A Ilha - a Descoberta do Amor escrita por velgoncalves


Capítulo 22
Capítulo 21- Arrependimento


Notas iniciais do capítulo

Olá....

Vocês não esperavam mais um capítulo logo no começo dessa semana né?

Surpresaaaaa!!!!



Boa leitura!



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Capitulo 21 - Arrependimento

PDV Edward

Suas roupas estavam jogadas no chão, a calcinha era apenas um pedaço de pano rasgado tal qual a minha camisa. O vestido jogado no canto e o cabelo completamente disforme. Seus lábios estavam vermelhos e inchados bem como sua maquiagem completamente borrada.

Mesmo assim, completamente despida e desarrumada ela era linda. Peguei minha camisa que estava jogada no chão e vesti mesmo sem os botões para fechá-la, eu a havia marcado. Tinha deixado no seu pescoço a marca que a faria lembrar que me pertencia. Ela catava as roupas vestindo-se ainda com o corpo fraco tamanho havia sido a intensidade do seu prazer.

Rick Martin e Cristina Aguilera.

\t  http://www.youtube.com/watch?v=kbvNX2Irl_w

\t  Ninguém quer ficar sozinho

 Aí esta você, Em um quarto escuro, E você esta totalmente sozinha, Olhando pela janela, Seu coração está frio, E perdeu a vontade de amar, Como flecha quebrada. Aqui eu fico nas sombras, Vem pra mim, Vem pra mim, você não vê que: Ninguém quer ficar sozinho, Ninguém quer chorar, Meu corpo espera para te abraçar, Tão forte que dói por dentro. O tempo é precioso e  Vai passando, Eu tenho te esperado toda minha vida Ninguém quer ficar sozinho, Então por que, Por que você não me deixa te amar? Você pode ouvir minha voz? Pode ouvir minha musica? é uma serenata, Pra que você me encontre, E de repente, você Voa pelas escadas, Pros meus braços baby Antes que eu fique doido, Corra até mim Corra até mim Por que eu estou morrendo Eu quero sentir que você precisa de mim, Como o ar que você respira, Eu preciso de você em minha vida Não vá embora Não vá embora Não vá embora Não vá embora, não, não, não Niguém quer ficar sozinho Niguém quer chorar,

– Você não tinha o direito de me atacar assim... – vi seus olhos lacrimejarem. – Como eu vou sair daqui agora? Você é louco, alienado, usou drogas ou o quê?– ela tentava se recompor dentro do vestido de alças rasgadas.

– Eu não te ataquei, se me lembro bem você fez parte de tudo. Principalmente quando rasgou minha camisa. – seu rosto ficou rubro enquanto a ira a dominava. Ainda tentando se alinhar ela calçou os sapatos

– Deixe-me ajudá-la – ofereci. Pelo estado das suas roupas ela não teria como sair dali sem chamar a atenção dos que estivessem no saguão da entrada. Eu poderia ter sentido um pouco de culpa por ter agido de maneira tão despropositada e inconseqüente, eu sabia que se quisesse seu amor de volta não o ganharia tomando-a a força. Mas saber que estava sendo julgado sem ser culpado me deixava em completo desatino, eu perdia completamente a noção do certo e do errado e francamente eu sabia. O que eu havia acabado de fazer, era muito errado.

– Afaste-se de mim... Não me toque nunca mais... – ela gritou com o dedo em riste apontando-o para mim.  – Não me toque.

– Quando você fala assim, fica parecendo que tenho algum tipo de doença contagiosa.

– Não se trata de doença, e sim de você. Você só me faz mal e eu só não quero que você se aproxime... – algumas lágrimas brotaram nos seus olhos. – Agora que já conseguiu o que queria, pode me deixar... – algo dentro de mim me transformou num animal raivoso novamente. O que ela achava que tinha acabado de acontecer?

– Do que você está falando?

– Você queria sexo? Já teve... Agora pode cantar a vitória para seus irmãos... – ela estava convulsa, agitada e arrependimento fulgurava em seus olhos. – Pode dizer que conseguiu o que queria. – Ela me acusou em tom de revolta.

