Hogwarts e o Mistério do Cristal Maldito — Vol 1 escrita por Linesahh


Capítulo 23
Capítulo 22 — Depois do Susto


Notas iniciais do capítulo

Eaê, meus bruxões e bruxonas! Preparem a Amortentia que hoje é Dia dos Namorados!!!! ♥ ♥ ♥ ÊEEEEEEE!!!

Um capítulo mais cedo que o normal dado de presente nesse dia tão especial (olha, até rimou!) Espero que tenham um dia cheio de amor e carinho, e, para vocês que estão sozinhos (tipo eu), que vejam ao menos um brilho de magia no ar *-*

Veremos o que rolou depois do acontecimento no corredor cristalizado. Será que o Pirraça despertou a todos com seu grito ensurdecedor?

Desça a tela e descubra! Boa leitura!



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♦ Louisa Northrop ♦

 

Louisa ainda sentia-se paralisada. 

Seu olhar estava fixo na parede de cristal, nem bem reparando nas piruetas alegres e eufóricas que Pirraça fazia em volta do corredor — este, diferente dela, parecia extremamente satisfeito com a situação inusitada.

Que rufem os tambores!! — ele exclamou em um berro. — Venham todos ver o magnífico espetáculo! HÁHÁHÁHÁ! — gargalhou e afundou no solo, desaparecendo de vista. 

"O que está acontecendo...?", pensou-se abobada.

Era como se estivesse dentro de um mirabolante sonho, contudo, a pontada em seu ombro lhe fazia voltar à realidade, lembrando que estava muito bem acordada.

De repente, as lamparinas foram se acendendo uma a uma, sincronizadamente, pela duas extremidades do corredor. 

 A iluminação se espalhou por completo — não que fosse muito necessária, considerando a luz ametista brilhante que aquele cristal irradiava.

Louisa escutou passos atrás de si. Virou a cabeça e foi pega por um enorme sentimento de alívio ao ver que era o prof. Marshall quem vinha em sua direção.

Foi um pouco estranho o fato de ele estar com as mesmas vestes formais que usava durante o dia, ainda mais considerando o horário: o costumeiro paletó e chapéu coco estavam ambos presentes, com sua sempre fiel Conan espiando pela borda. 

Mas logo o breve questionamento se resolveu em sua cabeça. Se ele estava, como dissera Victor, supervisionando a detenção do garoto, fazia sentido ele estar vestido adequadamente — e não de pijama e pantufas. 

Oh, pelas Barbas de Merlim!... — o rosto dele estava repleto de espanto. — Srta. Northrop! O que... — mesmo falando com sua pessoa, os olhos dele estavam petrificados sobre o cristal á frente, que parecia reluzir ainda mais forte. — Mas... — ele balançou a cabeça de maneira zonza, quase como fascinado. — Impossível... 

— Pr-Prof. Marshall... — gaguejou com voz fraca, surpresa pela reação de choque que ele transpassava. — Eu... O que... O que é isso? — voltou o olhar perturbado em direção á parede espinhosa de cristal. 

Antes que ele pudesse responder alguma coisa, outros passos foram sendo escutados — desta vez se tratando de mais gente, considerando os burburinhos excitados. 

Não demorou muito e, um a um, foram aparecendo alguns alunos, todos trajando pijamas e descabelados, com expressões sonolentas e curiosas. 

Em um lapso de divagação, Louisa notou que se tratavam dos alunos da Lufa-Lufa que, ao olharem a cena surpreendente poucos metros á frente, ofegaram em um espanto geral. 

— Ah, o que é isso?! — Clara Green, primeiranista assim como Louisa, deu um passo à frente e olhou com preocupação para o prof. Marshall.

 Ela voltou os olhos rapidamente na direção de Louisa (que ainda se encontrava no chão) e pareceu empalidecer com a visão do sangue escorrendo por seu ombro até o chão. Colocou a mão sobre a boca:

 — Meu Deus! — ela guinchou, o rosto assumindo uma coloração verde. — Acho que vou vomitar... 

