Por elas escrita por raexgar001


Capítulo 7
Troco um plano por uma dívida


Notas iniciais do capítulo

Oi! Desta vez lembrei do cap kk, acho que deixar ele aos domingos foi melhor, por alguma razão eu consigo sempre lembrar aos domingos (acho que é pq não acontece quase nada nesse dia, é tudo muito parado).

Enfim, tenham uma boa leitura!



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Tokaku estacionou o carro na garagem de sua casa mantendo-o destravado para caso precisasse de uma fuga ou perseguição. Adentrou a casa notando a bagunça que a sala havia ficado. Tinha penas dos travesseiros espalhadas pelo chão, algumas paredes estavam com marcas de balas, marcas de explosão se encontravam perto da porta, a janela havia sido estilhaçada e uma trilha de sangue ia dela até perto da escada.

“Então houve uma batalha. Deve ter sido difícil para aquelas duas, essa assassina não deve ser coisa fácil como foi à irmã” – Pensou depois de analisar sua sala e ir direto para o porão.

Ao abrir a porta do cômodo teve a visão de Harume que observava uma garota de cabelos castanhos que parecia estar recobrando a consciência aos poucos. A prisioneira de cabelos rosados estava acorrentada a uma cadeira, alguns dedos lhe faltavam graças a tortura de Takechi Otoya, e sua aparência não era das melhores, parecia estar sentindo dores, mas como uma boa assassina não reclamava já sua irmã estava com os braços pendurados segurados por uma corrente grossa, de joelhos ela mexia o corpo algumas vezes como se estivesse acordando, a perna esquerda estava roxa como se alguém tivesse imprensado fortemente contra algo.

Tokaku notou Shuto tratando do ferimento de Kaminaga mais ao canto da sala. A de óculos mordia os lábios evitando reclamar enquanto a azulada passava a agulha para fechar o buraco da bala, sangue escorria entre seus dedos ao pressionar a ferida. Mais à frente sentada docemente em uma cadeira de madeira se encontrava Kirigaya Hitsugi. Tokaku ficou surpresa, não esperava encontrá-la.

Desde o fim da classe negra Haru e Tokaku não haviam mais encontrado com Kirigaya e Namatame, souberam por Hanabusa (a quem Haru tinha grande contato por sua empresa ter a moça como principal investidora e acionista) que as duas haviam ido para a Bélgica aonde casaram-se e adotaram três cachorros. Haviam se passado tantos anos que quase não reconheceu a azulada, ela havia crescido, porém continuava a menor se comparada as outras assinas – até mesmo se comparada a Haru - seus cabelos estavam curtos e tinha ganhado um pouco mais de corpo, não parecia mais uma criança e sim uma adolescente, mesmo embora ainda tivesse um rosto inocente.

— Tokaku-san! – Hitsugi levantou-se para cumprimentar a Azuma com seu jeito mais fofo possível, isso chamou a atenção de Harume que concentrada em sua irmã ainda desacordada não havia notado a presença da dona da casa, as outras continuaram o que estavam fazendo ignorando a azulada.

 Tokaku a cumprimentou com um leve aceno de cabeça – O que houve aqui?

— Tivemos uma batalha com essa dai – Kouko respondeu apontando com a cabeça para a garota desmaiada – Não foi fácil.

— Como derrotaram ela?

— Kirigaya nos ajudou – Suzu disse finalizando o curativo com uma bandagem – Ficaria surpresa com as coisas que a pirralha sabe.

— Suzu-san, não fale essas coisas assim – Hitsugi corou pelo elogio. Tokaku pensou o quão infantil e boba ela continuava, mas também quão ameaçadora e forte ela poderia estar depois da classe negra, se antes a pequena era considerada perigosa, agora ele deveria ser mais ainda – Eu apenas apliquei um dos meus venenos nela.

— Então é isso? Minha irmã foi envenenada? – Harume falou fazendo todas lembrarem que ela ainda estava ali, presa.

— Ela não irá morrer não se preocupe – A mais nova mudou sua expressão fofa e envergonhada por uma bem mais ameaçadora, lembrando a Azuma de Bamba e sua troca de personalidade ao cair da noite.

— O que vocês descobriram? – Tokaku foi logo ao assunto principal, quanto mais rápido soubesse mais rápido poderia agir. Antes mesmo de alguma das mulheres pensarem em se pronunciar Kirigaya se pronunciou.