PDV Bella

Depois das minhas ultimas palavras, a expressão antes aparentemente tranquila que ele apresentava se modificou.

– Você ainda acha que tudo o que eu queria era sexo? – eu fiz um sinal positivo com a cabeça e a indignação em sua expressão era clara e notória. Ele aproximou-se novamente vendo que dessa vez eu me afastei tão abruptamente que quase caí no chão. – Você não sabe nada de mim. Olhe para mim Bella – ele segurou meu rosto entre as palmas das mãos, sem me machucar, forçando-me a olhá-lo – Posso ter a mulher que eu quiser Isabella Swan, e ‘Sexo’... – ele frisou bem, cuspindo as ultimas palavras – Eu posso ter com qualquer uma. Assim como te possuí aqui, eu poderia ter feito isso com qualquer outra.

– Por quem me toma? Uma das mulheres que você exibe por ai? Que sou uma daquelas que se vendem pelo seu bolso e seu rostinho bonito? Não sei como pude acreditar que você era diferente dos outros. – contive o choro que queria brotar insistentemente.

– Eu pensei que eu era um alvo fácil por ser altamente bonito e atraente. Não foi o que você me disse? Você realmente precisa aprender muito sobre a vida e sobre os homens.

– Não preciso não, você foi capaz de me ensinar o quão longe um homem seria capaz de ir por uma transa.

– Isabella – ele disse o meu nome inteiro por entre dentes com seus olhos penetrando a minha pele, àquilo era estranho e me doía o coração – Você não acha que está se supervalorizando?  - Ele sorriu, mas não havia brilho em seus olhos. – Uma ilha? Se usasse um pouco da inteligência, saberia que eu nunca machucaria o meu rosto por uma transa que aconteceria cedo ou tarde, em qualquer lugar, como fizemos aqui no elevador. – ele foi jocoso. Aquelas palavras me feriram e humilharam de tal maneira que eu jamais imaginei que pudesse acontecer. Eu o amava, mas diante dos últimos fatos, não sabia mais se poderia fazê-lo.

– Palavras Edward. Veja você já teve o que queria então se dê por satisfeito e deixe, por favor, o elevador seguir. Eu quero sair logo daqui. – minha voz estava trêmula, meu coração despedaçado. Como eu pude de fato acreditar que ele poderia me fazer feliz? Como eu pude amá-lo?  – Só isso. – conclui.

– Perfeitamente senhorita Swan – ele disse apertando novamente o botão de emergência. Foi quando sentimos o elevador dar um solavanco.

– Para cima ou para baixo? – ele ainda estava sendo irônico.

– Para o térreo... – respondi seca, sem olhá-lo enquanto ainda tentava colocar minhas roupas e minha cabeça em ordem.

– Pois não – ele arrumou a camisa sem botões dentro das calças e fechou o paletó colocando as mãos nos bolsos. A porta se abriu no térreo e Jake me esperava na recepção. A expressão de Edward se mortificou. O que significava aquele olhar vazio?

Ao se deparar comigo em completo desalinho, Jake me olhou demoradamente com a expressão severa enquanto Edward mudou a sua para uma zombeteira. Meu vestido estava amassado, com as alças rasgadas, no meu rosto o batom havia sido espalhado pelos lábios de Edward que também estava em totalmente bagunçado com um sorriso torto estampado no rosto.

Apesar de Jake nos olhar de um jeito indecifrável, ele caminhou na minha direção silenciosamente retirando o paletó para me cobrir quando viu o estado da minha roupa e notou Edward se afastando de mim.  Seu olhar não era de repreensão, ele obviamente imaginava o que acabara de acontecer. Saí do elevador completamente atordoada, percebi que Jacob me envolvia a cintura com o braço, cobrindo-me, sem fazer nenhuma pergunta, foi quando Edward se virou para mim e disse

– Muito obrigado por me lembrar o quanto você é boa no que faz. Foi momentâneo... Mas, valeu à pena. Espero poder repetir tudo isso em breve...

Os braços de Jake se retesaram em torno de mim, eu pude ver pela testa enrugada e o olhar raivoso que o próximo passo seria desastroso, tentei segurá-lo pela camisa, mas foi em vão. Com uma força sobre humana Jacob vôou para cima de Edward que se defendeu do soco que ele deferiu. Na minha mão, apenas um pedaço da roupa de Jake.

