Summer Camp escrita por Julie Kress


Capítulo 5
Primeira noite - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo de SC, pessoal!!!

Boa leitura, aproveitem!!!



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Às 19h:24min...

 P.O.V Da Jade

 Sam: - CARLY! - Gritava em plenos pulmões. Aquela loirinha tinha fôlego. 

 Freddie: - GIBBY! - O garoto nerd de sua sala chamava pelo amigo.

 Fazia um bom tempo que estávamos andando sem rumo. O Oliver vinha caminhando ao meu lado.

 Jade: - Dá para chegar pra lá? Não encosta em mim! - O empurrei, seu braço ficava roçando no meu.

 Beck: - Desculpa, Srta. Não Me Toque. - Debochou.

 Continuamos andando floresta adentro, iluminando o caminho com nossas lanternas. O monitor do outro acampamento liderava o nosso grupo de busca junto com o guia. Sinjin e Robbie tinham ficado junto com os professores e os babacas que assustaram as meninas.

 Cat: - SOCORRO! - Ouvimos o grito agudo da Valentine.

 Todo mundo parou de andar. Ficamos atentos para saber de onde vinha. 

 – SOCORRO! - Ouvimos mais um grito, era de uma das meninas do outro grupo.

 Sam: - É CARLY! - Ela se alarmou e começou a correr para a direção de onde vinha os gritos delas. 

 Cat e Carly continuavam gritando desesperadas. O monitor boa pinta e o guia seguiram atrás da loira. Ouvimos mais gritos, eram as outras meninas.

 O tal de Freddie correu junto com o restante dos rapazes. Fiquei para trás junto com o Oliver. Era melhor aguardar ali, eu já tinha feito a minha parte.

 Beck: - Que frio! - Comentou olhando ao nosso redor, apontando a lanterna.

 A brisa noturna batia em meu rosto. Havia ruídos de bichos. Eu estava aquecida dentro do meu agasalho forrado com lã. Os grilos nunca se calavam? Que criaturinhas irritantes.

 Ficamos ali lado à lado. Eu não tinha nada para falar com ele. Que tipo de amigo era aquele que só pisava na bola? O Oliver realmente estava merecendo aquele gelo.

 Beck: - Qual é, Jade? Até quando vai ficar de mal comigo? - Indagou.

 Jade: - Até você parar de ser um amigo tão babaca e vacilão! - Respondi.

 Beck: - Já pedi desculpas. Quer que eu peça de novo? - Me olhou cansado. - Para de fazer draminha. - Suspirou.

 Jade: - Draminha? Ah, me poupe! Você sempre fura comigo me deixando plantada nos lugares, me fazendo de palhaça! Tenho cara de trouxa? - Eu estava com vontade de socá-lo.

Beck: - Não. Claro que não! Lamento por tudo, não tive a intenção de chatear você. - Parecia mesmo arrependido.

 Jade: - Hum... - Cruzei os braços, éramos melhores amigos. O único na verdade. 

 Os outros eram apenas colegas de classe.

 Beck: - Não gosto quando estamos brigados. Só quero fazer as pazes. Me desculpa? - Ele me fitou com aquele olhar de coitado.

 Sua amizade era muito importante. Oliver era especial para mim. Um amigo maravilhoso quando não vacilava...

 Jade: - Está bem. - Concordei.

 Não conseguia ficar brava com ele por muito tempo.

 Beck: - Posso te abraçar agora? - Abriu os braços.

 Jade: - Não! - Continuei de braços cruzados, fingindo estar emburrada.

 Ele me abraçou mesmo assim, me apertando. Ele era o único que me entendia.

 [...]

 P.O.V Da Sam

 Ouvimos os gritos das meninas. Reconheci o da Carly, não pensei duas vezes e corri para encontrá-la. Talvez minha amiga estivesse em perigo. Segui a direção onde vinha os gritos. Logo reconheci os gritos da Valerie. Tinha outra menina gritando também, era do outro grupo. Fiquei tão feliz quando avistei elas. Carly soltou um gritinho feliz e correu em minha direção.

 Carly: - Eu sabia que me encontraria! - Me apertou num abraço.

 Sam: - Você está bem? - Perguntei quando rompemos o abraço.

 Carly: - Sim. Estamos todos bem! - Garantiu.

 Fiquei aliviada com aquilo. Tinha sido apenas um susto.

 Gibby: - Não se preocupe, eu cuidei muito bem delas. As protegi! - Ele se aproximou estufando o peito.