 Anunciando isso, Clara saiu correndo dentre a pequena multidão que se formava logo atrás. Desviou de Victor Black, que se encontrava ligeiramente surpreso e confuso — o garoto havia acabado de virar o corredor.

Com certeza ele devia ter escutado a confusão ou Pirraça teria passado pelo caminho que ele provavelmente se dirigia, dizendo-lhe as "boas novas".

O prof. Marshall, parecendo finalmente acordar para a vida, resolveu tomar uma atitude em decorrência da chegada dos alunos.

Todos para trás, ninguém se aproxime disso! — ele começou a afastar as crianças, principalmente as que se esticavam para ter uma melhor visão do cristal. — Srta. Sprout, já disse para manter distância... 

Uma garota roliça de cabelos curtos e enrolados fez um bico. 

— Ah, mas eu quero ver... — ela reclamou. 

Victor pigarreou, chegando no local do rebuliço: — E para quê? Por acaso acha que algo aqui servirá para suas plantinhas, Pomona? — retrucou ironicamente. — Não seja intrometida. 

Pomona Sprout¹ ficou vermelha e pareceu que iria responder, contudo, o professor tomou a frente.

— Não, não, sem discussões, pelo menos por agora. — falou tensamente. — E se afastem mais, vocês dois; ninguém pode se aproximar de algo que desconhece. — ele voltou-se pela primeira vez na direção de Louisa, parecendo só agora realmente notar que ela estava ali. — Srta. Northrop, você está bem? — o prof. Marshall começou a se aproximar preocupado. 

Antes que Louisa pudesse responder, outra voz ativa foi-se ouvida: 

— O que está acontecendo aqui?!

A prof. Picquery apareceu, seus cabelos balançando sobre os ombros. Os olhos dela foram do cristal para então se repousarem imediatamente sobre Louisa.

— Ah! Minha nossa, o que houve? Você está bem? — ela ajoelhou-se na mesma hora ao lado da garota, amparando-a com o braço. Os olhos dela estavam em um misto de preocupação e certa desesperação. — Ah, ela foi ferida! Alvo! — ela buscou o professor de Transfiguração (que aparecera logo atrás dela na multidão) com extrema urgência. — A garota precisa ser levada para a ala-hospitalar! Agora!

Todos olhavam para o prof. Dumbledore, que parecia ser a pessoa mais calma e centrada dali.

Após se aproximar mais, ele apenas examinou rapidamente o local cristalizado, sua avaliação não durando mais que dez segundos, e voltou-se prontamente para os dois colegas. 

— Aparentemente a situação é preocupante, o que requer medidas imediatas. — sua voz soou com firmeza e impeturbação, trazendo de alguma forma um pouco de tranquilidade aos nervos alheios. Olhou para a prof. Picquery. — Rosa, quero que leve a srta. Northrop até a ala-hospitalar. Acorde a madame Clirony, e peço que você não entre em detalhes sobre o que aconteceu. Prof. Marshall — ele virou para o outro colega, que parecia nervoso. — Leve os estudantes em segurança até a Sala Comunal. Após isso, chame o diretor Dippet, ele precisa ser avisado dos fatos imediatamente. — falou com uma nota a mais de seriedade. Ergueu uma sobrancelha. — Será que pode fazer isso? 

Era evidente o quanto o professor de D.C.A.T estava baqueado — suas mãos até tremiam um pouco, o que tornou a indagação do prof. Dumbledore mais coerente.

No entanto, o prof. Marshall respirou fundo e acenou.

— Sim... Posso sim. — virou-se para os alunos, que ainda observavam á tudo com apreensão. — Venham comigo crianças, todos de volta para o dormitório... — gesticulou desnorteado. 

Victor, que estivera com os olhos pregados em singela surpresa sobre a grave ferida de Louisa, se adiantou ao perceber o prof. Marshall passar ao lado.

