V.C. vol 6: O julgamento de uma Senhora do Tempo escrita por Cassiano Souza


Capítulo 5
Sombras de Gallifrey


Notas iniciais do capítulo

olá! Amei esse capítulo, e por favor, POR FAVOR, não pule capítulos, se tiver entrado aqui pelo tamanho e título. Sério, isso é a coisa mais burra a se fazer em minhas histórias. Cada capítulo é uma continuação direta do outro, não faça isso, não é legal.

Referências ao volume 1, muitas referências. BOA LEITURA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/787462/chapter/5

 

 

A fumaça proveniente pelo incenso no jarro esmeralda, subia cintilando, tentando trazer à sala, algum ar de paz, mesmo, que bastante improvável naquela situação. A criada, se encontrava em postura de espera, e ao mesmo tempo, apreensão, fitando para a carta, que encobria a face da presidenta a sua frente, atrás da mesa.

— Tem certeza quanto a legitimidade disto, Meritai.

— Sim, senhora presidenta. - Engole a seco. – Foi o próprio Mestre quem a-enviou ao general de guerra!

— Isto não é bom. - Larga a carta sobre a mesa, e cruza as mãos sob o queixo. – Quero alerta total, e segurança máxima por envolta do planeta! Avise a general.

— Sim, senhora. - Se dirige em imediato até a porta.

Quando então, antes que a-cruzasse, a porta é abruptamente aberta por um outro alguém. Um velho homem, de cabelo preto arredondado, junto a um jovem com o mesmo corte, porém, castanho, e uma mulher ruiva. Maritai, se assusta, mas, é ignorada pelo trio, que segue direto até a presidenta. Maritai, então segue o seu rumo.

A presidenta, arregala os olhos com a visão do trio. E a ruiva, igualmente encara a presidenta:

— Romana?! Você é a presidenta?! De novo?!

— Grace? Sim. - Sorriu. – Mas desta vez, legitima.

— Ah, ótimo, precisamos falar com você! Eu e Jamie tivemos um sonho onde alguém caía no Olho da Harmonia, e isso confirmou as teorias do Doutor! Parece que a mátrix e os sistemas telepáticos da TARDIS, queriam nos enviar uma mensagem. O Mestre... - Foi interrompida. Grace, revira os olhos.

— O Mestre pretende atacar Gallifrey! - Avisa angustiado o velho homem, com as mãos nervosas sobre a mesa. – Precisamos de toda a guarda possível, e sob circunstância alguma... Parar o julgamento!

— Sim, não iremos adiar o evento, a justiça precisa ser cumprida. - Confirma Romana. - O Mestre precisa ser parado algum dia. Mas, eu já possuía estas más notícias, Doutor.

O Doutor, recua com os ombros, confuso:

— Como sabe o meu nome?!

Romana sorri:

— Digamos que... Viagens no tempo sejam complicadas, e que às vezes nos esbarramos com coisas de nosso futuro.

— Hou, este dia está como uma caixa de surpresas. Duas novatas?!

— E o que tem de errado com as novatas?! Somos as melhores! - Protesta Grace.

Jamie, cruza os braços ofendido:

— Melhores?

— Podemos ser como celulares, sabe?

— Eu não sei o que são celulares. Está me xingando?!

Grace, acaba sem palavras. O Doutor, bufa em negação para a conversa humana, e continua com a presidenta:

— Preciso de seu apoio, presidenta, e se quiser parar o Mestre, terá de confiar em mim.

— Ora, com todo o meu poder, Doutor, pode acreditar. Eu estou com você.

— Bem, o que é uma novidade, já que todos os presidentes com quem eu já me encontrei acabaram tentando me matar no final. Mas, eu também já fugi deste cargo!

— Bons tempos.

— Rasuráveis eu diria.

— Modesto.

— Mas e o Rassilon, onde está? - Indaga Grace.

Romana, respira fundo:

— Rassilon morreu, há muito tempo. Há muito tempo atrás. 