– Parem – gritei desesperada – Alguém ajude, por favor. – supliquei. Eles brigavam ferozmente, como dois animais pela disputa da fêmea. Eu sabia que ali havia muita mágoa e ressentimento. Não era só pelo fato de Edward ter provocado. Jake estava se vingando, no entanto, naquela luta. Os dois sairiam feridos. E eu, bem mais que eles. Dúvidas mil passavam pela minha mente enquanto os dois trogloditas se digladiavam numa luta sem sentido.

Edward levou um soco no abdômen e devolveu com a mesma força no rosto de Jake fazendo com que o sangue escorresse pela sua boca. Rapidamente Jacob se recompôs e lançou o punho contra o nariz de Edward que percebeu gotas de sangue caírem na sua camisa branca. Ouvi passos correndo na direção deles, tentei segurar Jake pela camisa, mas a sua fúria era tamanha que ele nem ao menos percebeu quando me empurrou para longe.

Dois homens enormes, que deveriam ser os seguranças das indústrias Cullen se aproximaram e os seguraram, afastando-os. Eles relutavam e se chutavam quando entrei na frente de Jake para trazê-lo de volta a realidade. Ele me olhou de um jeito estranho, como se a raiva que sentia o impedisse de me reconhecer.

– Jake, pare, por favor... Olhe para mim, por favor, vamos embora.

– Nunca mais se encoste a ela – ele disse apontando na direção de Edward – ou eu não o deixarei de pé.

– Pergunte a ela se é da sua vontade que eu não a toque, não foi indecisão que eu vi lá dentro. Foi paixão... Desejo, excitação. – Edward sorriu sinicamente. – E tantas quantas vezes eu desejar, e ela a mim, eu o farei.

– Você não tem o direito... – Jacob partiu novamente para cima de Edward que revidou, mas foi parado pelo segurança que o pegou pelos braços. – Deixe-a em paz Edward Cullen, ou terá que se ver comigo sem a presença dos seus seguranças.

– Estarei esperando – nesse momento vimos Carlisle, Jasper e Emmett descerem do elevador atrás de nós e se aproximarem, eu estava tão desesperada, tão aflita que não lembrei que as alças do meu vestido estavam rasgadas e o quanto minha aparência deveria estar desastrosa.

– Ei... O que houve aqui – Carlisle disse pacientemente vendo Edward ainda se contorcendo para que o segurança soltasse o seu braço.

– Não sabemos senhor – um dos rapazes respondeu – Só viemos correndo quando a recepcionista informou que o Sr. Edward estava brigando com um visitante.

– Edward – Carlisle se voltou para ele – o que houve? – ele virou-se para mim logo em seguida

– Bella... – ele pareceu entender. – o que aconteceu com você?

– Carlisle, acho melhor irmos embora. Jake, vamos – coloquei as mãos em seu peito – Por favor, já chega de brigas. – eu disse sem responder a sua pergunta.

– Bella sua roupa – ele argumentou ao me olhar – o que aconteceu com você? – ele se aproximou de mim.

– A julgar pela maquiagem borrada e o estado de nervos do ex, atual ou futuro noivo meu irmão passou o rodo – Emmett gargalhou baixinho logo atrás de nós.

– Emmett pare de falar asneiras e me ajude aqui. – Jasper o chamou para ajudar a levar Edward para longe. Quando eles se afastaram Carlisle fez um sinal para que o enorme rapaz soltasse Jake.

– Muito obrigado Ryan, pode soltá-lo agora e voltar as suas funções anteriores. Acho que não teremos mais confusões por aqui – Um enorme rapaz de cabelos castanhos e expressões duras soltou Jacob e saiu caminhando rapidamente

– Bella... – Carlisle disse segurando minha mão – me perdoe pela atitude do meu filho. Pedi que fosse fazer um trabalho externo e não imaginei que voltasse antes que você tivesse saído. Perdoe-me.