— Ah, peço desculpas, prof. Marshall... — ele declarou. — Deveria estar me procurando, saí sem avisar de minha detenção... 

— Não, não... Não tem problema... — o professor murmurou, continuando a induzir todos a se retirarem dali. 

Por fim, só restara Louisa, Picquery e o prof. Dumbledore.

A professora ajudou Louisa a se erguer, seus olhos ainda aflitos. — Srta. Northrop, está tudo bem com você? — indagou preocupada. — Está sentindo muita dor, algo esquisito...?

— Sim... bem... — fez uma careta; o ombro estava latejando e parecia queimar por dentro. — Está doendo bastante... — fez menção de levar a mão ao local; porém, a professora impediu seu gesto. 

— Não toque! É melhor não mexer até que madame Clirony examine. — ela então virou-se para o prof. Dumbledore, que estava agora a observar com mais atenção a estrutura de cristal pregada por toda extensão do corredor. — Alvo. — ela o chamou, a voz agora saindo parcialmente tremida e tensa, seus olhos fixos na rocha espinhosa e perigosa há alguns metros. — Você acha que isso pode ser...

— Evitemos tirar conclusões precipitadas, ao menos por agora. — ele a interrompeu. Seus olhos azuis cintilaram na direção de Louisa, que estava um pouco encolhida. — Devemos dar prioridade à saúde dos alunos em primeiro lugar. 

Com a deixa, a prof. Picquery assentiu e começou a encaminhar Louisa para a Ala-Hospitalar, ambas deixando o professor sozinho para examinar meticulosamente todo o espaço.

 

[...]

 

Ah!... Está ardendo... — Louisa apertou os olhos enquanto a jovem e miúda madame Clirony continuava a passar uma loção de cor preta em seu ombro. 

— A-Acalme-se, senhorita... — a mulher falou temerosa, buscando aumentar ainda mais o cuidado (que já estava tendo) em tratar a ferida. 

A prof. Picquery, que estivera em pé ao lado do leito desde que haviam chegado na ala-hospitalar, segurou levemente uma das mãos da garota, querendo dar um apoio emocional.

— Acalme-se, srta. Northrop, já vai terminar... É só a madame colocar mais uma pomadinha e assim fechar o corte. — piscou. 

Louisa acenou, mas comprimiu os lábios quando mais uma queimação foi sentida na região. 

Sabia que sua reação não estava sendo das melhores quanto ao tratamento, mas a verdade era que nunca havia se machucado dessa maneira tão brusca e dolorosa. Normalmente sempre fora a garota que evitava quaisquer tipos de brincadeiras que tinham riscos de se ferir, e preferia sempre se entreter com "diversões" em que sua mãe estivesse por perto. 

Além de que não conhecera muitas crianças "amigáveis" durante a infância...

— Err... Madame Clirony... — a chamou baixo, buscando olhar em qualquer direção menos no lugar onde a mulher tinha as mãos ocupadas, ainda limpando o machucado. — Você... Vê alguma coisa aí dentro? Como uma ponta de...

Ah, acho que falta um pouco mais de algodão, não acha, Ama? — a prof. Picquery falou de repente, abrindo um sorriso um tanto nervoso. 

A madame franziu um pouco o cenho, olhando confusa para os inúmeros algodões inutilizados acima do carrinho de utensílios. 

— Hum... Não, olhe, tem mais aqui... — ela abaixou e pegou mais um pote cheio, continuando a tratar do braço de Louisa. — ... O que você estava fazendo para ter se ferido assim, senhorita? — perguntou com sincera curiosidade. 

Antes que Louisa pudesse responder algo, a Picquery se adiantou: 

— Assunto sigiloso, Ama, mas não se preocupe, não é algo nada muito... — ela desviou o olhar. — Sério

Vendo aquilo, Louisa constatou uma coisa: a professora de Poções não era boa em mentir. Mas não a julgava; afinal, era tão boa mentirosa quanto ela. 

