Universo em conflito escrita por Mallagueta Pepper


Capítulo 13
E um grande aliado




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— Acha mesmo que ele tá comprando coisas escondido da sua tia? – Cascão perguntou enquanto esperava o seu pedido, um x-burguer simples que ele só comprou para poder falar um pouco com o Cebola.

— Outro dia ele comprou um monte de coisa cara lá no shopping e depois falou ganhou ou comprou usado. Na gaveta dele tem um monte de nota de compra.

— Estranho... por que ele tá mentindo pra ela?

— Eu não sei, mas seria interessante se a gente pudesse dar uma olhada no quarto dele e...

— A “gente”? – Cascão perguntou levantando uma sobrancelha e Cebola ficou sem jeito. Era a força do hábito.

— Foi mal, eu não quero te botar nessa encrenca.

— Tá, tá, deixa disso! Eu te ajudo nessa.

Aquilo foi uma surpresa porque até poucos dias atrás Cascão não queria saber de nada nem ninguém.

— Você não precisa...

— Eu não tenho nada pra fazer mesmo, então tranqüilo.

— Mas a porta do quarto dele vive trancada. – o outro riu.

— Até parece que isso vai me segurar. Se liga, manezão! Eu andava com a gangue da Magali, esqueceu? Deu pra aprender umas coisas aqui e ali.

— Poxa, nem sei como agradecer !

— Ih, vamos parar com a melação que tem gente olhando. Quando der você me dá um toque pra gente resolver isso.

Cascão foi embora, deixando Cebola feliz em saber que podia contar com ao menos um amigo naquele mundo. 

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Apesar de se sentir desconfortável agindo assim, o desespero era ainda maior. Ela estava na sala de espera do escritório do seu pai, com o corpo tremendo e as mãos suando. Seu plano podia causar uma briga muito grande caso desse errado. Ainda assim, ela tinha que arriscar.

— Oi, pai... tô atrapalhando? – ela falou timidamente.

— Claro que não, pode entrar. Como você está pálida! Quer que eu mande trazer alguma coisa? – o homem ficou visivelmente preocupado com a aparência dela. Ela estava muito magra, pálida, abatida, com profundas olheiras e seus cabelos pareciam até mais ralos que de costume.

— Eu só vim porque preciso muito da sua ajuda! Eu não agüento mais! – ela começou a chorar e ele levantou-se para lhe dar um abraço.

— Vem, filha, vamos nos sentar.

Eles foram para o sofá e Luis deixou que Mônica chorasse o quanto quisesse.

— Eu não sei o que acontece, o trabalho nem é pesado, mas eu não agüento mais trabalhar com a Srta. Duister! Eu sempre saio exausta de lá!

— Céus, já falei para sua mãe várias vezes que isso tem que acabar!

— Por que ela não gosta de mim?

O homem levou um susto.

— Não diga isso, filha! Sua mãe de ama mais do que tudo!

— Mas não me aceita como eu sou! Vive tentando me mudar e isso tá me deixando muito infeliz! Nem posso mais fazer as coisas que gosto, só o que ela aprova e eu me sinto sufocada demais!

Ele a apertou mais e procurou acalmá-la.

— Isso não está certo. Se te traz sofrimento, então não serve. Vou falar com sua mãe ainda essa noite.

— Por favor, não briga com ela!

— Brigar? Claro que não. Fique tranquila, sua mãe é sensata e vai entender se eu explicar.

Ela deu um suspiro aliviado ao saber que tinha o apoio do pai. Pela primeira vez, teve esperanças de que tudo ia melhorar. Se sua mãe não a escutava, então podia escutá-lo. Não tinha como dar errado.

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Era a terceira vez que ela ia para a casa do Cascão, desistia no meio do caminho e voltava para trás. Pura perda de tempo, era quase certo que ele ia colocá-la para correr.

Ela queria muito consertar os estragos que tinha feito com os amigos. Com o Titi não tinha mais jeito, mas talvez ela pudesse fazer algo com os outros. O problema era reunir coragem para falar com eles e ela decidiu começar com o Cascão, o mais prejudicado depois do Titi. Só que faltava coragem para falar com ele.

