Quando os Lobos Cantam escrita por Ladylake


Capítulo 15
Irmãos


Notas iniciais do capítulo

Hey meus amores! Novo capitulo ♥

Boa Leitura~



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Era apenas mais uma noite em Brooklyn para Raphael. Com apenas algumas gotas a restarem no fundo da garrafa, o velhote parecia ainda estar sóbrio.

Ele tira um cigarro da caixa de couro e mete-o á boca, acendendo-o imediatamente. O objetivo era mudar a rota dos seus pensamentos, mas um gemer abafado faz-lhe desviar o olhar do céu, para um beco sujo e pouco iluminado.

Raphael abana a cabeça, dizendo que não. “Provavelmente é só alguma prostituta a fazer a noite” - ele pensa, mas muda de opinião quando ouve um choro.

Ele decide ir espreitar. Como ex agente da polícia, Raphael carrega sempre a arma consigo, onde quer que vá.

O choro fica mais intenso á medida que o velhote se aproxima. No meio de velhas caixas ao lado do lixo, uma jovem agarra-se ao corpo, como se lhe tivessem roubado o que ela mais amava no mundo.

—Por favor… - ela soluça inundada em lágrimas -por favor…ajude-me…

Raphael baixa imediatamente a arma e pega na mão da jovem toda suja e arranhada. O vestido que tem no corpo agora tornou-se num pedaço de pano roto.

—O que te aconteceu? -pergunta, enquanto guarda a arma.

— Eu fui atacada por… -ela trava, percebendo que a verdade é uma loucura- …por uma matilha de cães…

—Não queres dizer “lobos”?

A jovem arregala os olhos e, por uns momentos, afasta-se de Raphael com as sobrancelhas levantadas.

—Quem é o senhor…? – sussurra.

— Raphael Montenegro - responde_ e tu?

—Iris…

—Queres saber mais sobre o que te atacou, Iris? – pergunta.

Iris assente e Raphael aconselha a jovem a acompanhá-lo até casa. É pequena e bastante escura. Tem molduras antigas e alguma tralha. As mobílias antigas e cheias de pó desmascaram o quão antigo certos objetos são.

Iris foca numa foto de família. Parece ser Raphael, a mulher e os filhos. Um rapaz uma rapariga.

—Tem aqui uma bela família Sr. Montenegro – elogia a jovem. Raphael ouve, mas não responde- onde estão?

—No cemitério -sussurra- o meu filho é o único que está vivo.

O tom de voz de Raphael é triste e rancoroso. Iris expressa uma cara abatida.

—O que aconteceu…? -volta a perguntar, mas num tom tímido e culpado.

Raphael pega em duas canecas de chá e entrega uma para Iris, que aceita. O calor do líquido arrepia-lhe o corpo.

—O mesmo que tu… -ele começa- fomos atacados. A minha mulher e a minha filha não sobreviveram. O meu filho ficou em coma durante muito tempo…

Iris beberica o chá a ferver, e presta atenção em cada palavra que sai da boca do velhote.

—Eu lamento muito – acaba por dizer.

—Eu é que lamento muito…

—O quê? Porquê?

Iris olha para a mão, que treme como varas verdes. Um formigueiro percorre-lhes os braços e o esófago começa a dar-lhe uma sensação de estrangulamento.

Iris deixa cair a caneca e o chá entorna-se, sujando a carpete.

—Você envenenou-me…! – ela tenta gritar.

A jovem coloca-se de gatas no chão e grita de dor e agonia. As veias dela brilham. Parecem rios de lava a correr.

O corpo dela contorce-se. Vários ossos partem-se ao mesmo tempo e membros quase deslocam-se do sítio. Iris abre os olhos, depois de os ter fechado durante uns bons segundos e nota que vê tudo de uma forma completamente diferente.

Raphael está á frente dela, um pouco perplexo, mas ao mesmo tempo curioso no que ela se está a transformar.

—” O que o senhor me fez?” – pergunta com o tom de voz alterado. Os olhos dela parecem duas pequenas bolas de fogo.

—Dei-te o que toda a gente quer… - pausa- poder.

 

Poder era algo que Nour não tinha naquele momento. Raphael faz um gesto com a mão, e dois soldados aproximam-se para levá-la. A jovem de cabelo preto abraça a mãe e a irmã, para que não as levem.

—Por favor, não! – ela grita.

Nour é arrancada á força. Kaira começa a chorar e de braços estendidos, implora para que não as separem novamente.

Ívar fica estático e cabisbaixo. O soldado apenas limita-se a fechar os olhos para não ver a cena.

Nour é acorrentada e arrastada para perto de Raphael. A loba preta parece um cavalo selvagem que não quer ser domado de todo.

