Por elas escrita por raexgar001


Capítulo 8
Mamãe não me deixe


Notas iniciais do capítulo

Oie!! Espero que estejam em quarentena assim como eu, falando serio com vocês sempre esperei em um apocalipse zumbi algo legal, porém com esse apocalipse de coronavirus e o quão rápido as pessoas pegam a doença e ficam muito mau, eu consigo notar quem não tem nada de legal (em apocalipse nem um, coisas de filmes devem permanecer em filmes, isso é assustador pacas!) Não saiam de casa!

boa leitura ~



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Algumas horas antes do sol nascer, Tokaku já se encontrava de pé. Não havia conseguido dormir quase nada aquela noite, ansiosa pela chegada dos inimigos e temerosa quanto ao plano dar errado e ela perder as pessoas que amava. A azulada foi até a enorme academia que havia na mansão e para extravasar começou a socar um saco de pancadas, não muito tempo depois Sagae Haruki entrou na academia com uma toalha de rosto pendurada no pescoço e uma garrafa de água em mãos.

— Parece que não sou a única que perdeu o sono – Chamou a atenção de Tokaku que se contentou em apenas lhe lançar um olhar antes de voltar a se concentrar no saco de pancadas. Ignorada a ruiva tentou novamente, deixando suas coisas em um canto da academia e subindo em um enorme tatame que havia ali – Um saco de pancadas não é um bom oponente, vamos lá Azuma, quero ver se você melhorou depois da classe negra.

Tokaku deixou de lado o saco de pancadas e subiu no tatame, esperou Haruki se alongar e logo depois as duas ficaram em posição. O primeiro movimento veio de Sagae que correu em direção da oponente preparando um soco que fora desviado com rapidez.

— Tem alguma coisa que precisa me contar Tokaku? – Haruki não dava descanso, focando em socar sem parar.

— Não – Tokaku concentrava-se nos movimentos da inimiga, desviando e evitando ser acertada.

— Vamos lá Azuma, você está na minha casa – A ruiva pulou para trás quando a oponente segurou seu soco e tentou acerta-la com um chute vindo pela esquerda – Ontem você saiu apressada daqui e voltou muito tarde, o que descobriu? – Segurou o braço de Tokaku a puxando para perto de si aplicando um golpe de defesa ao lhe atirar com tudo no chão.

Tokaku pensou se deveria contar ou não, jogada no chão ela rolou para a direita evitando ser pisoteada pela dona da casa. No fim chegou à conclusão de que deveria sim lhe contar algo, a casa era dela a ruiva tinha direito de saber que seria invadida esta noite.

— Eles vão atacar hoje à noite – Aproveitou que estava no chão para prender ela com as pernas e a desequilibrar, Haruki só teve tempo de usar as mãos para diminuir o impacto pela tamanha velocidade que Tokaku usou no movimento.

— Que merda!

Tokaku não soube dizer se o xingamento era por Sagae ter caído ou se era por saber da invasão que teria, talvez fosse pelos dois. A ruiva soltou-se de uma imobilização feita por Tokaku batendo com o cotovelo em sua barriga a deixando com falta de ar, se afastou observando a azulada se levantar não tão mais rápido que antes pela pequena falta de ar.

— Neste caso, irei levar a Isuke para sair – Avisou enquanto as duas tomavam posição de combate, desta vez a herdeira do clã Azuma que começou as investidas. As duas ficaram mais de meia hora trocando socos e chutes até a ruiva ser derrubada com uma rasteira, ainda recuperando o folego e sentindo a ardência e o calor da luta ela falou – Tente não destruir minha casa Azuma, qualquer dano você paga.

Levantou-se vendo Tokaku limpar o sangue do nariz aonde ela havia acertado alguns socos – os golpes mais fortes que a ruiva dera foram direcionados no rosto da oponente – o que a fez lembrar que ela também estava com alguns hematomas no rosto, passou a mão em um corte perto do olho que latejava bastante e limpou o sangue com o dedo lambendo-o logo em seguida.

Tokaku esperou a mulher sair do seu campo de visão para então sair. Tomou um banho no chuveiro do banheiro da academia e voltou ao quarto, aonde sentou-se para cuidar do seu nariz que havia sido acertado várias vezes, não chegará a quebrar, mas a dor era semelhante. Saiu antes da esposa e filha acordarem e se dirigiu para o jardim aonde sentou-se em um banco para ligar para Mahiru Bamba, a escolha da ex-assina foi bem pensada e elogiada por Kirigaya, pois caso alguém tentasse libertar as irmãs ao cair da noite a outra personalidade de Bamba: Shinya iria acabar com o invasor sem precisar de grande ajuda.

Ao terminar a ligação e ficar mais alguns bons minutos apenas observando a paisagem do enorme jardim, a herdeira do clã Azuma levantou-se para ir à cozinha, já deveriam estar tomando o café da manhã àquela hora. Como pensado, todas estavam na enorme mesa preparada pelos empregados da casa, dirigiu-se para o lado de Haru que ajudava Ichigo a cortar um pão.

