Hogwarts e o Mistério do Cristal Maldito — Vol 1 escrita por Linesahh


Capítulo 24
Capítulo 23 — Reações


Notas iniciais do capítulo

Oiê, meus bruxinhos e bruxinhas *-*

Cá estou com mais um capítulo saindo do forno! As notícias da cristalização do Cristal no corredor estão correndo soltas pelos alunos, que estão curiosíssimos para saber o que aconteceu! E já digo que FINALMENTE saberemos um pouco da história desse artefato temido por todos os bruxos e bruxas!

Boa Leitura e até as Notas Finais ♥



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 ♠ Iris Legraund ♠

 

— ... Entonces, ao que parece, o boato de a família Northrop atrair diversos problemas não está nem um pouco equivocado...

Billy Sánchez comentou o fato com semblante distraído, espantando as moscas que circundavam sua cabeça enquanto mirava o castelo ao longe. A brisa, juntamente com o sol que banhava a todos pelos extensos terrenos, era parcialmente agradável naquela manhã...

... Mas isso não significava que o íntimo de todos estivesse, também, na mais completa paz.

Justamente! — Zoe Hill acenou enfática, assim como Suzanne ao seu lado. — Hunpf, realmente somos muito sortudos... — ela balançou a cabeça desgostosa, o olhar mostrando aborrecimento quando voltou-se novamente aos colegas. — Logo em nosso primeiro ano em Hogwarts, temos uma figura "azarada" como essa para nos acompanhar!

Iris Legraund, que também encontrava-se no meio da conversa, respirou profundamente em impaciência, buscando conter o enfezamento íntimo.

Embora não suportasse ouvir as alegações grosseiras que vários deles apresentavam, ainda assim desejava entender todo o repentino acontecimento que, ao que tudo indicava, ocorrera na noite anterior.

Quando acordou, soube no momento em que desceu de seu quarto (por meio de dezenas de conversações ansiosas na Sala Comunal) que alguma coisa havia acontecido na madrugada anterior.

Rondavam vários rumores pela boca dos alunos — rumores esses que tiveram suas veracidades triplicadas quando todos receberam a ordem de passar a manhã pelos terrenos do castelo.

Ao que parecia, as aulas também haviam sido suspensas.

Ninguém informou o motivo daquela estranha ordem, o que fez com que a desconfiança da maioria (de que algo sério estava acontecendo no castelo) subisse consideravelmente.

Iris estava praticamente "boiando" no assunto, pois não escutara nada de estranho na noite anterior.

Por isso, estava contando que seus colegas pudessem clarear sua confusa mente...

... Entretanto, ao que tudo estava indicando, estes sabiam ainda menos do que ela.

— Mas o que exatamente aconteceu? — Iris expôs a pergunta com menos tolerância do que gostaria. Até o momento, sabia que a Northrop curiosamente possuía envolvimento em todo o caso, mas as pessoas pareciam mais querer julgar a menina, do que debater sobre o "incidente" em si.

— Parece que ocorreu algo estranho no corredor onde fica a sala de Transfiguração. — Derek Hawley foi quem notificou, continuando antes que alguém questionasse a fonte de sua informação: — Quando estavam nos despachando aqui para fora, consegui sair da visão do zelador Rancorous por alguns minutos... — a maioria, tirando Billy e Matt, levantaram as sobrancelhas em surpresa ante a atitude audaciosa do garoto. — Quando me dispersei do grupo, consegui localizar a possível região "afetada" por conta de uma claridade roxa e estranha que ela exalava. Infelizmente, pude ver apenas algo parecido com um cristal cobrindo o começo do chão do corredor antes de ouvir passos e sair correndo. — deu de ombros.

Todos permaneceram em silêncio por alguns segundos, digerindo o curioso relato. 

Matt Ryman foi quem o quebrou.

— Será que... — o rosto dele passou de feições pensativas para repentinamente agitadas. — O Cristal Maldito! — todos esboçaram imediatamente perplexidade com aquela afirmação, mostrando em seguida expressões céticas. — Oras, e por que não? — Matt indagou em surpresa. — Vocês certamente escutaram o que estão dizendo por aí, mais precisamente o que o Pirraça falou. — ele relembrou notório.