– Eu sei da sua boa vontade, mas agora preciso ir, não quero me expor mais. Carlisle, por favor, convença-o a ficar longe de mim – as lagrimas que tentei conter por tanto tempo finalmente caíram – Não quero vê-lo. Não mais. – Olhando para Jake e depois para mim ele respondeu.

– Claro, eu entendo e farei o possível para que ele compreenda a sua decisão. Vou fazer isso neste exato momento – ele segurou novamente minhas mãos e deu-me um beijo na testa e outro nas palmas das minhas mãos. – Adeus e, por favor, me desculpe por todo o transtorno, não foi a minha intenção... – ele se retirou educadamente.

PDV Jacob

– O que realmente aconteceu Bella? – perguntei quando entramos no meu carro.

– Ele parou o elevador e eu não consegui resistir e cedi – ela tentou conter o choro.  – Mas eu não queria, eu não podia – Suas palavras denunciavam todo o seu medo em me contar à verdade, talvez para não me magoar. Mas o que ela não entendia, era que eu me contentaria em ser seu amigo se ela quisesse, alguma coisa havia acontecido comigo desde que a magoei em Washington. Percebi que não fui o homem que prometi ser desde que éramos crianças. Passei todo esse tempo tentando convencê-la de que sua amizade me bastava e que faria de tudo para conseguir que me perdoasse pela atitude tola, infantil e machista que tive há alguns meses atrás.

Eu queria que ela fosse feliz, mas com alguém que a amasse verdadeiramente e não com um play boy idiota que se cercava de mulheres para se sentir mais homem; No entanto eu podia ver que ele tinha o amor de Bella, mas, precisava poupá-la de mais um sofrimento e aos poucos eu estava conseguindo sua confiança.

– Sei que deve estar pensando o quanto sou fraca, tola e idiota. Uma mulher fácil entre outras mil que ele pode ter quando bem quiser e entender – ela começou a chorar disparando com as palavras como uma metralhadora giratória, eu saberia esperar, tão logo acabasse com seu desabafo eu poderia dizer-lhe o que pensava. – Eu não queria, mas ele me envolveu numa teia tão bem tecida que não consigo sequer me desvencilhar para identificar quem sou eu e quem é ele. Sabe quando dois se confundem em um só? É assim que me sinto... Perdoe-me por te dizer essas coisas, contudo se eu não puder te dizer, acho que vou morrer de tanto desgosto.

– Você o ama? – Ela parou por um longo momento enxugando o rosto, depois respirou fundo e respondeu

– Depois que nos separamos, me dei um tempo para entender o que sentia e percebi que nossa amizade é linda e sempre será, mas desde que Edward entrou na minha vida, vi que ela pode ter outras cores além das que você me mostrou. Sim, é verdade, eu o amo...

– Ele não te merece e eu não te julgo embora você acredite no contrário.

– Desculpe, juro que não queria te magoar.

– Não magoou Bella – eu disse segurando sua mão.

– Sei que somos apenas bons amigos e estou aqui para ajudá-la a reconstruir sua imagem. Quero te ajudar a se desvincular desse patife aproveitador.

– Obrigada Jake, é bom saber que posso contar com você.

– Sempre Bella, sempre... – seus olhos brilharam, eu podia ver uma ponta de esperança brilhando dentro deles. Eu não a deixaria para que o play boy Cullen pudesse magoá-la. Ao me afastar, permiti que o espaço ficasse aberto para que ele se aproveitasse dos seus sentimentos. Da sua fragilidade. Eu iria ajudá-la e com isso iria me redimir.

– Não conte nada ao meu pai Jake.

– Bella, você sabe que não concordo com o que ele fez.

– O que aconteceu foi com o meu consentimento, ele não foi de todo culpado.

– E você ainda o defende? Olhe seu estado! Veja como ficaram suas roupas... – disse aborrecido. – Bella, ele rasgou sua roupa.

– Exatamente como você faria no lugar dele. – me calei. Ela estava certa... – Não conte nada ao meu pai, por favor.

– Está bem, contra a minha vontade, mas farei o que me pede.

Quando paramos o carro na frente da sua casa Bella pediu que a deixasse entrar sozinha, sua aparência já estava melhor, porém os olhos ainda vermelhos e inchados de tanto chorar.

