Hogwarts e o Mistério do Cristal Maldito — Vol 1 escrita por Linesahh


Capítulo 16
Capítulo 15 — Temperamento Difícil


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Esse capítulo será mais curtinho, mas bem complexo. Espero que filtrem as informações, pois são muito boas para limpar a mente *-*

Boa Leitura ♥



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♠ Iris Legraund ♠

 

— ... E como minha imagem pode ficar mais manchada do que já está?

Louisa andava de um lado para o outro no corredor deserto que se encontravam agora, ainda visivelmente alterada.

Ela continuou, bufando:

 — E ainda tem coragem de rebaixar a minha mãe... Quem ela pensa que é?!

Iris, que estava encostada em uma parede de braços cruzados, observava a outra com certa cautela.

 Nunca a tinha visto perder o controle dessa forma, era algo que não combinava com a tão calada Northrop... E ela até ameaçara enfeitiçar Charlotte.

... Iris admitia que teria sido algo atraente de se ver, porém, aquilo só iria piorar a situação de Louisa.

 E, sem saber exatamente o motivo, queria ajudá-la de alguma forma, mesmo ela nunca tendo sido exatamente "simpática" consigo.

— Primeiro August e agora Charlotte; sou mesmo muito sortuda... — ela parou, colocando as mãos sobre o rosto e balançando a cabeça, o cansaço parecendo lhe abater.

"Hum... Parece que o dia não começou nada agradável para a Northrop...", Iris averiguou o fato mentalmente. Vendo que enfim Louisa já havia extravasado a maior parte de suas frustrações, aproveitou a fresta para dizer algo:

— Você não deve dar ouvidos para o que esse tipo de gente diz, ou vai acabar tendo um ataque de nervos antes mesmo de completarmos um mês em Hogwarts. Já passou pela sua cabeça como vai sobreviver o resto do ano com essa situação? — desencostou da parede e descruzou os braços, dando alguns passos na direção de Louisa.

A garota retirou o rosto das mãos e lhe encarou por alguns segundos, como se estivesse lhe examinando pela primeira vez desde que se conheceram.

— Eu penso nisso todo dia, se quer saber. — Louisa falou com voz fria. — E já tenho a nítida noção de como tudo vai se desenrolar durante os meses: da mesmíssima forma como está agora, com todos falando pelas minhas costas coisas que você sabe muito bem a natureza, Legraund, pois com certeza já deve ter escutado no mínimo cinquenta vezes.

Iris olhou-a completamente surpresa pelas palavras gélidas e, em seu íntimo, acusadoras.

Um sentimento de irritação foi-lhe adentrando lentamente o peito, mas tentou ao máximo segurá-lo por enquanto.

 — Sim, já ouvi tudo o que dizem sobre a famosa Louisa Northrop. — sua voz saiu em tom duro e com um toque sarcástico, fazendo Louisa olhá-la surpreendida. — "Ela é ruim, assim como todos da família", "Os pais são envolvidos com magia das trevas", "Ela vai afundar o nome da Grifinória"... Isso e mais tantas outras frases parecidas. — recitou o que normalmente ouvia com voz irônica, contudo, carregava apenas austeridade em sua expressão.

O silêncio abateu-se sobre o ambiente depois dessas palavras.

 Louisa olhou para baixo, o cenho franzido e amargurado. Vendo isso, Iris desfez sua estatura "insensível", assumindo um ar mais leve e controlado.

Olhou para Louisa fixamente, tentando analisar a garota que se encontrava por debaixo de toda aquela seriedade. Queria entender que tipo de pessoa ela realmente era.

 — ... Eu não conheço você, e muito menos sua família. — começou baixo, mantendo um tom neutro. — ... Mas sei que não é porque uma pessoa convive com outras diferentes, que tem que necessariamente ser igual.

— Você não entende nada... — Louisa balançou a cabeça com impaciência. — Tudo isso é mentira, eu não sou isso que dizem, nem meus pais. Eles sãos pessoas boas e gentis, é uma injustiça as barbaridades que dizem... Eles quem são ruins! — ela fez um gesto amplo com os braços, se referindo a todo o castelo. — Eles quem são os preconceituosos, que falam coisas que nem ao menos possuem ciência... — ela falava com extrema cólera e amargor.

Dava para perceber que essa reação dava-se pelo motivo de todas as palavras e sentimentos negativos estarem entaladas na garganta de Louisa há aparentemente muito tempo...