— O que porra aconteceu com vocês? – Isuke perguntou assim que viu o rosto da indesejada visitante (que parecia não querer ir embora de sua casa nunca) com alguns vermelhos e um curativo no nariz e comparou com o da esposa que tinha um curativo acima do olho e alguns arroxeados pelo rosto.

— Treinamento – Respondeu Sagae dando de ombros.

— Meu deus Tokaku! Você está bem? – Haru perguntou finalmente olhando para a esposa após a fala da matriarca da casa – Está doendo?

— Estou bem – Sentiu as mãos da ruiva puxando seu rosto com delicadeza para lhe encarar, depois de ser analisada e ter recebido um selinho a ruiva voltou a ajudar Ichigo que observava Tokaku com certa preocupação. Para tranquilizar a criança a azulada deu um sorriso de canto de boca enquanto murmurava um “não se preocupe”.

— Isuke, hoje à noite vamos sair - Haruki avisou a esposa que lhe encarou curiosa pela forma que disse a frase com um tom sério, então sorriu para tranquilizar – Tenho uma surpresa para você – Usou do que Inukai mais gostava: surpresas.

Enquanto a rosada sorria e dava uma lista do que não queria para a surpresa da noite, Sagae Haruki olhava séria para Azuma Tokaku que lhe encarava igualmente séria, aquilo não passou despercebido nem por Haru e nem por Isuki que preferiram fingir que não notaram, iriam perguntar apenas depois quando estivessem sozinhas com suas respectivas esposas.

[...]

— Então vai dizer a Haru o que está acontecendo? – Perguntou a ruiva séria, ela e a azulada estavam no quarto tinham acabado de deixar Ichigo brincando na sala com a filha de umas das empregadas da casa.

 Tokaku não se surpreendeu com a pergunta, a esposa era esperta o suficiente assim como Isuke, que ela já suspeitava também ter notado a situação, graças a forma como ela e Sagae tinham se comportado mais cedo. A Azuma sabia que poderia disfarçar melhor, porém a amente de pocky não parava de lhe encarar deixando-a levemente tensa.

— Irão vir hoje à noite – Respondeu, tão séria quanto a esposa a sua frente. Haru arregalou os olhos sentindo seu coração dar um enorme salto.

— Então quer di- dizer que...

— Haru, você confia em mim, não é?

— Claro!

— Então preciso que fuja para o mais longe que puder e leve Ichigo com você – Segurou delicadamente os ombros da mulher forçando-a a ficar imóvel. Sorriu minimamente – Eu te encontrarei assim que terminar tudo por aqui.

— Tokaku... – Haru sentiu as lágrimas embaçarem sua visão, porém segurou elas com todas as forças.

— Vai ficar tudo bem – Tokaku sorriu minimamente, tentando tranquilizar a ruiva que se soltou de seu aperto e lhe abraçou.

Mais tarde naquele dia, as donas da mansão saiam para a tal surpresa que Sagae tinha dito, liberando também alguns empregados para passar a noite fora, já que Isuke disse que alguns deles eram insubstituíveis por seus serviços serem muito bem feitos.

— Tem certeza que não quer saber para aonde Haru e Ichigo vão? – Ichinose Perguntou a Tokaku que arrumava a mochila da criança. Haru terminava de vestir Ichigo com roupas neutras para evitar chamar a atenção na hora da fuga.

— Tenho, estarão mais seguras se eu não souber – Respondeu finalizando as malas e deixando-as no canto do quarto – Já está na hora.

— Tudo bem – Haru respirou fundo tentando ficar tranquila, agarrou as mochilas e desceu para a garagem.

— Tudo bem pequena, está na hora – Tokaku se abaixou para ficar na altura da filha.

— Ichigo está com medo... – A criança abraçou com força um boneco de pelúcia que ganhará de Tokaku.

— Não precisa ter medo, sua mãe vai cuidar bem de você – Alisou seus cabelos, até se surpreendeu com o quanto mudou, antes nunca conseguiria comunicar-se com uma criança, quanto mais tranquiliza-la. Segurou a menina nos braços e rumou para fora do quarto.

[...]

Haru já dentro do carro esperava Tokaku terminar de afivelar o cinto da cadeirinha na filha. Assim que recebeu o sinal positivo ligou o carro partindo da mansão, a vontade da ruiva era de ficar junto à esposa, porém sabia dos perigos que rondavam ela e a filha, Ichinose lembrava muito bem que sua cabeça também estava a prêmio, por isso a Azuma mandou-a fugir. Iria para um país aonde não pensassem em segui-las, algo como África ou Brasil que eram um dos poucos lugares aonde não havia filiais de sua empresa, logo ninguém esperaria vê-las por lá.

— Mais um pouco e já chegamos meu amor – Anunciou assim que notou que se aproximavam do heliporto da empresa aonde um helicóptero lhe esperava para leva-las até Osaka aonde pegariam um jatinho particular para outro país.

