Saint Seiya Ómega, a Saga de Hera escrita por Ane Soph


Capítulo 3
Capítulo 3 - A desastrosa luta de Hera e Atena. O 2º Muro das Lamentações


Notas iniciais do capítulo

Oiii, no capítulo anterior, eu cometi um erro ridículo: a Hera, assim como pode usar a sua força física contra uma mulher casada até ela chegar a meia morte, também pode usar o cosmo. Perdão. O golpe da Hera era suficiente para matar a Atena.
Bem, mais um capítulo acabado de sair do forno. Espero que gostem



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Pavlónia, templo de Hera

— É isso que tu vales, Atena? – Hera ria às gargalhadas à conta da centésima vez que Saori caía ao chão, toda ensanguentada e suja. A rainha de Pavlónia queria aproveitar aquele momento o melhor possível e humilhar Atena da pior forma. De certa forma, ela também deixava. Apenas se defendia e esquivava, sempre à espera de mais um ataque, e sem nunca chegar a meia morte.

Ao menos era persistente. Ao menos isso.

Hera sorria tão bem como um psicopata e aproximou-se da enteada.

— Tu não vales nada que preste! – Gritou, e espezinhou-lhe a cara contra o chão. Só aquele barulhinho de sangue misturado com pele humana viva a ser esmagado…  

Aquilo era bonito de se ver: Atena, naquele estado deplorável, com o rosto todo amolgado e cheio de feridas. Hera agarrou-lhe o pescoço, com força suficiente para magoá-la, mas insuficiente para matá-la.

— Tu ficas tão bonitinha assim, toda suja de sangue… destruir a Terra vai ser tão fácil. Mas sabes quem é que iria adorar ver-te assim? Sabes, Atena? Neste caso, eu vou mesmo dizer: sabes, Saori? – A deusa da sabedoria mantinha-se calada. – Não sabes? Então eu digo-te. – Hera fez uma pausa de aproximadamente quinze segundos e logo depois deu um sorriso psicótico. – O Seiya.

*_*_*_*_*_*

Pavlónia, território dos Indomáveis

Para além de Seiya, Shun era o único que trajava a sua armadura de Andrómeda. Antes de o terem levado para Pavlónia, estava na Ilha de Andrômeda* com os seus novos pupilos: Rey e o seu irmão mais velho. Só se lembrava de lhes estar a ensinar algumas técnicas de defesa, quando uma neblina entrou pelo cómodo onde estavam e fez com que todos os que estavam no seu interior desmaiassem.

Voltando ao presente…

— Corrente de Nébula!

A corrente entrelaçou-se na cintura da mulher e puxou-a, juntamente com a sela do Pégaso, para terra firme. Ela mantinha uma postura autoritária, apesar do look provocador: um body de um metal raro de cor lilás, com um pequeno véu preso à coxa direita, umas botas de salto alto feitas do mesmo metal que o body, uma proteção no ombro direito e uns braceletes lilases. O facto de ter metade do rosto tapado, como a Comandante, dava-lhe um ar vilanaz, mas o visual em si, para além de a deixar extrema e inegavelmente sexy, deixava-a com aparência de malfeitora. Provavelmente era o que ela queria dar a entender.

— Filhos da mãe…. – Bufou, num tom de desprezo. Ela tinha uma voz fria, aguda e irritante, mas falava seriamente. – Vocês não deviam ter feito isto.

Dito isto, segurou a corrente que lhe enlaçava a cintura e puxou-a com força suficiente para puxar Shun consigo, fazendo com que ele fosse atirado ao ar e caísse no chão. Simultaneamente, a desconhecida agarrou ainda mais firmemente a corrente e acumulou uma fração de cosmo no punho, pulverizando-a, para grande surpresa de todos.

— O-o que é que… impossível… tu pulverizaste a minha corrente. E nem sequer te esforçaste. – Shun estava mais do que chocado. Nem nas batalhas contra Pallas e Saturno aquilo tinha acontecido.

— Não te metesses na minha vida. Isso foi problema teu.

E virou-lhes as costas, preparando-se para montar em Cleópatra, mas voltou a olhar para trás, pois sentiu Seiya e Shiryu a queimar os cosmos.

— Vai andando. Eu já te apanho. – Disse para o Pégaso, que obedeceu.

— PUNHO DE METEORO DE PÉGASO!!!

— CÓLERA DO DRAGÃO!!!

Ela viu ambos os golpes como se estivessem em câmara lenta e passou entre eles como se estivesse a dançar ballet.

— Se vocês estão a tentar atacar-me, vão ter de se esforçar muito mais do que isso.

— O QUÊ?! – Gritaram Seiya e Shiryu em uníssono, quando viram a intrusa mesmo atrás deles, intacta, sem um arranhão que fosse e sem um único sinal de cansaço.

Ryuho e Haruto seguraram-lhe ambos os braços, tentando imobilizá-la, mas ela não lhes deu resistência, e deixou que eles a deitassem no chão.

