POV EDWARD... 

 Bella tomou uma dose injetável do mesmo anticoncepcional que Alice, que segundo ela era poderosíssimo! Por Bella, tomaria duas doses para garantir, mas Carlisle disse que não seria necessário! Tomou também o antiácido: 

— “Agora sim, podemos ir!” – disse ela feliz. 

O vôo até o Rio de Janeiro foi calmo, Bella oscilava entre o sono profundo e cochilos!   

Poucas vezes conseguiu se manter acordada, a não ser quando sobrevoávamos alguma cidade que ela queria ver.  

Se não ela deitava em meu ombro e dormia. Efeito do remédio que ela tomara antes de embarcar, justamente para não enjoar no avião. 

Sinceramente que graça tem voar e não aproveitar o vôo? Mas, no caso dela, parece que era primordial estar bem... 

Desembarcamos no Rio por volta das 19:00 hs, já estava quase anoitecendo, Bella estava eufórica. 

— Você quer passar a noite aqui no Rio, ou quer embarcar logo para a ilha? – perguntei sem termos ao certo uma rota estabelecida. 

— Vamos para a ilha! Quero chegar logo lá! – Disse ela sem me olhar. 

Pegamos o taxi, e fomos para a marina. Passamos pelas praias do Leblon e Copacabana. Bella olhava pela janela do carro admirada.  

A noite no Rio de Janeiro era perfeita...  

Levemente calor!  

A brisa do mar deixava a evidência de que muitas coisas boas iriam acontecer. 

Ao chegar às docas da Marina demorei um pouco mais que o costume para encontrar a lancha de Carlisle. 

Sendo vampiro eu nunca reparava bem no caminho que seguia já como humano e com malas, ficou um pouco mais complicado. 

Enfim, lá estava ela.  

— “Esme Forever”, que nome seria! — riu Bella ao ver a lancha. 

Tudo na vida de Carlisle rodava em torno de Esme, apesar de às vezes não parecer! Eles se amavam muito, acho que eram  “almas Gêmeas”.  

Coloquei as malas na Lancha, Bella sentou-se no convés!  

Liguei o motor, me certifiquei de que estava tudo certo e seguimos mar adentro.  

Carlisle havia ligado para o piloto que cuida da lancha e faz a manutenção, para que ele deixasse tudo certo para nosso passeio. 

Para variar, Bella perdeu a metade do passeio dormindo! Ela enjoava em vôos, em lanchas... 

Ri sozinho, enquanto navegava.  

O mar estava calmo, céu limpo, cheio de estrelas.  

A Lua Cheia brilhava intensamente, tinha a impressão de que se eu pulasse poderia alcançá-la.  

 Não percebi que Bella tinha acordado. 

— Linda essa lua não é?! — disse ela me abraçando. 

— Sim, linda! Perfeita, como você! Está com frio? — perguntei afagando seus braços que estavam a minha volta. 

— Um pouco, mas ainda é suportável! Estamos longe?  

— Não, na verdade é ali! – Apontei para o ponto escuro na nossa frente – Mais alguns minutos e estaremos lá. 

 Bella apenas me apertou um pouco mais! Beijou minhas costas e permaneceu ali. Enfim atracamos no píer.  Sr José o caseiro me esperava! 

— Olá Seo Edward. “Doutô” Carlisle me ligou dizendo que vocês viriam. A casa está em ordem! Maria está cozinhando a janta.  

— Obrigado José! Não precisava se incomodar. — falei em português meio enferrujado. 

— O “Doutô” disse que vocês estão em Lua de Mel, então não vamos “atrapaiá”. Vamos embora depois da janta, e “vortemo” amanhã “adispois” das dez.  

Ri do sotaque de José, fazia muito tempo que não o via. Me soou muito engraçado. 

— Obrigado! — disse enquanto o ajudava com as malas.  

— O que ele disse? — perguntou Bella. 

— Ah, que fizeram a janta, mas que já vão embora. Amanhã eles voltam! 

— Eles?? Quem??  

— Ele e a esposa Maria! Eles são caseiros! Cuidam da casa para Esme.  

— Humm! Eu não Sabia que você falava português! 

— Ah como Carlisle vive se mudando, acabo aprendendo as línguas dos países que moramos. 

— Uau!! Isso é legal! — disse ela. 

— Venha, vamos ver o nosso quarto. 

— Hummmm quarto?? Isso é uma boa idéia! — disse ela com cara de atrevida. 

— Sossega! Temos que jantar... 

— Bom, então vamos só conhecer, o quarto.- disse ela desanimada. 

