Arma letal escrita por Novacullen


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Consegui antecipar a postagem para hoje.
Boa leitura!



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PV ISABELLA

Há dois meses que convivo com uma família de vampiros e contrariando a lógica está sendo surpreendente bom, a maneira que me trataram até parece que me veem como alguém da família. E eu gostaria que isso pudesse ser verdade e que nunca acabasse meu tempo com eles.

Mas a realidade é outra Isabella, se conforme e pare de sonhar à toa. A gangue certamente está a minha procura, tão logo eu me recupere totalmente terei de voltar para ela, arrumar uma desculpa convincente para o meu sumiço, pois eles nem ao menos podem suspeitar por onde estive durante o tempo de recuperação, os Cullen tem o disfarce humano a manter, eu não podia pagar por terem me salvado daquele vampiro e por todos os cuidados que estão tendo comigo colocando o segredo deles em risco. Pois certamente o pessoal da gangue ia se interessar em saber quem são essa família, se certificar que o anonimato da gangue está a salvo, mas se ficarem olhando muito de perto pode acabar notando algo de diferente neles, eu não poderia tirar o sossego dos Cullen deixando a gangue ficar na cola deles.

Eu vou sentir muita falta dessa família ainda mais de certo vampiro de cabelos cor de bronze e olhos verdes, Edward, é o que eu mais lamentaria deixar... Passei a me sentir atraída por ele, mas sei que acontecer algo entre nós é impossível de muitas formas... Por conta da necessidade de manter segredo de sua espécie eles não devem nem cogitar se relacionar com humanos.  E tem o fato de eu pertencer à gangue também.

— Isabella? Posso entrar?

Nossa! Só ouvir sua voz fez minha pele arrepiar. Suprima a atração Isabella, suprima!

— Pode sim, Edward. – digo fazendo com que minha voz saia normal, me sento na beirada da cama, o aguardando entrar.

— Bom dia! Isabella.

— Bom dia! Edward.

— Está um belo dia de sol, gostaria de ficar um pouco lá fora?

— Sim.

Seria bom pegar um ar puro, já passei muito tempo dentro de casa.

— Vou carrega-la até o jardim.

— Não!

Ele arqueia uma sobrancelha surpreso pela minha recusa, pois ele já havia me pegado no colo para me mover de um lugar a outro várias vezes sem que eu reclamasse.

— É que eu gostaria de andar um pouco. – minto, na verdade eu não queria estar nos braços dele e sentir aquela “eletricidade” que passei a sentir quando ele me tocava, eu não podia continuar me permitindo sentir isso, pois não ia me ajudar em nada a suprimir essa atração que estou sentindo por ele.

— Está bem, mas vou apoia-la.

Eu já estava sem a tipoia, às costelas já estavam quase totalmente saradas, o meu problema agora era só o gesso da perna direita que ia até a altura do joelho, a tíbia havia fraturado, Carlisle disse que ainda será preciso ficar mais um mês com o gesso.

Quando percebo que Edward ia passar o braço em volta de minha cintura consigo sutilmente impedir e seguro em seu antebraço como apoio, me garantindo o mínimo de contato, e ele anda elegantemente, enquanto eu manco até o jardim da casa.

— Podemos nos sentar no banco ali, acho que fez mais esforço que devia. – e me ajuda a sentar, e em seguida senta-se ao meu lado.

Eu estava quase hiperventilando, esse tempo de “molho” sem poder me exercitar fez minha resistência física cair. Outro problema a resolver, eu precisava voltar a ficar em forma rapidamente tão logo me recupere da minha perna, para ser capaz de cumprir as ordem da gangue e continuar vivendo minha vida de merda, mas decido não pensar nisso, apenas aproveitarei o pouco tempo que me resta entre essa família maravilhosa.

— Não posso ler sua mente, mas não estou gostando do rumo de seus pensamentos.

— O quê?! 

— Sua expressão me deu a dica. O que a está afligindo?

— Nada. - digo infelizmente não conseguindo soar nem um pingo convincente.

— Nada, não é, mas vou respeitar que não queira falar sobre. Embora isso vá me corroer de curiosidade por dentro. - diz a última parte em tom brincalhão, quebrando o clima tenso.

— Falando em curiosidade. – aproveito para mudar de assunto eu não queria mesmo falar a ele sobre o que eu estava pensando.

— O quê?! Ainda há mais perguntas sobre vampiros que queira fazer? – disse surpreso, eu já havia feito muitas perguntas mesmo.

— Um monte delas ainda se você não se importar em responder.

— Claro que não. Pode mandar. - ele faz um gesto de como se fosse pegar no pesado, e eu rio disso.

— Ah! Aí está. Essa expressão cai bem melhor em seu rosto. Promete mantê-lo sempre assim.

 — Tentarei, ao menos.

— Ótimo! – me dá um sorriso torto, que acho incrivelmente charmoso e sexy. – Mande as perguntas.

— Bom deixe-me copilar o que já sei, para não repetir as perguntas.

— Fique a vontade.

— Os dons, não dormem, tem super força e velocidade, sentidos apurados, pele fria e resistente a tudo...

— A quase tudo.

— E a que não?

— Fogo. Podemos viver eternamente desde que ninguém nos transforme em cinzas.

— Achei que fossem invencíveis.

— Hum... não, temos esse ponto fraco.

— Bom e posso constatar por mim mesma que vocês não brilham no sol, como em um filme que vi.