— Nós temos algumas perguntas. – Começou Yuna, lançando-lhe um olhar de superioridade.

— E o que é que eu tenho a ver com isso? – Perguntou, levantando o rosto e dando um sorriso ainda mais vilanaz do que a aparência.

— Foste a primeira que apareceu. – Responderam todos.

A mulher bufou.

— Eu até deixei aí o meu diário e ainda precisam de me interrogar. Vão-se fuder… - Sussurrou.

— Tu escreveste-o quase todo em código. Mas foi fácil de perceber que és uma Líder. Não te preocupes connosco… Nós não somos nenhuns idiotas.

— Eu não estou preocupada convosco. – Disse em voz alta, num tom forçado de “eu estou mais que a cagar”, cortando a fala de Ryuho. – E já agora: eu não escrevi o meu diário em código. Escrevi-o em grego. Só tinham que pôr essa porra à frente de um espelho.

— Ninguém quer saber. – A voz de Ryuho soou mais desprezadora do que queria. – Nós temos perguntas e queremos respostas.

A moça olhou para Ryuho e manteve-se calada. Seiya tomou a iniciativa.

— Onde está a Saori?!

— Quem é essa?

— A Atena.  –  O Cavaleiro corrigiu mal a Líder acabou de falar.

— A Atena… está no templo da Hera.

— Onde é que ele fica?

A mulher não abriu a boca.

— FALA, PROSTITUTA DE MERDA! – Gritou Seiya, puxando-lhe os cabelos com força, mas a única coisa que a mulher fez foi soltar um gemido, mas mesmo assim, permaneceu calada.

— Bem…. – A voz de Yuna fez-se ouvir. – Já que não falas a bem… vamos ter de te fazer falar à força.

— Não deviam estar a gastar assim as vossas forças, e muito menos o vosso tempo, porque isso não vai dar em nada.

— Isso é o que vamos ver. – Yuna aproximou-se e pôs-se de joelhos, encarando-a. – Bem… tu não deves usar essa máscara só para combinar com o body e ficar sexy. Não é verdade?

— Não. Porquê? Queres uma para seduzir o boy?

— Eu não preciso de uma máscara. Mas não é sobre isso que eu quero falar. Como eu estava a dizer, essa máscara não deve ser só um adorno. Deves usá-la para alguma coisa. Mas não deve ser para nada de importante. E se eu…. – Yuna arrancou a máscara do rosto da outra mulher e esta baixou a cabeça, impedindo que se visse o que a mascarilha escondia.

— Puta malparida… não devias ter feito isso.

A Líder cerrou os punhos e queimou o cosmo.

— AH! – Gritaram Ryuho e Haruto, assim que sentiram algo BEM mais quente que fogo a lhes queimar as mãos. E involuntariamente largaram a intrusa.

— APOCALIPSE DO AMANHECER!!!!

A temperatura do ar aumentou mais de cem graus celsius e uma luz capaz de cegar qualquer ser humano comum invadiu, pelo menos, vinte metros quadrados de área. A mulher aproveitou que Yuna estava distraída, recuperou a sua máscara e recolocou-a. Observou os Cavaleiros a gritar como se estivessem a ser mutilados, torturados e queimados vivos, tudo ao mesmo tempo, até perderem a consciência. A técnica tinha sido suficiente para mantê-los desacordados durante alguns segundos, tempo mais que suficiente para correr atrás de Cleópatra. Mas antes disso, olhou para os corpos dos Cavaleiros e suspirou pesadamente, parando num em específico. Uma lágrima caiu do seu olho esquerdo.

E mais outra.

E mais outra.

Voltando a suspirar, estalou os dedos da mão direta e correu em direção ao seu Pégaso, que já se encontrava bem longe dela.

*_*_*_*_*_*_

— Estamos inteiros? – Yuna estranhou esse facto.

— Parece que sim. – Seiya também achou isso meio sem explicação. Há trinta segundos, ele apenas sentia um fogo tão quente como o do inferno a queimá-lo com toda a intensidade e naquele momento estava ótimo, como se tivesse acabado de acordar de uma sesta ao domingo à tarde. – Aquela técnica não era grande coisa, pelos vistos. Bem, não podemos ficar aqui especados. Temos de ir atrás daquela sujeita. – Seiya quis dizer outra coisa, mas ignorou isso e levantou-se.

— Onde é que ela está? – Perguntou Haruto, num tom mais alto do que queria.

— Ali à frente. – Respondeu-lhe Souma, indo atrás da mulher, que já se encontrava a uma boa distância a correr incrivelmente depressa. – BOMBARDEIRO DE LEÃO MENOR!!!

Ela viu de canto os golpes e esquivou-se deles enquanto corria, mas um feixe de luz que atingiu uma árvore gigantesca fê-la parar e pôr-se na defensiva. Apareceram Souma e Yuna.

