Hogwarts e o Mistério do Cristal Maldito — Vol 1 escrita por Linesahh


Capítulo 13
Capítulo 12 — Tentativa Esperançosa


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus bruxões e minhas bruxona lindos! Como prometido, aqui está mais um capítulo dessa obra prima que merece ganhar a Taça das Casas de tão boa! Prometo que está mais saboroso e fresco que qualquer suco de abóbora que tenham provado!

Boa Leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/787916/chapter/13

Emily Parker

 

Os baixos falatórios continuavam preenchendo languidamente a sala de História da Magia.

Alguns olhares atentos por vezes desviavam na direção da poltrona pertencente ao professor de História da Magia, que, na verdade, parecia mais morto do que vivo.

Estava claro que, ou ele não levava os afazeres muito a sério, ou apenas estava passando por um mau dia. A questão era que, após entrarem na sala e tomarem seus lugares, ele apenas apresentou-se como prof. Binns¹ e relaxou sobre a poltrona, não se movendo mais desde então.

Aquele professor lembrou a Emily vagamente o diretor de sua antiga escola... Sempre cansado e, consequentemente, esparramado.

“Parece que não será um ano muito produtivo dessa disciplina..."

Emily perdeu-se em distraídos devaneios enquanto ouvia os colegas ainda comentarem sobre a curiosa “aula” que haviam tido com o estimado prof. Dumbledore há apenas algumas horas.

Pelo que dera para constatar, ninguém havia conseguido entender cem por cento a possível informação que ele quisera passar a eles...

Era claro que, imediatamente, não demorou muito para Emily dar-se conta de que fora um tipo de “aula-educativa-comportamental” — afinal, a sala estava em completo estado de guerra apenas alguns minutos antes do prof. Dumbledore os encaminhar até a estufa.

Emily remexia em seu livro de modo melancólico. O fato de a sala ser escura e fria (e contendo um professor evidentemente preguiçoso) não melhorava em nada seu ânimo.

Anne já havia desistido de puxar algum assunto consigo há algum tempo. Percebeu que ela ficara um pouco contrariada e irritada, mas Emily não sentiu-se culpada. Realmente não estava em clima de jogar conversa fora...

Em momento algum daquela semana para dizer a verdade.

Suspirou. Afastou um pouco a cortina mofada ao seu lado, expondo um pouco do terreno do lado de fora. Visualizou longamente o céu, que apresentava um azul ainda mais brilhante que o normal, e a brisa que certamente preenchia o ambiente...

Quando pousou os olhos sobre algumas copas de árvores ao longe, que chacoalhavam harmoniosamente com o vento, as palavras do prof. Dumbledore cobriram de forma repentina cada canto de sua mente:

“Como é bela a natureza... É como se, com um único olhar apreciador, nossos dramas íntimos fossem reduzidos, abrindo de certa forma, novas rotas para que possamos resolvê-los por completo...”

Essas foram as primeiras palavras com qual ele se dirigira a eles enquanto mirava com verdadeiro apreço cada canto do lado de fora da grande janela da sala de Transfiguração...

Olhando pensativamente para a paisagem que era exposta naquela região do castelo, Emily começou a considerar pouco a pouco que talvez ele possuísse razão... Era mesmo verdade que sentia uma nova fonte de “inspiração” crescer em seu ser enquanto continuava a mirar aquela imagem.

“Mas... O que devo fazer para resolver esse problema?...”, desviou a atenção da janela. Baixou a cabeça, ficando preocupada e receosa. “Não sei bem...”.

— Emily. — Anne lhe cutucou, chamando sua atenção. — Vem, já estamos dispensados... — ela lhe dirigiu um olhar um tanto curioso e impaciente, mas não fez perguntas.

Assentiu um pouco sem jeito, levantando-se e saindo junto com os outros (o prof. Binns aparentemente continuava a desfrutar de um agradável sono, pois ainda não movera um músculo sequer).

Enquanto caminhava junto de Anne, não deixou de ficar matutando sobre todos os problemas e dilemas que lhe atormentavam impiedosamente e constantemente.

Permaneceu por tanto tempo refletindo sobre o valioso ensinamento referente à natureza que recebera do prof. Dumbledore que, finalmente, depois de dias se torturando, conseguiu, enfim, decidir-se sobre uma coisa importante.

 

[...]

 

Com as mãos sobre o batente do pequeno muro de pedra que compunha a estética de uma das escadas fora do castelo, observou fixamente uma grande coruja que havia sido despachada da torre do Corujal. Sentiu a brisa de fim de tarde tocar-lhe desde as mãos desnudas até o rosto, o calor do Sol esquentando-lhe harmoniosamente. Aquilo certamente lhe ajudava a ficar mais calma.

