Ocean Motion escrita por Camí Sander


Capítulo 20
Epílogo - Maré boa


Notas iniciais do capítulo

É o último dos últimoooooooooossss!!!!!!
Porque escreverei o bônus em outra classificação de faixa etária (já que minhas pervertidinhas de plantão pediram)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/786563/chapter/20

Epílogo - Isabella

Maré boa

 

Três anos se passaram desde o dia que dei um beijo de presente para meu melhor amigo e pior chefe. Naquela época, tive medo de estar sendo iludida por uma lembrança infantil sobre príncipe encantado. No entanto, Edward persistiu até onde sua paciência deixou. Eu não o culpava, foram dias maravilhosos e cheios de altos e baixos.

—Isabella, Elizabeth sumiu de novo!

A voz do Cullen ecoou de dentro do galpão onde construíamos uma filial da empresa. Olhei ao redor para encontrar a pequena serelepe brincando com um cachorro ali perto.

—Ninguém mandou você colocar o nome de um fantasma na sua filha, Edward! – gritei em retorno. – Agora, aguenta a menina sumindo das suas vistas!

A aproximação do homem foi ruidosa e revirei os olhos para a cena.

—Você disse que estava de acordo – acusou ele. – Ah, meu Deus, ela está comendo a ração do bicho, Isabella! Lizzie, larga isso!

E correu atrás da filha. Eu apenas ri de seu desespero, o que enfureceu o homem ainda mais.

—Faz bem para o organismo, Edward. Assim ela cria anticorpos. Relaxa e deixa a menina brincar!

—Você tem um conceito muito estranho sobre brincar – resmungou. – Se tiver que levar a menina para o hospital, você ficará acordada.

Assenti solene e peguei a pequena de um ano e meio de seu colo.

—Seu papai é tão exagerado, meu amor! – murmurei chacoalhando a criança.

—Exagerada é a sua bunda, Swan! – retrucou o homem.

Suspirei revirando os olhos e sorri para a menina.

Tudo estava seguindo em uma corrente marítima boa.

Heidi e Demetri foram encontrados mortos há pouco mais de um ano. Briga entre máfias, disse Randall, mas eu não quis me estender nesse assunto.

Alice e Jasper se casaram ainda naquele Ação de Graças e anunciaram gravidez. Hoje, os gêmeos da baixinha eram as crianças mais adoráveis do mundo... se não mencionasse Elizabeth. Meus pais ainda moravam do outro lado do país, mas me visitavam com maior frequência.

Edward não conseguira seus 5 por cento de volta, então aceitou que eu fizesse parte do setor administrativo da empresa. As coisas estavam tão bem a base do Instituto, em Moçambique, que decidimos abrir uma filial para empregar os pais e os jovens que quisessem garantir a renda.

Depois do declínio que o sequestro e a imagem negativa do Edward causaram na Ocean, muitos beneficiários das doações perceberam que não poderiam contar com a benevolência eterna das pessoas. Por isso, tínhamos muitos empregados novos.

Enquanto soltava Elizabeth para brincar com as outras crianças, lancei outra olhada para meu melhor amigo. O homem se tornara incrível e ainda estava no início dos 31 anos.

—Tia Bella, a Lizzie pode brincar de casinha?

A pergunta saiu da boca do menino de oito anos.

Como estávamos há mais de duas semanas, as crianças acostumaram-se com tratamento impessoal que tanto insisti. E todos adoravam a loirinha de olhos verdes intensos. Elizabeth era muito parecida com as imagens da tia quando pequena. Era assustador... e incrível rir da cara do pai dela dizendo que a menina nasceu para assombrá-lo do jeito que a irmã dele não conseguiu.

—E ela vai ser a sua filhinha? – indaguei o menino. – Posso ser a mamãe?

—Não dá, tia Bella, a Saphir vai ser a mamãe.

Ele apontou para a garota tímida que conversava e fazia carinho na Lizzie. Assenti.

—Se ela chorar, me chamem, está bem? – pedi olhando-o nos olhos. – Logo Lizzie ficará com fome e sono... não será tão divertido se a filhinha estiver chorando o tempo inteiro. Pode ir brincar.

