Universo em conflito escrita por Mallagueta Pepper


Capítulo 9
E as coisas podem ficar muito ruins




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Graças ao inquilino, Rômulo se animou a colocar internet em casa e dividir a mensalidade com ele. Descobrir a senha foi muito fácil porque o imbecil não teve inteligência para bolar algo decente. Assim ele pode acessar as notícias na segurança do porão e ficou assustado com o que viu.

Para começar, os desastres ecológicos daquele mundo eram muito maiores e mais freqüentes do que na Terra original. Encalhes de baleia, incêndios incontroláveis, pragas, nascentes secando, falta de água e diziam que o campo magnético da Terra estava se comportando de forma estranha.

Outra coisa que ele achou alarmante foi o aumento de doenças e epidemias. E a quantidade de crimes hediondos era além da imaginação. As pessoas daquele mundo pareciam estar enlouquecendo.

“Que estranho... será que isso têm a ver com o desequilíbrio? Hum... talvez sejam o sintoma. Parece que a coisa tá mesmo feia por aqui!”

Pesquisando mais um pouco, ele até descobriu sobre uma série de mortes inexplicáveis que vem acontecendo há muitos anos. Os corpos apareciam secos como se fossem múmias antigas. De acordo com a reportagem, o numero de vítimas tinha passado de cem e que a das mortes aconteciam no mês de outubro, algo que não fazia sentido nenhum para ninguém.

Outra reportagem falava sobre a Vinha tomando o controle de mais uma escola. Havia algumas polêmicas ao redor daquela organização, pois seus métodos de ensino eram questionáveis e suspeitava-se até de maus tratos. Mas no geral as pessoas apoiavam porque viam neles uma esperança de salvar o mundo daquele caos.

— Caramba, esse mundo é esquisito demais! Não é a toa que meu duplo vazou daqui! – ele mesmo tinha notado que havia alguma coisa estranha naquela realidade, era uma sensação que ele não sabia descrever. Algo parecia faltar, mas o quê? Era difícil definir. Ele tinha a sensação de que sabia, mas não conseguia se lembrar. Será que aquela realidade maluca estava mexendo com sua cabeça?

Ele continuou lendo o máximo que podia e sempre ficando mais e mais chocado com o que encontrava. Definitivamente, havia algo de errado com aquele mundo.

— Cebola, seu vagabundo! Está na hora de acordar! – sua tia gritou esmurrando a porta do porão e ele não teve outra escolha a não ser levantar e começar o dia.

Era sábado, dia de faxina. Cebola varria a casa normalmente enquanto relembrava o que tinha visto e ouvido nos últimos dias. Especialmente no dia anterior, quando Rômulo apareceu com uma jaqueta de couro.

— Mãe, a senhora podia dar um jeito nessa mancha aqui? – perguntou mostrando a peça para Rosália, que examinou cuidadosamente.

— Parece mancha de bebida. De quem é essa jaqueta?

— Um amigo meu comprou e fez essa burrada, mas não quis limpar e acabou me dando.

— Mesmo? Essa jaqueta parece ser muito boa!

— Boa mesmo, custou seiscentas pilas. Esse pessoal nada em dinheiro, então não liga pra essas coisas. Dá pra limpar?

— Claro que dá, não é difícil.

De cara ele viu que era a mesma jaqueta que Rômulo comprou juntamente com outros itens. Por que ele estava mentindo? Como não adiantava reclamar de nada, o rapaz resolveu adotar uma estratégia diferente: manter a boca fechada, cabeça abaixada e ouvidos atentos. Era isso que estava lhe dando bons resultados.

Ele passou perto do quarto de Rômulo e viu que a porta estava aberta, o que era raro. Havia três locais daquela casa aos quais Cebola não tinha acesso: o quarto de Rosália, do Rômulo e do inquilino, que limpava ele mesmo sua sujeira.

O quarto estava a mesma bagunça de sempre e com um cheiro bem ruim de cerveja, cigarro e comida velha. Aquela porcaria de estava em cima do criado como se risse da sua cara. Foi assim que ele reparou que uma das gavetas estava semi-aberta com alguns pedaços de papéis aparecendo. Eram notas fiscais, muitas delas. E alguns envelopes que pareciam correspondência de banco.

— O que você tá fazendo aqui, seu lesado? – Cebola pulou de susto quando Rômulo entrou no quarto com aquela cara ruim.

— Eu... eu tava varrendo o chão e vi uns lixos aqui e... – uma mão grossa acertou sua orelha deixando-o atordoado.

— Já falei que não é pra entrar no meu quarto, sua mula!

— Foi mal! – O rapaz se encolheu todo e abaixou a cabeça.

— Tá esperando o quê? Vaza logo daqui!

Cebola saiu rapidamente e ainda levou um chute no traseiro ao atravessar a porta, que foi batida com força. Aqueles papéis podiam ser muito reveladores e ele decidiu que precisava checar aquilo de qualquer jeito.