 Todos, se entreolham apreensivos, mas, não ousaram mais questionar sobre. Onde logo, se puseram a ouvir os planos do Doutor

***

Planeta Aridius. 70.000.00 anos luz de distância de Gallifrey.

O vento, sacudia freneticamente as dunas de areia escaldantes, e os sois gêmeos, perpetuavam o seu intenso calor e brilho, pelas manhãs e tardes. A velha comunidade Aridiana, constituída por estruturas de madeira, palha e tijolos de barro, devia estar em horário de almoço, mas, não estava.

Pais, mães, e filhos Aridianos, todos, corriam, gritavam, e morriam. Era aquele um massacre.

Daleks, cercavam a população por cada canto, por cada rua, e até pelos ares, em sua leve flutuação magnética, onde miravam nos telhados, e deixavam as moradias em chamas.

Eram Daleks brancos, ornamentados com detalhes azuis, enquanto os Aridianos, em sua forma de sempre, sem muita evolução, apenas, a aparência humanoide, com barbatanas e escamas verdes. Haviam se adaptado para a terra, depois da água de sua superfície ter evaporado por completo.

Porém, ainda com tanta miséria, exigiam os Daleks a estes seres mais do que desafortunados:

— Onde está a Mestra? Informe! Informe! Informe!

Havia exigido, para uma família, acuada numa parede, cercada por vários cadáveres sobre o chão. As crianças choravam. O Dalek insiste:

— Informe!

— Nós não sabemos! - Avisou a mãe, abraçada à filha. Ambas em prantos.

— Os rastros da nave mestra percorreram por este sistema estelar! Explique, explique, explique!

— Eu não sei de nada! Nós não sabemos de nada! Como posso lhe informar algo de que não sei?!

E o Dalek, se silencia. Porém, logo vira o seu visor para outro Dalek ao lado. E depois, novamente para a mulher:

— Você é incolaborativa, você será exterminada!

— Não! Por favor! Não!

E era isto, a família seria exterminada.

Porém, uma voz diferente ali chama a atenção dos Daleks, que cessam a ação assassina:

— Daleks?

Todos, se viram em direção. A jovem detentora da voz, prossegue:

— Que dia. - Bocejou. – Será que não conseguem ficar por um minuto sem matar ninguém? Santo rosto de Boe! - Ajeitou o cabelo.

— Informe! - Exige um Dalek, apontando sua arma. – Você não é Aridiana. - Parecia ter escaneado a jovem. – É um Senhor do Tempo!

— Senhora!

Todos os Daleks, cercam a garota. E ela, sorri malévola. Possuía cabelos azuis, e casaco e calças negras.

— O que você quer?! - Quis saber um Dalek.

— Eu? - Perguntou sínica. – Eu quero apenas ajudar vocês.

— Como?

— Querem a Mestra, a Missy. Eu sei onde está a Missy.

— Ela pertence a sua raça. Por que nos ajudaria?

— Bem... - Pensou. – Talvez eu possua tanto ódio do meu povo quanto vocês. E... Seria maravilhoso ver o Doutor sofrer.

— O que sabe sobre o Doutor?

— Muita coisa! Mas, a estrela aqui não é ele. Querem saber onde a Missy se esconde, onde ela se protege? Bom, apenas uma palavra, e que com certeza não lhes trará boas lembranças... - Olhou para cada Dalek. – Gallifrey.

E todos os Daleks, recuam apreensivos, alguns centímetros da jovem. 

— Isso mesmo, ela está lá. Está protegida, está escondida, dormindo e comendo, do bom e do melhor, impune, com a joia roubada de vocês. Gallifrey mente para todos, meus amigos.

— Isto pode ser um truque! - Acusou.

— Truque? - Gargalha. – Posso coloca-los dentro do centro de Gallifrey, se quiserem. Mas, se acham que é um truque... Eu nem irei lhes mostrar aquilo ali. 

E assim, estende a mão até um barril velho num canto da rua, mas, que na verdade, não passava de um bom circuito camaleão. A sua porta se abre, revelando o enorme interior.

— E então, vão perder esta chance, Daleks?