... Entretanto, a madame Clirony pareceu acreditar (até demais) na resposta. 

Seu rosto adquiriu um tom vermelho e sua voz saiu bem fina: 

D-Desculpe, Rosa, não quis me intrometer... — ela voltou os olhos embaraçados para o ombro de Louisa e, com um rápido aceno da varinha, fez a ferida se fechar instantaneamente. — E-Eu... Vou guardar isso tudo. — gesticulou enquanto colocava os frascos de volta nas embalagens. 

Não passou nem cinco segundos até que ela fugisse para o fundo da ala, desaparecendo após passar por uma porta. 

Louisa sequer teve tempo para reparar na atitude deveras exagerada da madame — apalpava o próprio ombro variadas vezes, entre feliz e aliviada por ele ter voltado ao normal. 

— Tsc, tsc... — a prof. Picquery balançou a cabeça negativamente, mas carregava um pequeno sorriso nos lábios. — Ela sempre teve essa timidez terrível. Desde os tempos que éramos estudantes aqui em Hogwarts. — ela confidenciou para Louisa, que ouvia com atenção. — É uma ótima pessoa, mas não gosta de ser pressionada ou repreendida... Desde cedo mostrava ser apaixonada por quaisquer assuntos medicinais; lembro que insistiu muito para que pudesse ser ajudante da antiga Curandeira-Chefe e... Ah! Vocês chegaram! — exclamou aliviada quando as portas da ala-hospitalar foram abertas, adentrando o diretor Dippet e o prof. Hughes, ambos evidentemente cansados. 

— O mais rápido possível. — o professor de Feitiços acrescentou, ajeitando a capa, que estava desabotoada. Louisa imaginou que ele deveria ter se vestido às pressas. 

A prof. Picquery se aproximou deles em passos ansiosos. — Recebeu o chamado do Marshall, senhor? 

O prof. Dippet, que parecia ainda mais velho e encurvado que nunca, passou a mão enrugada sobre os poucos fios de cabelos brancos. 

— Não, infelizmente este não foi o caso. Pirraça chegou mais rápido, e digo que meu velho coração quase não aguenta dessa vez com aqueles gritos ensurdecedores... — falou em um alto resmungo, e Louisa viu os outros dois professores trocarem um olhar indecifrável, com uma nota de divertimento. — Lembrem-me de ter uma conversinha com ele depois... 

— Ah... Claro, senhor. Bem — o prof. Hughes limpou a garganta. —, viemos aqui ver a garota. Alvo disse que ela viu todo o "incidente"... — os olhos dele então se repousaram sobre Louisa deitada no leito. — Srta. Northrop? — ergueu as sobrancelhas, surpreso. — Então você foi a testemunha? 

Ah, sim, a menina!... — o diretor adiantou-se, parecendo lembrar-se da visita inicial à ala-hospitalar. Ele se aproximou do leito, com os dois professores vindo atrás. Louisa sentiu-se encolher um pouco com a atenção. — Ela está bem? Ouvimos que a criança foi ferida... — indagou, e pela primeira vez desde que ingressara em Hogwarts, Louisa o viu verdadeiramente preocupado.

A prof. Picquery tomou a palavra: 

— Sim, a madame Clirony já tratou do ferimento. — ela então olhou para os dois homens com seriedade. — A "coisa" penetrou fundo no ombro dela, então pedi para que a Clirony fizesse alguns exames a mais. 

"Coisa?", Louisa franziu o cenho, dando uma rápida olhada nas bandagens em seu ombro. 

Desde o início, Louisa reparou que os professores estavam tratando o que ocorrera no corredor com fingida tranquilidade, mas dava-se para ver de longe que todos estavam tensos. 

— Fez muito bem, Picquery. — o prof. Hughes elogiou.

O diretor deu um aceno, voltando-se então para a garota, que observava á tudo calada:

— Bem, srta. Northrop, sei que os episódios anteriores não devem ter sido fáceis e que está se recuperando agora... Contudo — falou em tom importante. —, precisamos saber exatamente o que houve. 