 O quarto não era suntuoso como os de nossas casas, tinha um estilo praiano, com mosquiteiros enormes, cobrindo a cama de madeira crua, lençóis brancos com detalhes em dourado.  Mtos travesseiros e almofadas por toda a cama. 

Um armário branco com muitas portas, da mesma madeira, uma cômoda com TV. 

Um banheiro com banheira no estilo “ofurô”.  

Portas amplas que davam para uma sacada de frente para o mar.  

Como a casa ficava no lugar mais alto da ilha, podíamos ver até as luzes do continente, mesmo deitados na cama.  

Paredes com motivos marítimos sutis. 

Bella foi ao banheiro lavou o rosto e voltou. 

— Tem certeza que quer jantar? — perguntou me jogando na cama. 

— Tenho, estou mesmo com fome! – falei meio encabulado. 

— Então vamos! – disse ela pulando da cama. 

— Vá descendo, eu já vou. 

A cozinha ficava na parte inferior da casa, que era ligada por um corredor (quase uma passarela) com grandes janelas de vidro.  

Com fogões a lenha e a gás, tudo muito bem cuidado.  

Maria e José moravam no continente, mas vinham duas vezes por semana olhar a casa, cuidar das plantas. 

Esme tinha muitas plantas, várias orquídeas, vários tipos de flores.   

Enquanto ela se distraia com elas, Carlisle se dedicava aos livros.  

A biblioteca da casa era quase tão grande quanto à das outras casas que moramos.  

A sala ficava no mesmo bloco que a cozinha, com uma estante repleta de filmes de todas as épocas, uma TV LCD de plasma enorme na parede, sofás claros, com almofadas azuis em mais uma vez os motivos marítimos. 

Lá fora piscina, um grande quintal, com mais plantas! 

Cadeiras de praia! 

Enfim, uma casa muito linda, a altura do bom gosto de Esme, sem os dedos mágicos e suntuosos de Alice. 

Ali Esme não deixou que ela se metesse, embora ela tenha dado um pitaco aqui e ali. 

— Hummmm que cheiro delicioso! Abriu o meu apetite também!!- comentou Bella. 

— E você não queria jantar não é?! – brinquei com ela, enquanto a erguia no colo. 

— Boa noite! O jantar “ta” sirvido! Nós vai agora, mas pode deixar a louça, qui amanhã eu lavo. – disse Maria para Bella, com o mesmo sotaque de José. 

 Bella apenas assentiu não entendendo nada. Ri e expliquei. 

— Ela disse que depois que jantarmos, podemos deixar tudo aqui, que amanhã ela vem lavar a louça. 

— Humm, e como eu digo a ela que está tudo bem?! 

— Não se preocupe ela já sabe!  

— Boa noite Maria. 

— Até amanhã antãoce! – respondeu Maria já saindo. 

José a esperava no barco deles. 

Depois que partiram Bella me abraçou, me beijou e sentou-se a mesa, para jantar. 

— Enfim sós! – disse Bella. 

Sorri assentindo. 

— Vamos jantar então! 

— Atacaaaar!! — Bella brincou. 

Depois do jantar, fomos caminhar pela praia, já passava da meia noite, mas Bella queria caminhar.  

Ela dormira bastante, então não estava muito cansado, ao contrário de mim, mas mesmo assim atendi o desejo da minha amada esposa. 

— Vamos fazer a digestão! Minha mãe sempre diz que depois de comer muito, é bom caminhar um pouco. — explicou ela. 

— Tudo bem, vamos caminhar! — claro que concordei. 

Bella estava encantadora!   

Ela molhava os pés na água, e jogava em mim!  

Começamos a brincar, então ela saiu correndo: 

— Ahaha! Quero ver se você me pega, agora que é “apenas” e tão somente humano!! 

Mas ela deu dois passos e caiu! 

— Que droga! Pisei num buraco!  - disse ela quando me aproximei. 

— Está tudo bem? Torceu? — Perguntei preocupado. 

Só mesmo ela conseguiria torcer o pé na nossa primeira noite de lua de mel. 

— Não, só está doendo um pouco...  — disse ela com as mãos na perna. 

—Vem, vamos para casa! Amanhã caminhamos por aqui! Tem muito que se ver! 

Disse pegando-a no colo. 

Bella passou a mão envolta do meu pescoço, e recostou-se no meu ombro. 

Não sei o que ela pensava, mas sabia que estava tão nervosa quanto eu!  

Seria nossa primeira noite de verdade!   Como casados!  

A primeira vez não contava, foi muito mais impulso e paixão. 
Dessa vez seria diferente. 

E eu queria que fosse mais que isso, que fosse especial, com tanta paixão quanto antes, mas com mais calma, mais carinho... 

Como se fosse nunca tivéssemos feito amor antes...