***

No entanto, no julgamento da Senhora do Tempo, terminando as gravações da matriz, sobre as provas de Tiivam, retirava agora o Doutor os seus olhos tristes, pesados, e revoltados, de tudo o que havia visto em tela. Desde, as imagens do que se passara na nave Minocrisa, e em seguida, Linsunatsteev, onde vira ele próprio e os amigos em perigo, e o Mestre, a dizer que gostava de ser o que era. E, pior ainda, via por último, as imagens da aprendiz do Mestre a se unir com Daleks.

O Doutor estava sem chão, estava machucado, estava sem palavras, estava... De sentimentos que nem ele mesmo conseguia descrever, de tão dolorosos. Enquanto a sua protegida, a Missy, apenas encarava distante para um canto da sala, também completamente sem reação e vigores. Ela estava chocada com o próprio passado, e um... Que ela nem ao menos parecia se recordar. Ou, seria mera vergonha e arrependimento? 

Tiivam, sorria completamente feliz, completamente contente, e prestes a gritar de emoção. Ela queria literalmente a cabeça da Missy, e talvez, estivesse prestes a conseguir.

O juiz, Tridaro, pigarreia, e prossegue:

— Senhoras e senhores, continuemos a sessão, sim?

E todos, permanecem em silêncio, menos Tiivam, que corresponde:

— Sim, vossa excelência!

— Então... - Continuou. – Prossiga senhorita Tiivam.

— Bem, obrigada. - Suspirou, fitado a Mestra. – Como todos puderam ver... A acusada praticou atos de assassinato, furto, perseguição, interferência temporal, falsidade ideológica, e o pior de tudo... Terrorismo. Ela se aproveitou da fragilidade emocional da pobre Rustch, e reuniu um exército de Daleks... Onde agora, neste exato momento, marcham para Gallifrey, a sua própria casa! Como veem... Como um ser deste pode ainda tentar recorrer ao perdão?! E ainda mais, antes disto... Tentou até mesmo interromper o julgamento!

— De fato, crimes bárbaros e enclausuráveis. Tentar deter o julgamento... Deixa a sua protegida em uma situação ainda mais delicada, Doutor. Não há julgamento para atos contra o julgamento, apenas eliminação.

O Doutor, encara desolado para o juiz:

— Deram missões a ela, antes de estar aqui, para diminuir a pena. Isso compensa!

— Miseras missões... - Responde o juiz. - Acha que podem compensar todo o nível inescrupuloso de crimes horrendos e bárbaros aqui?!

— Graças a ela a história do universo foi salva! Os Mendacai foram extintos, e por mim... Poderiam não estar.

— Ela foi acusada de crime final. Você sabe o que isto significa?

— Que ela atingiu um número de crimes limite. E... Que deve ser detida a todo custo.

— Sim, deve. Entendo que sejam amigos de infância, Doutor, mas... Vidas, planetas, galáxias, e criações inteiras estão em jogo por entre esta amizade.

— Ela era outra pessoa! Outra mente! Outra alma!

— Senhores do Tempo são os mesmos, não importa o-quanto regenerem, Doutor!

— Não, errado. Somos os mesmos, mas, a cada viva, temos a chance de mudar... A Missy quando salvou a Terra poderia ter feito da maneira dela, mas, se preocupou em me chamar, teve esta sensibilidade, porque sabia que não poderia por ela própria... E isso não foi ser esperto, foi ser cuidadoso, foi ser gentil, de uma maneira diferente, mas... Gentil.  Eu sei que ela pode mudar!

— Doutor, este mesmo planeta cujo ela salvou foi um que ela inúmeras vezes tentou destruir! Isto não é ser gentil!

— Tudo o que foi passado pela matriz aconteceu há milênios! E ela já foi julgada antes, em Skaro!

O juiz, então se cala, engolindo a seco. Porém, Tiivam pigarreia, e toma a frente:

— Mas por crimes diferentes! Não estes! E não pelas mesmas vítimas. A sua protegida teve uma vida longa, Doutor, acha que todos os seus crimes estão sobre a mesa, que todas as suas vítimas estão aqui?! O que há agora é apenas uma fatia de sua crueldade.