 Valerie: - Até parece. Ele ficou o tempo todo agarrado ali na árvore, tremendo. - O desmentiu.

 O Gibson coçou a nuca dando um sorriso amarelo.

 Gibby: - Mas eu não abandonei vocês, abandonei? - Retrucou.

 Carly: - Claro que não! - Respondeu. - Seria muito mais assustador sem você aqui. - Eles trocaram um olhar.

 Estava mesmo rolando um clima?

 Fachos de luzes romperam a escuridão que nos cercava. Os rapazes apareceram. Taylor e o guia liderando o grupinho. Jade e o rapaz de cabelos medianos não estavam entre eles.

 Taylor: - Todos estão bem? - Perguntou notando o Gibby ao lado da Carly.

 – Eu caí e ralei os joelhos! - Uma moça peituda se atirou nele, e grudou feito chiclete.

 – Nem é pra tanto, Trina! - Uma garota alta e magrinha revirou os olhos.

 Trina: - Estou com dor, nem consigo andar direito... - Estava na cara que era tudo drama.

 Nosso monitor a pegou no colo. Ela se agarrou no pescoço dele.

 Freddie: - É melhor voltarmos, os professores e o supervisor estão nos esperando, preocupados. - Avisou.

 O guia assentiu e saiu na frente liderando. Formamos duas filas e os seguimos. Meu estômago roncava. Ainda precisávamos montar o acampamento. As meninas não paravam de reclamar. Algumas choramingavam. 

 Assim que voltamos, nos deparamos com a Srta. Briggs. Ela estava uma fera, nos passou um baita sermão. O tal de Sikowitz parecia tenso. E o supervisor apenas nos lançou um olhar carrancudo. 

 Gibby e as meninas não deviam ter largado as lanternas, correndo para floresta adentro sem rumo. Foi algo inconsequente. Poderiam se meter em apuros. Ainda bem que não aconteceu nada. Não passou de um grande susto.

 [...]

 P.O.V Do Freddie

Assim que chegamos na área para montar o acampamento, todos estavam com fome, cansados e com sono. Os monitores organizaram duplas para procurar lenha. Acabei caindo na dupla com a Puckett. O Boots e o idiota que assustou as meninas e o amigo dele, ficaram responsáveis por fazer a fogueira. Carly, Wendy e Tori cuidariam da refeição, preparando o nosso primeiro jantar.

Srta. Briggs e o outro professor tiveram a ideia de juntar os grupos. Eu já não sabia se aquela decisão seria boa ou ruim. O nosso guia e o supervisor começaram a armar as barracas deles com os professores.

E os monitores ficaram auxiliando os nossos colegas campistas com as outras barracas. Um garoto de óculos martelou o dedão e desatou a chorar. E amigo dele, outro cara de óculos se machucou com uma farpa e fez o maior drama também.

Ao todo, três duplas sairam à procura de lenha.

Sam: - Anda mais rápido, você é muito lerdo! - Me apressou.

Freddie: - Tem que tomar cuidado por onde anda, seja cautelosa também. - Aconselhei.

Ela não deu à mínima e saiu na frente. Sua lanterna era vermelha. Sem querer apontei a minha para o corpo dela. A loira vestia um blusão com capuz e calça jeans folgada. Mesmo assim chamava atenção. Eu sabia que ela tinha curvas e seios grandes.

Comecei a prestar atenção nela na aulas de Ed. Física. Com suas regatas justas e shortinhos de ginástica ou calças leggings... Afinal, eu não era cego. E olhar não tirava pedaço.

Me abaixei catando os gravetos que encontrávamos pelo caminho. Não podíamos nos afastar tanto do acampamento. Empilhei os galhos secos e lascas de madeira. Mato seco também fazia o fogo pegar mais rápido.

Olhei ao meu redor. Quando dei por mim, eu me encontrava sozinho, cercado por abetos e pequenas árvores que eu sequer conhecia o nome. Eu não tinha muito conhecimento em árvores e plantas. Eu manjava mesmo era em Tecnologia. 

Freddie: - Sam? - A chamei em voz alta.

Ela não respondeu. Onde será que aquela loirinha tinha se metido? E se ficasse em apuros? 

Peguei a pilha de lenha que reuni. Um facho de luz apareceu por entre alguns arbustos e de lá, surgiu a loira com os cachos bagunçados.

Sam: - O que foi? Ficou com medinho? - Zombou.

Freddie: - Onde você estava? - Perguntei.