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O escritório estava vazio, pois seu dono tinha ido almoçar com um aliado importante. Srta. Duister resolveu aproveitar e fazer mais uma tentativa. Ela examinava atentamente cada centímetro da parede dando pancadinhas com os dedos envolvidos em um tecido limpo de seda, pois o velho era tão aficionado por limpeza quanto seus pais e notaria a menor das manchas.

Nada.

Ele tinha escondido muito tem e ela não fazia a menor idéia de como encontrar. Estava escondido dos seus olhos e de todo mundo. Podia estar bem ali, na sua frente e ela não tinha como ver nada. Somente Sr. Malacai podia encontrar e ela sabia disso, então não adiantava continuar insistindo.

Frustrada, ela sentou-se na poltrona do escritório tentando pensar em algo e nenhuma idéia veio. Branco total. Isso era muito ruim porque os planos só podiam ser concretizados caso ela encontrasse aquele item essencial. Sem isso, tudo ia fracassar.

— Hum? – ela ouviu um sussurro, muito baixo no início e foi aumentando com o tempo. Pela primeira vez em meses, um leve sorriso apareceu nos seus lábios. – Há quanto tempo! Estava esperando por vocês!

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Ela nem queria sair, mas DC acabou impondo sua vontade mais uma vez e ela teve que ir ao cinema com ele. O que estava acontecendo com ela? Por que não conseguia mais curtir os momentos com o namorado? No início até que estava bom, mas com o tempo as coisas pareceram esfriar. Pelo menos para ela esfriaram bastante.

Mônica deu um suspiro cansado e tentou afastar esses pensamentos pegando uma das barras de chocolate que DC tinha comprado.

— Opa, melhor não.

— Por quê? Vai regular agora? – perguntou mal humorada.

— Não é isso, é que essas coisas engordam. Depois sua mãe vai ficar pegando no seu pé.

— Ela não vai ficar sabendo e eu até que preciso engordar um pouco porque tô mais magra que a Maria Melo!

O rapaz tirou a barra da sua mão antes que ela pudesse desembrulhar.

— Poxa, vai estragar nossa noite só por causa de besteira? Quando acabar o filme eu te pago uma salada de frutas, agora fica quietinha que tá chegando na melhor parte!

Tudo o que ela queria fazer era pegar a barra de volta, dar uma boa mordida e mandar aquele cretino plantar batatas. Magali estava certa, DC era mesmo um babaca. No início ele era carinhoso e fazia suas vontades, mas aos poucos estava se tornando muito controlador. Sempre que fazia algo por ela, exigia duas vezes mais em troca e isso estava ficando muito cansativo.

Seus pensamentos voltaram para o Cebola, que parecia tão apaixonado e depois esfriou totalmente. Ele era atencioso, se preocupava em lhe ouvir, ajudar, entender... coisa que seu namorado não fazia de jeito nenhum. Mas depois daquele dia na lanchonete tudo acabou, ele se afastou e passou a tratá-la como se nunca tivesse acontecido nada entre eles. Ela ainda se lembrava daquele olhar, que era cheio de tristeza e decepção.

Talvez ela fosse mesmo uma decepção, por isso as pessoas tentavam mudá-la tanto. O mais acertado era aceitar e ser a garota perfeita, assim todos ficavam satisfeitos. De que adiantava protestar? Só para ficar sozinha? DC sempre deixou claro que ninguém mais ia lhe querer além dele e ela acabou acreditando. Se rebelar contra todo mundo ia lhe deixar sozinha, sem amigos e sem namorado. Não valia a pena. Valia?

— Olha lá, essa parte é legal demais! – ele falou sacudindo-a levemente pelo ombro e vibrando com o filme. Ela pôde apenas soltar mais um suspiro cansado.

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Era por isso que ele odiava sair de casa. Tudo o que ele queria era ficar dentro do seu quarto pelo resto da vida e não sair de lá nem mesmo para comer e ir ao banheiro. Mas seus pais falavam sem parar e o jeito foi ceder para ter um pouco mais de sossego.

Foi um grande erro, era preferível suportar a chateação deles do que ver Cascuda aos beijos com o maldito filho do sorveteiro mais uma vez. Qual era mesmo o nome da criatura? Cascão não sabia e não se importava. Ele devia ter se acostumado, porém lhe doeu muito quando ela virou o rosto para o outro lado ao vê-lo. Mesmo sabendo que  que ela estava perdida para sempre, já que nenhuma garota em seu juízo perfeito ia querer alguma coisa com ele, ainda assim doía muito.

Ele voltou rapidamente para casa e se trancou no quarto, único lugar seguro onde não precisava lidar com tantas contrariedades.