“Droga, eu nem sei por que tô insistindo...” a jovem pensou fazendo o caminho de volta para casa. Estava ficando tarde e ela não queria deixar seus pais preocupados, pois já tinha lhes dado muita dor de cabeça.

— Hein? Você? – ela falou surpresa ao ver Cebola andando na rua, indo em direção a casa dele.

O susto foi recíproco, pois ele não esperava vê-la ali tão de repente. Depois sentiu um pouco de receio de ela querer chutar seu traseiro. Criando coragem, ele falou.

— E aí? Há quanto tempo, né...

— Cebola? É você mesmo? Nossa, O que aconteceu? – ela perguntou surpresa com o aspecto dele.

— Ando tendo uns problemas lá em casa.

— É... a Mônica me falou da sua mãe uns meses atrás... que barra!

— Pois é...

— Você tá morando com quem agora?

— Dois parentes meus. Vou levando a vida, você sabe. Olha, agora eu preciso ir senão chego atrasado em casa.

Antes que ele fosse embora, ela notou o uniforme dele.

— Você tá trabalhando na Super Lanchão? Sério mesmo?

— Não tá fácil pra ninguém. Você tá vindo da casa do Cascão? – ele perguntou para desviar o assunto.

— Eu queria falar com ele, mas não sei se vai rolar...

— Quer que eu converse com ele? De repente dá pra amaciar as coisas e aí vocês se entendem.

Magali ficou surpresa com aquele gesto de boa vontade.

— Acha que ele vai querer falar comigo?

— Acho sim. Seria legal se os dois se entendessem, vai fazer bem pra vocês.

— Então eu quero.

— Beleza. Vou falar com ele e a gente vê no que dá.

Os dois se despediram e Cebola continuou seu caminho. Magali voltou para casa pensando que a vida dele não devia estar somente difícil. Seu olho treinado após anos surrando manés na escola lhe mostrou que aquele rapaz devia estar em sérias dificuldades. Ela sabia reconhecer marcas de espancamento quando as via.

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— Ei, menina, calma! – Durvalina abraçava Mônica tentando lhe consolar. Mas não dava para fazer muita coisa com os gritos ecoando pela casa.

— Não dá pra ficar calma, isso tudo é culpa minha! Eu devia ter ficado de boca fechada!

— Que é isso, não é culpa sua não! Sua mãe que é muito cabeça dura!

Luiza só gritava enquanto Luis tentava dialogar em vão. Nada do que ele dizia a fazia mudar de idéia. Todo e qualquer argumento era ignorado.

— Eu estou fazendo isso para o bem dela, você não pode interferir!

— Como assim não posso? Eu sou o PAI dela!

— A Mônica vai continuar trabalhando com a Srta. Duister e ponto final!

— Isso está fazendo mal a ela! Não está vendo como nossa filha está sofrendo?

— Ela tem que ser dócil e delicada como toda garota deve ser, não posso aceitar que ela seja rebelde que nem no ano passado! Lembra que quase perdemos nossa filha? Quer que isso aconteça de novo?

E a discussão continuou por mais de uma hora inteira até elas ouvirem o barulho de uma porta batendo. Pouco depois Souza entrou no quarto com o semblante triste e derrotado.

— Durvalina, você podia fazer um chá para a Mônica?

— Tá bom, já vou.

— Desculpa, pai! Eu não queria...

— Não é culpa sua, certo? Nem pense nisso. Minha nossa, o que está acontecendo com sua mãe? Ela nunca foi assim!

— Ela me odeia, é isso! Não me aceita como sou! Então eu tenho que mudar pra ela me amar.

Ouvir aquilo partiu seu coração, pois ele sabia que não era verdade. Claro que Luiza amava muito a Mônica. Talvez até demais e esse amor estava machucando a todos.