 - Vais contra-atacar? – Perguntou Souma. – Estás com noção de nós somos mais do que tu, certo? E além disso, não sei se sabes, mas… tu estás a usar um fato de banho de metal.

Yuna fingiu que estava a tossir, para camuflar umas risadas.

— Estás com noção de que tu nem sequer tens armadura, certo? E além disso, não sei se sabes, mas… quantidade não é qualidade. – A mulher resolveu mandar-lhe uma boca. Apetecia-lhe. Mas voltou a usar um tom sério e superior. – Já perdi demasiado tempo convosco. Adeus!

Numa questão de milésimas, a Líder misteriosa saiu disparada, correndo na direção de uma mancha negra que esvoaçava pelos céus.

— E agora? – Perguntou Souma?

— Vamos atrás dela. – Respondeu Seiya. – Ela sabe onde está a Saori.

— Está bem. – Disse Yuna. “Que estranho. É sempre a Saori. Normalmente, um Cavaleiro de Ouro nunca chama a Atena pelo nome.”

Quando deu por si, já estavam todos a uma distância razoável, por isso, resolveu dar corda aos sapatos e acelerou o passo.

Ao fim de uns momentos, já conseguiram ver a rapariga que perseguiam, ainda sem ter conseguido montar no Pégaso, o que não demorou para acontecer. O animal estava a uns quinze metros de distância e a outros quinze de altura dela, o que não a impediu de saltar para as suas costas e galopar, mesmo estando em pé.

— Eu disse que te ia apanhar, Cleo. Fogo, já estava farta de fazer aquela vozinha irritante. – Começou a ouvir passos atrás dela e olhou os seus perseguidores pelo canto do olho. – Eles são persistentes como o caraças. Não há dúvidas de que são Cavaleiros de Atena. Muito bem. Isso já me poupa de imenso trabalho.

A mulher inspirou bem fundo e abriu os braços. De seguida, girou o braço direito no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio três vezes. À terceira, voltou a deixar os braços abertos, como no início. Com isto, formou-se uma circunferência com sete metros de diâmetro, cujo interior ganhou vários tons claros de azul: era assim que se abriam os portais inter dimensionais. E a Líder atravessou-o.

— O que é aquilo? – Perguntou Haruto, sem parar de correr.

— Já ficaremos a descobrir. – Disse Hyoga. – Vamos atravessá-lo.

— Está bem. – Respondeu Souma, com um tom de voz tranquilo, mas depois pensou duas vezes. – Espera lá, o quê?! Atravessar aquela coisa?

— Sim. – Esclareceu o mais velho, com a maior das naturalidades. – Algum problema? Eu penso que não.

— Mas é claro que há. E se ela nos estiver a conduzir para alguma armadilha?

— Se ficarmos aqui, não vamos poder fazer nada e a Atena morre.

— Se tu o dizes…

— DESPACHEM-SE! AQUELA COISA ESTÁ QUASE A FECHAR-SE! – Gritou Shiryu, achando estranho usar uma linguagem tão informal.

Todos saltaram para dentro do portal, mas Ryuho, por pouco, não o atravessava. Tinha sido uma verdadeira sorte ter conseguido atravessá-lo.

O portal fechou-se.

— Estamos cá todos? – Perguntou Shun, ofegante.

— Acho que sim. – Respondeu Ryuho, mas resolveu confirmar. – Yuna, Souma, Haruto, Seiya, Shun, Hyoga e pai. Sim. Estamos cá todos. – O Dragão suspirou aliviado e afastou a franja da testa.

— O que é que é isso, Ryuho? – Perguntou Souma, com cara de safado, assim que viu um beijo marcado com um batom violeta na testa do amigo.

— Isso o quê? – Ryuho arqueou uma sobrancelha, tirou o telemóvel do bolso e usou-o como espelho. E de facto, alguém o tinha beijado na testa.

— Tu foste violado! – Hyoga pensou em voz alta, com o maior tom de gozo que alguma vez tinha usado (durante o século XXI).

Todos se riram e Ryuho arqueou uma sobrancelha.

— Tarados. – Mas ao fim de uns segundos, acabou a rir-se com os outros.

O momento de risota durou pouco, assim que Seiya, Shiryu e Shun “acordaram para a vida”.

— Temos de encontrar a Atena. – Proclamou o último.

Foi então que perceberam onde estavam: numa espécie de terraço exterior e muito longe dali, havia uma parede gigante que talvez desse para uma casa ou castelo. Sem contar com isso, não se avistava mais nada: só existia céu. Um céu azul parcialmente limpo. Era um tom tão deslumbrante que mais pareciam estar dentro de uma safira gigante. Não sabiam para onde ir, por isso resolveram correr na direção do muro gigantesco.

