Habitar escrita por Way Borges


Capítulo 3
Capítulo III - Antigas magoas


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos, como vocês estão nessa noite de sábado? Sentiram saudades de mim?
Eu demoro, mas sempre volto, então não se preocupem, irei terminar a historia do Loki sendo o melhor pai do mundo.
Já chega de falar, boa leitura para vocês



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O deus do trovão foi praticamente empurrado para o banheiro, ele queria continuar conversando, mas seu irmão ordenou que fosse tomar um banho. Enquanto a água caía fria sobre a sua cabeça, Thor ficava repassando as palavras tristes do mais novo ao falar sobre a esposa e a expressão de dor que se formou em seu rosto. Loki claramente amava a mulher ou não teria casado com ela e construído uma família. O trovejante saiu do banho com uma toalha enrolada na cintura e muito envergonhado por não ter nada para vestir, mas Loki novamente usou a sua magia para conjurar um par de roupas que não estejam fedendo a suor.

Saíram de casa novamente, Thor queria dizer que estava com fome, mas não sabia como fazer isso ou se tinha o direito de pedir algo para o irmão; entraram na caminhonete e seguiram viagem, o destino era desconhecido para o mais velho. O silêncio incomodava o deus do trovão, entretanto, ele não sabia como iniciar uma conversa com Loki.

Em todas as inúmeras vezes que sonhou ou imaginou o seu reencontro com seu irmão mais novo, ele era o mesmo de seiscentos anos atrás. Nunca passou por sua cabeça que aquele garoto que conheceu poderia ter crescido e mudado.

Agora estava na companhia de um homem que não tinha tempo para conversar com o próprio irmão, mesmo tendo passado seiscentos anos longe. Entretanto, sua consciência o fez lembrar de que esse abismo que havia entre os dois vem de muito tempo atrás. Nunca ficou tanto tempo na companhia do mais novo, estava sempre tão ocupado com seus amigos, treinos, batalhas, festas e mulheres. Quando Loki era uma criança, ele sempre pedia por sua atenção, por um olhar mais demorado, mas Thor nunca tinha tempo. Frigga às vezes o forçava a levá-lo junto quando saía com os amigos, isso o deixava irritado e envergonhado. Com o tempo, Loki deixou de buscar sua companhia, se tornaram dois irmãos completamente distantes um do outro.

— Para onde nós vamos? – Thor resolveu perguntar, nada poderia ser pior que o silêncio que se estabeleceu no carro.

— Tenho um restaurante na cidade, vamos almoçar lá e eu estou com problemas com um dos fornecedores, preciso conseguir outro e resolver muitas outras coisas – Loki respondeu fazendo uma lista mental de tudo que tem que fazer durante a tarde.

— Você trabalha muito – comentou sem saber exatamente o que falar.

— Pessoas dependem de mim, Thor, eu não tenho muita escolha – o mais novo avisou.

— Em Asgard também existem pessoas que dependem de você, centenas delas – informou na tentativa de convencer o mais novo a voltar para casa, mas apenas fez o outro sorrir.

— Ninguém precisa de mim em Asgard – retrucou.

— Claro que precisam Loki – afirmou convicto, mas isso não afetou o deus mago.

— Continue se iludindo – debochou revirando os olhos.

O silêncio voltou a reinar entre os irmãos, Thor não conseguia pensar em algo para convencer Loki à volta para a Cidade Dourada, na cabeça do deus do trovão não fazia sentido o deus mago não querer voltar para Asgard. Ninguém iria impedi-lo de levar os meninos, sua mãe iria adorar conhecê-los, principalmente o mais novo que é a cara de Loki. Não poderia dizer como o pai reagiria, o relacionamento dele com Loki sempre foi complicado e um tanto estranho a seu ver, mas não acreditava que o velho rei proibiria a entrada em Asgard de crianças tão fofas.

— Por que você fugiu? – Thor finalmente conseguiu coragem para perguntar o que vinha lhe atormentando há seiscentos anos. – Não imagina como fiquei preocupado, o quanto eu te procurei. Viajei por todos os reinos a procura de uma notícia sua, cheguei a pensar que tinha morrido. A mamãe sofreu tanto!