– Não vou cansar nunca de te agradecer – ela me deu um abraço apertado – A despeito do que tenha acontecido de mal entendido entre nós, eu te amo muito.

– Eu também te amo Bella. Amo muito – suspirei – agora vai antes que seu pai queira comer meu fígado. – ela deu um breve sorriso e saiu. Não havia com mensurar meus sentimentos, eu sabia que nunca mais estaríamos juntos, ao menos não como namorados. Todavia, tê-la ao meu lado mesmo que como minha amiga, já era suficiente para mim.

PDV Charlie

Eu estava sentado na sala quando Bella passou por mim com o rosto vermelho, eu podia imaginar o que a tinha levado a chorar. Ela havia ido às indústrias Toys Cullen para assinar o contrato e provavelmente devia ter encontrado Edward. Mas, o que poderia ter acontecido para que minha filha estivesse naquele estado.

Levantei-me da cadeira e a segui rumo ao seu quarto depois que vi o carro de Jacob se afastar, eles ficaram um longo tempo conversando e ele parecia consolá-la. Se não fosse pelo erro que cometeu abandonando minha filha, eu ainda poderia tê-lo como o genro dos meus sonhos. No entanto Bella estava perdida, eu podia ver que ela ainda amava Edward, embora não nos permitisse tocar no assunto da ilha. Ela nem queria ouvir e quando tocávamos no tema. Minha filha se retirava.

Eu devia me sentir um idiota por ter aceitado as armações da anã Cullen, mas agora era tarde. Ver minha filha longe daquele que aprendera a amar e perceber que ele também sofria estava sendo demais para mim. Segui pelo corredor lentamente, bati na porta do quarto e entrei antes que ela pudesse responder. Eu a vi deitada sobre a cama chorando, os soluços fortes eram tão altos que me cortaram o coração

– Bella, filha o que aconteceu? – sentei-me ao seu lado. Ainda bem que Renée não estava em casa para presenciar aquela cena tão lamentável.

Ela se debruçou sobre minha perna e continuou chorando sem nem ao menos me dizer uma palavra. Suas lagrimas molhavam a perna da minha calça enquanto eu acariciava seus cabelos.

“O que nós fizemos?” pensei, poderíamos ter imaginado que lugar nenhum seria seguro o suficiente para a mídia sensacionalista. No entanto, quando as notícias pipocaram na internet foi que me dei conta de que o mal já havia sido feito e que mais cedo ou mais tarde algo assim acabaria acontecendo.

– Então? Vai me contar o que aconteceu? – ela levantou para me fitar.

– Encontrei Edward pai, foi o que houve... – percebi que o vestido estava rasgado na parte do busto e automaticamente minha mente começou a trabalhar. Eu iria matar aquele play boy cretino se ele tivesse abusado da minha filha...

- O que aconteceu Bella? O que houve com as suas roupas? O que o Edward fez com você? Ele abusou de você? – perguntei preocupado.

- Não, ele não abusou de mim e também não fez nada que eu não tenha permitido. Eu só me sinto uma idiota por ter acreditado que ele poderia me amar... Que comigo seria diferente...

- Bella, você precisa me ouvir quando eu digo que precisamos conversar sobre o que aconteceu naquela ilha.

- Eu não quero ouvi-lo defender o Edward pai, por favor, me deixe sozinha...

- Bella... – tentei argumentar.

- Por favor, pai. – ela apontou para a porta.

Retirei-me a contra gosto, não havia ficado bem claro para mim o que de fato havia acontecido, mas, eu iria tirar isso a limpo, eu iria atrás do Edward Cullen para saber o que ele realmente queria da minha filha. Liguei para o numero do celular que ele havia me dado a contra gosto depois de toda confusão que armamos ao levá-los para aquela ilha – alô – ele atendeu sem reconhecer meu numero.

- Edward, sou eu o Charlie, pai da Bella... Precisamos conversar.

- Aconteceu alguma coisa? Bella está bem?

- Não tão bem quanto eu gostaria que estivesse, será que poderíamos dialogar.