Ainda com a atenção presa na coruja, que se afastava mais e mais, Emily conseguiu visualizar apenas uma pontinha da carta que estava amarrada em sua perninha, carta essa destinada a seu pai — que relutara deveras em juntar definitiva coragem para escrevê-la...

Havia passado aquela semana inteira remoendo e perguntando-se se não mandava alguma carta a ele. Não estava mais aguentando pensar naquela situação tensa que havia ficado entre os dois em seu último encontro antes de partir...

Ele era, de certa forma, a única pessoa que tinha, e amava-o fervorosamente... Não suportava a ideia de ele estar vendo-lhe, no presente momento, simplesmente como uma aberração; e não como a única filha que tinha e por quem possuía carinho sincero...

Tirando as mãos do muro, levou-as ao peito, apertando a região com intensidade, puxando o ar. Esperava que com aquela carta ele entendesse os motivos por ela ter escolhido entrar naquela vida maluca de magia e, quem sabe, perdoá-la por tudo...

— Está mais tranquila agora, querida?

Virou para trás ao ouvir a voz da simpática curandeira que havia lhe ajudado. No momento em que havia subido até o local denominado como “Corujal” (após receber instruções de alguns alunos sobre como chegar nele), tomou um tremendo susto ao dar de cara com todas aquelas corujas ameaçadoras e seus piados sinistros...

Após sair correndo escada abaixo com o coração aos pulos, Emily precisou pedir a alguém que trabalhava no castelo que enviasse sua carta por meio de alguma Coruja-Torre, que era pertencente à Hogwarts. Não teria coragem de voltar para aquele lugar novamente.

Felizmente havia encontrado aquela mulher simpática, que se apresentara como uma das “curandeiras” do castelo. Fora ela quem se ofereceu para soltar a coruja lá de cima, uma vez que havia percebido a clara relutância da pequena garota.

— Não se preocupe. — a curandeira voltou a falar em tom que dizia que realmente não precisava se aperrear. — A carta será entregue direitinho, está bem?

Assentiu um pouco timidamente.

— Certo... Obrigada. — agradeceu.

Ela sorriu, dando um cordial aceno de cabeça e, arrumando o avental pregado em sua cintura, cobrindo parte da saia, entrou novamente no castelo e seguiu seu caminho.

Emily continuou ali por mais alguns minutos, voltando a pensar em tudo o que aconteceu em sua vida em apenas uma semana.

Questionou-se como conseguiria força e coragem para encarar toda aquela mudança e se acostumar a ela. Talvez não fosse tão impossível assim...

Virando-se com um singelo sentimento de missão cumprida, mas ainda assim um pouco insegura, passou pelas portas que lhe levaria para dentro do castelo.

Emily começou a encaminhar-se para a Sala Comunal, torcendo para que quando regressasse de volta para casa no Natal, seu pai lhe recebesse de braços abertos e que nunca mais houvessem intrigas entre os dois. Nunca mais...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

♥ Curiosidades ♥

Prof. Binns¹ — Cuthbert Binns é professor de História da Magia em Hogwarts. Lecionou até idade avançada antes de acordar morto na sala dos professores depois de um cochilo e sair andando para cumprir seus afazeres, deixando seu corpo para trás. Não se sabe ao certo o ano de sua morte, mas ele já era um fantasma quando deu aula para os Marotos na década de 70. Como não sabemos as datas certas, resolvemos deixá-lo como um professor vivo na época atual (1951).

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

E aí, meus bruxões e buxonas? Gostaram do capítulo?

Este foi mais curtinho, mas bem compensador para aliviar os “dramas da Emily”.

Espero que essa garota comece a ter um pouco mais de confiança, ou eu mesma terei que dar para ela uma Poção Animadora para ver se melhora.

O que acharam do prof. Binns como um ser humano VIVO? Eu achei bem interessante fazer isso, considerando que não há data certa da morte dele e tals. Sabiam que dizem que a Rowling se inspirou num professor da universidade dela para fazer esse personagem? Pelo pouco que conhecemos dele já dá para imaginar que tipo de professor ela tinha kkkk

Espero que tenham gostado! Deixem seu um feedback do que estão achando, isso é muito importante para as autoras!

Próximo capítulo daqui á pouco!

Malfeito, feito. Nox.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hogwarts e o Mistério do Cristal Maldito — Vol 1" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.