 Contudo, só o que Iris sentiu foi raiva. Raiva da maneira como Louisa estava se comportando diante de tudo aquilo.

— Então mostre a eles a verdade, a verdadeira Louisa. — a interrompeu com certa brusquidez. — Se está cansada de aturar os olhares e comentários que, você afirma, estarem equivocados, mostre a real faceta da situação!

— Eles que estão errados! — ela exclamou revoltada. — Eu não vou me impor a uma coisa da qual não tenho absolutamente culpa nenhuma!

"Caramba, não se pode dizer nada...", Iris pensou abobada.

Ainda se dava ao trabalho de ouvir todas as lamúrias da outra sem reclamar e recebia gritos como agradecimento?

— Olhe, nós somos o que escolhemos ser, e não são classificações e denominações de terceiros que mudarão isso. — aumentou o tom de voz. — Se está cansada de tudo como diz que está, acho que a melhor maneira é inverter o jogo, pois ficar calada e baixar a cabeça para tudo o que dizem, como se aceitasse, não está ajudando em absolutamente nada. A escolha é sua.

Sabia que havia sido um pouco grossa demais, só que não soube outra forma de expor sua opinião. E Louisa aparentemente não daria ouvidos á palavras confortáveis e passadas de mão na cabeça.

E isso também não fazia o estilo de Iris.

Louisa lhe olhou fixamente por alguns segundos, a expressão se tornando pouco a pouco de alguém enfurecido. Estava claro que ela não gostara nem um pouco do que dissera.

 — Não vou perder meu tempo conversando com quem não tem nada a ver com minha vida! — dito isso, ela virou-se e saiu com passos duros em direção à escadaria mais próxima, deixando Iris sozinha no corredor deserto.

"Primeira lição na lista: nunca mais tente ajudar alguém de novo".

 Depois de alguns segundos, Iris saiu andando sem destino exato, com um ar irritadiço exalando de seu ser. Aquela conversa desagradável só servira para lhe deixar brava...

... Mas tentou esquecer aquilo, afinal, como a Northrop fizera questão de destacar, não tinha nada a ver com a vida dela.

Saindo pelas grandes portas que davam o acesso para fora, Iris foi atravessando o Pátio Pavimentado. Haviam muitas pessoas sentadas e em pé, aproveitando os minutos vagos para papear ou (essa era para os loucos) estudar.

 Agora que se encontrava mais calma, um pensamento lhe ocorreu.

...Na verdade, havia outra coisa incomodando sua mente, e que agora poderia parar para pensar sobre.

O que fora aquilo que Charlotte lhe chamara?

O que significava?

"Sangue... Ruim?", franziu o cenho. Nunca havia escutado algo assim; mas até um demente adivinharia que se tratava de algo... ruim, é óbvio, como já dizia o termo.

Desejava saber o que aquilo queria dizer... Mas como?

Poderia perguntar para alguém ali perto, mas, não soube bem o motivo, achou que não seria uma boa ideia...

"Já sei!", a luz surgiu em sua mente, como se uma lâmpada tivesse se acendido acima de sua cabeça como via nos personagens dos quadrinhos. Era óbvio! Com certeza descobriria algo por lá!

Agora era só saber a direção...

Deu meia volta. Enquanto passava pelos alunos que seguiam agora sem interrupções os destinos desejados, um pensamento não parava de, insistentemente, lhe ocorrer.

...Em seu íntimo, já tinha uma vaga ideia do significado das palavras de Charlotte Hevensmith.


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Notas finais do capítulo

E cá estou eu novamente! O que acharam do capítulo? Curtinho, mas bem complexo em questão de sentimentos.

Pessoalmente, eu gosto de escrever frases motivacionais em minhas obras, principalmente para ajudar um pouquinho que seja alguém que esteja passando por um momento difícil, não sei.

Só quero ressaltar a frase de nossa sincera Iris para vocês: Ninguém determina o seu valor. Somente você pode fazer isso. Não filtrem, não absorvam palavras vazias e cruéis de pessoas que não sabem o que estão dizendo porque são ignorantes.

(Sim, eu assisti Anne With na E ♥. E recomento MUITO, MUITO, MUITO para você que ainda não assistiu).

Só queria dizer isso *-*

Próximos capítulos semana que vem, bye!

Malfeito, feito. Nox.



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