Hogwarts e o Mistério do Cristal Maldito — Vol 1 escrita por Linesahh


Capítulo 21
Capítulo 20 — Ajudinha de Minerva


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus tronquilhos verdinhos *-* Tudo bem com vocês? Vim mais cedo que o previsto para dedicar esse capítulo á Corvinal01, ou, como me refiro agora, minha boa amiga e leitora excepcional Juliana! Feliz aniversário! (atrasado um dia, mas tá aí, hehe ;)

Obrigada por sempre comentar e me incentivar. Você é um anjo *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/787916/chapter/21

Louisa Northrop

 

— E o quê  exatamente você faz nos corredores à essa hora, srta. Northrop?

A monitora Minerva McGonagall carregava uma expressão um tanto séria e endurecida, esperando pacientemente alguma explicação da parte de Louisa.

“Até parece algum castigo...”, Louisa lamentou amargurada. Além do fato de McGonagall ter-lhe tratado como “senhorita”, o que era relativamente estranho (ela era apenas três anos mais velha, afinal), Louisa sentiu que esse tipo de tratamento significava que não viria coisa boa pela frente.

Quando a ideia de encarar as regras de Hogwarts passou por sua cabeça, não contava que elas fossem lhe barrar apenas cinco minutos depois de ter deixado a torre.

Com o olhar perdido e nervoso, perguntando-se o que faria enquanto continuava a receber o olhar um tanto intimidador de McGonagall (todos sabiam que ela levava o cargo de monitora bem a sério), Louisa conseguiu pigarrear:

— Olhe... — engoliu em seco. — É que... Sabe, eu preciso fazer uma coisa...

A outra franziu minimamente as sobrancelhas.

— E que coisa seria essa...?

Respirou fundo. Sabia que jamais iria conseguir convencê-la inventando uma história qualquer...

... O que acabou por lhe fazer partir para o plano B antes mesmo de correr o risco de fracassar no plano A:

Dizer a verdade.

— A prof. Picquery me pediu para entregar isso a ela, e o prazo é até hoje. — levantou o frasco com a Poção de Inviabilizar o Sono. — Monitora McGonagall, sei que o horário não é dos mais convenientes, mas preciso ver a professora...

— Entretanto, você deveria ter entregado antes. — ela respondeu. — Não me leve a mal, mas é meu trabalho evitar que as pessoas, especialmente as da nossa casa, acabem por entrar em prováveis confusões. Acredite, estou fazendo isso mais por você do que por minha reputação como monitora. Se por acaso o zelador Rancorous ou qualquer outro te apanhar, as coisas ficarão bem ruins pro seu lado. — ela suspirou. — Venha, vamos voltar para a torre...

— Não! — Louisa esquivou-se da tentativa que ela fizera de lhe guiar com o braço, apertando ainda mais o frasco entre os dedos. — Por favor, só tenho essa chance! Eu... Eu teria conseguido entregar a poção em aula se não fosse pela Charlotte! Ela tenta a todo custo me prejudicar, e a prof. Picquery ainda teve a gentileza de deixar que eu refizesse minha poção!

Com isso, começou a narrar toda a história da aula de poções ininterruptamente, como última e desesperadora chance de conseguir fazê-la mudar de ideia.

— ... E a professora confiou no meu potencial, e se eu falhar, irei desapontá-la assim como darei motivo para Charlotte sentir-se ainda mais vitoriosa, e...

— A Hevensmith quem lhe envolveu numa má situação, pelo que entendi? — Minerva interrompeu, as feições de traços simétricos ficando ligeiramente mais sérias.

Sendo pega de surpresa pela pergunta repentina, Louisa apenas conseguiu acenar um pouco desordenada.

— Eu... Sim, foi ela...

McGonagall pareceu absorver os principais pontos da história, com ar pensativo. Logo, tirando a mão do queixo, murmurou baixo:

— Certo... — surpreendentemente, ela virou-se e começou a seguir o caminho que levava à torre. Antes de virar o corredor, avisou: — Para você saber, a Picquery não costuma ficar na sala dos professores a essa hora; com certeza irá encontrá-la na sala de poções, nas Masmorras, então sugiro que mude seu caminho. Boa noite.

Louisa ouviu as palavras desacreditada. Enquanto a observava ir embora, não pôde deixar de chamá-la mais uma vez, questionando o motivo de ela ter permitido sua saída ilegal.

— Oras... — ela voltou-se para si. — Apenas penso que, se sua poção estiver apresentável, como acho que está — ela indicou o frasco com líquido azulado. —, será um bom reconhecimento a você, assim como para a Grifinória também. — foi então que ela, surpreendentemente, abriu um leve sorriso. — Acho que é mais interessante deixar as coisas fluírem ao menos nesse caso, não?

Com essas palavras, ela voltou a caminhar tranquilamente, desaparecendo de vista.

Sentindo-se sem reação com o ato tão legal que a monitora demostrara, Louisa conseguiu dizer em voz alta, esperando que ela lhe ouvisse:

— Não falarei nada de você, caso o pior aconteça!

Não soube dizer se ela lhe escutara ou não...

Mas, mesmo assim, sorriu.

A atitude da monitora não demonstrava apenas um senso de dever, mas sim o fato de ela não acreditar nas opiniões do restante dos alunos quando o assunto envolvia a tão desprezível Northrop — tanto que ela até lhe ajudara...

Minerva McGonagall era muito popular em Hogwarts. Todos já a respeitavam por ela ser uma das melhores artilheiras da Grifinória no Quadriboll, mas essa atitude aumentou deveras após ela ter obtido um mérito que nenhum outro aluno, em séculos, conseguira: tornar-se monitora cursando o 4° ano¹!

