Por elas escrita por raexgar001


Capítulo 6
Favores não são a solução ou são?


Notas iniciais do capítulo

Ta bom, não tenho mais o que dizer, é lamentável a forma que eu esqueço de postar minha própria fanfic nos dias certos. Por isso estarei mudando o dia das postagens para os domingos.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/786669/chapter/6

Tokaku agora se encontrava em uma enorme banheira que poderia abrigar perfeitamente cinco pessoas que ainda sobraria espaço. A sua frente estava Haru e Ichigo, a ruiva brincava com a pequena com alguns brinquedos e as duas não poupavam esforços para evitar que a água da banheira molhasse todo o chão. Tokaku sorriu de leve com a cena, há algum tempo atrás estaria totalmente desconfortável na presença da criança e não saberia como agir, notou como não foi difícil se apegar a pequena a quem ela tanto relutou, e que com a ajuda de Haru a azulada conseguia desenrolar bem a função de mãe, até pensava que agora a esposa poderia trabalhar, pois ela conseguiria sozinha tomar conta da situação que era criar a filha.

— Vamos sair, já passamos tempo demais – Avisou e elas concordaram saindo da banheira.

Foram se arrumar. Haru penteava os cabelos frente ao espelho enquanto Tokaku já com calças moletom e sutiã ajudava Ichigo a vestir seu pijama. Uma cena de família, Haru pensou sorrindo. Depois de devidamente vestidas, foram escovar os dentes, a Azuma auxiliando Ichigo vez ou outra com a escova, o que deixava a ruiva feliz ao ver a esposa cuidando tão bem da filha.

Tokaku abriu a porta do banheiro e deu espaço para as meninas passarem, Ichigo saiu em disparada para brincar um pouco antes de dormir, Haru saiu logo em seguida e esperou Tokaku fechar a porta para conversarem.

— Algum problema Haru? –Tokaku perguntou entrelaçando as mãos nas da esposa e caminhando para a sala.

— Haru está se perguntando se esta tudo bem com Shuto e Kaminaga – Falou lembrando a herdeira do clã Azuma que as duas em questão estavam na sua casa vigiando Nanake Harume como um favor que deviam a azulada.

— Elas estão bem sim, ex-assassinas lembra? – Tranquilizou-a dando um sorriso de leve, Haru sorriu de volta se permitindo relaxar.

Não era novidade alguma para elas que alguém iria atrás da prisioneira, seja para resgatá-la ou matá-la. No mesmo dia que interrogou a assassina, Tokaku decidiu que ali não era mais um lugar seguro, fez uns telefonemas cobrando antigos favores para Suzu Shuto e Kouko Kaminaga que se estabeleceram na casa delas para vigiar Nanake Harume enquanto a família Azuma se deslocava para a casa de Inukai Isuke e Haruki Sagae outras colegas da antiga classe negra.

— Dois dias aqui e eu já não aguento mais! – A dona da casa, Isuke, disse retirando do sofá alguns brinquedos que Ichigo deixará.

— Você realmente não gosta de crianças Isuke – Sagae riu da cara da esposa que afundava cansada no sofá.

— Desculpem por isso – Haru abaixou a cabeça em sinal de respeito e desculpas, logo tratou de recolher todos os brinquedos espalhados pela sala.

— Não se preocupe com isso Haru-san! A Isuke é carrancuda mesmo, tem que ver quando meus sobrinhos vêm nos visitar.

— Imagino – Tokaku disse sentando-se de braços cruzados no sofá a frente delas.

— Crianças são horríveis, dão muito trabalho, por isso não queremos filhos – Isuke explicou – Mas e você Tokaku... Nunca imaginei que concordaria com isso, você não faz o tipo mãe. 

 A Azuma deu de ombros enquanto via Haru sair da sala com todos os brinquedos em mãos e se dirigir para o quarto onde Hiro estava hospedada. Ficaram em silêncio por algum tempo até Sagae perguntar.

— O que pretende fazer Azuma? 

Tokaku não pensou muito ao responder, apenas disse o que vinha em sua mente nesses dias em que havia descoberto que tanto Ichigo quanto Haru estavam sendo caçadas.

— Pensei em cobrar alguns favores...

— Sempre cobrando favores não é? - Sagae solta displicente - O que tanto você faz para todas da classe negra te deverem algo? – A ruiva questionou curiosa com tudo aquilo, ela mesma estava devendo um favor a Tokaku por isso que em troca ofereceu a mansão como abrigo.

— A questão é, se quer mesmo proteger a pirralha – Isuke se pronunciou chamando a atenção delas – Tem que agir logo, esperar pode ser uma opção ruim, principalmente quando eu não estou devendo nada a você Azuma. Se alguém vier, não farei nada, você sabe.