—Deixem-me trazer pelo menos a minha irmã – implora. Raphael nem se dá ao trabalho de olhar para ela - Por favor! É apenas uma criança, que mal lhe pode fazer?

Raphael fica em silêncio por uns segundos. Os soldados puxam-na, mas Nour não arreda pé.

—Você pode acorrentar-me, colocar-me á fome e ao frio, mas mesmo nestas correntes, você não irá parar-me! -grita- e eu prometo…oh pelo meu Deus Fenrir, que um dia eu vou cravar os meus dentes em si…e vou ouvi-lo gritar… - Nour aproxima-se. Raphael fica desconfortável_ o seu sangue vai ser a minha nova saliva e a sua carne o nosso festim.

Nour deixa-se ir. Raphael folga a farda do pescoço e coça a garganta.

Ívar prepara-se para segui-la, mas é travado pelo velhote.

—Quero-te no meu escritório em meia hora – ordena.

—Sim senhor.

Ívar cerra os dentes antes de ir embora e Raphael dá uma última olhada em Liv e Kaira, agarradas uma á outra, antes de se vir embora também.

Na fortaleza, Nanuk começava a caminhar novamente. Coxo, mas determinado, o jovem lobo branco e preto agarrava-se ás paredes para fugir a uma queda certa.

Ignis tinha desaparecido e Nanuk estava farto de estar no quarto a olhar para as paredes. Os últimos 3 dias têm sido duros. Um pequeno passeio e ar puro saberiam como uma limonada num dia de calor.

Nanuk contorna o corredor, quando de repente, vê Nour a ser arrastada pelos soldados até ao quarto. A jovem olha para o irmão com um olhar furtivo assim que se cruzam. Nanuk nunca desvia o olhar, apesar da intimidação da irmã.

Ele fica á porta e apenas limita-se a espreitar para dentro do quarto, onde Nour está a ser novamente acorrentada aos anéis de ferro, que saem da parede.

Nour desiste. Ela deixa-se cair no chão e olha para os pulsos. Presa, outra vez. Os soldados saem do quarto e contornam Nanuk, depois de olharem para ele de cima a baixo.

Faz-se uns segundos de silêncio, embora ambos consigam ouvir o batimento cardíaco de cada um, do outro lado da parede. Nanuk quer entrar, mas não sabe o que dizer. Nour quer saber a verdade, mas não o quer escutar.

— Vais entrar ou não…? – pergunta ela, sem tirar os olhos do chão – O teu batimento cardíaco está a mexer-me com o sistema nervoso.

Nanuk dá um pequeno sorriso, mas disfarça-o logo a seguir quando se encosta na ombreira da porta. Nour encara-o com uma cara de poucos amigos.

— O que raio é que te aconteceu? Parece que foste atropelado por uma manada de bisontes – resmunga ela.

— Foi quase isso – brinca – Os teus amigos deram-me uma coça…

— Amigos…? – ela ri – á muito tempo que não sei o que é amizade.

— Estamos de bom humor hoje, irmã – responde.

— Não me chames de “irmã”! – Nour levanta-se - eu e tu não somos do mesmo sangue! Não somos feitos da mesma matéria.

Nanuk cerra os dentes. Nour permanece em negação.

— Queres que eu te conte tudo? – questiona ríspido. Nour engole em seco – queres que te conte a nossa trágica história, Nour?! Queres saber como o homem que veneras…matou os nossos pais num ato de loucura?

Nanuk coxeia lentamente até ela. Nour vai dando pequenos passos para trás.

— Eu não venero ninguém – devolve ela no mesmo tom. Ele ri.

— Achas mesmo que não notei como olhavas para o Luckyan? O Soren deve de estar a dar voltas no outro mundo.

Nour não ouve mais nada. Um “clic” ecoa no seu subconsciente. Ela perde o controlo total de si mesma e ataca Nanuk, que cai no chão.

Já não é a Nour. Os olhos verdes e meigos passaram para um vermelho assassino e perigo. Fumo preto enrola-a, como se uma entidade negra se estivesse a apoderar dela. Nanuk arregala os olhos.

— Controla a tua língua Nanuk – ela ameaça. – Ou eu arranco-ta da garganta á força.

Ele sabe que não é ela, mas isso não faz com que o Husky esteja menos aflito e assustado. Ele sabe que ela o vai matar aqui e agora se ele não fizer nada.

Sem que ela perceba, Nanuk tira do bolso uma seringa e injeta-a no corpo da irmã, que cai redonda no chão segundos depois.

 

 

****

 

Está tudo escuro. Não vejo nada. Sinto-me, mas não me encontro. O meu coração bate dentro do meu peito, mas, no entanto, não sei se estou viva. Há chão debaixo dos meus pés…então porque é que eu tenho a sensação que estou a flutuar?