E o Doutor, não consegue rebater, apenas, desviar o seu olhar, carregado por tristeza e solidão. Ele não parecia ter mais forças para continuar fazendo o que estava.

— Bem. - Continua o juiz. – Tendo em cheque os crimes de terrorismo contra a capital e contra Lisarium... Não acho que resta mais nada, Doutor, se não, uma direta eliminação da ré.

— Por favor, não. - Pediu o Doutor, sem forças.

A Missy, enche os olhos de lagrimas, e põe uma mão frente a boca. Aquela era uma das piores situações já viúvas por ela.

— E agora, para esta finalização do caso, preciso que venha e assine ao pergaminho de confirmação de colaboração, Doutor. - Diz Tridaro, estendendo um pergaminho. – Não há mais o que ser julgado.

Tiivam, sorri largo, chegando até a mesa de Tridaro, e recebendo uma caneta dele. O Doutor, desvia o olhar cheio de ódio ou amargura:

— Mas posso pedir pausa pessoal, não posso, senhor meritíssimo?

— Não num momento destes. - Respondeu.

— Eu nunca havia pedido, tenho o direito de me retirar temporariamente.

— Não adianta se retirar, Doutor, você terá de voltar dentro do prazo, e o resultado será o mesmo! Você tem cinco minutos.

— Cinco minutos? Dá pra se fazer muito em cinco minutos.

— O que pretende?

— Privacidade, juiz! O que fazemos no banheiro fica no banheiro.

— Ora!

E assim, o Doutor dá as costas da sala, se retirando completamente determinado, ou inconformado. Sua face não parecia em nada a de quem ansiava por uma pia ou privada. Dois guardas o-acompanham.

Mas, no momento em que saía, ainda fitou sério para o olhar profundo e angustiado da amiga, que apenas, ergue a mão, em um sinal de “tchau”, como se soubesse ou sentisse que o Doutor não pretendia retornar.

Tiivm, bufa irritada.

***

Em Gallifrey, os seus arredores se enfeitavam e se lotavam, estavam cercados, estavam ameaçados. Naves e mais naves, era isto o que se havia, armadas, e bem armadas. Frotas e mais frotas Dalek chegavam, e se posicionavam próximas da atmosfera.

Mas, não iriam elas simplesmente iniciar um ataque, seria estupidez. Havia um enorme campo de forças desintegrador ao redor do mundo, e até um campo condensador de meios teletransporte. Os Daleks, possuíam fogo, mas Gallifrey, possuía os seus mecanismos para conte-los. Haviam até minas celestiais, para o caso de romperem o campo.

E na cidadela, todos os civis se encontravam abrigados dentro do labirinto, um lugar que muito dificilmente os Daleks teriam vantagem. Enquanto a presidenta, se encontrava em sua sala, a refletir, sobre aquele dia, e as decisões a serem tomadas. E os soldados, permaneciam por toda a capital, em guarda.

E nos céus, naves gallifreyanas de guerra pairavam.

Todo o planeta e arredores ouvia a um aviso Dalek:

— Gallifrey! Gallifrey! Alerta! Alerta! Entreguem a Mestra! Entreguem a Mestra! Gallifrey! Gallifrey! Alerta! Alerta! Entreguem a Mestra! Entreguem a Mestra! Ou vocês serão destruídos!

E ouvindo, entristecidos, estavam o Doutor, Jamie, e Grace, a encararem os céus, sentados num banco, do jardim presidencial.

— O Mestre faz uma chantagem. - Diz o Doutor. – Missy não está aqui. Os Daleks não sabem, e assim, pressionam o planeta a desistir do julgamento. Romana já se explicou, mas não aceitam as explicações.

— Esse Mestre é terrível, não, Doutor? - Comenta Jamie.

— Sim, Jamie. Mas... Também um velho amigo.

— Ele tentou nos matar! Como pode ser seu amigo?!

— Da mesma maneira quando nos conhecemos. Você pôs uma espada sobre o meu pescoço.

