO! Mas acho que eles bem poderiam ter deixado a parte divertida para as garotas... Bando de excluidores! (nem sei se essa palavra existe, mas todos entenderam).

Recomendo que prepararem os corações para o próximo capítulo: vai ser um loucura TOTAL. Acho que muitos de vocês ficarão c-h-o-c-a-d-o-s, he he ^-^

Ah, quase esqueci de perguntar. Passaram bem o Dia das Crianças, queridos? Euzinha fiquei triste por não ter recebido presente... DE NOVO. Isso já virou rotina desde que completei 10 anos de idade ;-;

Bem, vejo vocês daqui cinco dias ^-^ Comentem o que acharam do capítulo e sobre qualquer outra coisa do dia a dia; estou com vontade de bater papo :)

Vejo vocês nas caixinhas de texto ♥

Malfeito, feito. Nox.

Ps. O ocorrido com a Cassiopeia Black e esse tal Hector Morten (esse homem é inventado, tá?) nunca aconteceu de verdade; só criamos essa situação para trazer comicidade ;)



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