— Droga de vida, não aguento mais isso! –falou alto se jogando na cama repleta de roupas, revistas e embalagens de salgadinho. Ah, se ele pudesse cavar um buraco bem grande e se esconder dentro dele!

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À noite, enquanto Magali dormia, Nena tentava ler um dos seus livros antigos e teve que parar mais uma vez por causa da dor de cabeça. Era como se as palavras embaralhassem diante dos seus olhos. Tudo estava tranqüilo e silencioso, o que a fez pensar que teria mais chances de descobrir algo. Nada. Apenas um vazio desesperador que ela sentia dentro de si. Mesmo seu conhecimento parecia estar sendo apagado da sua mente pouco a pouco.

Ela levantou-se para preparar uma xícara de chá e olhou pela janela da cozinha enquanto enchia a chaleira. As estrelas estavam desbotadas, sem brilho. Pareciam apenas uns pontinhos no céu e mais nada. Nem estrelas cadentes ela via mais.

— Tudo está morrendo... e eu não posso fazer nada!

Outro dia ela tentou replantar algumas mudas na esperança de que crescessem e viu que a terra estava dura, ressecada e morta. Não havia sequer minhocas como antigamente. Adubar as plantas não estava adiantando de nada porque ela sabia que o problema era muito maior e não podia ser resolvido com esterco de vaca. Era grande demais até para alguém como ela, por isso a ajuda da Magali era tão importante. Sua sobrinha tinha que voltar para casa e encontrar seu destino.

— Eu não posso fazer nada, mas ela pode. Eu sei que sim! Isso não pode continuar ou tudo vai definhar e morrer!

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Como se não fosse suficiente trabalhar como escravo até aos domingos, Cebola também teve que ir fazer algumas compras para Rosália porque ela não estava a fim de sair por causa do calor. Mas ele podia torrar sob o sol que não tinha problema. Ele desceu do ônibus e teve que andar um pouco até a loja que ela tinha indicado. No meio do caminho, passou perto de um prédio com aparência meio sinistra e o logotipo da Vinha chamou sua atenção. Ali devia ser a sede da organização que estava dominando a cidade e o rapaz parou só um pouco para dar uma olhada.

As pessoas que entravam e saíam estavam vestidas de preto. Todos com semblante muito sério e cara de poucos amigos. O prédio tinha aparência bem sóbria, sem nada que chamasse a atenção. Ele até queria chegar mais perto, mas temeu atrair atenção indesejada e ficou onde estava. Mas nada de interessante aconteceu.

Ele estava indo embora quando viu um carro parar em frente ao prédio e dele sair a mulher que visitou o escritório do diretor a uns dias atrás. Ela usava as mesmas roupas sempre e parecia ter a cara permanentemente congelada porque nunca mudava de expressão. Isso não teria importância nenhuma se não fosse a garota que lhe acompanhava.

“Peraí! O que a Mônica tá fazendo com essa tia caretona?” como se isso não fosse estranho o suficiente, ela usava roupas bem parecidas com as da mulher e ainda tinha um lenço na cabeça, parecendo aquelas beatas de cidade do interior.

As duas entraram no prédio rapidamente, a mulher na frente e Mônica atrás. Ele notou que a moça estava mais pálida que de costume e andava com dificuldade. Pelo visto, a doença dela era mais grave do que ele imaginava e isso o deixou de coração partido.

“Eu bem que devia tentar falar com a Mônica, aposto que ela deve saber alguma coisa. Droga, mas o DC fica marcando em cima! Vou ter que dar um jeito nisso.”

Com essa decisão tomada, ele foi embora porque não podia chegar tarde em casa ou a mão pesada do Rômulo ia ter uma conversa com sua orelha.

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Em cima de um prédio ele vigiava o rapaz que tinha se aproximado muito do perigo. Felizmente nada aconteceu e ele decidiu ir embora antes que suas forças fossem sugadas por aquele mundo tão materialista.

Suas asas bateram e ele voou para longe dali deixando uma pena negra como a de um corvo cair no chão.

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Inicialmente ele pensou que fosse sua imaginação, mas pegar o Cebola xeretando no seu quarto fez com que suas suspeitas se confirmassem: aquele pirralho o estava espionando. E não era só isso. Ele também andava ouvindo as conversas entre ele e Rosália. Sua mãe não percebeu porque ele sempre ficava de boca fechada e obedecia suas ordens, mas Rômulo viu que aquilo era só fachada. Era óbvio que aquele moleque estava tentando pegar algum deslize deles para colocá-los na rua. Ele não podia deixar aquilo acontecer e bolou um plano.

— Por que isso agora? – a mulher perguntou surpresa com seu convite.

— Ué, eu não posso levar a mãe mais linda do mundo pra jantar fora?

— Ah, filhinho! Eu não posso, preciso fazer a janta.

— Não esquenta que o rapaz falou que não vai jantar em casa. Aquele bobalhão do Cebola se vira e come o que der.