Loki apertou o volante com força e respirou fundo, esse é um assunto que dói absurdamente mesmo passado tantos séculos, seu coração começou a bater descompensado ao ouvir falar de sua mãe. Sentia raiva e mágoa de Frigga por ela nunca impedir que Odin o castigasse até mesmo quando a culpa não era dele, mas também a amava... Ou não. Pensando bem, não sabia se o que sente pela rainha de Asgard é realmente amor ou simples carência, ela era a única que lhe dava carinho e um pouco de atenção, essa dúvida o deixa doente.

Porém, não tinha dúvidas do que sentia por Odin, o odiava com todas as suas forças. Demorou muito para entender o porquê do comportamento repulsivo do Pai de Todos, mas uma ida a Jotunheim descobriu sua verdadeira natureza. Na ocasião apenas sentiu ódio de tudo e de todos, principalmente de si mesmo por pertencer àquela raça de monstro que foi ensinado desde pequeno a odiar.

Levou tempo, mas conseguiu entender que o problema não era nele. Afinal, não tinha culpa de ser um Gigante de Gelo, a culpa era de Odin que o roubou de seu verdadeiro lar, que mentiu durante toda a sua vida que era seu pai; porém, o privou de seu amor sem nenhuma explicação, e no fim Loki era apenas uma criança sendo castigada sem saber o motivo.

Não conseguia se livrar do ódio que sentia por Odin. Com toda a indiferença, mentiras, grosserias e abuso psicológico, o velho rei conseguiu destruir todo o amor que sentia e o queria bem longe de Narfi e Peter.

— Eu estava cansado – respondeu ao mais velho com a melhor palavra que conseguiu depois de um tempo refletindo no que iria dizer para descrever os seus motivos para ir embora. Não sabia se o deus do trovão conhecia a verdade sobre a sua origem, mas se tal fato não for de seu conhecimento, não seria ele que iria contar (não agora).

— Cansado? De que? – Thor indagou com o cenho franzido tentando entender a resposta enigmática do irmão.

— De ninguém me ver! Eu cansei de ser invisível – falou com pesar, os olhos verdes estavam tristes.

— Isso não acontecia, Loki, todos sempre te viam. Você é um príncipe, não tem como eles não te verem – o trovejante afirmou fazendo o mais novo sorrir sem humor.

— Ah, é? Quando é o meu aniversário, Thor? – indagou olhando rapidamente para o irmão e voltando a prestar atenção na estrada.

— O que tem haver com isso? – o mais velho questionou de cenho franzido.

— Só me responde – pediu sem mais explicações.

— Bem, eu não sei, nunca fui muito bom com datas e você nunca gostou de aniversários. Não consigo lembrar a última vez que comemoramos o dia do seu nascimento – o mais velho respondeu sem graça por não saber a data de aniversário o irmão.

— Mas a data da sua primeira vitória em uma batalha você sabe, não é? – Loki indagou novamente.

— Sim, essa eu sei porque é feito uma festa todos os anos para comemorar a minha primeira vitória para Asgard – Thor explicou sem entender onde o irmão queria chegar com isso, mesmo assim demonstrava todo o seu orgulho pela vitória conquistada.

— O meu aniversário é na mesma data da comemoração da sua primeira vitória, Thor – Loki informou deixando o deus do trovão chocado. – Frigga tentou fazer uma festa para comemorar as duas ocasiões, mas nunca lembravam que também era meu aniversário, então eu pedi a ela que parasse de tentar unir as duas comemorações. Com o tempo isso foi caindo no esquecimento, acho que nem ela lembra a data do meu aniversário – respirou fundo, remexer nessas lembranças não estava sendo fácil. – Eu não era visto naquele castelo, simplesmente me cansei disso.

— Isso... Isso... Não era bem assim, Loki! A mamãe e eu... Nos importávamos. Ainda nos importamos e sofremos com a sua ausência. Você é meu irmão!

— Para você eu era apenas um bode expiatório. Quantas vezes levei a culpa e fui punido por suas idiotices? Você só tinha um único objetivo, e era ser rei! O resto era irrelevante.

