Click! et Brille escrita por Biax, EsterNW


Capítulo 22
Ajudou ou Não?


Notas iniciais do capítulo

Bia:
Oie, pessoas!
É hoje que teremos mais algumas investigações. Essa Marimar não se contenta kkk
Boa leitura!



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A última nota das guitarras se arrastou no ar, finalizando a participação da Storm Riders. Marimar e eu batemos palmas e gritamos junto do público. Na verdade, eu quase gritei, ainda não estava com todas as forças, mas me esforcei para demonstrar que estava melhor.

Por um momento, esqueci que aquela era apenas a abertura do show e comecei a sair dali, até que Mari segurou minha mão.

— O que foi? Tá se sentindo mal de novo?

— Não, eu tô bem...

— Olha lá, o Castiel tá saindo do palco... — E Mari acenou assim que ele nos viu ali.

— Você está melhor? — Castiel indagou para mim, passando a toalha de rosto na bochecha.

— Sim, obrigada. Você mandou muito bem lá. Nunca imaginei que cantasse tão bem.

— É verdade, apesar da sua cara de mal de sempre, você é bem carismático no palco — comentou Marimar, com um sorrisão todo feliz.

Castiel riu. — Preciso ser, mas já é algo natural.

Viramos nossas cabeças ao notar uma aproximação, e vimos que era o mesmo colega do Castiel de antes.

— Você melhorou? — perguntou ele, sem desviar os olhos de mim desde que apareceu.

— Sim, obrigada.

— Comeu alguma coisa?

— Bebi essa água que o bombeiro me deu e a sua bala. — Mostrei a garrafa, já vazia. — Mas eu tinha comido antes de sair de casa. Minha pressão caiu por causa do calor que estava lá no meio.

— Entendo. Ainda bem que está melhor.

— Obrigada por se preocupar.

— O Castiel me falou que vocês são colegas de trabalho dele. Ah, eu me chamo Pietro, muito prazer. — Estendeu a mão para mim.

— Júlia. — Nos cumprimentamos. — Essa é a Marimar.

— Olá! — Eles deram um aperto rápido de mãos. — O show foi muito legal.

— Sim, foi incrível. Não achei que ia lotar tanto assim...

— Bom, eu vou deixar vocês conversando. — Castiel interrompeu o amigo, tocando seu ombro, encarando o celular que acabara de pegar do bolso de trás da calça preta.

— Já vai para o Lysandre? — E, naquela fala, Mari e eu nos olhamos rapidamente de canto de olho.

— Sim, eu avisei que não ia ficar para o resto da noite aqui. Ele está me esperando.

— Ah, tudo bem. Te mando mensagem depois, não vou atrapalhar vocês.

— Ok. Depois a gente se fala. — Castiel nos olhou, dando um aceno de cabeça e saindo dali apressado, voltando o celular para o bolso.

— E vocês, vão ficar para o próximo show? — Pietro nos observou com um sorriso simpático.

— Não, temos que ir também — Marimar respondeu antes que eu abrisse a boca. — Temos que ir para uma festa de uma amiga. Só viemos para ver vocês mesmo.

— Ah, que pena. Se for assim, posso falar com o Castiel para vocês irem nos assistir em um ensaio, qualquer dia.

— Seria incrível! — Ela arregalou os olhos. — Fala com ele, vamos adorar assistir. Temos que ir mesmo, até qualquer hora! — Mari me puxou pelo punho, apenas dando tempo de eu acenar para o rapaz.

— O que você tá tramando?

— Você sabe que eu sou cismada com esses dois. Estou com a sensação de que hoje é o dia. — Ela continuava me puxando por dentre as pessoas, indo em direção à saída.

— Dia de quê, menina?

Passamos pela porta e o ar fresco veio ao nosso encontro, me fazendo suspirar aliviada. Marimar parecia concentrada em tentar localizar Castiel no meio da multidão que estava do lado de fora, e pelo jeito, o encontrou, pois voltou a me puxar.

Caminhamos mais um pouco.

— Olha lá.

Castiel virou a esquina, e fomos atrás, bem de longe.

— Ah, Mari, de novo isso?

— É a última vez, eu juro juradinho. Eu preciso descobrir, Ju, eu não quero ter falsas esperanças.

— E o que você acha que vai descobrir?

— Não sei, mas eu preciso confirmar se eles são um casal ou não.

— Mesmo assim não temos como saber, a menos que o Castiel chegue lá e tasque um beijão no Lysandre.

Mais alguns minutos de caminhada depois, Castiel atravessou a rua, e continuamos. Depois, viramos à esquerda, em uma rua mais movimentada por conta de um bar de esquina, e vimos Castiel atravessando mais uma vez para o outro lado, parando na frente de uma portaria, indo de encontro com dois rapazes, sendo um deles Lysandre.

Marimar tateou os bolsos da calça. — Droga, esqueci o celular. Me empresta o seu. — Abriu a mão em minha direção.