— Chitaru e eu trabalhamos para uma organização agora, eles são os Kokujin: pessoas de preto. Uma organização tão secreta que apenas os países mais ricos sabem a existência e participam. Caçamos tudo que é diferente, se surpreenderia com o que encontramos pelo mundo, acredita em seres animalescos? Eles existem, e nós os caçamos.

Houve silêncio por alguns segundos, as mulheres estavam confusas sobre o que acabaram de escutar.

— Que grande merda você está falando? – A Nanake que estava acordada perguntou o que todas naquele local pensavam no momento.

— Você sabe que digo a verdade Tokaku-san, você viu o que a Nio é capaz de fazer – Hitsugi olhou seriamente para a mais alta.

Tokaku achou tudo aquilo uma grande besteira, porém lembrar do que viu com Hashiri Nio na classe negra a fez acreditar minimamente na palavra da mais nova.

— Aonde quer chegar com tudo isso? – Haruchi perguntou chamando a atenção de todas. Seu rosto estava torcido em uma careta de dor e suor escorria de sua testa, mostrando o esforço para manter-se acordada, a acastanhada também se sentia meio tonta e sua visão estava turva, efeitos do veneno. Ela havia acordado há alguns minutos, tempo suficiente para escutar a história da azulada e achar tudo uma grande loucura.

— Suas prisioneiras sempre tem essa liberdade? – Hitsugi olhou com desdém para as irmãs acorrentadas.

— Aonde quer chegar com tudo isso? – Kouko fez a mesma pergunta da Nanake.

— Estamos atrás da Nio-san e de quebra levaremos todos da nova classe negra.

— Uma ex-assassina que é inimiga de outros assassinos – Suzu analisou – Você mudou muito garota.

— Não leve para o lado pessoal, são só negócios. Não é como se você não tivesse matado outros assassinos vovó.

— Apenas para defesa pessoal pirralha – Esclareceu a mais velha dentre todas da sala – E não me chame de vovó!

 - Onde está a Namatame? – Tokaku voltou ao foco da conversa.

— Está com sorte Tokaku-san, Chitaru está atrás dos participantes da caçada e não faz nem meia hora que me disse a localização e quando vão agir.

— Por que está me ajudando?

— Já disse, são apenas negócios. Sabemos tudo sobre você e sua filha adotiva, estivemos monitorando-a desde o começo...

— Se estavam a monitorando porque não a ajudaram? – O olhar de ódio da herdeira do clã Azuma fez à pequena Hitsugui pensar duas vezes se deveria falar ou não.

— Somos pagas apenas para cumprir nossa missão, proteger uma criança não está nos nossos planos, só iria nos atrapalhar e colocar tudo em risco – Explicou voltando a sentar-se docemente – Temos um alvo em comum, vai querer nossa ajuda ou não?

Tokaku ponderou irada, as desgraçadas poderiam ter ajudado Ichigo desde o começo, mas não o fizeram. Não era de se espantar, a própria Tokaku não quis ajudar Ichigo, pois sabia que isso só traia problemas, então era de se esperar que as outras pensassem igual, afinal todas eram ou foram assassinas.

— Quando vão agir?

— É assim que gosto! Amanhã às dez da noite, vão invadir a mansão da Isuki e Haruki em um ataque surpresa. Temos um plano e você vai nos dever um favor.

Tokaku concordou a contra gosto, geralmente os outros lhe deviam favores, não ao contrário. Conversaram sobre o plano, a mais baixa assegurando a azulada que tudo daria certo. A Azuma voltou para a mansão das colegas deixando Kirigaya em uma zona escura da cidade, deixou Shuto e Kaminaga mais uma noite de vigia afirmando para elas que logo cedo Bamba estaria lá para ficar no lugar delas, pois a platinada lhe devia um favor também.

Ao entrar no quarto que estava hospedada Tokaku se surpreendeu com a visão de Haru e Ichigo dormindo na espaçosa cama de casal, sorriu e se aproximou tirando suas roupas e vestindo a roupa de antes de sair de casa. Deitou-se na cama ao lado de Ichigo de modo que a garota ficasse no meio das mães.

— Como foi? – Haru sussurrou chamando a atenção de Tokaku que sorriu levemente.

— Vai ficar tudo bem, não se preocupe – Assegurou alisando a mão da esposa antes de entrelaçar seus dedos.

Com isso Haru sorriu aliviada e fechou os olhos voltando a dormir, Tokaku analisou o rosto dorminhoco da filha e da esposa se esforçando a dormir também, mas sua mente estava a mil pensando no ataque que aconteceria em poucas horas.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui e até a próxima, fui!



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