Sam: - Aliviando a bexiga, oras! Você não mija não? - Retrucou.

Freddie: - Devia ter me avisado. Pensei que tivesse se perdido. - Falei.

Sam: - Olha aqui, não te devo satisfação, sacou? Mas já que quer. Quando eu for 'soltar um barro', te aviso para você não ficar preocupadinho. - Ironizou.

Ela era o tipo de garota que não tinha trava na língua.

Freddie: - Já fiz minha parte. - Ergui a pilha de lenha que tinha recolhido

Ela passou por mim quase esbarrando. Me virei para ver o que ela ia fazer. Ela pegou vários gravetos. E voltou para perto de mim.

Sam: - Seja um cavalheiro. - Colocou tudo sobre a minha pilha.

Minha lanterna estava no bolso. Ela saiu na frente iluminando e eu a segui carregando tudo sozinho.

A Puckett era realmente muito folgada.

[...]

P.O.V Do Beck

Beck: - Precisa de ajuda aí? - Perguntei para Jade.

Jade: - Não. Estou de boas. Sei como montar uma barraca. - Respondeu martelando as estacas para amarrar as cordinhas da lona.

— Você poderia nos ajudar? - Uma garota do trio de amigas do outro grupo se aproximou de mim. As outras me olharam esperançosas.

Eu já tinha me esquecido dos nomes delas. Jade lançou um olhar feio para a menina de olhos verdes e cabelos castanhos-avermelhados.

Beck: - Como vocês se chamam mesmo? - Perguntei e vi quando a minha amiga começou a martelar com mais força

— Sou Valerie e essas são Shannon e Megan, minhas amigas. - Todas sorriram para mim. Shannon bateu os cílios e Megan passou a mão no cabelo.

Resolvi dar uma mãozinha para elas, não custava nada ajudar três garotas que não sabiam como armar uma barraca sozinhas.

Logo as duplas que foram buscar lenha retornaram. Já estava na hora de fazer a fogueira. Estava ficando cada vez mais frio, precisávamos comer e nos aquecer

Scott, David e um rapaz do outro grupo começaram a separar os gravetos e lascas de madeira para a fogueira. Fósforos e isqueiros estavam fora de cogitação. Eles tinham que usar a pederneira, um objeto manual que precisava de certa técnica.

E nenhum deles sabia como utilizar. O rapaz que era monitor teve que dar uma forcinha. A fogueira foi acesa. Colocamos alguns troncos ao redor, serveria de banco. 

Todas as barracas foram armadas. Tínhamos sacos de dormir e cobertores. Algumas meninas trouxeram até pequenos travesseiros.

Os enlatados foram abertos. Sopa enlatada e verduras seriam o jantar. Misturaram numa panela, ela ficou suspensa pelas alças na altura do fogo sustentada pelo suporte de madeira improvisado, era só esquentar a sopa de carne e verduras e mandar para a barriga.

O meu estômago implorava por uma tigela quentinha.

Sam: - Nós podemos caçar aqui? - Ela perguntou.

Eu tinha decorado o nome da loirinha e dos amigos. 

— Iremos praticar arco e flecha, nada de caça, mocinha! - O supervisor respondeu.

Sam: - Ah, poxa... - Lamentou.

Cat: - Não podemos matar os bichinhos. A Mãe Natureza não gosta. Os seres mágicos protegem os animais! - Disse arrancando risadas

Sam: - De onde essa criaturinha saiu? - Apontou para a ruivinha que usava suéter, calça e gorro cor de rosa. 

Jade: - Ninguém sabe, tenho minhas dúvidas, não acho que ela seja do nosso Planeta... - Debochou.

Cat: - Eu saí da barriga da minha mãe! - Sorriu inocentemente.

A morena fez um gesto dizendo para a loirinha que a Valentine era maluca

Beck: - Para com isso... - A cutuquei.

Jade: - Ah, me deixa... - Resmungou.

Nossa monitora distribuiu as tigelas de plástico e as colheres descartáveis. Havia pratos de papel e copos descartáveis também. Tudo seria descartados nos sacos de lixo que os professores trouxeram.

Nada de poluir a natureza. Caso o contrário, teríamos advertências.

Professor Sikowitz: - A sopa está pronta, crianças! - Anunciou.

Era apenas a nossa primeira noite e estava longe de acabar.


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Notas finais do capítulo

E aí???

Estão curtindo a Fic???

Ela só está no começo!!!

Até o próximo capítulo!!! Bjs



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