Hogwarts e o Mistério do Cristal Maldito — Vol 1 escrita por Linesahh


Capítulo 25
Capítulo 24 — Curiosidade


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, meus bruxinhos e bruxinhas! Já prepararam os caldeirões? Espero que sim, pois é semana de Festa Junina!!!!

Bem, obviamente não podemos festejar nas quermesses, mas até dá para fazer uma coisinha em casa *-* Nem que seja um bolo de milho ou um cachorro-quente!

Quero dedicar esse capítulo aos meus dois leitores maravilhosos, SuperWizard323 e Corvinal01. Muito obrigada pelo apoio á fanfic, vocês são maravilhosos ♥

Aqui vai um capítulo fresquinho, boa leitura e até as notas finais ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/787916/chapter/25

♠ Iris Legraund ♠

 

Iris sentiu seu coração disparar.

Antes que a figura desaparecesse por trás das árvores, jurou ter identificado o que pareciam ser extensos cabelos ou pelos desgrenhados de um animal caindo por suas costas. 

— O que foi... aquilo? — apontou na direção em que vira o vulto. Olhou para Henry em seguida, querendo confirmar se não havia sido um fruto de sua imaginação. 

O garoto, porém, também olhava para o local, o semblante tão surpreso quanto o dela. 

— Eu, hum, não faço ideia... — falou com voz incerta. Ele cerrou os olhos, dando alguns passos na direção da entrada da floresta. — Será que… —  de repente, a expressão dele clareou. Virou-se para Iris. — É melhor sairmos daqui. Dizem que a Floresta Proibida é apinhada de criaturas perigosas.

Embora as palavras fossem preocupantes na concepção da menina, Henry parecia estar relativamente tranquilo. Não fazendo objeções (afinal, não queria ter sua cabeça arrancada por um bicho qualquer), Iris o acompanhou, e logo ambos saíram dali rapidinho. 

Haviam voltado para o local em que a maior parte dos alunos estavam, e logo Iris pôs-se a comentar sobre o assunto.

— O que você acha que pode ter sido? Um cavalo? Ou talvez um urso? Aquilo parecia ter mais de dois metros de altura, e… — Iris foi tagarelando suas suposições, ficando cada vez mais curiosa em descobrir o que teria sido aquilo.

Henry apenas colocou as mãos no bolso, num gesto de descaso. 

— Não se preocupe, não era nada perigoso. — ele então desviou o olhar, sorrindo para as árvores. — Ele estava é se escondendo… 

Iris ergueu as sobrancelhas, impressionada. 

— Se escondendo? De mim e de você? Então você viu o que era? Acho que sou eu quem está precisando de óculos… — murmurou para si mesma antes de retornar ao assunto principal. — O que era aquilo, então? Você conseguiu ver direito, ou…

— Preciso falar sobre um assunto com Daniel Green, ele estava me procurando desde cedo. — Henry a interrompeu. — Conversamos depois, está bem? — ele deu um sorriso um tanto nervoso e acenou, saindo para procurar o amigo. 

Iris não entendeu nada. Observou-o se afastar um tanto confusa. “Ué… Que menino estranho”. Será que ela havia falado demais? Mas se bem que o garoto já estava acostumado com seu jeito energético… 

“Ele se esquivou das minhas perguntas, isso sim”, constatou intimamente após analisar a situação por alguns segundos. Se ele achava que ela esqueceria daquilo estava muito enganado; voltaria a interrogá-lo o mais cedo possível. 

Iris gostava de saber até os mínimos detalhes sobre os segredos de  Hogwarts, e ter um bicho perigoso rondando a floresta era definitivamente empolgante!

Vendo que não havia mais nada para fazer, olhou ao redor, perguntando-se para onde iria a seguir.  

Decidiu ficar mais próxima das portas que levavam a entrada do castelo, querendo ver se alguém já estaria vindo chamá-los para dentro. 

Já estava cansada de andar de lá para cá a manhã toda — além de que a fome começava a consumir-lhe vagarosamente...

Chegando no local, ficou levemente surpresa em ver que o zelador Rancorous não estava mais de vigia nas portas — sua tarefa consistia em não permitir a entrada de nenhum aluno no castelo. 

... Uma ideia então surgiu em sua cabeça. 

