Despertar escrita por Ragnar


Capítulo 5
Capítulo 4




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Por que a presença de Rakan ali não se mostrava mais como uma ameaçava? Yasuo tentava absorver bem aquela pergunta e também e a resposta que não seria algo simples de se ter.  

Ele não sabia quanto tempo eles estavam ali, sentados um do lado do outro. Um aceitando a explicação e o outro esperando uma reação, um equilíbrio temporário que estava em conflito, o caos e corrupção de um lado e a confusão e perturbação.  

O familiar de Rakan brincava com Adorável e ambos nem mesmo se importavam com o clima de tensão ali, brincando inocentes, bagunçando o quarto e parando um pouco depois para os encarar, curiosos.  

Não sabia se tinha sido tolo em contar o que sabia de uma forma fantasiosa demais, do que viu desde o início pelos mangás, mas sem citar os quadrinhos japoneses no meio, como se fossem visões do futuro, mas que nada era certo e que poderia mudar, mas também... Contou e reforçou que não sabia como tinha ido parar nos jardins da escola das guardiãs, mas explicou que foi como acordar de um sonho e se ver dentro de outro sonho, não havia a sensação da magia ou de ter a mesma em mãos, Yasuo não sabia nem tirar um coelho da cartola. Porra, ele era um DJ!  

Falar como um ser onisciente não ajudava em nada, ele não sabia de todas as coisas, apenas... Tinha conhecimento prévio do que já foi mostrado através dos mangás, não era o criador. 

— Uma vez... Em um planeta da qual a estrela que o iluminava estava morrendo, a população do lugar parecia festiva, mas... Prestes a morrerem, o ancião deles, o “oráculo”, deu uma visão a uma pessoa da qual eu conhecia, uma traidora das irmãs e irmãos — Contava, punhos se fechando com força, o olhar distante e tão... Inofensivo — E então, todos cantaram uma canção melancólica, porque sabiam que não podíamos impedir a extinção deles, uma badalada do início do fim... 

— E por que está me contando isso? — Perguntou, vendo o olhar dourado em si. 

— Porque você está fazendo a mesma coisa comigo... — Respondeu — Você é o “oráculo”, com magia das sombras e despertado para fins da qual já sei o que veio fazer aqui. 

— Até agora eu ouvi de você várias coisas, mas não uma explicação dessa magia, da “maluca” — E daquela vez, não era um Yasuo fã de guardiãs que falava e sim, a curiosidade genuína mesclada com a preocupação — Eu deveria saber o que me trouxe aqui, não aguento mentir sendo que nem mesmo eu sei a verdade — Contou. 

Mas o outro não expressava uma reação clara, era neutro até em seu olhar.  

— Se eu contar sobre a criatura que o trouxe, isso pode mudar — Argumentou contra Yasuo e o mesmo deu um longo suspiro. 

— Vamos voltar do início da qual eu sei das coisas, mas nenhuma delas da qual sei aconteceu — Fazendo uma careta com a insistência do outro no mesmo ponto, como se quisesse acreditar em apenas uma coisa — Não posso fazer com que aconteçam. 

— Então você é mais inútil do que eu pensava. 

De personagem favorito para personagem da qual detestava, o ruim de ficar cara a cara com os personagens que gostava é que acontecia de ver a verdadeira face de cada um fora do padrão. 

— Não é bem assim... — Suspirou, cansado — Não tenho poderes além da compreensão, mas se sou inútil, você é tão quanto eu — Respondeu, tento então a careta de Rakan, dando uma risada disso e se assustando quando Adorável pulou em seu colo e o familiar de Rakan ficou em seu ombro — Mas eu deveria voltar para casa e saber quem me trouxe, por isso vou insistir até que me diga já que não vai me matar. 

— Acho que eu deveria voltar a ideia de ser o chato misterioso que falava uma frase de efeito apenas — Rebateu, dando de ombros e dando uma risada com a cara de Yasuo — Por que eu falaria disso com você? Mesmo não sendo mais uma ameaça aos seus olhos e posso ver isso realmente, você acha que eu não faria algo? — E antes que Yasuo pudesse responder, Rakan tomou o familiar em suas mãos, ficando tão próximo dele que acabou prendendo a respiração, sentindo o rosto ficar quente demais. 

— Eu poderia ser útil... — Rebateu — Em algum momento essa pessoa que você tanto reclama vai chegar até mim... 

— E? 

— Irei ser morto, isso é meio óbvio. 

Yasuo poderia transparecer calma ao falar isso, mas a ideia de morrer e nunca mais voltar o assustava. Aquilo era real demais, tinha até se beliscado com força, deixou o dedinho do pé bater na quina da cozinha da casa de Lux e ainda prendeu a respiração, tudo real e que machucava. 

— É normal ficar com medinho, mas não sou sua babá para ficar protegendo você — Argumentou. 

— Engraçado você falar isso... — Deu uma fraca risada, coçando a cabeça de Adorável e então, encarando Rakan — Quando buscou uma explicação e veio até mim... É a segunda vez em um dia diferente. 

Onde ele queria chegar? Se Rakan queria respostas, ele o teria feito no mesmo dia em que o segundo grupo de guardião apareceu na casa de Luxanna, o coagido a ter falado algo e dado continuidade ao que queria fazer, ele saberia bem o que fazer. O ponto? Ele parecia mais um bonachão do que um guardião corrompido. 

— Isso não significa nada. 

Sim, significava. 

— Então acho que pode partir e ajudar a Lux, sou apenas um intrometido inútil — Rebateu. 

Não precisando apresentar mais motivos, Rakan se levantou e o seu familiar saiu de seus braços, ambos ficando frente a janela do quarto aberta.  

Sendo encarado, piscando brevemente e notando o quão habilidoso o outro era em ter a arte de sumir. A desculpa de comprar cigarro funcionaria melhor, funcionou com o pai de Yasuo. 

Trancou bem a janela e se ajeitou para acordar bem, o que pareceu funcionar e ele se utilizou de um apoio para não esquecer do que faria naquele mundo fictício até arrumar uma forma de voltar para casa, uma das coisas seria arrumar uma forma de sustentar o que ele mesmo contou para todos, voltar a seguir um caminho e um emprego... Talvez os locais perto da universidade de Garen precisassem de um DJ, mas sem suas coisas ou seus mixers ficaria complicado, por isso teria que se contentar com pouco e insistir ainda mais com Rakan. 

O passar do dia na casa do irmão mais velho de Lux foi mais movimentado por ser final de semana e ter uma pessoa além de Katarina. Talon ficou curioso e cercando Yasuo com perguntas, ficando até mesmo sem o capuz quando conversava com ele.  

Ele precisava de foco e não de outro personagem de mangá com trejeitos perfeitos! 

Como não conhecia nada ali, ficou fácil se informar com Katarina, sendo sugerido até por Talon que ele fosse para Noxus, o que gerou uma Katarina furiosa que jogou uma almofada no irmão. 

Quando contou sobre ser DJ e ter um pouco de experiência, a sugestão veio de Garen, esse que chegou em casa com algumas sacolas e comentou sobre a loja de eletrônicos precisar de uma mão extra e com especializada, sempre passava por lá com alguns colegas e ninguém tinha aparecido. 

Ótimo. O emprego já era de Yasuo. 

Iria se virar na marra para sair daquele pesadelo, mesmo sem a ajuda de Rakan. 


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