Muito feliz por não ter que cozinhar, ela aceitou o convite e Rômulo a levou para um bom restaurante. Enquanto esperavam o pedido, Rosália quis saber.

— Ainda não entendi por que você resolveu fazer isso hoje. – ele respondeu um tanto sem jeito.

— Porque a senhora merece um agrado. E também tem outra coisa que eu queria falar, mas não podia ser perto daquele fofoqueiro.

— O Cebola? Ah, ele até que tem andado bonzinho ultimamente.

— Bonzinho nada, aquele ali tá se fingindo de morto pra comer urubu!

— Como é?

Ele contou suas suspeitas e também que tinha visto o rapaz vasculhando o seu quarto, aumentando algumas coisas para deixar sua mãe impressionada. Funcionou perfeitamente.

— Grrrr! Aquele moleque me paga, vou fazer o maior veneno com o resto da família e... – seu filho interrompeu.

— Faz isso não, mãe. Tenho uma idéia melhor. Escuta.

A comida chegou e enquanto eles aproveitavam a refeição, Rômulo contou sua idéia que pareceu muito boa.

— Assim ele fica fora de casa o dia inteiro. De manhã vai pra escola e de tarde até as sete da noite fica no trabalho.

— Tem certeza? Eu ainda preciso que ele faça o serviço de casa, senão eu não dou conta!

— Nós dois e o inquilino ficamos fora o dia inteiro, então não tem ninguém pra sujar nada. Acho que ele pode fazer tudo no fim de semana, não pode?

— É... acho que pode sim. Ah, quer saber? Ele vai ter que se virar para dar conta de tudo, acabou a moleza para ele! Você está certo, filho, não podemos facilitar.

— É isso aí, mãe! E fica tranqüila porque já arrumei um lugar pra ele trabalhar. O gerente de lá é meu parça e vai me fazer esse favor. Ele vai começar amanhã mesmo e a senhora vai ter meio salário mínimo na mão pra gastar como quiser. 

A mulher o olhou com carinho.

— Você é tão bom para mim! Não sei o que faria sem você!

Ela não percebeu o sorriso perverso no rosto do filho e continuou a comer muito feliz por terem tomado aquela decisão.

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Dias depois, Cebola já nem andava mais, apenas se arrastava miseravelmente por causa do cansaço. Ele nem sabia de onde tirava forças para conseguir se levantar de manhã e não via nenhuma luz no fim do túnel. E como se as coisas já não estivessem ruins o bastante, Rosália decidiu que ele ia ter que trabalhar fora e lhe dar todo o seu salário. Era isso ou ter as fotos da sua família queimadas e ser mandado para um colégio militar.

Ele passou a trabalhar na Super Lanchão, uma lanchonete que ficava perto do colégio, e ia trabalhar depois do almoço até as sete horas. Pelo menos ele deu sorte de trabalhar no caixa porque o outro rapaz só podia trabalhar meio período também. Um trabalhava de manhã e o outro à tarde. Ainda assim era um desaforo ter que dar todo o seu salário para aquela folgada.

“Tô pensando em escrever aquele email pro Franja. Não, eu não posso desistir. Mas não tô conseguindo pensar em nada!”

Ele oscilava entre o desejo de continuar e o de desistir. Talvez ele devesse tentar mais um pouco, procurar outras fontes. Quem sabe ele não deixou passar algum detalhe? Era preciso pesquisar mais.

— Viram o caso daquele sujeito que conversava com os espíritos? – ele ouviu Luca falar e os outros deram risada.

(Jeremias) – Fala sério, aquele ali é o maior charlatão! Já tá provado que ele é um mentiroso.

(Nimbus) – Que pena, eu tava quase acreditando.

Os rapazes deram risadas e Xaveco falou.

— Qualé, esse negócio de espírito não existe.

— Isso mesmo! – Tikara apoiou. – Todo mundo sabe que quem morre, não volta!

(Luca) – Minha tia acredita e continua freqüentando a igreja.

(Xaveco) – Ainda existe igreja?

(Jeremias) – As igrejas estão diminuindo sim, mas ainda tem uma aqui e ali.

Cebola ouvia tudo atentamente. Outra coisa que ele tinha reparado nas pessoas daquele mundo era sua total descrença no sobrenatural. A maior parte se declarava atéia ou sem religião. Ele até tinha visto na TV da lanchonete uma reportagem falando sobre a diminuição de todas as religiões do mundo. Até as principais religiões monoteístas estavam definhando cada vez mais. Muitas outras tinham acabado. 

“Interessante... mundo diferente, mentalidade diferente. Bah, eu não tenho tempo pra esse negócio de igreja, tenho um desequilíbrio pra resolver!” e não deu importância para aquilo achando que não tinha nada a ver com a crise naquele mundo.


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