Ao fim de três minutos a correr, finalmente conseguiram ver o muro de perto. Os Lendários iam caindo para o lado: a construção era tão monstruosa e grandiosa que mais fazia lembrar o Muro das Lamentações, o que fez com que estes ficassem com um aperto no peito ao lembrarem os Cavaleiros de Ouro que se sacrificaram para o destruir.

— Está tudo bem…? – Ryuho foi o primeiro a perceber a mudança de humor dos mais velhos e resolveu perguntar.

— Sim. – Mentiu Hyoga. – Vamos ao que interessa. – Voltou a olhar para o muro e, involuntariamente, prendeu a respiração. Desviou os olhos da construção e olhou à sua volta: Seiya, Shiryu e Shun estavam com falsas caras de indiferença, Souma, Yuna, Ryuho e Haruto analisavam o muro: este tinha mais de trinta metros de altura e nele, estavam estatuados sete indivíduos, três homens e quatro mulheres, todos em diferentes posições de ataque a dirigir olhares assassinos do tipo “Se olhas para mim, arranco-te os olhos”. Entre eles, estava a mulher que os tinha atacado. Quer dizer, eles é que se meteram com ela, mas só porque foi preciso. Na estátua embutida no muro, ela tinha um ar ainda mais vilanaz do que tinha “ao vivo”, já que o muro era feito de uma pedra cinzenta escura. Debaixo dos seus pés estava escrito ανίκητος, que significa “Indomável” em grego**. 

Resolveram ignorá-la, e foram ver os outros. Começaram da esquerda para a direita, e em primeiro lugar, estava a Comandante, e logo a seguir a Justiceira e Ryuho ficou alguns segundos a olhar para ela. Ele não a reconhecia na estátua, mas talvez soubesse que era se a visse ao vivo. Ela era-lhe familiar, disso tinha a certeza. Ao seu lado, estava a Indomável e logo a seguir estava um homem. Um homem muito belo e sexy, que parecia gostar de exibir o seu corpo (que mais parecia ser de algum deus grego, de tão perfeito que era). Debaixo dos seus pés dizia βρυκολακιασμένος, “Lobisomem” em grego.

— O que é que estamos a fazer? – Perguntou Shiryu. – Ver as caras destes tipos não nos vai ajudar em nada. Devíamos tentar arranjar uma forma de passar para o outro lado deste muro.

— Sim. – Seiya concordou. – O que é que fazemos?

— Ele deve ter sido construído com alguma finalidade. – Shun começou a expor algumas das suas ideias. – Está muito bem feito e muito bem trabalhado. Ou é algum monumento ou é alguma espécie de fortaleza.

— Descarta a primeira. – Hyoga falou, mal Shun tinha fechado a boca. – Esta coisa foi construída há pouco tempo. Quer dizer, tu viste a Justiceira. Ela tinha vinte anos à vontade.

— Isso não quer dizer nada. A estátua pode ter sido feita há pouco tempo, mas o muro não. Por exemplo, a Comandante. Ela deve ter a nossa idade. Acho que não se tornou Líder de ontem para hoje. O cosmo dela era muito mais desenvolvido do que o da Justiceira. Tem de ter mais anos de experiência do que ela. No mínimo muitos.

Hyoga queimou o cosmo e formou a constelação de Cisne com as mãos.

— O que é que estás a fazer?! – Perguntou Souma, quase a gritar.

— Vou destruir este maldito muro. – Respondeu direta e grosseiramente. – Não suporto olhar para ele. – Sussurrou.

— Espera. – Cortou Shiryu. – Não sabemos o que está por detrás disto. Imagina que está uma aldeia ou algo do género. Tu não irias querer matar inocentes.

— Nem eu, nem nenhum de nós.

E o quase ataque desapareceu.

— Onde está a Indomável? Ela deve saber como passar esta coisa.

Yuna bateu na própria testa após ouvir o estúpido comentário vindo de Souma.

— Souma, seu atrasado mental, será que alguém tem de te lembrar de que ela estava montada num cavalo com asas?! Que voava, por sinal. E além disso, porque é que ela nos ajudaria?

— Não sei. Se ela não nos queria ajudar, porque raio é que deixou o diário no nosso campo de visão?

— Realmente… não faz muito sentido. Se calhar ela queria que nós o encontrássemos.

— Então ela sabia que nós vínhamos. – Shun levou a mão direita ao queixo. – Foi ela que nos trouxe para cá. Muito provavelmente.

— Estás com dúvidas? – Perguntou Hyoga.

— Sim. Isto são só tiros no escuro, porque a Indomável parecia ter passado mesmo sem querer que nós nos metêssemos com ela. Ou então, ela deixe sempre o diário ali. Não sei, são muitas hipóteses.

— O diário. – Yuna interrompeu. – Ele deve ter lá alguma coisa que nos ajude. Só espero que o Ryuho o tenha trazido. Por falar nisso… onde é que ele está?

Souma franziu as sobrancelhas e olhou para os lados e apenas viu Yuna, Shun, Hyoga e Shiryu.