— Eu sei que está muito difícil, mas vou pedir para que tenha paciência e agüente mais um pouco. Eu vou continuar insistindo com sua mãe, uma hora ela vai ter que ceder.

— Tudo bem, pai. Deixa pra lá, eu vou levando como der.

— Não, eu não vou deixar para lá porque está te fazendo mal. Só que não posso cortar assim de repente ou vai piorar as coisas. Vou pensar em algo, não se preocupe.

Durvalina chegou com o chá e fez com que ela tomasse alguns goles. Depois eles saíram para que Mônica pudesse dormir um pouco. A moça ficou deitada na cama pensando em como era uma total inútil que só causava problemas. Com certeza seus pais estariam melhores sem ela.

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Dois dias depois...

Na academia, Rômulo levantava pesos exibindo seus músculos para as mulheres que faziam esteira. Ele adorava quando elas olhavam seu bíceps ou tanquinho e sua vaidade estava no máximo. Felizmente sua namorada não estava ali para ver isso. Afinal, era só um namoro, não um casamento. Se bem que uma aliança no dedo não ia impedi-lo de fazer nada.

Quando terminou a série de exercícios, ele olhou o relógio e viu que ainda faltava muito tempo para voltar para casa. O que ele ia fazer até lá?

“Acho que vou chamar o pessoal pra tomar uma cerveja. Ih, não, os otários estão no trabalho. Blargh, não sei como eles agüentam! Ah, vou dar um rolé de moto por aí.”

Era muito difícil ter tanto tempo livre e não saber como preenchê-lo. Especialmente quando se tinha dinheiro para gastar. Ele realmente adorava aquela vida.

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Mônica continuava trancada em seu quarto e não queria sair por nada. Não adiantou Durvalina tentar conversar e nem mesmo lhe trazer uma bomba de chocolate. Nada lhe animava. Depois daquela discussão, Luiza passou a tratá-la com uma frieza desconcertante. Não lhe falou uma única palavra durante o café da manhã e depois do almoço limitou a levá-la para trabalhar com a Srta. Duister como fazia todos os dias.

E como já estava muito mal por tudo o que tinha acontecido, Mônica se sentiu duas vezes pior porque sua psicóloga não mostrou a menor compaixão com o que tinha lhe acontecido.

— Sua mãe é mais velha e sabe o que é melhor para você. Obedeça e não terá problemas. Agora termine de preencher essa correspondência. Preciso que tudo seja enviado hoje mesmo.

Ela não sabia por quanto tempo ia suportar tudo aquilo. Toda sua vontade de viver tinha ido embora para sempre.

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— A Magali quer falar comigo? Pra quê?

— Acho que ela quer fazer as pazes. Por que não fala com ela?

Cascão pensou um pouco se valia ou não a pena.

— Não é pra ser amigo dela nem nada, é só pra conversar e não ficar um climão entre os dois. Sei lá, acho que tá na hora de deixar o passado pra trás.

Ele não respondeu e continuou trabalhando na fechadura usando um pedaço de arame e tomando cuidado para não danificar nada. Mesmo sendo dia de semana, Cebola estava seguro de que ninguém ia pegá-los no flagra, uma vez que aqueles dois estavam trabalhando e só voltavam à noite, e resolveu fazer aquilo durante sua hora de almoço.

— Aqui, tem certeza que a bruxa velha não vai aparecer e cozinhar a gente num caldeirão?

— Fica frio que ela só volta à noite. O Rômulo então, pfff, só de madrugada.

— Beleza. Pronto, consegui! Agora anda rápido porque eu não quero dar chance pro azar!

Eles entraram no quarto de Rômulo e Cascão ficou chocado ao ver o que aquele sujeito tinha feito com o antigo quarto da Maria Cebolinha.

— Credo, esse cara é porco demais! Eu hein!

Cebola achou melhor não lembrar o amigo do estado deplorável em que estava seu quarto e tratou de olhar logo aquela gaveta onde tinham as notas de compra.