Mesmo não concordando com aquela situação, dei o aparelho a ela. Mari abriu a câmera e começou a tirar algumas fotos. Vimos Castiel cumprimentar o outro rapaz com um abraço rápido, e Lysandre com um abraço mais demorado, e ainda ficar apoiado nos ombros dele, aparentando cansaço.

Não demorou para que o homem desconhecido acenasse e fosse embora. Lysandre riu com alguma fala de Castiel e lhe deu uns tapinhas nas costas, fazendo Castiel ajeitar a postura e segui-lo para dentro da portaria.

— Eu não sei se isso ajudou ou piorou — resmungou Marimar, com uma expressão de martírio.

— Podemos ir pra casa agora?

Ela concordou, eu peguei meu celular de volta para chamar o uber e fomos para casa. Após uma hora de limpeza de pele e um banho rápido, caímos em nossas camas.

— Eu... — começou Marimar, hesitando. — Estava pensando...

— No quê? — perguntei, já que ela não disse mais nada.

— Eu acho que... preciso terminar, entre aspas, com o Nathaniel.

— Por que isso de repente?

— Eu fiquei pensando nisso essa semana... — Ela deu uma pausa de alguns muitos minutos, e eu esperei pacientemente. — Como era pra você? Dar uns pega no seu chefe?

Arregalei os olhos no escuro, pensando se tinha ouvido direito.

— Como era pegar o Bonnet?

— Isso.

— Eu... Não sei. Era... normal. Como qualquer outro cara, acho.

— Mas, assim, não tinha aquele medo de ser pega? De alguém descobrir? Uma adrenalina? E se alguém visse vocês se olhando de um jeito diferente? Se pegassem vocês com a mão na massa. Ou melhor, com as mãos...

— Claro que tinha um medo de sermos pegos — comecei a falar logo, segurando a risada. — Mas era legal, a sensação de que estávamos fazendo algo errado. Não que não estivéssemos.

— Ninguém nunca suspeitou? Ou nunca pegaram vocês?

— Não. Sempre fomos muito discretos. Se tivesse alguém por perto, não fazíamos nada.

Marimar ficou em silêncio. Achei que tinha dormido, mas logo voltou a falar.

— Acho que eu não vou conseguir. Tipo, a gente só teve um encontro e eu fico toda estranha só de pensar em encontrar com ele na agência! Nunca ia dar certo.

— Então você quer terminar de vez? Quer se afastar?

— Sim... O que você acha?

— Mas você quer se afastar por que, exatamente? É por causa do Castiel?

— Sim e não. Porque nem acho que eu tenha uma chance de verdade com o Castiel. Só não sei se conseguiria levar um relacionamento com o meu chefe. Se fosse em outras circunstâncias... O Nathaniel é um cara maravilhoso. Até a risada dele é perfeita.

Concordei rindo. — É, realmente. Ele é incrível.

— E também, eu não quero que você fique com raiva por eu ter atrapalhado vocês e agora, de repente, eu ter mudado de ideia. Ter feito tudo aquilo pra nada.

— Mari, as coisas aconteceram do jeito que tinham que acontecer. Te proíbo de pensar isso. Se você acha que não daria certo, então já tem sua resposta. Siga seu coração, e eu vou te apoiar no que escolher.

— Ai, que ódio, por que você é tão perfeita? Que vontade de te amassar!

— Vai dormir, menina.

Depois daquele papo, acho que Marimar conseguiu ficar mais calma e dormir melhor. Eu estava exausta, apesar de não ter feito tanta coisa assim, mas desmaiar acabava com a energia de qualquer um.

Na manhã seguinte, ou melhor, na tarde seguinte, acordamos depois do meio dia. Enquanto tomávamos café, abri o Facebook e notei que alguém tinha me mandado um convite. Quando cliquei, vi a carinha e o nome do Pietro Hubert.

— Olha quem me adicionou. — Mostrei a tela do celular para a Mari, que logo abriu um sorrisinho malicioso.

— Eita, que menino rápido. Como ele te achou?

— Sei lá, talvez tenha pedido meu nome para o Castiel. Vai saber.

— Se der, depois eu pergunto pra ele. — Ela deu uma piscadela. — Será que ele vai ficar mais simpático comigo? Já que fomos no show...

— Talvez. Você disse que ele até te deu umas dicas no ensaio.

— Ai, sim! Ele falou mais comigo da última vez. Talvez ele perceba que eu não estou mais tietando pra cima dele e queira ser mais próximo... Ai, será...

Sorri, percebendo que ela nunca deixaria de criar expectativas. Mas pelo menos o Castiel estava sendo mais amigável, o que já era um ponto positivo.

Mari começou a repassar toda a noite, e eu fiquei ali, só ouvindo seus suspiros e alegrias.


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Notas finais do capítulo

Bia:
Hmm... E agora? O que será que ainda tem pra rolar? xD
Até mais o/

Ester:
Essas duas, viu... Como paparazzi são ótimas modelo/fotógrafa -q
E será que um dos nossos ships tá chegando no fim da linha D:
Até mais, povo o/



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