— Aquilo foi diferente!

— A relação deles é mais antiga e complexa do que a nossa civilização e compreensão, Jamie. - Diz Grace. – Ou, em outras palavras... São malucos, drogados, ou bêbados.

— É, camisas de força se sairiam bem agora.

— Eu e o Mestre, nós corríamos e brincávamos ali. - Apontou o Doutor, para um pico de uma montanha nevada.

— O que procuravam lá em cima?! Se parece com a montanha em que enfrentamos os Yetis!

— Acreditávamos na lenda dos Toclafanes. Criaturas magicas capazes de lhe conquistar tudo. Eu não queria conquistar nada!

— E o Mestre?

O Doutor, não responde, apenas, desvia o seu olhar distante.

— Mas ainda perdoa ele, não, Doutor? - Indaga Grace.

— É complicado. - Respondeu apenas.

— Você não precisa se culpar.

— Eu não irei. Por que me culparia?! Apenas... Me pergunto o porquê de Koschei ser o que é.

— Talvez mude algum dia.

— Talvez, Grace, talvez.

— E se não mudar... Que vá para o inferno!

Ouvindo isto, Jamie gargalha, enquanto o outro, apenas se mantem seriamente distante, nenhum sorriso havia lhe escapado.

— Porque, Doutor, ele sinceramente não se porta como alguém que fariam o mesmo que você sempre fez por ele. - Continuou a ruiva. – Acredite, eu sei disso porque eu já fui como você! Eu confiei demais, e eu me ferrei demais.  

— Bem, você me parece bem sabia. - Comenta o Senhor do Tempo. – Mas você ainda não percebeu algo obvio.

— O quê?

— Que antes de viajar comigo você já havia viajado comigo. Dia engraçado, não?

Grace, apenas franze a face, completamente confusa. O Doutor prossegue:

— Porém agora, que tal seguirmos o plano.

— Qual o plano? - Pergunta Jamie.

— O plano Jamie. - Se levantou.

— Ah, sim! - Recordou. – Mas poderemos morrer!

— Sim, e por isso... Boa sorte, meus amigos. Vocês foram estupendos. - Estende a mão direita a um aperto.

Grace e Jamie, se entreolham apreensivos. Jamie comenta:

— Nós não vamos morrer!

— Não? Então até mais, Jamie. - Sorriu largo o Doutor.

Jamie, aceita o aperto, e após isto, se retira dali, mas, também tendo apertado a mão de Grace. O Doutor, respira fundo, e mira o olhar à ruiva. Mas, diz ela:

— Eu já escapei de um monte de coisa... Eu já morri duas vezes!

— O quê?!

— Sério! Quero férias remuneradas, quando você for o outro você!

— Bem, talvez eu anote em um bloco de notas.

Grace, sorri gentil, e de olhos meigos fitando o velho, velho amigo. Ela se levanta, e beija o amigo. Havia tudo sido um leve e simplório selinho, mas, muito sincero. A humana toma a sua mão, e dá um aperto, se retirando sorridente.

O Doutor, permanece abobado, havia séculos que não havia sido tratado tão gentilmente, e ainda mais com um beijo. Estava estupefato por completo, até, tocando descrente em seus lábios, havia. Grace, talvez fosse alguém importante em seu futuro, foi o que pensou. Mas, logo tomou postura novamente, e assim, seguiu adiante com o plano.

Olhou para o céu, e tudo o que viu, foram flashes como fortes relâmpagos. Os Daleks, começavam agora a tentar romper o campo de forças.

 O Doutor, então age depressa, e parte até uma estátua naquele jardim, que nada mais era do que uma porta para uma passagem secreta. Ele coça o sovaco da escultura, e logo uma passagem no chão se abre, onde ele, em apenas dois metros de distância a dentro, chega até os porões do Olho da Harmonia central da cidadela. Aquela passagem, era um ponto de aproximação, que nada mais era, do que um corredor que ligava pontos distantes em poucos metros. Por toda a cidadela havia algum.