— Mas com certeza trata-se de uma completa mentira! — Iris, que encontrava-se mais confusa do que antes por conta daquele estranho nome que o Ryman citou, ficou surpresa com a selvageria que Anne Crystal demonstrou com a suposição do garoto. — Como pode um pedaço do Cristal Maldito estar aqui? — repetiu a palavra em tom forçadamente sarcástico. — Isso é apenas um invenção daquele poltergeist patético!

— ... Contudo, ainda existe aquela notícia que saiu no Profeta há algumas semanas... — Billy relembrou tranquilamente, ignorando o estresse da Crystal. — E é muita coincidência um rumor assim aparecer logo depois de uma matéria como aquela ter ido à público...

— Oras, por favor! — a garota retrucou como se ele fosse um completo lunático. — Não vá me dizer que concorda com o que aquele velho diz! Assim como eu, certamente você já deve ter escutado algumas das loucuras que ele vive falando e expondo no Beco Diagonal...

— Mas ele está desaparecido agora. — o Sánchez pareceu finalmente se zangar com o tom arrogante de Anne. — O que torna as coisas decididamente mais sérias!

E assim, a intriga verbal ganhou forma, cada um começando a tomar o partido de Billy ou de Anne.

Iris, por outro lado, não estava se importando com isso no momento.

Na verdade, encontrava-se distraída em pensamentos, absorvendo as informações ainda desconexas (ao menos para si) que havia acabado de receber...

... Contudo, ainda não podia-se dizer que conseguira compreender alguma coisa...

Saiu de suas divagações após a briga entre os grifinórios parecer se intensificar.

 Percebeu que alguns começaram a se retirar a fim de não acabarem por falar ou tomar atitudes das quais se arrependeriam depois — Matt e Billy sendo um desses (este último precisou ser levado pelo primeiro na verdade, uma vez que estava em um verdadeiro pé de guerra com a Crystal).

Infelizmente, após a maioria se dispersar para cada canto, Iris percebeu que não conseguiria mais nenhuma informação concreta, especialmente pelo fato de as poucas meninas que sobraram terem voltado a sua conversação favorita: falar mal da Northrop e o quanto ela manchava o nome da orgulhosa casa Grifinória...

Vendo que já não tinha mais o que fazer ali (a menos que quisesse perder tempo com aquelas bobonas), deu meia volta e seguiu para um caminho qualquer.

Continuou a caminhar pelos bonitos e verdes terrenos, notando que mesmo sendo extremamente amplos encontravam-se bastante movimentados — e não era para menos: todas as turmas das quatro casas estavam lá fora, afinal.

Enquanto passava por uma larga e bonita árvore, que com suas grandes folhas formavam uma enorme sombra, acabou prestando atenção em alguns jovens que ali repousavam. 

Certamente eles preferiram evitar o sol, as meninas tendo estendido alguns lençóis sobre a grama para poderem sentar-se.

Ao perceber que eles também comentavam sobre o ocorrido, aguçou os ouvidos, aproximando-se (como quem não queria nada) do local, pondo-se a ajeitar lentamente os sapatos que trajava.

— ... O corredor estava completamente cristalizado! — uma garota roliça relatava agitadamente, dirigindo-se principalmente a uma colega em especial, que Iris reconheceu como sendo Minerva McGonagall.

A monitora tinha o semblante pensativo, os olhos fixos nos gramados; contudo, mostrava escutar com atenção a outra. Mantinha o braço apoiado sobre os joelhos recolhidos e a mão cobrindo a boca num gesto  de intensa concentração.

"No meu dormitório todos acordamos com um grito ensurdecedor do Pirraça, que apareceu pulando sobre nossas cabeças, gritando algo sobre o Cristal Maldito! — a garota continuava a relatar euforicamente, as palavras saindo com rapidez de seus lábios. — Não acreditamos, então fomos ver com nossos próprios olhos; e o corredor estava realmente coberto de cristais!".

— Mas será que é mesmo o Cristal Maldito, Pomona? — um dos garotos quis saber interessado e assombrado.