— Onde é que estão os outros? – Shiryu começou a ficar apreensivo e correu, contornando o muro e olhando em volta. – Sigam-me. – Ordenou.

Enquanto corriam, Yuna olhava para a construção monstruosa e por vezes perdia o fôlego só de o fazer. Aquilo tinha grandiosidade a mais para ser um muro qualquer. Tinha alguma função mais do que importante para ser capaz de deixar qualquer um imobilizado só de lhe dar uma vista de olhos.

Ao fim de alguns minutos a correr sem parar, percebeu que já tinha passado por todos os sete indivíduos e mesmo assim, o muro não tinha acabado.

*_*_*_*_*_*_*

Pavlónia, templo de Hera

— Sim, sim. O Seiya vai adorar ver-te assim. Ele até vai enlouquecer. E vai atacar-me sem piedade e dizer-me para não voltar a encostar as minhas mãos imundas num fio de cabelo teu. – Hera continuava com as provocações e o desespero de Atena era mais que notável. – Sim, eu sei como ele é. Obcecado com a tua segurança. Mal suporta ver-te com um arranhão, nem quero imaginar quando te vir com mais sangue fora que dentro do corpo. – A deusa fingiu que alguma ideia genial tinha surgido e a sua expressão facial só fazia lembrar a Bellatrix Lestrange, personagem da saga de filmes de Harry Potter. – Já sei! Se calhar fazes de propósito.

Saori desabou num choro descontrolado.

— Não… não, não, não. – Ao fim de alguns segundos que para ela foram horas, levantou-se com imensa dificuldade, passando a mão a um ferimento que lhe tinha perfurado a “armadura” um pouco acima do lado direito da cintura e que devia ser pelo menos um pouco profundo e o sangue não parava de escorrer, por isso usou o cosmo para estancá-lo e olhou para a madrasta. Estava decidida a matá-la ali, mas não tinha a mínima intenção de morrer naquele templo. Por isso, tinha que mudar de estratégia. Ao menos, ter levado com a quantidade de golpes serviu para ela perceber mais ou menos como Hera atacava.

— Não olhes assim para mim. Eu não disse nada de errado. Não sei se alguma vez paraste para pensar, mas quanto mais tu estavas debilitava, mais ele ficava com sede de matar aquele ou aquela que teve a “audácia” de te tocar. Por isso é que eu continuo a achar que fazes de propósito para ele te salvar sem precisares de mexer um pé. Mas agora, falando a sério, tu devias ter participado mais em todas as batalhas onde já lutaram por ti. Não fiques à espera que te venham salvar. Claro que não estou a dizer para deixares de ter fé nos teus cavaleiros, mas… tu percebeste. E sendo sincera, fiquei orgulhosa quando me apertaste o pescoço ainda há pouco, mas isso não vale nada contra mim porque o meu corpo está bem mais treinado do que o teu. Eu quero lutar contra ti, Atena. Não tenho interesse em nenhum dos teus cavaleiros. Aos meus olhos, eles são só um estorvo e se tiverem que ser mortos, que assim seja. Eu quero ver a austera e imponente Atena da Era mitológica que lutou ao meu lado a favor dos Gregos na Guerra contra Troia. – O báculo de Atena estava no chão, todo sujo de sangue e Hera ajuntou-o, dando-o à sua dona. – Vamos, Atena. Tu vales muito mais do que demonstras. Se for para eu te derrotar, quero que dês tudo o que tens.

 - Para quê? – Apesar de o discurso ter mexido com ela, Saori estava confusa. Simplesmente não conseguia entender a madrasta. Num segundo ela não parava de se rir da sua cara e no outro, estava a fazê-la refletir sobre todas as suas ações (quer dizer, as ações que deveriam ter sido feitas) como reencarnação da deusa Atena.

— Eu sou a deusa de sete planetas e esses sete planetas são governados por Líderes que são os meus porta-vozes e mais importante, eu quero que eles me vejam como um exemplo a seguir. E além disso, eu só iria dormir com a consciência tranquila se te vencesse de forma justa e honrada. Por isso ataca-me com tudo. Não te contenhas! Ouviste?

— S-sim. – E olhando Hera nos olhos, concluiu a fala. – E Hera… obrigada pelo discurso. É a sério. Excluindo a parte em que disseste que os meus cavaleiros são apenas um estorvo.

— Eu sei. – Apontando-lhe o seu bastão, voltou à posição de ataque. – Agora vamos ao que interessa.

Saori assentiu e queimou o cosmo.

— AAAAAAHHHHHHHH!!!

Os dois cetros cruzaram-se.

Tinha começado o segundo round.

Daquela vez, Atena tinha dado mais.

Achou melhor recuar um pouco para ter uma perspetiva maior da localização do seu alvo e os ataques e contra-ataques começaram.

Inúmeros flashes disparavam sobre o ar, misturados com pó e algumas faíscas.