Louisa baixou os olhos. Desde o princípio, sabia que isso aconteceria. Afinal, pela reação de todos, uma parte do castelo ser repentinamente e misteriosamente cristalizada não devia ser algo comum de ocorrer. Sendo então a primeira pessoa a dar de cara com aquilo... 

... Obviamente seria a primeira a ser interrogada. Só não imaginava que o próprio Dippet faria isso. 

Acenou devagar, erguendo a cabeça. — Sim, senhor. 

— Muito bem; quero que, primeiramente, diga o que a senhorita fazia perambulando pelos corredores tão tarde da noite. Deve estar ciente do toque de recolher, sim?... — a voz do prof. Dippet foi de reprovação, mas antes que Louisa pudesse responder qualquer coisa (temendo receber alguma punição), a prof. Picquery tomou a palavra rapidamente. 

Ah, quanto a esse detalhe, senhor... — a mulher mordeu o lábio inferior por um segundo, mas readquiriu o tom profissional novamente. — Foi culpa minha. Houve um pequeno incidente com a poção da srta. Northrop em minha aula, e eu falei que ela poderia refazê-la e me entregá-la a hora que quisesse. Mesmo que passasse do toque. — acrescentou. — Mas... Não achei que algo assim aconteceria. — baixou o olhar envergonhada. 

— No entanto, deveria ter considerado, prof. Picquery. — ele reprendeu. — Decisões levianas como esta podem colocar em risco a segurança de nossos alunos, como aconteceu hoje.

Louisa, surpresa pela defesa vinda da professora, quis dizer algo, mas a chance passara após a mulher assentir, aceitando o próprio erro. 

— Peço desculpas. Não irá se repetir. — a voz dela saiu baixa. 

Pareceu que o prof. Hughes iria dizer algo, mas desistira quando a Picquery fizera um discreto sinal com a mão, o cortando, enquanto balançava a cabeça como quem quem diz: “Não precisa se envolver”.

— Pois bem — o diretor limpou a garganta. —, já que essa parte foi resolvida, agora diga-me, srta. Northrop, o que aconteceu quando se deparara com o local do incidente. — ele olhou-lhe com atenção e, mesmo para um velho, Louisa conseguia vislumbrar nele a aura ativa e justa que deveria ter sido conservada em todos os seus anos como diretor de Hogwarts. — Você viu o momento em que o corredor ficou daquela maneira? 

— Hum... Não. — negou. — Na verdade eu... — parou a frase de repente ao lembrar-se do que fazia antes de virar naquele corredor. 

... Talvez não fosse uma boa ideia dizer que estivera correndo (ato proibido nos corredores) de um possível perseguidor que, constatou por alguns segundos, com certeza deveria se tratar do zelador Pringle.

Perguntando-se então, hesitantemente, se comentaria ou não sobre esse fato, acabou concluindo que o diretor não se agradaria em nada se soubesse que a garota transgredira mais uma regra — além da do toque de recolher. 

“Bem, eu... Como a prof. Picquery disse, eu havia acabado de entregar a poção para ela e fui me dirigindo até a Sala Comunal. — foi explicando lentamente, decidindo não citar o encontro com Victor também. — Quando estava seguindo na direção das escadarias, eu virei o corredor e acabei me desequilibrando por conta do chão que ficou, repentinamente, escorregadio. Caí e acabei batendo contra a parede de... "cristal" postada logo á frente. E então o Pirraça apareceu e começou a gritar, e... Então o prof. Marshall chegou... — assumiu uma expressão de dúvida por alguns segundos, lembrando-se particularmente de algo. Levantou os olhos para o diretor. — Senhor, não sei se ouvi bem, mas... O Pirraça disse algo relacionado ao Cristal Maldito... O que isso quer dizer? 

Tanto o diretor quanto os dois professores se entreolharam, dando a impressão de que nenhum deles começaria a dizer algo. Louisa os olhava atentamente, como quem esperasse uma resposta...