- Claro Charlie – ele respondeu sem vontade – pode falar.

- Pessoalmente – fui seco – precisamos conversar sobre Bella.

Uma hora depois eu entrava no luxuoso apartamento 5th Ave no Central Park, Edward me esperava com uma expressão tão sofrida quanto a que eu acabara de ver na minha filha. A sala estava escura por estar com as cortinas fechadas, a mesa cheia de papeis e na sala roupas espalhadas por todo canto.

- Um furacão passou por aqui? – tentei entretê-lo.

- Um furacão chamado Isabella Swan – ele esboçou um sorriso claramente desanimado. – o que o traz aqui Charlie, sei que não sou um dos seus melhores amigos e que não gosta tanto assim de mim para me fazer uma visita cordial – ele foi direto.

- O que me traz aqui e aquela a qual amamos. Vim por causa de Bella. Minha filha chegou chorando hoje à tarde e me perguntei se você teria algo a ver com isso. – ele fez sinal para que eu me sentasse.

- Ela não te contou?

- Não – respondi – por isso, esperava que você o fizesse.

- Digamos que somos fogo e pólvora. Juntos podemos causar uma explosão...

- Entendo. – suspirei antes de continuar – Edward, sei que não foi culpado por nada do que aconteceu e estou tentando conversar com Bella sobre isso, no entanto ela está irredutível. Não faça nada que magoe a minha filha se é que tem a esperança de me ter como seu aliado.

A mensuração de Charlie para aliado ia além daquilo que eu poderia esperar, mas eu não poderia esquecer de que eles, por uma mentira, que por mais inocente que tenha sido, me colocaram distante do meu verdadeiro amor. Eles deveriam ter visto que a mentira é sempre perigosa, que nos arrasta e nos prende à uma falsa realidade.

Se ele e Alice tivessem pensado bem, olhado ao redor, teriam visto que essa situação poderia ter sido evitada. Que eu e Bella poderíamos ter nos resolvido de forma simples, sem atitudes impulsivas. O benefício das palavras estavam a nosso favor. Era evidente a maneira como nós nos aproximávamos. Negar que foi bom seria impossível, mas a intervenção deles nos afastou, deixando um buraco entre nós.

Eu tinha que externar minha raiva.

- Aliado? E por que você me ajudaria?

- Porque eu amo minha filha, e sei como a protegeu enquanto não sabia o que havíamos feito.

- Vocês foram inconseqüentes.

- Eu sei.

- Irresponsáveis, não podiam ter feito aquilo conosco. Eu a queria do meu modo e a conquistaria devagar, com paciência e sem correr o risco de perdê-la. O que vocês fizeram não tem nome. – ele acusou com razão.

- Por isso quero ajudá-lo, aprendi a respeitá-lo porque você conseguiu fazer minha filha tão feliz, mas também não posso admitir que a magoe. Sei que algo grave aconteceu na sua empresa e se eu descobrir que você fez mal a Bella, não poderá mais contar comigo. – respirei fundo e soltei o ar. – Edward, minha filha te ama. Sei que você também a ama então... Vou ajudá-lo, mas me prometa que se conseguir, nunca mais verei minha filha sofrer.

- Acho que tenho o direito de tentar do meu jeito, mesmo que isso vá contra as suas convenções. Afinal, vocês foram responsáveis pela nossa separação o que me dá o direito de decidir aquilo que posso ou não fazer.

- E o que você pretende?

- Eu tenho um plano e vou jogar com as minhas armas. Por mim, eu jamais jogaria com Bella desta forma, mas se esse é o único jeito que eu tenho para trazê-la de volta, assim será e que Deus me ajude.


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Notas finais do capítulo

Depois de ler, não custa nada comentar né gente???? Preciso saber se vocês estão gostando de verdade... Então que tal vocês passarem na pagina de recados e deixarem a sua opinião????

Minhas atts as pessoas maravilhosas que nos acompanham e comentam e entram em contato pelo MSN para sugerir e reclamar... Rs... Algumas não gostam do suspense e do drama, mas iso faz parte tá? Sem isso a fic teria poucos capítulos... Logo, logo isso passa... Bjos a todas!



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