Thor não sabia o que dizer. Na verdade, ele gostaria de se bater por não ter percebido o tamanho da solidão de Loki. Seu estômago ficou embrulhado, sentiu como se fosse ficar doente, seu coração se contraiu dolorido, seus olhos arderam, um bolo se formou na sua garganta, as palavras cheias de mágoa de Loki se repetiam em sua cabeça em looping.

Lembranças da época de sua mocidade novamente vieram a sua mente, as brigas sem sentido, as palavras cruéis muitas vezes ditas conscientemente na intenção de machucar, as vezes que colocou a culpa em Loki para não ser mal visto por seu pai. Ele errara muito com seu irmãozinho, foi egoísta, cruel, insensível e vaidoso, mas não era mais assim. O tempo, a saudade, a tristeza, a derrota, a vergonha, melhoraram seu caráter, porém, isso não amenizou a culpa que estava sentindo.

Uma lágrima solitária rolou pelo seu rosto, mas enxugou rápido e olhou pela janela para disfarçar a dor. Não ousou falar durante o resto da viagem e nem sabia se conseguiria pronunciar uma palavra, sua voz não sairia e mesmo que saísse, não saberia o que dizer para amenizar o seu erro.

Depois de uma hora e meia de viagem, onde (para desespero de Thor) boa parte dela foi feita no mais absoluto silêncio, os jovens deuses param na frente de um restaurante com a fachada pintada com diferentes tons de verde e um letreiro enorme com o nome Kandor. Os dois irmãos descem do carro em seguida caminham em direção ao estabelecimento comercial, Loki abriu a porta fazendo que sua presença seja notada devido ao toque de um pequeno sino.

— Olha só, quem é vivo sempre aparece – uma mulher baixinha, de olhos claros, pele macia como pêssego, os longos cabelos dourados caídos sobre os ombros se destacavam no vestido verde que usava, falou com seu irmão ostentando um sorriso divertido no rosto.

— Quem ouve você falando desse jeito até acredita que não estou presente todos os dias, Caroline – Loki respondeu bem humorado.

— Hoje nós temos visitas – falou olhando para o trovejante. – Olá, sou Caroline Forbes, sou a faz tudo aqui no Kandor – cumprimentou estendendo a mão.

— Muito prazer senhora, eu sou o Thor, o... – o deus do trovão retribuiu o cumprimento.

— Ele é um velho amigo que veio me visitar de repente, leve-o até uma mesa e sirva o que ele pedir. Vou para o escritório.

Loki saiu sem dar tempo para questionamentos. O deus mais jovem não estava confortável com o irmão em sua casa, isso poderia significar ter a toxicidade de Odin e subserviência de Frigga em sua vida novamente e não sabia se estava pronto para isso. Não estaria preocupado se não tivesse Narfi e Peter, refletiu enquanto caminhava para o pequeno cômodo que usava como escritório.

O deus do trovão acompanhou com os olhos seu irmão se afastar e novamente sentiu seu coração se contrair dolorosamente. Mais uma vez Loki se recusou a apresentá-lo como irmão, isso fez seu estômago embrulhar e o gosto de bile subir até a sua boca, a fome o abandonou por completo. Thor sorriu triste para a atendente, avisou que iria dar uma volta para conhecer a cidade e que depois voltaria, ele precisava espairecer as últimas horas foram complicadas, cheias de emoções fortes. Pediu que não importunasse Loki avisando sobre a sua saída.

Saiu sem rumo pela pequena cidade, sua cabeça e seu coração estavam a mil por hora. Desejou tanto reencontrar Loki, idealizou esse momento por centenas de anos, mas não se sente feliz agora que aconteceu. Claro que é maravilhoso rever o irmão, saber que ele está vivo e bem, mas mais do que nunca os seus erros pesavam em seus ombros. Podia ter sido um irmão melhor, Loki era uma criança doce, educado, gentil e meiga, mas ele foi sempre tão rude; entretanto, Thor tem que confessar que se sentia intimidado com a inteligência de Loki e ele não queria perder a coroa para o seu irmão mais novo, seria tão vergonhoso se isso acontecesse.