— Tá aqui! – falou triunfante. – Uma jaqueta masculina, outra feminina, botas, capacete... tudo novinho daquela loja chique lá do shopping! – Cascão pegou outro papel e leu.

— Isso aqui é conta de um bar. Caraca! Ele pagou mesmo cem reais só em bebida?

— Olha só isso aqui! Rapaz, isso vale ouro! – Cebola pegou uma correspondência de banco onde mostrava o movimento de uma conta que estava em nome do Rômulo.

Após ler com cuidado, ele quase caiu para trás ao ver que aquele sujeito tinha mais de cem mil reais em sua conta. Alguma coisa ali estava muito errada.

— Peraí, você não falou que ele tá ajudando sua tia a pagar uma dívida muito sinistra?

— Foi o que eu ouvi, mas porque essa grana tá depositada na conta dele? Aposto que tem coisa aí!

— Você vai mostrar pra ela?

Cebola pensou um pouco. Era bem provável que ao invés de pagar a dívida, Rômulo estivesse gastando o dinheiro consigo mesmo e enganando Rosália. Se ela soubesse disso, ia colocar aquele cretino para fora de casa sem a menor piedade. As coisas iam melhorar muito sem ele em casa porque ela não ia mais ter sua bucha de canhão para ameaçá-lo. Um problema a menos. Mas tinha um porém.

— Se eu mostrar isso pra ela, o Rômulo vai me triturar todinho.

— Aí danou-se! O que você vai fazer então?

As engrenagens em sua cabeça giraram. Se ele contasse a Rosália pessoalmente, poderia ter complicações. Mas o que aconteceria se ela descobrisse tudo por si mesma? Ela ia botar Rômulo para fora de casa e sua cabeça estaria salva da ira dele. Pensando nisso, ele pegou a nota da compra que o sujeito fez no shopping outro dia e guardou no bolso esperando arrumar um jeito de fazer Rosália ver aquilo.

— E esse negócio do banco? – Cascão perguntou.

Cebola olhou o envelope e viu que o endereço de entrega era diferente, Rômulo deve ter feito aquilo para evitar que a mãe visse sua correspondência. Então ele não podia simplesmente pegar aquele envelope e colocar em cima da mesa, por isso o colocou de volta para não correr o risco de Rômulo achar aquilo nas coisas dele.

— Acho que isso aqui tá bom pra começar, depois eu vejo o que faço com a correspondência do banco. Agora vamos que a gente não pode facilitar.

Eles deixaram tudo como estava e saíram rapidamente.

— Credo, quanta bugiganga! – Cascão falou enquanto olhava a decoração cafona de Rosália. - E aquilo ali é um abajur? Que troço feio, véi!

— Pior é que sou eu quem tem que limpar essa porcaria toda.

— Fala sério! Ela é uma bruxa mesmo, você deu um baita azar.

Cebola acabou achando graça porque sabia que o Capitão Feio, tio do Cascão, era bem pior. Uma curiosidade surgiu e ele resolveu perguntar.

— Por acaso você não tem nenhum tio psicopata não?

— Eu? Claro que não! Meu tio por parte de mãe é gente boa até.

— E da parte do seu pai?

— Ele é filho único, então sussa.

O rapaz tropeçou no pé de uma cadeira.

— Que foi? – Cascão estranhou.

— Nada não, só pensei que tinha ouvido alguém mexer na porta.

— Opa, então deixa eu vazar logo senão a bruxa me pega. A gente se vê!

— Valeu mesmo, cara! Rosália vai servir a cabeça do Rômulo na janta quando botar o olho nisso aqui!

— Tranqüilo. E olha... acho que vou falar com a Magali. Tem razão, não pode ficar esse clima ruim entre a gente.

— Isso mesmo! Vai dar tudo certo, eu aposto que vai!

Cascão saiu dali sentindo-se mais leve e Cebola tinha esperança de que as coisas poderiam mesmo dar certo.

Mas aquela conversa o deixou muito, mas muito intrigado. O que tinha acontecido com o Capitão Feio daquela dimensão?