— AGORA SIM! – Gritou Hera com um sorriso gigantesco no rosto. – Isto está a ficar interessante!

Os ataques vinham por tudo o que era lado e apesar do desejo de progredir, Saori não sabia como o que fazer. De facto, faltava-lhe experiência em pleno campo de batalha e isso notava-se. Hera tinha razão. Saori sempre soube que as anteriores Atenas a superavam em tudo, porém, foi naquele momento que essa ficha caiu. Mas naquele momento, estava simplesmente fora de questão desistir. Naquele momento, estava por sua conta. Naquele momento, não iria esperar que Seiya a fosse salvar. Era ela que se iria salvar.

Olhou para tudo à sua volta e ao longe viu as armas que há alguns minutos tinha rejeitado. Resolveu usar apenas uma: o escudo, mas só porque a sua kamui também possuía um.

Naquele momento, só pensava em voltar a confrontar a madrasta cara a cara.

Usou o escudo para proteger o corpo dos ataques que vinham contra si. Como era uma deusa, conseguia ver os golpes, mas claro que eram vivíveis com imensa dificuldade.

A sua mão esquerda segurava o escudo e a mão direita segurava o báculo. Só conseguia enxergar flashes que lhe encadeavam os olhos e faziam-na recuar. Era como se estivesse a ser perseguida por centenas de paparazzi que ficavam cada vez mais perto de si, e a cada milésima que passava, sentia o ar cada vez mais pesado e a vontade de desmaiar aumentava. Mas tinha que ser forte.

*_*_*_*_*_*

— O que é que se está a passar ali dentro? – Perguntou a Comandante, assim que chegou à entrada do templo de Hera.

— A Hera e a Atena estão a lutar. – Respondeu a Feiticeira. Ela resolveu sair do templo ao fim de cinco minutos do primeiro round. Atena era completamente virgem no que tocava a saber lutar e só de a ver, sentia como se estivesse a desaprender as coisas mais simples, como dar um soco. Além do mais, não achou necessário ficar só a olhar. Resolveu ficar à espera dos outros Líderes fora do templo.

— Tenho que lhe dar um recado. É urgente.

— Temos pena.

— Pega nesse “temos pena” e enfia-o no cu. Se achas que ter Cavaleiros de Atena em Pavlónia não é nada de mais, vai à merda.

Não se ouvia nada. Só as respirações pesadas de quatro Líderes.

— Ca… cavaleiros? Aqui? – O Tritão, um homem alto e musculado, com a pele azul clara e os cabelos compridos e azuis escuros foi o primeiro a quebrar o gelo.

— Sim, sim. – E o cosmo da Indomável fez-se sentir e a jovem mulher apareceu, montada no Pégaso. – Um deles até me chamou prostituta de merda. – Acrescentou, como se não se tratasse de nada de relevante.

— Então, tu entraste em contacto com eles. – Concluiu a Comandante, chamando a atenção dos outros Líderes, que olhavam diretamente para a Indomável.

— Sim. – Respondeu tranquilamente. – Eles estavam no meu território, ao pé das campas da Elisabeth e do Peter. E todos sabem que eu vou visitá-los quase todos os dias.

— Não fujas da conversa. – O Lobisomem deu um passo em frente. – Eu sei que esse assunto é-te delicado, mas falemos sobre o que interessa.

— Não aconteceu nada de mais. Eu passei por lá, eles tentaram interrogar-me, eu ataquei-os diretamente e voltei para aqui. Tão simples como isso. E os Cavaleiros eram o Leão Menor, a Águia, o Lobo, o Dragão, e todos os Lendários, exceto o Fénix.

— Muito bem, Indomável … vamos para o teu território, e matamo-los lá.

— Calma, não acham que é melhor avisarmos a Hera primeiro? – Perguntou a Feiticeira.

— Eu posso servir de anfitriã aos nossos ilustres convidados. – A Comandante ofereceu-se. – Há um deles com quem eu quero lutar.

— Podemos saber quem é? – O Tritão deu um sorrisinho maldoso.

— Não. – Respondeu a Líder.

Apesar de serem quem eram, os Líderes também eram seres humanos, e à frente dos amigos, agiam como adolescentes. Só nessas ocasiões, eram vistos como pessoas. Nas outras todas, eram sempre máquinas de guerra com emoções, dignas de todo o respeito e cortesia. Mas não se importavam. Eram sempre muito bem vistos e bem-recebidos por onde quer que passavam. Claro que havia sempre aquele bando de tarados perseguidores obcecados, mas isso era só esquecer e perdoar, já que nunca mais iriam voltar a ver essas pessoas. Além disso, a grana*** que um Líder ganha, não é pouca, nem nada que se pareça.

— LÍDERES! – Uma voz de mulher ouviu-se, assim como vários passos apressados. Uns segundos a seguir, estava uma amazona do Terceiro Escalão também à entrada do templo. – Um homem foi visto na aldeia das Sacerdotisas.

