Missão: Vingar a Noiva escrita por Beykatze


Capítulo 7
Planos malignos


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura
E hoje se iniciam os planos malignos hohoho



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— Cris – Ágata chamou na porta do quarto – O Edu pode tomar banho ai? O chuveiro do corredor estragou e precisamos ficar prontos para a janta.

— Claro – A prima falou, saindo do quarto e permitindo a entrada do rapaz, que já tinha suas coisas na mão – Quer que o Douglas arrume o chuveiro? Ele ainda não tomou banho, não tem problema.

— Não precisa – Descartou a ideia com um aceno da mão – Eu mesma dou uma olhada.

Enquanto isso, Edu entrava no banheiro do quarto de hóspedes, que era suite, onde o casal estava dormindo e acomodava sua toalha e deixava suas roupas em um canto. Largou no chão seu xampu e sabonete e a surpresa que Ágata compara para Douglas: um creme depilatório que prometia remover os pelos com muita rapidez. Analisando os produtos, encontrou o que parecia não ser de Cristina e colocou o produto lá dentro, misturando o xampu com o creme. 

Em seguida, para não serem pegos na mentira, tomou um banho demorado no chuveiro do casal.

***

Durante a noite de sexta-feira, a família de Douglas chegou na fazenda, ocupando o lugar com ainda mais vozes e malas cheias de roupas. Para a chegada deles, Cristina e Douglas reservaram um restaurante para uma janta especial com as duas famílias reunidas.

Ágata vestia a melhor coisa que tinha no armário: um vestido na altura das canelas, tomara que caia, mas com as mangas longas em tule preto e a saia rodada também com adição do tule. Aplicou uma maquiagem leve, o melhor que soube fazer, e prendeu os cabelos em um coque firme.

Já Eduardo usava um terno simples, porém bonito, e, assim que Ágata o viu, seu coração deu um pulo, sendo repreendido por ela em seguida. Pensou em elogiar o rapaz, mas foi tomada por uma timidez grandiosa e se calou.

Depois de todos prontos, chegaram ao restaurante, um lugar muito fino, e tomaram os lugares designados por Cristina. A prima estava, como sempre, deslumbrante. Usava um vestido longo  na cor azul ciano, que iluminava seus olhos claros. O cabelo tinha penteado para o lado e o mantinha preso com meia trança e alguns pontos de luz colados. No rosto, um sorriso genuíno e alegre.

Entretanto, os olhares de Ágata e Eduardo eram essencialmente para Douglas, a fim de ver se os cabelos já tinham caído ou se não tinha feito efeito. 

— Acho que tô vendo uns fios faltando – Ágata sussurrou.

— Pois é, não lembro dele ter aquela entrada – Concordou.

— Minha filha, como você está linda – Osvaldo, o avô da garota comentou beijando a bochecha da neta e interrompendo os comentários maldosos. 

— Quase mais bonita que a Cristina – A avó completou, analisando as duas netas – Mas ainda não passa dela.

— Eh, obrigada, vó – Agradeceu confusa e trocando olhares humorados com a prima.

— Gente – Cristina chamou a atenção de todos batendo levemente em uma taça e pegando a mão do noivo em seguida – Vamos nos sentar, por favor. Eu queria agradecer por todos estarem aqui hoje, nesse final de semana super especial, totalmente dedicado ao nosso casamento.

— Linda! – Lise elogiou, arrancando risos dos presentes.

— Já já vamos abrir o buffet, mas antes, umas palavrinhas do meu noivo – Cristina chamou Douglas, que sorriu para os familiares.

— Obrigada por viajarem até aqui só pra ver meu casamento com essa... Mulher... Incrível – Parecia buscar as palavras no “baú das coisas que eu não uso” que ficava logo ao lado do cérebro inutilizado, pensou Ágata- E espero todos vocês emocionados depois de amanhã, quando ela disser que aceita.

— Com certeza, meu amor – Riu beijando a bochecha dele – Então, podemos ir comer. Só lembrando que é tudo sem lactose, porque o Douglas é intolerante.