"E se eu entrasse só para dar uma olhadinha?...", pensou inocentemente. 

O alerta de perigo apitou em sua mente, a alertando dos riscos, mas não achou que fosse ser algo tão grave... 

Se esbarrasse em alguém, poderia dizer que estava apenas indo ao banheiro. Isso sempre dava certo nas antigas escolas.

Examinou rapidamente os arredores (certificando-se se alguém não a veria entrando furtivamente) e, após isso, passou pelas grandes portas, olhando os dois lados para ver se o zelador não estaria à vista. 

Não encontrando ninguém, andou em passos ligeiros e leves como algodão até um dos corredores mais próximos, saindo do campo de visão aberto que o Hall de Entrada possuía. 

Enquanto andava, Iris não pôde deixar de achar esquisito o fato de o castelo estar tão... Deserto. Não era algo comum de se ver.

Dava-se para escutar as vozes dos alunos ao longe pelas janelas por quais passava; contudo, buscava se afastar delas, temendo que alguém pudesse vê-la pelos vidros (principalmente considerando sua cabeleira nem um pouco discreta).

Não tinha destino certo... Apenas queria checar como estavam as coisas ali dentro e se (talvez) conseguiria ver o tal corredor cristalizado.

Disseram que havia sido no 1° andar, perto da sala de Transfiguração...

Subiu a primeira escadaria que encontrou, atentando-se aos ruídos. Até agora não havia ouvido ou encontrado ninguém... Os professores deveriam estar conversando na sala deles ou no escritório do diretor...

— O que faz aqui, menina? — uma voz desafinada soou perto de si e Iris deu um pulo no mesmo lugar, dando de cara com um dos quadros de um rapaz trajando roupas esfarrapadas e com um tapa-olho.

Shhhh. — colocou os dedos entre os lábios, visualizando os arredores rapidamente. Voltou os olhos para a pintura. — Não fale alto.

O único olho que o garoto possuía apresentou puro tédio.

— O caminho para qual está indo, garotinha, não pode receber visitantes. O diretor o interditou após os recentes acontecimentos... — bocejou, espantando algumas abelhas que vinham perturbá-lo. O fundo de sua tela apresentava areia e água de algum lugar desconhecido para Iris. — ... Mas parece que os alunos de hoje em dia não respeitam mais as normas como antes; vi agora mesmo mais dois violadores passando por aqui…

Iris o analisou com mais atenção. Embora fosse bem jovem, aquele garoto-pirata falava como um velho. Ele deveria ter morrido há bastante tempo...

— Não sou uma violadora. — retrucou, desviando os olhos. — ... Estou procurando o banheiro.

— Ah! Nunca em todos os anos vi uma mentira mais descarada... Precisa calibrar seu estoque, garotinha, ou será fisgada pelo mais medíocre marujo... — o garoto gargalhou, sumindo pela lateral do quadro.

Iris seguiu seu caminho com ar aborrecido. Era só o que faltava: receber conselhos baratos de um pirata idiota que nem ao menos estava vivo...

Estacou o passo ao ouvir algumas vozes baixas.

Elas vinham da virada à direita, corredor próximo da sala de Transfiguração. Olhou cautelosa pela dobra e conseguiu identificar duas figuras no final do corredor: Billy Sánchez e Matt Ryman.

“Ah, então são eles...”, não se surpreendeu. 

Não era novidade nenhuma os dois garotos se meterem em situações onde não eram chamados — principalmente se houvesse alguma incógnita no meio...

... Contudo, não era o que Iris estava fazendo também? Xeretando o interior do castelo enquanto os professores não estavam á vista?

De toda forma, decidiu virar a esquerda, tomando o caminho oposto que eles pegaram. Era um tipo de estratégia. Agir sozinha sempre fora o método mais seguro e discreto — além de poder fugir por um caminho alternativo caso escutasse ou visse os dois garotos sendo pegos.

Poderiam servir-lhe como um tipo de distração para os professores. 

Foi andando até seus pés levarem-na para frente de uma porta grande, que nunca havia visto antes.

Na placa estavam os dizeres: “Ala-Hospitalar — Curandeira-Chefe: Madame Clirony”.

... Tratava-se de uma “enfermaria-bruxa’’ que Hogwarts possuía, logicamente.