O Doutor, então chega até as alas antecessoras ao Olho da Harmonia, que eram feitas de puro mármore e diamantes de Marinus. Ele, segue cauteloso até a porta, para onde dava o Olho, porém, notando algo de errado, em imediato. A porta já estava aberta. Alguém, havia chegado primeiro.

— Mestre?! - Deu de cara com o Mestre.

O Mestre, ri maquiavélico:

— Não se faça de surpreso, Doutor, sabia que eu viria para cá. Eu precisava acabar com a alimentação do campo, certo?

— Sim, você precisa.

— Ou... Talvez você esteja sendo ingênuo.

— Eu?! Impossível!

— Os Daleks lá em cima não podem atravessar com as suas naves infelizmente, é verdade. Até teletransportes são falhos. - Sorri. – Mas transmaterializaões de tropas por meio do vórtex... Isso você devia ter previsto.

— Não... - Disse descrente. – Você não ousaria utilizar a sua TARDIS!

O Mestre, sorri de leve, onde logo, se desmancha o sorriso em puras gargalhadas impuras, e cheias de luxuria e perversidade.

Enquanto nos olhos do Doutor, apenas pânico.

***

Grace, chegava agora na recepção da presidência, que diferente de outros momentos, estava quase como um deserto. Apenas soldados e guardas se encontravam ali, e por outras áreas do prédio.

Grace, parte em direção do elevador, mas, olhando a decoração local, percebia algo de diferente. Pois, onde há minutos atrás se haviam três estatuas, sendo dos fundadores dos Senhores do Tempo, o Ômega, o Rassilon, e o Outro, agora haviam quatro, sendo a nova, completamente desconhecida. Ninguém redecora no fim do mundo, foi o que Grace pensou. 

— Homens? - Chamou a ruiva. – Chequem elas. - Se referia as esculturas.

Dois homens, começam a observar as estatuas, quando então, uma delas tem o que seria uma espécie de passagem, surgida de si, e revelando, o imenso interior. No entanto, repleto de Daleks.

Os homens, em imediato apontam as suas armas, e não pensam duas vezes, antes de começarem a atirar. Grace, corre para de trás do balcão da recepção, e ali, observava o conflito. E apenas medo, era o que havia em seus olhos.

Os Daleks, se retiravam pouco a pouco do compartimento, e de um a um, iam massacrando os homens, e seguindo adiante pelo prédio.

— Exterminar! Exterminar! Exterminar! - Estas, eram as palavras ditas dezenas de vezes, no mesmo instante, por centenas das criaturas, tanto dentro do capitólio, quanto sobre o mundo. – Procurar, localizar, destruir!

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e então, o que achou do capítulo? Interaja comigo, deixe um comentário ou um simples favorito, isto ajuda o autor a saber se a história realmente não é uma perda de tempo :(
O planeta Aridius é lá da era do primeiro doutor, e aparece no arco The Chase, um ótimo arco, que me fez amar o planeta e a raça dele.
Marinus, também da série clássica, e também na era do primeiro doutor.
Toclafane, coisa lá da terceira temporada, trazida pelo mestre, mas que o doutor diz serem apenas contos de fadas. Aqui resolvi referenciar como algo realmente de um conto infantil macabro.
E as passagens secretas nas estatuas, coisa original minha, deixada desde o volume 1.
Também é original aquilo que o doutor falou sobre a Missy ter salvo o mundo. é algo que ocorreu em um dos volumes anteriores, só não posso dizer o qual. Quem já leu já sabe.
E é isso, estamos em Gallifrey! Achou que não viríamos? Eu precisava de uma nova história com Gallifrey.
E sim, Rassilon, Omega e o Outro são os fundadores da sociedade dos senhores do tempo.
E a Missy, com apenas cinco minutos pra ter a autorização de execução pra ser assinada? E essa invasão no final? Será que tudo é realmente o que é? Será que não existe um pouco mais e mais um pouco por aí? NEXT TIME...
E esses planos do mestre, o que estão achando? Sei trabalhar o personagem?
Comente, e MUITO OBRIGADO PELA LEITURA!