Guiou o carro até a garagem subterrânea aonde estacionou na primeira vaga livre que viu, antes mesmo que pudesse sair do carro sua porta foi arrancada assustando-a. Por impulso a ruiva abaixou a cabeça pondo as mãos nos ouvidos pelo som auto da porta sendo arrancada com tudo, o grito da ruiva deixou a garota na cadeirinha em alerta.

Haru notou uma espécie de gancho puxar a porta para longe antes de outro ser lançado em sua direção agarrando seu pulso e puxando-a com força para fora do carro, a ruiva gritou de dor tendo a sensação de sua pele se rasgando enquanto o sangue escorria entre as garras do gancho, soltou o sinto de segurança que ainda a prendia à cadeira tendo assim seu corpo levado de uma vez só para longe do carro, a dor no pulso aliviou já que não estava mais presa ao carro. Uma risada escandalosa chamou a atenção de Haru que tentava soltar-se das garras de ferro agora que elas já não mais a puxava. Uma mulher morena e de cabelos castanhos saiu das sombras, duas pistolas em mãos, delas saiam cordas de aço que se conectavam com a ponta dos ganchos, Haru percebeu que era uma arma-gancho muito potente que Tokaku lhe mostrou certa vez no mercado negro, aquilo poderia arrancar membros com facilidade apenas com apertar de botões, se sentiu sortuda por ainda ter seu braço no lugar.

— Ichinose Haru, sua cabeça é minha porta para um mundo melhor - Takeshita sorriu largando as armas-gancho no chão – Mas antes... – Seguiu em direção ao carro, à ruiva se desesperou esquecendo-se completamente do gancho em seu pulso e correndo atrás da morena.

Takeshita abriu a porta onde estava Ichigo e em seguida segurou um soco da garota. Haru parou ao lado assassina surpresa, no lugar que era para estar Ichigo estava nada mais nada menos que Kirigaya Hitsugi. A garota saltou da cadeirinha entrando em uma luta corpo a corpo com Takeshita.

— Pensa que já não desconfiávamos disto? – Takeshita desviou de uma facada com um mortal para trás parando em pé um pouco mais afastada das mulheres.

— Você não vai conseguir a garota! – Kirigaya puxou de uma bolsa amarrada na cintura algumas shurikens envenenadas.

— Estou aqui pela Ichinose, há outros atrás da pirralha – Takeshita puxou uma pistola do coldre da calça – Você não é um grande desafio Hitsugi... Percebemos bem seus movimentos quando visitou o cativeiro das irmãs Nanake.

— Não me subestime velhota.

— Quem você chamou de velha?! – Irritada Takeshita atirou em direção da azulada que correu para se esconder.

Haru escondida atrás do carro só conseguia pensar em uma única coisa enquanto as rajadas de tiro passavam por todos os lados. Aonde estava Ichigo?!

[...]

Momentos antes...

Tokaku descia as escadas com Ichigo nos braços, porém ao invés de seguir para a garagem ela ia para os jardins da mansão, a azulada não pode deixar de se culpar, pois não contará nada a Haru e ela mais tarde certamente ficaria preocupada quando percebesse que a criança não estava no carro.

— Tokaku-san, aqui! - Ouviu a voz de Hitsugi e avistou ela e a esposa escondidas em uma parte escura do jardim.

— Eles não são burros, vão desconfiar de tudo isso – Chitaru murmurou nervosa.

— Apenas leve a Ichigo para um lugar seguro – Entregou a criança para ela. Ichigo parecia confusa e bem assustada com tudo aquilo – Vai ficar tudo bem Ichigo, ela vai te proteger.

— Nosso tempo está acabando, vamos logo com isso – A menor falou pegando um manto e cobrindo sua cabeça.

Chitaru começou a caminhar para longe, Ichigo tentava segurar as lágrimas, podia ser pequena, mas entendia que depois desta noite poderia nunca mais ver nem uma das mães adotivas, ela estava com muito medo.

— Mamãe! Não me deixa mamãe! – Começou a clamar, não queria perder mais ninguém.

Todas se alarmaram pelo grito repentino da pequena, os inimigos poderiam ouvi-las e todo o plano que a Azuma montou para deixar a esposa e filha as salvas e seguras estaria perdido. Namatame agarrou a criança nos braços e começou a correr com medo da garota continuar a gritar e chamar atenção desnecessária.

— Escandalosa sua criança – Kirigaya comentou antes de caminhar para a garagem.

Tokaku demorou uns segundos para começar a andar. Estava surpresa, foi a primeira vez que Ichigo lhe chamou de mãe e temia que fosse a última. Com uma reclamação pela demora da mais baixa a herdeira do clã Azuma voltou a si e começou a acompanha-la, da sua mente não saia a cena da criança desesperada para não ser deixada.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui! Agora estamos na reta final da fanfic, apenas mais um cap para tudo acabar. Nos vemos no próximo, bey!



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