Tokaku olhou para a rosada, já esperava por isso, Isuke sempre fora muito parecida com ela neste aspecto, Tokaku também não faria nada para ajudar caso a situação fosse contraria. Suspirou cansada pensando no que a matriarca da casa dissera e retirou-se para o quarto onde estava hospedada.

[...]

Tokaku estava pensativa, faziam mais de dez minutos que não se mexia ou emitia qualquer tipo de som o que chamou bastante a atenção da esposa que terminava de ver as finanças da empresa - ontem voltará a trabalhar remotamente. Haru fechou o notebook e levantou-se da cadeira de madeira que ficava frente à escrivaninha, aproximou-se da cama aonde a azulada estava sentada olhando para um ponto fixo na parede, sentou-se ao seu lado e lhe deu um abraço fazendo Tokaku sair de pensamentos e lhe encarar, a ruiva sorriu lhe deixando um casto beijo que foi retribuído de imediato.

— No que está pensando Tokaku?

— Só tentando achar uma solução para nossos problemas - Tokaku sentiu Haru lhe abraçar mais forte, ajeitou-se na cama deixando a ruiva mais confortável em seus braços – Não sei como farei para proteger você e Ichigo.

— Você protegeu Haru durante a classe negra, não duvido que também vá proteger a nossa filha.

— Não é tão fácil quanto parece, na classe negra eu conhecia todas as assassinas – Apertou à cintura da esposa trazendo ela mais para si, agora as duas já estavam abraçadas e deitadas na cama, às pernas entrelaçadas, olhos nos olhos – Agora estou lutando contra inimigos desconhecidos.

Haru ficou em silêncio por alguns segundos, realmente elas estavam um passo atrás do inimigo por não terem nem uma informação sobre quem elas deveriam evitar ou ir atrás para dar um fim logo em tudo aquilo, mesmo embora soubessem da caçada e seus organizadores, não mudava quase nada por não saberem quem eram todos os participantes. Porém tinha certeza que tudo daria certo, confiava mais de cem por cento na sua amada.

— Vai dar tudo certo amor – Haru beijou-lhe a testa a reconfortando.

— Acho que só um milagre agora... – Dito isto o telefone de Tokaku tocou, evitaria a chamada para ficar mais tempo com a esposa se o número em questão não fosse iniciado por #X00, o código que era usado pelas ex-alunas da classe negra para conversarem entre si caso precisassem com extrema urgência – Alô?!

— Azuma, vieram resgatar a prisioneira assim como suspeitamos — Shuto Suzu falou do outro lado da linha, parando algumas vezes para respirar fundo, era notável que estava cansada, Tokaku só não sabia se era por causa da idade da azulada ou por conta de uma possível batalha contra o invasor.

— Qual a situação? – Endireitou-se na cama para conversar melhor e Haru acompanhou o movimento, tentando ouvir a conversa.

— Parece ser a irmã de Nanake, a desgraçada tinha um fuzil... Kouko levou um tiro no ombro esquerdo, por sorte a bala perfurou e saiu pelo outro lado.

— O que houve com a atiradora?

— Estamos bem, obrigada por perguntar — Suzu disse com ironia, logo continuou a responder a pergunta – Estamos mantendo as duas sob vigilância, mas acho melhor você vir, vai gostar de saber o que descobrimos — A chamada foi encerrada.

— O que houve?

— Prenderam uma cúmplice da Harume – Tokaku saiu da cama e foi direto para sua mala trocar a calça moletom e camiseta que usava por uma calça jeans, botas e camisa longa – Eu vou lá.

— São 23h não é melhor deixar para amanhã? – Haru levantou-se atrás dela que já terminava de se vestir.

— O quanto antes melhor, quero por um fim em tudo o mais rápido possível – Pegou duas armas e as colocou no coldre dos ombros, por cima pôs um blazer feminino para disfarçar, já suas facas pôs em um local especial dentro de cada bota – Eu volto o mais rápido que puder.

— Tome cuidado...

— Tomarei – Beijou seus lábios e saiu do quarto.

Haru observou pela janela o carro de Tokaku sair pelo grande portão da mansão de Isuke e Sagae, no mesmo instante Ichigo adentrou o quarto chamando a atenção da ruiva.

— Ichigo teve um pesadelo – Explicou-se envergonhada.

— Vem aqui – Chamou-a para a cama e deitou-se com a pequena, seus pensamentos voltando para Tokaku. Abraçou a filha com mais força e beijou-lhe a testa – Vai ficar tudo bem meu amor, foi só um pesadelo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Qualquer erro ortográfico pode avisar, não estou com muito tempo para corrigi-los, mas assim que o possível eu o farei.
Obrigada por ler até aqui e até domingo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Por elas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.