— Ainda bem que não, já basta à pele gelada, por conta de nosso coração não bater se ainda brilhássemos que nem um diamante ao ser expor ao sol o disfarce humano seria bem mais difícil do que já é.

— Seu coração não bate?!

— Não e nem precisamos respirar também, fazemos isso, bem para não levantar suspeitas entre os humanos e também porque somos guiados pelos nossos sentidos apurados.

— Passo descartar o lance de olhos dourados e vermelhos do filme também.

— Sim. Na verdade preservamos boa parte de nossa aparência de quando humano. A transformação em vampiro só melhora nossos traços físicos e a mecânica de nossos corpos para ser mais rápido, forte, resistente... Mas apesar das mudanças eu posso facilmente me reconhecer ainda, as mudanças não são tão drásticas, só precisamos nos habituar as novidades.

— Isso é bom. E ser vampiro parece ser o máximo!

— Tenho de admitir a muito bônus, mas há ônus também.

— Quais?

— Não envelhecer. A ideia de ser imortal pode ser boa de muitas formas, mas às vezes está congelado no tempo é um problema, ocasionalmente gostamos da cidade, da vida que montamos ali, mas somos obrigados a nos mudar, antes que os humanos percebam que não envelhecemos. Então a gente sempre esta recomeçando...

— Isso não é legal mesmo.  E o que mais de ônus?

— A sede abrasadora.

— Como é?

— Bom é como ter um ferro em brasa em sua garganta o tempo todo.

— Nossa! – ofego com sua revelação. Deve ser tão horrível!

— Mas eventualmente nos acostumamos a conviver com isso.

— E como se transforma em vampiro?

— Temos veneno, injetamos por meio de uma mordida.

— Um vampiro morde um humano e pronto vira vampiro.

— Não, quem dera fosse, a transformação dura três dias, três dias que parece que você está no inferno, com a sensação de estar sendo queimado vivo e tudo o que você consegue pensar é na sensação de fogo, que o veneno provoca ao ficar percorrendo seu corpo provocando as mudanças físicas.

— Nossa! Deve ser insuportável! 

— Desculpe, estou sendo descritivo demais.

— Tudo bem, é só a verdade, e sinto muito por você passar por tudo isso.

— Não sinta você não é responsável por nada disso.

— Se importa em dizer como se tornou vampiro?

— Não me importo, foi Carlisle quem me transformou. Eu estava morrendo aos 25 anos de idade de uma doença infeciosa sem cura na época. Dei entrada junto com meus pais, mas a doença os consumiu rapidamente.

— Lamento a perda de seus pais.

— Não se preocupe já tem um tempo que aconteceu.

— Quanto tempo?

— Isso aconteceu em 1829.

— Nossa! Você é do século dezenove.

— Sim.

— Eu nem consigo imaginar o que é viver tanto tempo assim...  E como você e Carlisle se conheceram?

— Ele já era médico nessa época, e não havia nada na medicina que pudesse evitar minha morte, mas o veneno de vampiro sim. Quando a transformação acabou ele me pediu perdão, pois ele não pôde me perguntar se eu queria ser vampiro, a doença já havia me deixado inconsciente, mas ele agiu por solidão, ela já era vampiro há trezentos anos e vivendo sozinho, e ao cuidar de mim durante aquelas semanas, um instinto paternal surgiu nele, e como pai, tendo como evitar a morte de um filho, ele agiu, e me transformou. Não o culpei por ter feito tal escolha, o aceitei como pai. Fomos nós dois por cem anos, até que conheceu Esme ainda humana.

— Vampiros se relacionam com humanos?!

— No caso de sendo companheiros sim.

Eu poderia ter esperanças... Poderíamos ter algum relacionamento? Mas minhas esperanças caem por terra, Edward não se mostra interessado em mim dessa forma. E não esqueça a gangue também.

 — Companheiros? – retomo a conversa ao perceber que ele estava tentado em perguntar para onde meus pensamentos tinham ido de novo.

 — Usamos esse termo, pois vampiros tem apenas um par para todo o sempre.

  — Uau! Um único amor para todo o sempre.

— Sim. – e ele me olha de um jeito diferente, não, foi apenas a minha imaginação pregando uma peça de eu desejando a possibilidade de eu ser sua companheira, pois ele continua contando a história, como se isso não tivesse acontecido.

—  Emmet e Rosalie era um casal de nômades, nos encontramos por acaso, ao caçarmos na mesma área, eles ficaram curiosos com nosso estilo de vida, pois nos referíamos a família e não a clã, tínhamos residência fixa, então os convidamos para conviver conosco e mostrar nosso estilo de vida. E bom com o tempo passamos a nos ver como família. Alice e Jasper também já eram um casal, o dom de Alice, os trouxe até nós, ela previu que eles fariam parte da família.

Alice me viu em perigo, será que ela me veria na vida deles, mais que o tempo de minha recuperação? Eu adoraria fazer parte dessa família, e quem sabe ser algo a mais para Edward... Droga Isabella! Qual o seu problema? Pare de ficar se iludindo com coisas impossíveis!

— Ei, seus pensamentos já tomaram aquele rumo três vezes. Tem certeza que não quer me falar do que se trata?- soa bem preocupado.

Apenas neguei, e em seguida meu estômago roncou alto, apesar de me fazer ficar envergonhada, ele ter se anunciado foi bem vindo.

— Está bem. – disse, apesar da sua curiosidade, ele ia respeitar e não insistir- Vamos entrar para que você possa se alimentar então.  


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Notas finais do capítulo

Até quarta!



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