— Depois do que vi, não ficaria surpresa se fosse verdade. Havia uma parede de cristal barrando por completo o acesso ao outro lado do corredor e era todo espinhoso. — a menina estremeceu. — Pelo que vi, a garota Northrop pareceu ter sido ferida, mas não sei ao certo... — ela olhou ao redor. — Deve ser verdade, afinal, ela não se encontra por aqui...

— Eu sou a culpada disso. — Minerva levantou-se de repente, surpreendendo todos ao redor. — Permiti que a garota burlasse o toque de recolher. — notificou com semblante firme, mas, ao mesmo tempo, parecendo decepcionada consigo mesma. — E por causa disso, ela pode ter se machucado gravemente... — ela desviou o olhar dos colegas com evidente embaraço. — Vou assumir meu erro ao diretor Dippet imediatamente. — anunciando isso, a monitora saiu, dirigindo-se com passos sólidos na direção do grande arco, não respondendo aos chamados surpresos dos colegas.

Após isso, Iris não deu mais atenção aos comentários daqueles alunos. Suas sobrancelhas estavam arqueadas em total admiração com o que acabara de ouvir.

Lembrava-se que na noite anterior, enquanto a Sala Comunal ia se esvaziando, Louisa permanecera esperando firmemente sua poção ficar pronta. Porém, não demorou muito para que o sono vencesse a Northrop.

Antes de subir, Iris deu uma pequena bisbilhotada no caldeirão da garota (sendo bem cuidadosa, pois temia que ela acordasse) e, após uma minuciosa verificada, constatou que a poção talvez já estivesse pronta.

Até pensou em acordá-la, mas hesitou no último momento. Louisa talvez não gostasse do ato repentino, e Iris também não queria arriscar presenciar outro acesso de raiva da garota...

Entretanto, via agora que se tivesse a despertado naquele momento, a menina poderia ter entregado a poção mais cedo, o que talvez evitaria que ela se envolvesse no incidente todo...

Engoliu em seco. Não sabia que ela havia sido ferida... 

... E com isso uma pequena parcela de culpa começou a adentrar seu interior.

No entanto, Iris não tinha como prever que algo assim aconteceria, não é? Então não precisava ficar necessariamente se culpando...

— Ah, mas Louisa sempre foi uma encrenqueira! 

Uma voz extremamente decidida tirou Iris de seus pensamentos enquanto caminhava aleatoriamente.

Olhou para o lado e viu tratar-se de Charlotte Hevensmith, que também parecia comentar sobre os recentes acontecimentos. Recebia diversos acenos confirmativos de Glória Spiderman, ou como todos a chamavam, “a cachorrinha da Hevensmith”. 

O Rosier, Black e Lestrange também escutavam, mas apenas Sebastian parecia prestar verdadeira atenção em cada palavra de Charlotte.

A garota continuou:

— Ela sempre fez-se de boa menina, mantendo a "ética" em primeiro lugar, mas vejam agora; pelo jeito ela deve ter adotado o hábito de transgredir as regras do castelo! — reprovou.

August (que mantinha-se encarando a Hevensmith com evidente tédio, os olhos contendo uma inconfundível parcela de impaciência) tomou a palavra. 

— Agora que Charlotte finalmente expôs seu admirável ponto de vista — ele voltou-se para Victor que estava encostado em uma árvore, ignorando completamente a expressão ofendida da garota. —, Victor, você teria conseguido ver a... Possível fonte do que poderia ter feito aquilo? — ele indagou ao amigo, mostrando considerável interesse com a informação.

— Na verdade, não. — o garoto negou. — Mas parece ter sido sério, considerando a reação dos professores quando viram o corredor... — ele pareceu ficar levemente distraído, os olhos escuros vagando pelos arredores. — Ninguém conseguiu ficar por muito tempo no local, mandaram todos de volta para suas salas comunais. O prof. Dumbledore deve ter ficado supervisionando o espaço enquanto mandavam Louisa á enfermaria... O corte no braço dela parecia bem feio. — acrescentou, levantando as sobrancelhas.

— Mas o Cristal Maldito não estaria mesmo envolvido nisso, não é? — Sebastian questionou mais para si mesmo.

