Arma letal escrita por Novacullen
PV EDWARD
Graças a Deus Isabella havia nos dado um voto de confiança. E já estava em nossa casa há uma semana.
Fisicamente vem se recuperando dentro do esperado, mas infelizmente ela ainda não si sente completamente à vontade conosco, o que até entendo, uma humana que sentiu na pele que um vampiro pode facilmente mata-la sem que ela tenha chance alguma de defesa, é compreensível que irá precisar de mais tempo para realmente acreditar que somos diferentes do vampiro que a atacou.
Entro em seu quarto e me ajoelho ao lado da sua cama. Ela é tão linda! Minha mão “formiga” de vontade de acariciar seu rosto, mas me contive, eu poderia acabar perturbando seu sono. E além de não ajudar em nada em mostra-la que somos confiáveis, se ela acorda comigo a acariciando.
Mas, céus! São tantas vontades que sinto... A de tocá-la, de beija-la, dizer que a amo, e que é minha companheira, às vezes essas vontades vinham com tudo, e com muito esforço eu reprimia isso, pois não era o momento de Isabella saber o que ela é para mim, ela vinha lidando com muito, como sua recuperação que apesar de tudo o que fazíamos ainda sim era incômoda, superar seu receio de viver com vampiros. E tínhamos de fazê-la confiar em nós para que nos contasse sobre sua vida, para então pensarmos no que fazer para que sua estadia conosco seja permanente e eu tenho também de esperar os sentimentos dela aflorar por mim para só assim declarar meu amor e dizer que ela é minha companheira. Eu sabia que havia muito que acontecer até ficarmos juntos, eu terei de ser bem paciente, mas o meu consolo é que ela será minha em algum momento.
Bella se agita em seu sono, e acorda gritando num rompante com o coração batendo acelerado, respiração alterada, e atordoadamente olhando a sua volta, como se pensasse estar em outro lugar que não fosse este quarto.
Droga! Era mais um pesadelo. Isso vinha se repetindo noite após noite.
— Ei tudo bem. – digo me sentando ao seu lado na cama. - Calma. Respire devagar. - ela o faz.
— Quer falar sobre o sonho ruim? – questiono quando a vejo se acalmar. – Dizem que falar ajuda.
Sinaliza que não com a cabeça. Negando-me mais vez a dizer.
E reprimo a frustração, sem saber do que se trata, eu não teria como achar um meio de ajuda-la com isso.
— Um pouco de água, talvez? – ofereço o pouco que eu poderia fazer por ela agora com relação a isso.
Ela assente.
Pego um copo de água rapidamente, ergo um pouco seu tronco com cuidado, e encosto o copo em seus lábios.
— Mais?
— Não, obrigada.
Acomodo-a na cama, e ajeito seus travesseiros, tentando deixa-la mais confortável possível, seus ferimentos a faziam ser obrigada a ficar a maior parte do tempo deitada, pois ela não conseguia ficar quase nada sentada, pois suas costelas doíam mais nessa posição.
— Melhor assim?
— Sim, obrigada.
— Já disse que não precisa ficar agradecendo, é um prazer cuidar de você.
Ela sempre nos agradecia por tudo que fazíamos por ela, até as menores coisas, mesmo todos lhe garantindo que não havia necessidade alguma de agradecer.
— Então me deixe me desculpar pelo menos?
— Se desculpar? Pelo o que?
— Por ficar acordando você com meus pesadelos.
Eu é que devia pedir desculpas por ficar observando você dormir, sem você saber. Penso me sentindo culpado, por fazer isso escondido dela, mas sem não conseguir deixar de fazer.
— Você não tem que se desculpar. Eu não durmo.
— Nunca?!
— Nunca.
— Uau! Eu nem consigo imaginar isso.
Apenas sorri de sua expressão engraçada.
— Er... como...- ela se detém de continuar, aguçando minha curiosidade, não poder ler sua mente é uma tortura para mim, de todas as pessoas no mundo, meu dom tinha de falhar justo com a aquela que seria minha companheira.
— Já deixamos claro que você pode nos perguntar qualquer coisa.
— É que eu queria saber como me salvou? Quero dizer, o que o fez ir até o terraço daquele prédio?
— Alguns vampiros têm dons, Alice pode prever o futuro, então ela viu você naquele momento difícil e fui ajudá-la, consegui chegar a tempo de evitar o pior.
Ela estremece, e lamento não ter conseguido evitar os ferimentos. Mas o que importante é que ela esta viva, e se recuperando, e ficará bem de novo em breve.
— Você matou aquele vampiro?
— Não foi necessário.
Ainda bem, minha família abomina violência, nos mantemos longe de qualquer situação que nos leve a isso, nunca matamos e esperamos nunca ter de fazer.
— Então ele pode voltar e...
— Não se preocupe ele não fará mais mal algum a você.
— E nem a vocês por terem me salvado?
— E nem com a gente. - fico comovido com sua preocupação comigo e minha família.
— Que bom que ele não será um problema. – diz aliviada.
— Não, não será. - a assegurei mais uma vez.
— Você por acaso tem algum dom?
— Tenho, eu leio mentes.
— Ler...men...tes. Você vem lendo minha mente esse tempo todo?!
— Acredite, não achei que isso pudesse ser possível, mas você é uma exceção para o meu dom. Não consigo ler nada da sua mente.
— Está falando sério?
— Sim.
Infelizmente, acrescento mentalmente. Falei isso com minha família eles acham que Isabella tem um escudo mental, é bem raro um humano manifestar um dom, mas às vezes acontece.
— Que alívio! Eu não gostaria de alguém lendo minha mente o tempo todo.
— Entendo, minha família levou bastante tempo para se acostumar com meu dom.
— Você não pode apenas não ler.
— Bem não é possível, meu dom não desliga nunca.
— Nunca?!
— Nunca.
— Nossa! Deve ser difícil ter vozes o tempo todo em sua cabeça. – diz se sentindo mal por mim.
— Sim, às vezes me isolo, para ter um pouco de paz na minha mente.
— Alguém mais na família tem dom?
— Sim, Emmet tem o dom da força. E Jasper da empatia.
— Uma família cheia de talentos!– diz bocejando.
— Deixarei que volte a dormir agora.
Eu estava adorando conversar com ela, essa foi a primeira vez que ela falou mais do que poucas palavras. Mas ela tinha de dormir.
— Não, eu tenho mais perguntas sobre vampiro que gostaria de fazer.
— Amanhã você pode fazê-las.
E depois de amanhã e depois e depois... Adiciono mentalmente, torcendo pela perspectiva de tê-la todos os dias perto de mim.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Até domingo!