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Seus joelhos estavam esfolados, as costas latejavam de dor e Rosália estava até com medo de ter ficado corcunda após tanto tempo ajoelhada lustrando o piso. Ela detestava aquela madeira escura, que deixava tudo tão deprimente. Pensando bem, a decoração daquela casa era um verdadeiro terror para ela. Móveis escuros, toalhas simples nas mesas, poucos enfeites e nenhuma flor nos vasos. Os donos daquela casa tinham péssimo gosto para decoração, diferente dela que sabia deixar a casa linda e adorável.

— Terminou o piso, Rosália? – A dona da casa perguntou olhando-a com aquela cara que lhe dava arrepios.

— Sim, Sra. Duister.

A mulher avaliou seu trabalho e apontou um local com a bengala.

— Essa parte ainda está embaçada.

O jeito foi obedecer, já que protestar era inútil. Que mulher enjoada! Não importava o quanto a casa estava limpa, ela e seu marido sempre viam sujeira imaginaria em toda parte. Eles eram tão tão obcecados por limpeza que várias vezes ela teve que limpar a mesma coisa três ou quatro vezes porque aqueles velhos chatos sempre viam sujeira por toda parte. E como iam dar uma festa no fim do mês, seus patrões tinham ficado dez vezes mais chatos que de costume.

Enquanto trabalhava, ela sentiu os pelos da nuca se arrepiarem e um calafrio desagradável percorrer sua espinha. Era o sinal inconfundível de que a Srta. Duister estava se aproximando. Nunca falhava.

— Não precisa polir o chão tantas vezes. Já está tudo limpo.

— Sim, senhorita, mas seus pais... – a mulher respondeu com os olhos baixos. Era impressão sua ou ela estava mais assustadora do que de costume?

— Não se preocupe com eles. Não vão causar problemas. – havia um tom levemente ríspido naquela voz. – Você pode ir polir os talheres.

Rosália obedeceu ainda sentindo aqueles calafrios desagradáveis. Normalmente ela não tinha medo de ninguém e era capaz de impor respeito à qualquer pessoa, até os amigos durões do seu filho. Mas aquela mulher definitivamente lhe dava medo. E não era só medo, ela também sentia um mal estar estranho quando estava perto dela. Uma sensação de que toda sua alegria e disposição estavam sendo sugadas deixando só um buraco repleto de escuridão e desespero.

Quando a Srta. Duister sorria, Rosália sentia um aperto desagradável no peito. Sua voz tinha o som da desesperança e seu olhar fazia até doer seus ossos. Assim que a dívida fosse paga, ela ia pedir demissão daquele emprego sem pensar duas vezes. Aquela família parecia ter saído de um filme de terror.

E naquele dia ela estava pior do que de costume.

— Algum problema, senhorita? – perguntou humildemente ao ver que sua patroa parecia irritada com algo, embora a fisionomia dela nunca se alterasse.

— O garçom encarregado de servir os convidados ficou doente e não poderá vir.

— É muito grave?

— Não sei e não me interessa.

Rosália engoliu em seco.

— Claro que não, senhorita. Mas quem irá servir os convidados? Quer que eu faça isso?

— Não. Você precisa cuidar da comida.

Estranhamente, todos os garçons daquela empresa ficaram indisponíveis. Uns doentes, outros com trabalho marcado, e mais alguns com problemas familiares de todos os tipos. O que ela não sabia era que nenhum garçom queria colocar os pés naquela casa. Não depois dos quatro últimos terem ficado com depressão profunda a ponto de não conseguirem mais trabalhar. 

Claro que aquele problema não lhe interessava e Rosália foi cuidar dos seus serviços. Srta. Duister ficou andando de um lado para outro e aquele mal estar ficou ainda maior que de costume. Pelo visto, aquilo ia continuar o dia inteiro se ela não fizesse algo. Após pensar um pouco, uma idéia iluminada surgiu na sua cabeça.

— Senhorita, se me permite uma sugestão...

— Fale.

— Eu conheço alguém que pode trabalhar de garçom na festa.


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