Charlotte encolheu os ombros em descaso.

— Não acho que... — os olhos dela, que passavam despreocupadamente pelas pessoas em volta, fixaram-se em Iris, que ainda encontrava-se parada. Na mesma hora a garota torceu o rosto, demonstrando repentina superioridade. — O que está olhando, Legraund? — perguntou em desprezo, o que fez com que os outros virassem os rostos na direção da ruiva também.

Era claro que Iris não pôde evitar sentir um certo tipo de "intimidamento", pois ouvira falar que aquele pessoal (principalmente os garotos) não eram lá muito simpáticos. 

Contudo, jamais demonstraria qualquer constrangimento na presença de Charlotte.

— É para isso que os olhos servem, sabe. Eles vêem coisas. — respondeu exatamente a mesma coisa que dissera para Matt Ryman há algum tempo (mesma pergunta idiota = mesma resposta idiota, era seu lema).

Virou-se e seguiu tranquilamente seu próprio caminho, não dando chances para Charlotte dizer alguma coisa.

Iris mal se afastou e logo foi abordada por outra figura, que tratava-se de Henry Durrel, da Corvinal.

O cumprimentou rapidamente, no que ele, dando uma rápida olhada na direção dos sonserinos, voltou-se para si.

— Observei que a Hevensmith não foi nada gentil como sempre... — ele comentou, olhando-lhe mais atentamente em seguida, ajeitando os óculos. — Se quer um conselho, busque não dar atenção. É comum que puros-sangues como eles tratem com inferioridade pessoas que, pelo menos em suas opiniões, possuam "baixa essência", principalmente nascidos-trouxas como você. — informou, fazendo na mesma hora um sentimento incômodo se alojar no interior de Iris. — Apenas não se deixe afetar.

— Eu não me deixo. — tentou garantir firmemente, mas não conseguiu soar tão verdadeira.

Ainda não entendia bem toda aquela situação de "sangues-puros", "mestiços" e "nascidos-trouxas", mas sabia bem que o provável preconceito de qualquer um surgia quando o assunto era abordado.

Felizmente, desde Charlotte, não havia sido chamada por aquele péssimo "nome" outra vez, mas não possuía tanta certeza de que aquilo não voltaria a acontecer.

E pelo que via, Hogwarts possuía vários alunos com opiniões semelhantes às de Charlotte…

— Infelizmente é uma quantidade abundante, de fato. — Henry comentou, olhando para o lago distraído. 

Iris olhou para ele surpreendida. Piscou abobalhada. 

— Como você…?

— Está ouvindo falar dos boatos? — Henry mudou de assunto, e os pensamentos de Iris mudaram de foco instantaneamente.  Ambos puseram-se a andar lado a lado, percorrendo as margens do grande lago sem pressa alguma. 

— Uhum. — acenou rapidamente, voltando então olhos para ele com ligeiro contentamento. Quem seria melhor que Henry, uma verdadeira enciclopédia-humana, para tirar-lhe as dúvidas? — Estão dizendo muitas coisas por aí, mas não entendi nem metade do contexto... — ele não pareceu se surpreender muito, e Iris continuou, fazendo a indagação que mais a estava deixando com a curiosidade às alturas:

“Diga-me de uma vez: o que é o Cristal Maldito?”.

O garoto pensou um pouco antes de responder, parecia estar decidindo por onde começar.

— Bem... Olhe, vou contar apenas o que sei. Você já ouviu falar da lenda de Atlântida¹

**Nota das autoras: Atenção! As informações da narração a seguir foram retiradas do livro “História da Magia de Batilda Bagshot” ² (site de referência no fim do capítulo)**

 Iris acenou distraidamente. — É o continente que afundou, não? Dizem que foi engolido pelas profundezas do oceano, matando todos seus habitantes...

— Exato. — Henry concordou, satisfeito. — E você se recorda do motivo de ela ter afundado? 

Iris pensou um pouco. Essa pergunta era mais complicada...

Tentou forçar a mente a lembrar da aula que tivera no ano anterior, na última escola por qual passara. A professora tinha uma verruga enorme no meio da testa — motivo suficiente para que Iris se distraísse fazendo algumas caricaturas —, e lembrava-se vagamente de algumas palavras que ela dissera. Estranhamente, Henry pareceu querer rir por alguns momentos.

