Que horas são?? escrita por Fósforo ambulante
Notas iniciais do capítulo
Oie
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Oie
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:D
Marceline
— Professor Simon? - Eu perguntei assim que o reconheci. Fionna tinha levado um susto tão grande que tinha ficado toda pálida.
— Sim? - O cara de pau do Simon agia como se nada tivesse acontecido. Se nós não tivéssemos um passado juntos, eu o odiaria com toda certeza.
— Como você... - Finn foi interrompido por Simon. Acho muito fofo esse jeito dele de tentar ser o líder. Na maioria das vezes ele nem sabe o que está fazendo, mas ele sempre quer fazer alguma coisa. Ele tem uma carinha de bebê e, por isso, eu sempre o chamo de garotinho. Ou rapazinho, dependendo da situação
— Psiu! - Simon fez um gesto para que ele calasse a boca. - Antes de mais nada, vamos à pergunta do dia. - Ele tem uma mania de todo dia, na sua aula, fazer uma pergunta completamente maluca e sem sentido para qualquer um que vir. Dá raiva, porque ele age como se devêssemos saber.
— Ai, não... - Ouvi alguém resmungar.
— Afinal de contas, minha aula foi cancelada por um ataque de zumbis biônicos, não é? - Ele continuava a falar.
— Zumbis robôs? - Fionna se surpreendeu, como todos nós.
— Não, zumbis biônicos. - Simon repetiu alegremente.
— Dá no mesmo! - Fionna já estava perdendo a paciência.
— Zumbis biônicos? - Eu falei devagar.
— Sim! Eles estavam cobertos de metal, não estavam? - Ele parecia certo disso.
— Não. - Finn lhe respondeu.
— Que estranho... Os que eu vi estavam... - Simon deveria ter tomado umas doses a mais do que quer que o deixava doido assim.
— Na verdade, professor... - A Princesa de Açúcar começou a explicar, toda dona da razão, como sempre. - O senhor acha isso porque alguns deles desmontaram o carrinho de churros e de pipoca, que a escola sempre aluga nas primeiras semanas de aula. Devem ter caído em cima dos pedaços de metal. Só isso.
— Churros?! - Fionna gritou.
— Pipoca?! - Finn também gritou e os dois se viraram para a porta.
— Saiam da frente que eu vou abrir essa porta! - Ela começou a correr até ela.
— Ela tá trancada. - Finn a acompanhava. - Vamos arrombar.
Só pode ser brincadeira.
— E deixar aqueles zumbis fedorentos entrarem aqui para vocês comerem doce pisado por morto-vivo? - Eu parei na frente do Garotinho e da Coelhinho e os segurei pela camisa. - Nem a pau! - Estiquei os braços e os levantei alguns centímetros do chão.
— Qual era a pergunta, professor Simon? - O Principezinho de meia tijela perguntou.
— Ah, claro! Vamos começar pela a novata: Flame. - Ela o encarou estranho por ele saber seu nome. Conheço o Simon desde sempre e ainda me pergunto como ele descobre as coisas.
— Boa sorte. - Desejaram para ela.
— Ótimo. - Simon se preparou para a pergunta. - Flame, se você tem sessenta quilogramas de massa corporal e carrega três cachos de bananas, cada um com sete bananas, que pesam duzentos gramas cada e está descendo uma rampa com inclinação de 23°, em quanto tempo se formará um novo buraco negro, sabendo que você está a dois quilômetros de um observatório e a cada segundo que passa você se afasta meio metro de lá?
— Hã... - Ela parecia não acreditar. - Catorze horas?
— Errou, mas normal! Nem todas as escolas tem um ensino tão bom como o meu! - Nem um pouco modesto, ele. - Vamos à conta! Primeiro você pega os três cachos, multiplica por sete, das bananas, e multiplica por duzentos, certo? Aí soma ao seu peso de sessenta quilos e utiliza essa fórmula aqui para calcular o peso do sol em relação a você. Depois... - Ninguém mais prestava atenção. Não que alguém já tinha prestado alguma vez, mas, enfim...
— Ele é doido, né, Flame? - Fionna perguntou a ela. A foguinho estava no meio dos gêmeos, Finn e Fionna.
— Nossa, muito! - Ela riu. - Ele é sempre assim?
— É sim... é sim. - Finn murmurou.
— ... o cosseno de 23° é 0,920505. Ou seja... - Simon não parava de falar, que inferno. - O resultado é 183 dias. - Disse, depois de alguns minutos. - Flame, você errou. - Ele apontou um dedo para ela numa pose superior.
— Professor... - Finn parecia mais incomodado com esse exposição do que a própria Flame. - Ela já sabe disso. Não precisa jogar na cara!
— mimimi... - Às vezes eu acho que ele é muito mais imaturo que qualquer um de nós. Na verdade... ele é sim. - Que frescura! Eu falo do jeito que eu quiser!
— Pessoal, eu e a Jujuba criamos um antídoto para os zumbis virarem gente de novo. - O rosinha falou do mesmo jeito que fala sobre qualquer outra coisa sem importância.
— Ah, e você diz na maior tranquilidade do mundo. Parabéns. - Eu comentei, seca.
— Pois é. - Acho que ele não entendeu o sarcasmo. - Mas, infelizmente, serão necessárias 24 horas para ele se dissolver por completo.
— Legal, agora vamos ficar aqui uma eternidade enquanto os zumbis dominam tudo. - O desânimo da Fionna era contagiante.
— Que divertido. - Marshall completou.
— Ficar num lugar seguro e se fingir de morto esperando alguém coar um suco. Ai, ai, que programa legal. - Eu sabia que esse antídoto era o que iria nos salvar, mas nunca perdia a chance de dar uma ou duas (ou três ou quatro) alfinetadas nos dois docinhos.
— Vamos encerrando com essa zoação, por favor? - Até o jeito da Jujubis falar me irrita.
— Ok, mas o que vamos fazer enquanto isso? - Fionna se espreguiçou. Simon deu um berro que assustou todo mundo.
— Isso me faz lembrar de uma coisa!! Eu fiz uma máquina para vermos o que acontece em dimensões paralelas nas férias!
— Quer dizer que você construir esse negócio nas férias ou que nós vamos ver essas tais dimensões nas férias? - Finn perguntou confuso.
— A primeira opção.
— O senhor ficou aqui as férias inteiras? Tipo, inteiras mesmo? - Flame não parecia acreditar.
— Foi tipo isso mesmo, minha filha, só que eu durmo duas horas.
— Então você ficou construindo essa coisa durante 22 horas por dia e as férias inteiras? - Finn concluiu, impressionado.
— Foi tipo isso mesmo, meu filho, só que durmo mais duas horas.
— Então você dorme quatro horas por dia? - O Marshall indagou, impaciente.
— Foi tipo isso mesmo, meu filho, só que durmo mais duas horas.
— Então você dorme seis horas. - A princesinha doce afirmou.
— Foi tipo isso mesmo, meu filho, só que durmo mais duas horas.
— Pronto! Ele dorme oito horas por dia! Vamos ver essa tal máquina! - Eu acabei com a conversa com a voz alterada. O Simon é tão irritante...!
— Quase isso, só que eu durmo oito horas e dez.
— Dá na mesma!! - Nenhum de nós ainda tinha paciência para lidar com ele.
Nós fomos interrompidos com um barulho seguido de uma fumaça preta que vinha do laboratório.
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Eu amei escrever como Marceline. Ela é muito engraçada.
Eu achei as conversas até meio idiotas, mas eu não quis mudar muito da história original, sabe? Mesmo que tenha sido eu tenha escrito, ainda tenho que respeitar.