— Obrigado – Ele agradeceu abraçando Cristina e beijando-a enquanto todos levantavam para comer.

— A família dele é meio estranha né? – Lise indagou cochichando com Ágata.

— Eu também achei.

— Eles tem um ar... Não sei – Lise concluiu com uma careta vendo todos levantando para se servir – Não gosto deles.

— Olha pelo lado bom – Apontou - Só vamos precisar conviver nas datas comemorativas.

— Eca – Riu – E também não gosto dele – Lise confessou – Sempre falei pra ela. Muito estranho ele querer ir nas reuniões do trabalho e, no primeiro momento que ela precisou de dinheiro pra estética ele deu e pediu pra ser sócio.

— Ele o que? – Ágata perguntou com os olhos castanhos arregalados levantando também com o prato na mão. Notou que Lise já estava um pouco embriagada e por isso a língua estava solta.

— Você não sabia? – Ficou confusa – Ele quer ser sócio dela, mas ela não quis. Só que se ele casar, pela política da empresa, ele é considerado sócio e pode tomar decisões.

Um peso gigante e frio caiu sobre Ágata, que apenas se silenciou e ficou pensativa a noite inteira.

***

Na manhã seguinte, todos acordaram mais tarde, com exceção de Ágata, que não conseguia dormir mais.

Virava pela cama e não conseguia dormir de jeito nenhum. Não podia deixar que Cristina realmente se casasse com aquele homem, ainda mais com as suspeitas que tinha.

Olhando para a cozinha, resolveu fazer o café da manhã de todos. Como era perto do almoço, escolheu fazer panquecas doces para alimentar bem o pessoal. Pegou os ingredientes e, olhando com suspeita para o leite, resolveu colocá-lo na receita, guardando todos os ingredientes em seguida.

Pouco a pouco, as duas famílias foram despertando, as primas, as tias, os sobrinhos, e os agregados, como Tia Tânia chamava os maridos que não faziam parte da família.

Um a um, todos se deliciaram com as panquecas e o café preparado com carinho por Ágata, inclusive Douglas.

— Porque está olhando para ele como uma psicopata? – Eduardo indagou dando uma mordida na massa fofa.

— Eu quero ver quando vai acontecer – Sussurrou.

— Quando vai acontecer o que, doida?

— Você vai ver – Sorriu com orgulho, aguardando a explosão entre um gole de café e outro.

— Douglas, meu filho – A avó chamou olhando com interesse para sua cabeça – Já está ficando calvo?

Lise quase cuspiu o leite que bebia quando a avó fez o comentário. Já as crianças, desataram a rir e comentar “O Douglas tá carequinha”. 

— Não debochem dos problemas das pessoas – Ágata repreendeu os sobrinhos – O tio Douglas tem só um probleminha com os cabelos, não é motivo para rir. Desculpe por eles, Douglas – Pediu com um falso sorriso empático.

— Sem problema, são só crianças bobinhas- Falou deixando a mesa, o rosto vermelho com a raiva borbulhante e Cristina foi atrás.

— Não esqueçam o chá de casa nova hoje à tarde – Tia Marta, sogra de Douglas, avisou quando ele se retirou.

Todos terminaram de comer e saíram, cada um com uma tarefa designada para arrumação da tarde, pois viriam muitos amigos do casal para o chá. Assim que Ágata ficou sozinha buscou o mais velho dos sobrinhos, que estava sentado no sofá jogando um jogo de tiro no celular.

— João – Ágata chamou – Quer ajudar a tia?

— Hum – Falou sem tirar os olhos do jogo. Ágata baixou a tela da frente dos olhos dele e disse:

— Te dou dez reais se entrar no quarto da Cris e roubar todas as calças do Douglas. Deixa só as bermudas.

Um sorriso cresceu no rosto da criança de onze anos, que pegou o dinheiro da mão dela e correu para os quartos.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
Já viram algum daqueles filmes? Sos mulheres ao mar, mulheres ao ataque ou o melhor amigo da noiva? Se sim me conta aí o que acharam :D



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