Semicerrou os olhos, concentrada.

— Hum... Tinha algo a ver com cristais, não é?

— Os cristais foram apenas uma das causas que levaram o continente à ruína. — Henry enalteceu. — As Causas Naturais, como vulcões e terremotos, foram de grande peso para levar a ilha a afundar. Contudo, um ato humano foi o que levou Atlântida a destruição: a manipulação dos cristais.

Iris franziu o cenho.

— O que esses cristais faziam? 

— Os bruxos da época usavam os cristais para canalizar um tipo de energia suprema da natureza, desconhecida nos dias de hoje. — o garoto explicou. — Bem, dizem que os bruxos dessa época eram muito mais avançados em magia do que os de hoje em dia. Isso pode se dar ao fato de eles não terem medido escrúpulos em utilizá-la. — ele fez uma careta.

— O que quer dizer? — Iris indagou, curiosa. 

— Olhe, vamos entender desta forma: — ele parou, olhando-a seriamente. — Hoje, se um bruxo pratica Magia das Trevas, pode apostar que irá passar a vida toda em Azkaban. Na época de Atlântida, segundo historiadores, os bruxos não tinham distinção entre magia branca e magia das trevas, o que os fez evoluir em relação ao conhecimento mágico.

Depois de uma pausa, ele continuou: 

— A teoria mais aceita que temos, é que os bruxos utilizaram um cristal de grandes proporções, muito raro de se encontrar, mas não perceberam uma pequena falha na superfície do cristal. No momento em que canalizaram essa energia misteriosa, o cristal se rompeu e liberou toda sua energia, destruindo assim o continente de Atlântida. Existem evidências de que alguns sobreviventes, bruxos que acreditavam existir um limite ético para o uso da magia e fugiram da ilha antes que ela ruísse, rumaram para as três regiões do mundo, dando origem a algumas das civilizações mais famosas como a Egípicia, a Malta e a Celta.

— Caramba. — foi tudo que Iris conseguiu dizer. 

Henry continuou a narração:

**Nota das autoras: Atenção! O relato a seguir foi inventado por nós duas, as autoras, ou seja, as informações não são verídicas no universo de Harry Potter**

— Todos acreditavam que esses cristais haviam desaparecido nas profundezas do oceano para sempre. Contudo, há alguns séculos, um desses cristais apareceu misteriosamente e com muito impacto: causou o caos por onde passou. Cristalizou cidades inteiras, assim como seus habitantes. Estava fora de controle. 

Iris abriu a boca, chocada. 

— E o que fizeram com esse cristal? 

— Conseguiram capturá-lo. O Ministério tomou conta da situação com bruxos experientes, e o mantiveram muito bem escondido no Departamento de Mistérios. Não demorou para que começassem a fazer inúmeras pesquisas e testes com ele. Acho que eles se descuidaram um pouco, pois, há alguns anos, eles não preveram o atentado ao Cristal.

— Tentaram roubá-lo? — indagou, incrédula. 

— Não só tentaram como conseguiram. — Henry acrescentou. — Foi um grupo desconhecido, que entrou no Ministério e, de alguma forma, conseguiu chegar nas instalações em que o Cristal estava mantido. Felizmente, os Aurores os perseguiram rapidamente. Vendo que seriam pegos, os furtadores decidiram quebrar o grande Cristal em vários pedaços e levaram a maior quantidade que conseguiram colocar nos bolsos.

Iris ouvia a tudo fascinada. Parecia uma história de detetives no meio de uma perseguição altamente eletrizante. 

— E ai? Conseguiram pegar os caras? 

— Não. — Henry negou. — O Ministério recolheu a maior parte do Cristal que foi deixada para trás, mas não conseguiram localizar o grupo, que certamente se separou. Depois disso, houve uma enorme busca por esse pedaços do Cristal, que eram um risco á civilização bruxa e trouxa. Depois de alguns anos, essas expedições foram diminuindo, mas sempre acham um ou outro cristal jogado por aí.   