Thor voltou para o restaurante antes que anoitecesse, comeu um pouco e esperou seu irmão por cerca de uma hora. Ambos fizeram a viagem de volta à fazenda sem pronunciar uma única palavra, isso estava sendo uma tortura para o trovejante.

Quando chegaram foram recepcionados pelas crianças que esperavam na porta, o rosto de Loki se iluminou quando viu seus filhos e um grande sorriso surgiu em seus lábios quando finalmente pôde abraçá-los. O deus do trovão ficou surpreso e encantado quando os meninos soltaram o pai e correram para abraçá-lo, sentiu seu coração pulsar mais forte com os seus sobrinhos nos braços. O cheiro de produtos infantis de Narfi era o melhor aroma que já sentiu na vida, se derreteu todo com os olhos e sorriso meigo de Peter.

Thor colocou o mais novo nos ombros e suspendeu com um braço o mais velho como se não pesasse nada, Loki assistia a cena e sorria de como alguém do tamanho do Thor podia ser dobrado por duas crianças. Foram para dentro de casa sorrindo e brincando, o deus mago se despediu de Lana e de sua filha MJ agradecendo por cuidar de seus meninos.

Loki fez o jantar ouvindo o barulho de seus filhos se divertindo com seu irmão e não saberia distinguir quem estava sendo mais infantil, comeram sobre um clima leve e descontraído, depois assistiram TV, jogaram vídeo game (Thor perdeu todas as partidas), em seguida o deus mago os colocou na cama, pois no dia seguinte teriam aula.

Quando as crianças dormiram, Loki voltou para a sala e se jogou no sofá ao lado do irmão em seguida fechou os olhos, estava mais cansado do que ontem; ser pai, empresário e cuidar de uma fazenda, não era nada fácil e ainda tinha a carga emocional que o reencontro com o deus do trovão trouxe. Thor olhava o perfil do irmão pensando em como iniciar uma conversa, se sentia tão covarde.

— Me desculpe – o trovejante quebrou o silêncio.

— Pelo o quê, exatamente? – Loki questionou com o cenho franzido e ainda de olhos fechados.

— Por ter sido um irmão horrível – Thor afirmou com uma humildade dolorosa, isso fez com que o mais novo o encarasse. – Eu fui egoísta, orgulhoso e invejoso. Você era só uma criança que queria atenção, mas eu fui rude e muitas vezes, violento. Falei coisas que não deveria, magoei seu coração. Perdoe-me.

Loki desviou dos olhos azuis do irmão e encarou o vazio, sua mente sendo bombardeada por lembranças de sua infância, dos momentos que pediu por seu irmão e não o teve, como tudo era mais importante do que ele, das vezes que foi castigado por causa do mais velho. Seus orbes esverdeados se encheram de lágrimas, nunca esperou que Thor pedisse perdão por ter sido um irmão ausente e agora não sabia como agir.

— Eu não te odeio se é isso que está pensando – afirmou dando certo alívio para o trovejante. – Mas estou magoado e não estou pronto para ter você na minha vida.

Thor sentiu o coração quebrar em vários pedacinhos, não queria se distanciar de Loki agora que o encontrou. Gostaria de se reaproximar dele e saber mais dos seus sobrinhos, estava completamente encantado pelos garotos.

— Se é isso que você quer, eu vou fazer a sua vontade. Irei voltar para Asgard agora mesmo – avisou triste.

— Mas os meus filhos podem gostar de ter mais um tio para fazer de gato e sapato – Loki comentou de olhos fechados lembrando-se de como seus meninos faziam o que queriam com os Vingadores, Tony era o mais bobo entre eles e se não se mantivesse atento, ele compararia a lua caso Narfi e Peter pedissem. As palavras do deus mago fizeram nascer um pequeno sorriso nos lábios do mais velho.

Loki não se sentia preparado para ter seu irmão de volta, mas também não queria se distanciar dele, com a convivência talvez conseguisse esquecer as mágoas. Além do mais, sentia falta de algo, um vazio estranho e perturbador, mas na presença do deus do trovão, esse sentimento incômodo não o assolava.