Mas não podia perder tempo em divagações. Precisava entregar a poção a Picquery.

Já nas Masmorras, Louisa agradeceu imensamente a valiosa informação de McGonagall (realmente teria se dirigido a sala dos professores se não houvessem cruzado seus caminhos).

Encontrou a prof. Picquery em sua sala, corrigindo algumas redações. A sala parecia ainda mais tenebrosa á noite, iluminada apenas por alguns candeios de gás pendurados nas paredes.

A mulher sorriu largamente ao vê-la na porta, e fez um gesto para que se aproxima-se.

Louisa observou com o coração disparado a análise minuciosa que a prof. Picquery fazia em sua poção, como se seu próprio coração estivesse sendo manuseado e observado pelas mãos da professora.

Após mais alguns segundos torturantes, a professora afastou o rosto do líquido, sorrindo satisfeita.

— Devo dizer que não me surpreendo. — Louisa olhou-a um pouco curiosa, no que ela continuou: — A poção está perfeita, mas isso não é surpresa quando se olha para a pessoa que a preparou. — ela olhou-lhe com repentino orgulho e animação. — Sabia que iria conseguir! É a quinquagésima aluna que não desistiu da minha proposta, sabe, os outros sempre deixam pra lá. — explicou distraidamente. — Mas lamento dizer que não bateu o recorde; um garoto uma vez me entregou uma poção faltando dois minutos para dar meia-noite, e ainda me arrancou do sono pesado que estava tendo no alojamento...

A mulher ainda passou uns bons minutos falando sobre várias situações em que desafiara alunos diversos, e admitiu que sossegou um pouco com essa mania após despertar uma baita crise nervosa numa sextanista no ano anterior.

Antes de sair Louisa agradeceu-lhe diversas vezes pela oportunidade enquanto a mulher guardava sua poção juntamente com muitas outras e lhe parabenizava por sua tremenda “garra” e foco.

Ao sair da sala, sentia que um peso de mil quilos havia saído de suas costas, o alívio e contentamento preenchendo cada canto de seu ser.

A professora Picquery era fantástica. Não era à toa que ela atraia a atenção da maioria dos professores — que por vezes costumavam acompanhá-la com olhares interessados e admirados.

Enquanto seguia seu caminho, sentindo-se mais leve do que estivera o dia todo (principalmente por ter conseguido se livrar dos objetos que passara horas carregando), um barulho leve de passos ecoando em um corredor à esquerda chamou-lhe a atenção.

Pensando imediatamente que poderia se tratar de alguém indesejado, considerando que estava infligindo o toque de recolher, Louisa apressou-se rapidamente, já pondo-se a subir para o 1° andar.

Não escutando mais nada, a sensação de segurança foi voltando novamente...

... Contudo, a esperança desapareceu como um passe de mágica ao ver o zelador Rancorous aparecer no final do corredor.

Louisa gelou na mesma hora.

Ele era terrivelmente temido por todos os alunos da escola, que alegavam que os castigos dele eram os piores aplicados.

Já sentindo-se praticamente “morta”, Louisa levantou as sobrancelhas surpresa ao notar que ele não havia lhe visto ainda, pois esfregava os olhos em evidente cansaço.

Sentiu a adrenalina do momento oportuno para tentar fugir disparar em suas veias. Entrou num pequeno corredor logo à sua esquerda; contudo, a esperança afundou completamente ao ver que se tratava de um sem saída, tendo apenas duas portas nele: uma ao final e outra do lado direito.

Olhou para trás com o coração querendo sair pela boca. O zelador Rancorous passaria na frente daquele lugar a qualquer momento.

Começou a recuar para trás, já prevendo outro escândalo: “aluno que burlou toque de recolher foi transformado num camundongo pelo zelador Rancorous”...

Mas dessa vez, seu nome que estaria envolvido.

Respirando entrecortadamente, Louisa desejou que uma força mítica a deixasse invisível, para assim não ser vista pelo zelador.

Prendeu a respiração. O pé dele acabara de ficar visível pela dobra do corredor, faltando milésimos de segundos para surpreendê-la...

... Quando sentiu uma mão agarrar seu pulso e puxá-la para dentro de um breu completo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

♥ Curiosidades ♥

Monitora cursando o 4° ano¹ — Muitos devem saber que para um aluno se tornar monitor de Hogwarts é mais do que comum ele estar no 5° ano. Contudo, nossa amada McGonagall não é uma aluna comum, não é? O fato de termos colocado ela como monitora não é verídico, nós apenas achamos uma ideia legal ela ser reconhecida por seu jeito responsável e sério recebendo um grande mérito como esse. É mais ou menos parecido com o caso do Harry no primeiro ano quando ele se tornou o apanhador mais novo do século por causa de seu talento natural, capiche?

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

Gente, tem personagem melhor que Minerva McGonagall? Sério, não tem igual *-* A bicha é muito legal e daora desde nova, eu simplesmente AMO as partes em que ela aparece!

A prof. Picquery também tem que rever os métodos de entregas kkkk coloca os alunos em cada apuro! Pobre Louisa, agora terá grandes problemas até voltar em segurança à Sala Comunal...

Será que ela vai conseguir se livrar do Zelador Rancorous? Quem foi a pessoa que a puxou pelo braço pra dentro da sala escura? Tantas perguntas...

Bem, a resposta será entregue para vocês sábado de manhã, com um lacinho cor-de-rosa bem fofo *-* (ou devo dizer... Ametista! Hummmmm, sem spoilers!)

Malfeito, feito. Nox.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hogwarts e o Mistério do Cristal Maldito — Vol 1" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.