Iris concentrou-se, mordendo o lábio inferior. 

— E agora, pelo que entendi, estão dizendo que um desses pedaços está aqui em Hogwarts?

Henry deu de ombros. 

— Isso. Mas não sei o que pensar... Acho impossível um artefato maligno desses ter conseguido atravessar as barreiras de Hogwarts.

Iris o olhou de canto. 

— Fala como se esse Cristal Maldito tivesse vida própria.   

Ele lhe lançou um olhar curioso. 

— Ele tem sim vida própria. — enfatizou. — Os Cristais sempre tiveram o poder de se locomoverem sozinhos, quase como se aparatassem. Atravessam as matérias, sabe.

Iris pensou um pouco.

Sempre que alguém mencionava esse tal Cristal Maldito, todos ficavam altamente preocupados e ansiosos.  

Franziu o cenho.

— Mas o que esse Cristal pode fazer á Hogwarts, afinal? Todos dizem que ele é perig...

A voz de Iris foi brecada quando um alto estalo de madeira foi partido.

Iris e Henry voltaram-se automaticamente para a entrada da Floresta Proibida, local em que viera o som. 

Por um momento, não parecia ter nada de errado na região...

Até que viram um vulto enorme e amedrontador sumir ligeiramente por trás de algumas árvores.


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Notas finais do capítulo

♥ Curiosidades ♥

Lenda de Atlântida¹ — O mito de Atlântida, ou Atlantis, conta sobre uma antiga civilização que supostamente existiu no oceano Atlântico, a oeste da Europa e África, essa ilha do continente lendário teria submergido, há milhares de anos, em decorrência de um cataclismo geológico. Não se tem registros que tornam essa história verídica, e por esse motivo ela é considerada por alguns como sendo apenas um mito.

“História da Magia de Batilda Bagshot”² — Batilda Bagshot foi uma historiadora bruxa e autora do livro “A História da Magia” (livro obrigatório utilizado pelos estudantes nas aulas de História da Magia) e cerca de dez outros livros. Em um de seus capítulos, mais especificamente o Capítulo 2: “Atlântida - O Continente Perdido”, relata toda a história de Atlântida, contudo, na perspectiva dos bruxos.

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O que vocês acharam desse capítulo, pessoal?? Confesso que foi um dos que necessitou de mais pesquisa até agora.

Algum de vocês já tinha ouvido falar do Mito de Atlântida? J. K. Rowling, como sempre, não deixou a oportunidade passar ao introduzir seu universo genial a lenda. O resto foi fácil de juntar, pois a manipulação dos cristais pelos habitantes de Atlâtida foi, de fato, o que os levou a ruína (de acordo com o livro de Batilda). A única coisa que modificamos foi que, nessa história, um desses cristais sobreviveu a tragédia e é o responsável por todo esse rebuliço que os bruxos estão vivenciando. Capiche? (espero que tenha ficado coerente).

Pelo visto o incidente do Cristal está dando o que falar em Hogwarts! E agora? Como saber quando outra aparição do Cristal ocorrerá? Isso vai gerar muita dor de cabeça para os professores e, principalmente, ao pobre diretor Dippet.

Henry é realmente muito esperto, não? Pelo menos Iris tem alguém a quem recorrer quando o dever de casa estiver puxado kkkk Hum, mas só eu acho que ele esconde alguma coisa?... Talvez eu esteja vendo filmes demais.

E o que foi isso que se escondeu na entrada da floresta? Um animal? Uma pessoa? O que vocês acham, hein? Algum palpite???

Espero que tenham gostado, gente :) E POR MERLIM: DEEM SUAS OPINIÕES SOBRE A ORIGEM DO CRISTAL MALDITO! Ficou boa? Fez algum sentido? Ou eu viajei muito?

Já disse e repetirei: sempre lembrem-se dos três JAMAIS: jamais copie, jamais ofenda e JAMAIS SEJA UM LEITOR FANTASMA!

Próximo capítulo sairá no sábado *-*

Malfeito, feito. Nox.


Link “História da Magia por Batilda Bagshot: monterrey-aulasdehdm.weebly.com/histoacuteria-da-magia---por-batilda-bagshot.html



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