Iris não deveria ficar surpresa. Com o tanto de acidentes que rolavam naquele lugar, deveria ser lei ter um local de reabilitação.

Analisando um pouco as portas, que se encontravam fechadas, uma pergunta lhe ocorreu: 

A Northrop se encontraria ali dentro? 

“Se ela se machucou, com certeza...”, revirou os olhos para si mesma. 

Uma hesitação tomou conta de seu corpo repentinamente. Entrar seria uma boa ideia? Não que estivesse preocupada ou algo do tipo... Mas talvez checar se estava tudo bem não faria mal algum, não é?

... Sua resposta negativa chegou com o som de passos e vozes altas vindos da direção que havia tomado anteriormente.

De cara dava para ver que as vozes não eram de Billy e nem de Matt. Uma delas era feminina e a outra um tanto grossa, indicando ser um homem adulto. 

“Professores!”, escondeu-se rapidamente em uma dobra de outro corredor afastado.

Iris teria tomado uma rota de fuga imediatamente se não fosse a palavra “Cristal” ter sido soada por uma das vozes.

Parada onde estava, notou que os passos haviam cessado. Aparentemente, os dois professores conversavam em frente à ala-hospitalar — local onde estivera momentos antes. 

Vendo que não havia perigo (pelo menos por enquanto), Iris acalmou a respiração e pôs-se a tentar escutar o que falavam:

— ... É realmente uma situação de extremíssima preocupação, Picquery, algo dessa magnitude soldar a tão respeitada e segura Hogwarts!... — a voz caracteristicamente teatral pertencente ao prof. Herberth Beery, de Hebologia, adentrou os ouvidos de Iris.

— Sim, Beery, infelizmente este é o caso... — a professora de Poções, Picquery, lamentou. — Dippet está uma pilha de nervos, já aguardando as reclamações que virão futuramente... — ela suspirou. — ... Desde a época em que a Myrtle Warren¹ morreu  não acontece nada de tão perigoso... Lembro-me daquele dia como se fosse ontem... — a voz dela estremeceu.

Iris abriu a boca perplexa. Alguém já havia morrido em Hogwarts?! 

— Compreensível, compreensível, Picquery, afinal, é algo que não deveria acontecer. Fico aliviado de uma outra tragédia não ter ocorrido; mas sabemos que os riscos foram altos... — ele falou em tom sério e significativo.

— Nem me lembre... Se a garota Northrop estivesse no local no momento exato em que o Cristal agiu... — a professora fez uma pausa tensa. — Poderia ter sido seu fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

♥ Curiosidades ♥

Myrtle Warren¹ — Sim, Murta que Geme, a própria. Ela faleceu em 1943 (9 anos atrás), quando cursava o 4° ano em Hogwarts. Morreu após olhar nos olhos do Basilisco, comandado por Tom Riddle na época — antes deste se tornar o famoso Lord Voldemort.

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

O que acharam do capítulo? Meio curtinho, né, mas faz parte kkkk Nem sempre o tamanho condiz com o que tem que ser apresentado.

E então, suas teorias mudaram quanto a figura misteriosa? O Henry pode ter dado algumas dicas… Pra falar a verdade, esse menino é realmente bem estranho, concordo com você, Iris.

E esse quadro de pirata? Tem de tudo nessa Hogwarts… Mas é por isso que amamos! kkkk

Essa conversa da Picquery com o Beery… Não parece ser coisa boa. Louisa realmente se livrou de uma enrascada, hein!

O próximo capítulo trará a perspectiva da tímida Emily, e já adiando que as traquinagens entre os alunos irão começar a tomar forma! Huauahauhau

Bem, antes de ir, peço para que todos se cuidem muito, mas MUITO bem. A situação com esse novo Coronavírus só está piorando, então, por favor, se você pode, mantenha-se em casa, saia só quando EXTREMAMENTE necessário. O fim desse vírus começará quando as pessoas colaborarem cem por cento, e isso está longe de acontecer. Então só peço que cada um faça sua parte e mantenham-se fora de risco.

Desejo uma ótima semana para todos ♥

Até Sábado *-*

Malfeito, feito. Nox.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hogwarts e o Mistério do Cristal Maldito — Vol 1" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.