— E tu não deste cabo dele?! – A Indomável fazia uma careta de pura irritação, metade dela encoberta pela máscara.

— Não. O cosmo dele era demasiado poderoso. Atacá-lo seria suicídio da minha parte.

— Entendo. Nesse caso, vamos nós. Mas primeiro vou avisar a Hera. – Proferiu a Feiticeira. – Esperem aqui. – E entrou no Templo.

— Ok… E diz-nos, Charlotte, como estão as Sacerdotisas?

— Estão bem. A Stevie está a atendê-las.

— Ok. Vai ajudá-la. Obrigada às duas.

— Sempre às ordens. – A mulher sorriu e foi-se embora.

*_*_*_*_*_*

No interior do templo

A Feiticeira viu algo de que já estava à espera: Atena caída do chão, com os olhos semicerrados, imóvel, como se estivesse anestesiada, com sangue a escorrer-lhe pela boca e pelo nariz. O seu báculo estava longe, também banhado em sangue, mas o que a surpreendeu foi que Hera tinha um corte debaixo do queixo, profundo o suficiente para chegar a sangrar, e um pequeno hematoma no canto da boca.

— Hera, Atena. – E referenciou as duas deusas. - Os Cavaleiros de Atena estão aqui. Em Pavlónia.

Hera voltou a sorrir como a Bellatrix Lestrange, e olhou para Saori.

— Ouviste? Falta pouco para o teu Seiya te ver. Deves estar super entusiasmada.

Atena soltou um gemido fraco e tentou levantar a cabeça, mas foi impedida pela madrasta que lhe pisou a testa com a força contra o chão.

— Não, não… tu ficas aqui e daqui não sais. – O sorrisinho psicótico não desaparecia. – Feiticeira, onde estão as correntes? As dos Sanguinários, de preferência. – O seu olhar voltou para a enteada. – Quero-a bem acorrentada e ela que nem pense em sair daqui.

A Líder soltou um riso seco e maldoso.

— E os outros Líderes?

— Eles que venham para aqui. Só para a nossa convidada ter boa companhia.

— Senhora, a Comandante diz que quer lutar com um dos Cavaleiros pessoalmente.

— Ela faz o que quiser.

*_*_*_*_*_*

— Olhem, vão-se comer para outro lado! – Reclamou a Feiticeira ao ver a Justiceira e o Lobisomem a devorarem os lábios um do outro num beijo daqueles literalmente quentes.

— Sim. Vocês não estão entre quatro paredes. As Sacerdotisas não vos podem ver assim. – Acrescentou a Indomável.

— A Hera quer-vos a todos ali no templo. Tu não, Comandante. Tu vais lutar contra o teu Cavaleiro.

E a Líder desapareceu. A Feiticeira continuou a falar.

— Onde está o James? – Ele era o único Líder que faltava.

A Indomável riu.

— Espera. Não digam: eu adivinho. Aposto que a Comandante lhe partiu os maxilares outra vez.

Todos se riram, mas o diálogo sério continuou.

— Algum voluntário para trazer os Cavaleiros para aqui?

— Todos? – Perguntou o Lobisomem. – Isso não é só estúpido?

— Não. A Hera quer que nós os matemos aqui. Para causar o mínimo de danos no território dos Indomáveis. Cavaleiros, ainda mais os Lendários e os que despertaram o Ómega, não são inimigo de que se possa zombar. Por isso, cautela.

— Eu vou lá. – A Justiceira ofereceu-se e desapareceu antes que alguém pudesse abrir a boca.

— Quanto a nós, vamos lá para dentro. – Disse a Líder dos Feiticeiros. – Eu ainda tenho que ir ao território dos Sanguinários. Aproveito e trago o James comigo.

*_*_*_*_*_*

— Seiya… Seiya, acorda.

Ao fim de uns segundos, o Sagitário abriu os olhos e a primeira coisa que viu foi a cara de Ryuho, a uns centímetros da sua.

— Onde é que nós estamos?

— Do outro lado do muro.

— O quê? – Numa questão de segundos, levantou-se e observou tudo à sua volta: na realidade, não havia ali nada par ver, exceto uma pequena aldeia, e ao longe, um enorme portão, vigiado por duas mulheres com trajes semelhantes aos dos soldados da Antiga Grécia. Os cosmos delas não eram nada de surpreendente, talvez o equivalente ao dos Cavaleiros de Prata. – Onde estão os outros?

— Não sei. Agora somos só nós e o Haruto. Ele foi ali àquela aldeia pedir informações e ainda não voltou.

De repente, ouviram-se vários gritinhos histéricos e desesperados e logo de seguida, várias ninfas pareciam estar a fugir desesperadas.

— Rápido, chamem os Líderes!! Entrou um homem na Ágora!

Ryuho e Seiya perceberam o alvoroço e esconderam-se numa mata atrás deles.