Como um raio de sol a entrar por uma janela, a lua ilumina tudo ao meu redor. Estou numa clareira. Oiço a coruja e o mimo-gaio no topo da árvore e a corça a comer os rebentos que se erguem do pasto. Está de noite.

Olho para as minhas mãos, e automaticamente o meu olhar embate com o que está á minha frente: é um lobo.

Ele olha para mim, estático. Engulo em seco, nervosa, mas decido aproximar-me. Por surpresa minha, ele também o faz.

É enorme, todo preto, mas não impõe medo. Pelo contrário. A presença dele atinge-me como se eu o conhecesse desde sempre. Como um amigo. Algo é-me familiar. Algo me sabe áquilo que eu sempre soube.

Eu paro. Ele está mesmo á minha frente. Sou…eu?

Coloco-me de joelhos e ele senta-se. Levanto uma mão e meticulosamente ele imita-me. É como um espelho.

Uma lágrima cai-me do queixo. Ele chora também. A palma da minha mão encosta na pata do meu outro eu, mas algo parece não estar no bem.

A minha mão começa a esfumar-se. Olho para os meus braços e pernas e percebo que me estou a desintegrar.

Um rosnar faz-me encarar o que está á minha frente. Ele deixou de ser eu, e a última coisa que vejo são os seus dentes a virem na minha direção.

 

Nour acorda, com o impulso do corpo. Está um pouco escuro, mas percebe rapidamente que não está sozinha. Um candeeiro a óleo é a única coisa que ilumina o rosto de Nanuk.

Ela senta-se na cama e molha os lábios.

—Algo aconteceu…não foi? – sussurra agarrada aos lençóis. Ela não se atreve a encará-lo.

Nanuk assenta.

— Se eu esperasse mais um segundo, ter-me-ias rasgado a garganta…mais ainda – devolve – por sorte ainda tinha um sedativo no bolso.

Nour cerra os dentes.

— Porque é que carregas isso no bolso…? – pergunta ela.

— Tenho andado com dores á dias. A dor tolera-se melhor quando se está a dormir – começa – e isto… - ele descola o penso do pescoço - …parece não querer sarar de maneira nenhuma.

Nour desvia o olhar. Nanuk tem marcas de garras no pomo de Adão.

— Estiveste sempre aqui…? – pergunta a jovem de novo num sussurro.

— Claro…alguém tem que tomar conta de ti…

Nour abre a boca, para dizer algo, mas hesita.

— Eu sei o que vais dizer – ele ri- “Eu não preciso de ninguém”, mas precisas…

— Eu ia dizer “obrigada”— quem ri agora é ela – mas isso também serve.

Ambos riem, mas de repente, Nour faz uma expressão mais séria. Nanuk levanta-se do fundo da cama e aproxima-se da irmã preocupado.

— Foste tu? – pergunta a loba preta.

— Fui eu o q-

— Não te faças de sonso Nanuk – ela corta-o – foste tu que denunciaste a Vila?

— Sim fui – ele responde. Nour não estava á espera de tanta sinceridade – e antes que perguntes, não, eu não me arrependo. Muita coisa má aconteceu, mas muitas coisas boas também vieram com a vinda de Raphael e dos soldados.

Nour está pasmada. Que coisas boas terão vindo na perspetiva de Nanuk?

— Tais como? Por favor elucida-me – ironiza.

— Balto, o teu pai adotivo está morto, Liv está a sofrer…a tua Vila escondia muitos segredos Nour.

Nour não entende o ódio de Nanuk. O Husky levanta-se da cama e segue para a beira do vitral, iluminado pelo luar.

— O que a Vila tem a ver com os meus pais? Nanuk, o que não me estás a contar?

Ele baixa o olhar e cerra o punho.

— Nós vivíamos numa pequena comunidade, relativamente perto dos humanos. Luckyan tinha apenas 16 anos quando matou toda a gente…

— Descontrolou-se…? – pergunta Nour. Nanuk assente.

— Eu tinha 3 anos – ele ri de nervosismo – mal sabia andar, mas mesmo assim eu consegui esconder-nos. Tu tinhas apenas alguns meses de vida, mas de alguma forma, quando tocaste naquele lobo enraivecido, ele voltou ao normal.

Nour ouve cada palavra que sai da boca de Nanuk com bastante atenção.

— Ele acolheu-nos. Caminhamos durante dias, mortos de fome. Lembro-me que não paravas de chorar. Até que chegámos aqui e Luckyan resolveu pôr-nos á porta de alguém. Ele achava que nós ficávamos melhor aqui do que com ele… - ele suspira – Liv abriu e imediatamente pegou em ti da cesta. Balto veio a correr, mas para me escorraçar…

— O quê? Não! O meu pai nunca faria isso! – grita Nour.