O menino respondeu um "tá bom" gritado já correndo eufórico para as meninas.

—Se acontecer alguma coisa com ela, nosso mundo acaba – murmurou Edward, rodeando minha cintura. – eu não terei estrutura para outra tragédia, minha Marie.

E aí estava o maior problema do Edward: comparar os passos de Elizabeth com os da irmã. Sempre acabávamos discutindo por causa disso. O homem era um exagerado!

Virei o rosto e beijei sua face porque hoje não estava querendo brigar.

—Nada vai acontecer com ela, Cullen. Pare de agourar o momento! – ordenei revirando os olhos. – Agora, só porque me fez pensar em coisas ruins, terá que me comprar um pote de sorvete!

—Eu só estava compartilhando meus pensamentos, mulher! – reclamou.

Dei de ombros.

—Sua maré me afundou. Problema seu ter que me resgatar!

—Carlisle nunca devia ter colocado aquele nome na empresa! – resmungou.

Eu ri e girei em seus braços para abraçar seu pescoço.

—O nome é perfeito, supere isso.

Ele revirou os olhos.

—Eu te amo, Isabella.

—Eu sinto muito por isso, Cullen – respondi fazendo uma carta.

—Idiota – ele riu e selou nossos lábios rapidamente. – Só para constar, eu sei que você me ama, Isabella.

Fingi um suspiro de resignação, ajeitei a gola da camisa, espantei um pouco de poeira de seus ombros e segurei na lapela de seu casaco. Meus olhos pousados em sua boca.

—Fazer o quê? – murmurei conformada. – Você é realmente gostoso quando está de terno.

Aquela boca masculina curvou-se num sorriso torto sexy. Por experiência, eu sabia que os olhos de Edward brilhavam com minha declaração. Ainda nos consultávamos com o psicólogo e, em muitas ocasiões, eu me afastei apavorada de seus abraços.

—Então, minha Marie, eu cumpri todas as promessas até agora – observou o rapaz, tirando-me de meus devaneios. – Mereço um prêmio, não acha?

—Que prêmio? – questionei desconfiada.

O homem aproximou-se de mim, colando nossos corpos e apertando a mão em minhas costas. Seu hálito fez-se presente em meu pescoço e me arrepiei.

—Diga sim – sussurrou em meu ouvido.

—Edward, eu já me casei antes – lembrei-o rindo.

—Eu sei, eu estava lá – retrucou sarcástico e afastou-se o suficiente para olhar-me nos olhos – Agora temos a nossa fantasminha e estou louco para vê-la num daqueles vestidos.

Eu ri de sua empolgação. Edward adorara se casar. Tem me pedido renovação de votos desde que nossa espoleta nasceu. De acordo com meu marido, o vestido de apresentação da pequena à sociedade apenas o fez desejar se casar novamente.

—Vamos esperar o próximo nascer, pode ser?

Ele bufou.

—Quando você vai deixar o próximo vingar?

Suspirei resignada e baixei os olhos para meu ventre.

—Espero que, depois desse, demore bastante.

—Como assim “depois desse”?

—Depois eu que sou a lerda – bufei e fitei seus olhos. – Meus parabéns, papai!

Ele abriu o sorriso mais radiante que conseguiu, ergueu-me no colo e rodou de felicidade.

—Me larga, Edward! – reclamei batendo em seus ombros.

Ele esqueceu que movimentos muito bruscos me deixavam enjoada nessa fase da vida? Tive que repetir algumas vezes para me soltar e ameaçar vomitar em sua cabeça. Só então, baixou-me ao chão sorrindo e beijou minha bochecha.

—Amo você, Swan – sussurrou apaixonado.

Sorri com a declaração e a verdade em sua expressão.

—Eu te amo, Edward – retornei antes de beijá-lo com paixão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E é isso, pessoal! Espero que tenham gostado! Estou muito agradecida por todas que acompanharam e por aqueles anjos que favoritaram (provavelmente mandarei bônus para elas antes de postar)! Contem-me o que acharam! Ficou curtinho, mas é um epílogo, afinal.

PS: Consegui enganar vocês sobre a maternidade da Elizabeth?? kkkkkkk



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ocean Motion" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.