Arma letal escrita por Novacullen


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/786934/chapter/4

PV ISABELLA

Eu estava sentada sozinha a sombra de uma árvore no jardim, observando o rio que passava ali na propriedade dos Cullen, quando sinto uma brisa não natural, e em seguida percebo Edward sentado ao meu lado.

— Vampiro exibido. - murmuro, mas como vampiros tem sentidos apurados ele ouviu e me deu um sorriso torto não se sentindo nem um pingo ofendendo pelo o que falei.

— Posso te fazer umas perguntas?

— Tenho 24 anos, nasci na província de Vasolda, sou de escorpião e formada em direito.

Ele arqueou uma sobrancelha para mim.

— Eu tinha a vã esperança que suas perguntas seriam dessa natureza.

— Você não precisa respondê-las, por isso perguntei se poderia fazer, mas tudo bem se não quiser responder.

— Não tudo bem, pode fazê-las.

Os demais vieram até nós, não me importei, já que eu sabia que mesmo eles estando dentro de casa eles ouviriam do mesmo jeito.  E bem eu podia entender a curiosidade deles sobre minha vida, pois eu mesma fiz muitas perguntas com relação à vida deles, então nada mais justo do que responder a deles sobre mim.

— Como você foi parar na gangue?

— Foi há quatro anos e cinco meses. Eu estava saindo de uma entrevista de emprego, feliz por aos vinte e um anos, recém-formada a duras penas, pois eu tinha dois empregos um à noite e outro no fim de semana para poder pagar a faculdade, foi difícil conciliar estudo com trabalho e conseguir me formar, e ter conseguido uma vaga em um dos melhores escritórios de advocacia de Roma, era mais do que eu podia sonhar, mas fui sequestrada ao menos, assim pensei que era isso ao ser jogada dentro de um furgão. Em meio ao pânico consegui falar sobre mim aos meus sequestradores, falei que não tinha mais família, que meus pais já haviam morrido em um acidente de carro assim que entrei para a faculdade, e que não tinha herança alguma, pois meus pais eram de classe média baixa, e nenhum outro parente vivo também.  E falei que eu não tinha nenhuma reserva financeira própria também, pois só ganhava o suficiente para pagar a faculdade e sobreviver.  Mas um deles disse que eles não queriam dinheiro de mim, e me deu uma coronhada na cabeça e apaguei, acordei sobre um colchão que estava no chão, num quarto, sujo, mofado e mal iluminado.

Vi a pena no olhar deles por tudo que passei, mas infelizmente isso não foi o pior pelo que passei.

— Foi aí que fizeram a proposta para que eu entrasse na gangue. Não aceitei. Meu sonho sempre foi ser advogada, e não estar atuando do lado contrário da lei.  Mas disseram que precisavam de uma mulher na gangue, então me fizeram aceitar a entrar na gangue de outra forma.

Como? - Edward fez a pergunta que definitivamente eu não queria falar, mas já que concordei em contar a história...

— Eles- veio a minha mente eles empurrando minha cabeça em um tambor cheio de água, colocando saco plástico em minha cabeça, choques elétricos, e forço esses flashes de memória parar e continuo a contar minha história - usaram algumas técnicas de tortura em mim.

Os vejo “congelar”.

— E disseram que eu se eu não aceitasse- continuou mesmo tendo a sensação de que estou falando com estátuas agora de tão imóveis que estavam. - me tornariam uma cativa, submetida a diversas torturas, eles disseram que o que fizeram comigo era apenas uma amostra do que poderiam fazer, e que seus conhecimentos em técnica de tortura eram suficientes para conseguir me manter viva por meses sendo torturada, até que eu sucumbisse.  Então não tive escolha a não ser aceitar a ser treinada a ser uma arma letal, uma assassina, que mataria a mando deles sem questionar. Depois quando começou os treinos pensei que acharia um jeito de fugir dali, mas aquele lugar era uma fortaleza, impossível de escapar. Quando meu treino passou para armas brancas, vi a única saída para não ser o que eles queriam que eu fosse, consegui pegar uma faca pequena sem que eles percebessem, ao voltar para o meu quarto, fiz um corte na altura cotovelo atingindo minha artéria braquial.