... Até que a pequena madame Clirony apareceu na ala, saindo da saleta em que havia se "escondido" minutos atrás. 

— Ah, Clirony!... — o prof. Hughes quebrou o silêncio tenso que havia se instalado, abrindo um sorriso nervoso. — É ótimo que tenha chegado; acho que a srta. Northrop precisa descansar agora, e será bom alguém ficar aqui supervisionando sua recuperação. Afinal, os alunos são nossa prioridade, não? — virou-se para o diretor, que acenou prontamente (este parecia aliviado). 

— Sim, sim... Exatamente. Estimo melhoras senhorita. — ele olhou para Louisa, voltando-se para a Curandeira-Chefe. — Sei que cuidará bem dela, Clirony. 

A jovem enrubesceu um pouco. — Sim senhor, farei meu melhor. 

— Tenha uma boa noite. — o prof. Hughes e a prof. Picquery desejaram. 

— Obrigada... — Louisa agradeceu; contudo, ainda tendo a nítida impressão de que estavam escondendo alguma coisa dela.      

Após todos saírem, a madame Clirony se aproximou em passos baixos até a lateral do leito e, com um aceno da varinha, fez um copo de água surgir diante do rosto de Louisa.

— Beba e durma, senhorita. Com sorte, amanhã já poderá sair daqui. 

Louisa pegou o copo e o virou por inteiro, agradecendo pelo frescor interno. 

Seus olhos pesaram ligeiramente, e a madame a ajudou a deitar-se e cobrir-se com o fino lençol. Tudo ainda estava muito confuso em sua mente, o dia em si fora cheio e completamente cansativo...

Deixaria para pensar melhor nos fatos na manhã seguinte...

Por hora, se entregaria ao sono.


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Notas finais do capítulo

♥ Curiosidades ♥

Pomona Sprout¹ — De acordo com os registros dessa personagem, ela nasceu no ano de 1931 ou 1941 (não há data oficial). Contudo, como diz que o intervá-lo de anos de escola dela em relação a Minerva McGonagall era de dois anos, decidimos escolher o ano mais lógico de seu nascimento (1941). Ela é uma aluna do 2° ano (McGonagall é do 4°) da Lufa-Lufa e melhor aprendiz de Herbologia, tendo sido ensinada por Herberth Beery.

Madame Clirony² — Personagem Original. Não se sabe exatamente quando Papoula Promfrey, curandeira-chefe da época dos Marotos e de Harry Potter, assumiu o cargo, mas estima-se que foi na década de 60. Sendo assim, como não há registro de antecessores, inventados a Madame Clirony, uma jovem temerosa que estudou com a atual professora de Poções, Rosa Picquery.

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E então, gostaram do capítulo? Todos ficaram bem preocupados com a situação, os professores estão querendo manter tudo nas escondidas dos alunos...

A Madame Clirony é uma fofa, eu gostei da personalidade tímida dela *-* E o que acharam da Pomona Sprout ter aparecido? Eu achei bem divertido quando vi que poderíamos introduzi-la na obra!

Hum... Vi alguma coisa no ar entre a prof. Picquery e o Prof. Hughes? Acho que pode ter sido imaginação, hehe.

Ah, antes que eu me esqueça, avisarei já que o problema que relatei para vocês no capítulo passado já foi resolvido! Não tem mais nada de errado, consegui recuperar todos os meus rascunhos! Graças a Merlim!

Antes de ir, queria recomendar para vocês um filme que vi nesses dias, chama-se "Castelo Animado", e é do mesmo diretor de "A Viajem de Chihiro". Ou seja: É BOM DEMAIS! Tem na Netflix, assistam que vale a pena ;)

O próximo capítulo vai sair na Terça-Feira (Êeeeeee!!!) Estou bastante boazinha, mas não se acostumem!

Até lá! Que tenham o ótima Dia dos Namorados!

Malfeito, feito. Nox.



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