— Não o defendas! Tu sabes tão bem quanto eu que o teu “pai” não era um bom homem! – riposta Nanuk – ele disse que ter 3 filhos era demais, mas, no entanto, mais tarde tiveram a Kaira. A tua “mãe” escolheu-te ti e ele correu comigo dali para fora e a Liv não fez nada! Eu tinha 3 anos Nour! Passei uma noite ao relento, completamente sozinho! Felizmente consegui reencontrar o Luckyan e fiquei com ele desde então.

Nour abana a cabeça.

— Tudo isto… - ela começa, mas é Nanuk que termina.

— Para te acordar de uma vida de mentira…

 

 

*****

 

A noite já ia alta, quando Nanuk regressa para o seu quarto. A conversa com Nour tinha sido longa e bastante emocional. O Husky começa a despir-se, quando é interrompido por um bater na porta.

— Ignis – ele tapa as partes íntimas com a almofada – o que estás a fazer aqui? É tardíssimo.

— Queria ver-te – responde nos limites da porta– não te vejo desde a hora de almoço. O que estás a esconder? Não há aí nada que eu já não tenha visto.

— O quê? – Nanuk não entende á primeira - …oh…agora deu-te para espiares as pessoas no banho, menina Ignis?

— Talvez – ela sorri de braços cruzado – não precisas de ficar envergonhado.

— Eu não estou envergonhado – resmunga – estou surpreso. Eu poderia acusar-te de assédio.

— Mas não vais.

Num passo lento, mas firme, Ignis aproxima-se de Nanuk, sem nunca desviar o olhar. O vestido meio transparente e solto faz os seios dela balançarem de forma natural. Nanuk molha os lábios.

As mãos dela tocam levemente nos braços dele. Os bíceps de Nanuk estão tensos, como se ele estivesse nervoso.

— Vais ter que te esforçar mais do que isso, para me provocar.

Ignis assume isso como um desafio, e, bem devagar, a ruiva arranha-lhe as costas e morde-lhe o lóbulo da orelha rasgada continuamente. O Husky revira os olhos de prazer.

Ignis afasta-se, com um sorriso enorme não só nos lábios, mas também no olhar.

Ele ri. Ignis faz novamente uma investida. Nanuk parece deixar-se levar por uns segundos, mas começa a contrair-se.

— Ignis… - sussurra – Ignis para. Alguém pode aparecer.

— E então…? – pergunta ela, no meio dos beijos que vai dando no pescoço dele.

— Nós não devíamos de fazer isto. Raphael vai matar-nos se descobrir. Apaixonarmo-nos não estava na lista. Ignis, eu preocupo-me contigo…

Ela sorri, completamente derretida, antes de sussurrar:

—Preocupa-te antes em fazer amor comigo esta noite.

Ela puxa-o para um beijo fogoso. Nanuk treme, visivelmente ansioso. Ignis afasta-se por um segundo.

— Estes nervos todos não são apenas por medo que nos descubram, pois não? – ela sorri, mordendo o lábio. Nanuk está vermelho – Nanuk…tu nunca…?

— Não… – ele desvia o olhar. Podia-se fritar um ovo nas bochechas dele.

Os olhos de Ignis iluminam-se. Ela acaricia-lhe a face completamente apaixonada.

— Apenas relaxa e desfruta.

Por Fenrir que eu nunca me irei esquecer da expressão que ele fez. Uma mistura de felicidade e vergonha ao mesmo tempo.

Pego na almofada, que ele ainda tem junto ás virilhas e atiro-a para cima da cama. Eu não quero que ele esconda nada dos meus olhos.

O corpo dele está cheio de feridas, mas só eu sei o quão isso o torna mais apetecível e bruto.

Pego na mão dele e conduzo-a até aos meus seios. Ele sabe o que fazer e não perde tempo em desfazer o corpete que os seguram.

A boca dele parece querer explorar por ela mesma, então ele lambe, suga e mordisca-os com cuidado. Eu deixo escapar um gemido baixinho.

O meu vestido está aqui a mais. Em 2 segundos estou completamente nua e crua e Nanuk está a levar-me para a cama.

Agora sim, ele está mais nervoso do que nunca. Consigo ouvir o coração a palpitar dentro do seu peito. Eu beijo-o com calma e passeio as minhas mãos pelo peitoral. Nanuk reage apertando as minhas nádegas um pouco mais contra ele.

Minutos depois, eu estava a arfar. A palma da minha mão cobria-me a boca, mas Nanuk retirava-a imediatamente. Ele queria ouvir os sons que me estava a obrigar a fazer.

Pele com pele, olhar com olhar, boca com boca, eu sentia que poderíamos pegar fogo. Houve alturas em que eu achei que eramos capazes.


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Notas finais do capítulo

Até ao próximo ♥



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