Escuto Esme arfar. Não olho para ela para não ver a angustia estampada em seu rosto, ela tinha um ar tão bondoso, que parecia errado faze-la ouvir sobre coisas tão ruins. Evito olhar para os outros também sabendo que ia encontrar reações parecidas e foco em continuar contando minha história.

— Mas eles conseguiram me salvar da morte, e no dia seguinte a cabeça de umas das garçonetes com qual trabalhei estava aos meus pés na minha cama. E me senti tão mal, por indiretamente ter sido responsável pela morte dela.

— Eles são uns monstros! – Alice fala revoltada, assim como os demais estavam também.

— Sim. E eles amarraram bem meu destino. Ir contra o que eles queriam traria consequências terríveis seja a mim ou a terceiros.

— Porque a insistência de uma mulher? Já que gangues geralmente são compostas por homens. – Jasper me questiona.

— É que mulheres dependendo de como se vistam, podem passar melhor batido nos lugares, foi assim que consegue acesso ao terraço daquele prédio que me permitia uma mira limpa a certa distância do meu alvo, eu o teria facilmente abatido dali, se ele fosse humano é claro, e não um ser que se quer poderíamos imaginar existir.  E por outro lado como você disse o mundo de gângster é predominantemente masculino, então me vestindo de outra forma posso seduzir meu alvo e tirar de perto de outras pessoas e leva-lo a algum local que me permita melhor elimina-lo sem alarde, de um jeito ou de outro, passando batido ou seduzindo eu consigo matá-los, analiso previamente a melhor forma de pegar meu alvo. – não consegui evitar deixar minha repulsa e ódio do que eu era obrigada a fazer nítido a eles.

Percebi que eles estavam prestes a me dirigir palavras de consolo, mas eu não ia permitir que começassem a falar se não minha resolução de partir iria para o ralo. Eu havia me recuperado totalmente de meus ferimentos há uma semana, e já havia postergado minha partida mais do que devia. Infelizmente era hora de voltar para a gangue.

PV EDWARD

— Bem essa é toda a minha história. – diz Bella se levantando- E em agradecimento por terem me salvado e pelos cuidados, eu garanto que a gangue jamais saberá que estive com vocês, eu já inventei uma boa desculpa para o meu sumiço que não envolve vocês, pois sei que tem um disfarce humano para manterem e também não contarei sobre a existência de vampiros a ninguém. Guardarei esse segredo até último dia de minha vida, eu juro.  Voltarei para a gangue agora. Adeus a todos!

— Não! – seguro sua mão a impedindo de andar para longe de nós - Você não tem mais que fazer parte de algo que nunca quis.

— Eu realmente não tenho escolha sobre isso Edward, se eu não voltar para a gangue, eles vão retaliar matando pessoas inocentes como fez com a garçonete com a qual trabalhei, e vão me caçar até no inferno para me dá a morte que disseram que me daria se eu não optasse me tornar uma arma letal.

— Podemos conseguir sua saída da gangue, eles não a caçarão, te deixarão em paz e não matarão inocentes em retaliação.

— Como?- vejo uma centelha de esperança surgir em seu olhar.

— Conhecemos certo grupo aqui na Itália, que tem poder o bastante para conseguir isso. - falo só uma parte da verdade, pois Isabella ainda não sabia o que ela de fato representava para mim, que ela sendo minha companheira se enquadrava na única exceção que os Volturi permitiam que humanos soubessem do segredo, e que o mundo vampiro protegia humanos companheiros de vampiros do que fosse preciso desde que mantivesse o segredo da existência de vampiros, e ela cumpria os requisitos – Ao nosso pedido eles conseguirão sua saída da gangue, sem consequência a você e nem a terceiros. E iremos nos mudar para qualquer lugar que desejar para você ter um novo recomeço longe de memórias ruins e tristes.

— Iremos?

— Sim, estamos incluídos no pacote.

— Irão mudar toda a vida de vocês por minha causa, por quê?

— Nos daria a honra de fazer parte dessa família? Todos nós gastaríamos muito disso.

Eu acima de todos quis acrescentar, mas me contive aguardando ansiosamente sua resposta.

— Sim, eu adoraria. - diz nos dando o sorriso mais lindo que já vi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até sábado!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Arma letal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.