— Senhor, Weasley! Eu não sei mais o que fazer com essa mulher, deixe ela entrar de uma vez antes que ela bata em mim. — a secretária de Rony havia dito entrando depressa em sua sala anunciando o escândalo que Padma fazia fora da sala.

— Tudo bem, tudo bem, tudo bem. Deixe essa louca entrar que eu dou um jeito nela, ok?

— Ok. Obrigada.

Nem dera tempo da secretária sair direito que lá já estava Padma. Entrando na sala como uma louca destrambelhada.

— Pensei que não ia me deixar entrar nunca! — ela esbravejou.

— E nem devia ter deixado. Só permiti pra dizer pra você que a minha secretária não é obrigada a ficar aguentando seus chiliques, muito menos eu. Agora faça o favor de ir embora daqui e não voltar nunca mais porque eu não quero mais olhar na sua cara.

— Não sei por que agora me trata desse jeito. Enquanto ia pra cama comigo era todo cheio de elogios e carinhos.

— Águas passadas. Agora faça o favor de se retirar e me deixar em paz, não aguento mais você fazendo esse inferno na minha vida. Acaso não tem o que fazer? Até onde sei, você trabalha aqui e trabalho é o que não falta!

— Estaria trabalhando já se você tivesse me atendido antes.

— E o que é de mais importante que você tem pra me falar que pode se sobrepor ao seu trabalho?

— Eu vim aqui conversar sobre nós dois, oras! Não é óbvio?

— Não, claro que não! Nunca existiu isso de nós! Você tá maluca? Cheirou cola?

— É claro que existiu, Ronald! Quando você vai parar de fingir amnésia?

— Quando você vai parar de fingir amnésia? Ou melhor, quando vai parar de inventar coisas nessa sua cabeça de vento?

— Você não pode falar assim comigo!

— Você que chegou aqui na minha sala fazendo escândalo e importunando meus funcionários! Eu realmente faço de tudo pra ser educado com você, mas você não me dá outra opção. Está me aborrecendo tanto com essas maluquices que colocou na cabeça que já estou a ponto de te colocar na rua! Sorte a sua que não misturo minha vida profissional com a pessoal e sei que é uma boa funcionária, pois se não fosse você já estaria demitida há muito tempo!

— Olha só como você está enlouquecendo! Olha o jeito que está falando comigo e as besteiras. Preste atenção nas suas palavras!

— Preste você atenção nas suas atitudes. Olha a gritaria que estamos fazendo aqui, chamando atenção do setor inteiro. Tudo por culpa sua! Não se toca não?

— Você é que devia se tocar, Ronald! Ou acaso achou que ia se deitar comigo e tudo ficaria por isso mesmo?

— Pelo o amor de Deus, Padma. Eu fui bem claro com você quando tudo aquilo começou e você mesma concordou com tudo. Sabia que eu só queria me divertir e me disse que queria o mesmo!

— Disse porque queria ficar com você!

— Mas eu não tenho nada a ver com isso. Não tenho culpa por você ter alimentado mentiras na sua cabeça. Colocamos tudo em pratos limpos, se você resolveu omitir suas intenções a culpa não é minha, entenda de uma vez por todas!

— Rony... eu achei que poderia... que poderia fazer você se apaixonar por mim. Que poderíamos ficar juntos!

— Mas não ficamos e nem vamos ficar! — ele gritou — Eu não estou apaixonado por você e nunca vou ser. Mas que merda, garota! Entenda isso! Você é a única culpada de toda essa situação. Eu sou teu chefe, se você voltar a me importunar com isso eu juro que te demito! Por justa causa ainda!

— Você não pode fazer isso!

— Quer pagar pra ver?

— Só queria que desse uma chance a nós dois. — ela disse derrubando suas primeiras lágrimas.

— E eu quero que você se retire da minha sala e caso me cruze pelos elevadores, faça o favor de fingir que eu não existo. — então ele abriu a porta de sua sala para que ela saísse.

— Rony... — ela tentou abraçá-lo.

— Sai agora!

Então ela saiu chorando.

Ronald estava extremamente estressado com essa situação. Ficara com Padma algumas vezes e sempre fora sincero com suas intenções, mas ela não havia feito o mesmo. E agora ficava torrando sua paciência em toda oportunidade que tinha. Ele já não sabia mais o que fazer, se arrependia profundamente de ter ficado com ela.

Caminhou até sua mesa e desmontou-se em sua cadeira bufando. Passou a mão por seus cabelos e tombou a cabeça para trás. Girou duas vezes e respirou fundo: colocava ou não aquela garota pra fora? Mas um barulho o fez distrair-se de seus devaneios... era seu celular tocando.