O deus mais novo passou anos à procura de um irmão mais velho, alguém que substituísse Thor nesse papel, ninguém poderia culpá-lo por buscar uma figura fraterna, era praticamente uma criança quando se jogou no mundo. Teve a sorte de encontrar algumas pessoas que tinham conseguido ocupar esse lugar, Steve Rogers era um bom exemplo de irmão mais velho mesmo Loki tendo uns séculos há mais; porém, o Capitão América, como era chamado, o tratava como seu irmão caçula e isso ficou ainda mais acentuado depois da perda lastimável do amigo de ambos, James Buchanan “Bucky” Barnes.

Porém, nada se compara a ter Thor ao seu lado!

Não estava desmerecendo as pessoas que encontrou no meio do caminho que lhe foram mais do que irmãos, de jeito nenhum, mas ter o trovejante como seu irmão mais velho era a realização de um sonho infantil, além do mais, o deus do trovão pareceu sincero em seu pedido de desculpa e merece uma segunda chance. Odin que foi o seu maior carrasco, Thor era apenas uma criança idiota iludido com a coroa.

O deus do trovão olhava para Loki, estava feliz por poder ficar por perto, ganhou a chance de ser um irmão melhor e ser um tio para seus sobrinhos, os dois, se seu irmãozinho considerava Peter como seu filho, ele também consideraria como seu sobrinho e não era sacrifício nenhum. O tempo que passou com o menino conseguiu perceber o quanto ele era encantador, sorridente e puro, não tinha como não gostar da inocência do garoto. Narfi também era um encanto de criança e tão peralta quanto Loki foi em sua meninice.

— Você parece cansado – Thor comentou notando como seu irmão estava abatido e com grandes olheiras debaixo de seus olhos.

— Eu estou cansado. Não é fácil cuidar de uma fazenda, de um restaurante e ainda ser pai de duas crianças – avisou, mas não era apenas isso.

Além de todos os pepinos que teve que descascar no restaurante, da visita surpresa do irmão mais velho, do risco eminente de ter asgardianos invadindo as suas terras, o jovem deus não contava que a interferência gerada pela Bifrost e o campo magnético naturalmente existente ao redor do Thor, literalmente, fritasse os sensores de movimento que tem espalhados pela fazenda. Afinal, nunca imaginou que pudesse acontecer algo assim com um aparelho construído por Anthony Stark. Teria que avisar a S.H.I.E.L.D. sobre esses pequenos defeitos, Loki divagou consigo mesmo e suspirou.

Como não poderia ficar sem os sensores, se viu obrigado a criar magicamente três clones que pudesse trocá-los e fazer armadilhas mágicas contra invasores não humanos/terráqueos. Quando chegou em casa ainda teve que cuidar de suas crianças, tinha que admitir que com o Thor foi mais fácil, mas esse conjunto de coisas não deixava de ser bem desgastante.

— Você tem uma vida agitada – Thor opinou.

— Mais do que a de um príncipe de Asgard – Loki comentou com acidez.

— Acho que você deveria ir descansar! As crianças já estão dormindo mesmo, agora é a nossa vez – o mais velho aconselhou fazendo o mais novo rir anasalado.

— Você está pensando?! Que novidade – brincou com o deus trovejante.

— Chato – Thor retrucou acertando uma almofada na cara do irmão que apenas sorriu do comportamento infantil do futuro rei de Asgard.

Não tinha como negar que precisava dormir no mínimo umas seis horas, por isso Loki se levantou desejando uma boa noite ao irmão, ele caminhou lentamente até seu quarto e se jogou na cama tirando apenas os sapatos. Adormeceu surpreendentemente rápido totalmente alheio ao plano mirabolante que estava surgindo na mente do deus trovejante.


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Notas finais do capítulo

Tam... Tam... Taaaaam... O que será que está passando no cérebro de amendoim do Thor? Estão curioso?
Bom, isso vai ter que esperar para o próximo capitulo, não prometo que serei rápida, apenas digo que voltarei com mais.
Contudo, antes de ir, eu quero agradecer a CecySazs com a revisão do capitulo. Bjus e au au (piada interna, sorry)
Lembrem-se de comentar e favoritar a historia.
Bjinhos xuxus



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