— Que raio de mulherezinhas são aquelas? Não podem ver um homem que ficam logo que nem umas doidas pindéricas. - Ryuho olhou para elas de maneira estranha.

Atrás deles, ouvia-se um choro descontrolado e forçadamente encoberto.

— Chiu, acalma-te. Não compliques as coisas. Por favor.

— MMMMMMMM!!!! UUUUUUMMMMMMMM!!!!!!

Assustados, o Dragão e o Sagitário viraram-se para a origem dos barulhos e não esconderam o choque ao ver Haruto a usar umas cordas para amarrar uma ninfa a uma árvore próxima. Ela tinha os pulsos amarrados atrás das costas e um trapo enfiado na boca e parecia mais desesperada do que o próprio desespero, enquanto se tentava debater, sem sucesso. Apenas dois segundos a ver aquela cena, foram suficientes para Ryuho deixar de sentir as pernas e cair ao chão, com o coração a bater a mil. Ryuho conhecia Haruto o suficiente para saber que o amigo jamais iria tentar fazer algum mal àquela ninfa, mas aquelas tentativas falhadas de se libertar, os urros por abafados pela mordaça improvisada e as inúmeras lágrimas que caíam pelo seu rosto só o fizeram lembrar dos longos e dolorosos dias em a luz da sua vida tivera sido mantida em cativeiro como refém e usada como brinquedo do desprezível padrasto. E a pior parte era que, no final das férias de verão, ela tinha voltado a desaparecer.

— Ryuho?

Ele virou o rosto para Seiya, Haruto e para a ninfa, que continuava aos prantos, mas parecia mais calma.

— Tem calma. – O Lobo aproximou-se da moça e tirou-lhe a mordaça.

— Por favor, não te aproximes mais. – Suplicou ela, com voz de choro, como se quisesse gritar e não o conseguisse. – Não me façam mal, por favor.

— Não te preocupes, ninguém te vai magoar. – Ryuho tentou tranquiliza-la, tocando-lhe no ombro. Mas quando o fez, a ninfa encolheu-se e chorou ainda mais.

— Não me toques. Eu não posso perder a minha virgindade.

— O quê?! – Gritou o Dragão, em pleno choque e desconforto pelo rumo que a conversa estava a ter. Ela achava que eles a iam violar? Resolveu levantar-se e ganhar alguma distância da moça. – Ouve: aqui ninguém tem intenção de te desrespeitar. Somos Cavaleiros de Atena, e como tal, jamais cometeríamos algum ato tão desumano como esse. Nós apenas precisamos de te fazer algumas perguntas.

— Claro. Eu respondo a tudo o que vocês quiserem. Só não me façam mal.

Seiya foi o primeiro a falar, sem dar tempo para que os outros abrissem a boca.

— Onde fica o templo da Hera?

— No cume da montanha dos Líderes, que fica atrás daquele portão.

Seiya já tinha começado a correr, quando Haruto lhe segurou o braço.

— Onde é que pensas que vais?

— Salvar a Atena.

— Nós mal sabemos com o que estamos a lidar. Por isso, temos que pensar numa estratégia.

— EU NÃO TENHO TEMPO PARA ISSO. A SAORI ESTÁ LÁ EM CIMA COM UMA DEUSA QUALQUER. TENHO QUE IR SALVÁ-LA.

— Seiya, acalma-te. Pensa duas vezes antes de fazeres alguma coisa. Atirares-te de cabeça seria suicídio.

— Ele tem razão. – Disse a Sacerdotisa. - Os Líderes vão transformar-te em cinzas.

— O que é que sabes sobre eles?

— O básico. Nós sacerdotisas não podemos saber de muita coisa porque vivemos naquela aldeia. É fácil alguém chegar ali e perguntar-nos o que quer que seja.

— Mas vocês não ficam meio vulneráveis ali? – Perguntou Ryuho.

— Não. Nós temos a proteção deles.

— Diz-nos tudo o que sabes.

Um cosmo abismal apareceu.

— Isso não será necessário.

E viu-se a silhueta de uma mulher a aproximar-se. Assim que Ryuho viu o rosto da jovem Líder dos cabelos loiros e dos lindos olhos verdes, reconheceu-a logo: era a Líder dos Justiceiros, mas tinha um nome próprio.

— Ora viva, Samantha.

Continua…


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Notas finais do capítulo

* Sim, eu sei que o Miro de Escorpião destruiu a Ilha de Andrômeda no anime clássico. Mas tudo terá uma explicação.
** Eu não consegui encontrar uma tradução exata para “Indomável”. Esta significa invencível, insuperável, imbatível, inconquistável, mas que acabam por ser sinónimos, então tudo bem.
*** Como eu uso o português de Portugal, uso alguns termos que não se usam no Brasil. Um deles é este: ganhar uma grana é o mesmo que ganhar dinheiro.
Até à próxima



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