Olimpus Family escrita por Mayssa Meirelles


Capítulo 2
1: Hora de usar minha caneta mágica.


Notas iniciais do capítulo

Sobre os capítulos, o livro tem uma dinâmica: um capítulo no passado e um no presente, claro que não é uma regra fixa, mas geralmente segue esse estilo de escrita.
Todo capítulo tem uma música tema que tem a ver com o que se passa no livro, espero que apreciem as músicas, escolho com muito carinho.
Vou fazer o máximo para postar uma vez por semana, ou mais que isso :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/786344/chapter/2

   Percy viu sua mãe sentada à mesa e sorriu, se aproximando. Deu um beijo em sua bochecha e sem ela notar pegou os biscoitos azuis que estavam na mesa, colocando-os na boca logo em seguida. Ela riu de sua infantilidade.

     — Pode sentando, garoto — disse a mãe, um "ok" com a boca cheia foi ouvido de Percy. Ganhando uma reprovação de sua mãe. — Está pronto para hoje?

     — Claro estou animado, é só uma prova, mãe — Ele comentou, vendo seus olhos encherem de preocupação. Acreditava ser porque ele não tinha como passar. — Se eu passar ok, mas se não eu irei sobreviver.

     — É, talvez... — Ela pensou em dúvida — mas lá é a escola meio-sangue, filho, só tem pessoas ricas ou muito inteligentes; não estou duvidando de sua capacidade, mas não sei se é bom você estudar no lugar onde vive a "família Olimpus ".

    Seu tom era estranhamente rude.

    — Mas é o melhor para mim, nunca vou conseguir entrar em uma faculdade com tantas expulsões, tenho que ir atrás do prejuízo e uma escola boa como a Meio-Sangue pode me salvar. Nunca vou conseguir bancar nós dois assim — Só notou a besteira que havia feito segundos depois de sua mãe explodir.

    — Não tem que me salvar Percy, não preciso do seu dinheiro. Ninguém. Ninguém! Me banca! Nem você. — Ela brandou, tremendo de raiva.

    — Mas não é isso que você merece mãe. Uma casa minúscula, e uma vida cansativa de trabalho sem parar. Você merece muito mais que isso, você cuidou de mim a vida inteira, deixa eu cuidar de você! — Ele pediu, se aproximando, e tocou suas mãos grossas — de tanto bater massa de bolo —, e as apertou com carinho. Ela então o abraçou forte. Um carinho tão simples que significava tanto para os dois.

     — Tudo bem — Ela suspirou, em meio ao abraço. Percy por um momento pensou que ela estava de TPM, mas depois tirou tal pensamento da mente, e deixou rolar – Vamos logo, Grover vai estar aqui.

    Um som de buzina inundou o local. Grover havia chegado.

    — Falando no diabo — disse Percy. Sua mãe o olhou furiosa.

   — Percy! — O corrigiu, ele a olhou pediu desculpa e se despediu sorrindo, pegando mais alguns biscoitos na mochila. Ela riu. — Adeus meu filho. Juízo!

   Ele acenou, e correu para o elevador. Alguns minutos depois, chegou na entrada, vendo o carro de Grover estacionado. Entrou e viu Grover com um sorriso divertido no rosto.

   — Pensei que não viesse mais — Grover reclamou ligando o carro e tomando partida.

  — Que nada. Estou louco para passar na prova da escola.

   — Você estudou? — Grover perguntou, sabia que Percy quase nunca estudava; por isso sempre tirava notas medianas, e ia atrás do prejuízo no fim do ano. Duvidou que o garoto estava levando isso realmente a sério.

   — Uma semana inteira — falou um pouco orgulhoso, queria muito passar. E Grover constatou que ele estava tremendamente errado.

   — Você aprendeu alguma coisa? — Grover questionou. Percy por sua vez respondeu "nadinha" mostrando sua total falta de fé em si mesmo — Bom então sua caneta terá de fazer milagre.

   A caneta de Percy sempre foi sua salvação seu nome – sim a caneta tinha nome – era contracorrente. Porque contra qualquer corrente ela fez Percy vencer. Logo ele se lembrou do dia em que a recebeu:

***

   Ao lado de Quíron, seu professor de história a quem adorava, Percy havia aprontado mais uma vez ontem. Ele teve um probleminha com a excursão da escola. O que não foi nem um pouco divertido.

   Ele lhe olhou com cara feia e Percy sentiu acuado. "Eu tenho doze anos, mas me sinto agora com três", era o que pensava, "só por causa de seu olhar de decepção."

   Ele não tinha culpa da professora de álgebra parecer uma fúria (ou benevolente se preferir, da mitologia grego-romano).

   — O que tinha na cabeça Perseu, Fúria? Você chamou sua professora de fúria?

   — Ela que começou, eu não roubei o pingente de raio dela. Você sabe que não preciso. Posso ser pobre mas não preciso roubar para isso. Ela feriu minha honra, ninguém fere minha honra! E a única coisa que sobra de mim — falou resmungando, ele se atrapalhou nas palavras como um pirralho nervoso.

   — Mas precisava ofendê-la?

   — Ela me ofendeu primeiro — disse na defensiva. Ele o olhou com reprovação, mas depois sua expressão suavizou, ele riu do nada.

   — Você me lembra a alguém — disse ele. Fiquei confuso — Ele não era como seu irmão inteligente e discreto ou seu irmão mais velho, decidido e ganancioso; mas era bom e altruísta, sonhador e honrado você me lembra a ele. Sabe o que ele fez?

   Negou com a cabeça.

    — Ele deu a ideia de uma montar uma empresa com seus irmãos que hoje é uma das maiores empresas dos Estados Unidos. Ele me deu isso — Pegou de sua bolsa uma caneta simples com um desenho de tridente na ponta — Essa caneta foi a caneta que os irmãos Olimpus usaram para assinar o contrato que formava sua empresa, Poseidon me deu para que eu desse para quem eu achasse que a honraria como ele a honrou. Hoje dou a você.

   — Por que não dá para um dos filhos de Poseidon. Você os conhece, não é?

   — Porque seus filhos achariam que é uma simples caneta, mas você não acha isso não é? — perguntou, eu neguei com a cabeça — Então, o que acha?

   — Acho que é a prova de que, até o menor das pessoas pode fazer grandes coisas é só ter fé e coragem. — disse sorrindo aceitando o presente. Ele sorriu.

   — E por isso,você fica com a caneta — Ele concluiu e depois disse por fim antes de sair da sala: — Contracorrente é o nome dela, pois contra qualquer corrente ele venceu.

***

   — Vou precisar mesmo — Ele sorriu ao se lembrar dessa pequena e bonita lembrança. Grover ligou a música no último volume. Encerrando a conversa, restando somente Percy e seus pensamentos.

***

   Percy chegou na escola alguns minutos atrasado, entrou na escola querendo correr mas sabia que era fácil se perder pelos corredores do colégio.

   — Grover, tem alguma ideia de onde estamos indo? — perguntou confuso.

   — Eu só te trouxe — ele reclamou. — Nunca nem vim aqui. Não tenho a mínima ideia.

   Os corredores ficavam cada vez mais confusos, fazendo eles virarem em meio aos lugares sem ter a mínima ideia de onde indicava e por estarem atrasados não havia ninguém nos corredores.

   Foi então que viram alguém. Um homem bonito, tinha aparência de 30 anos, mas duvidavam que era sua idade. A primeira coisa que notará nele foram os lindos e marcantes olhos verdes-mar que lembravam Percy totalmente. Uma cópia exata de Percy tirando os cabelos.

   Olhando para ele com atenção notou que já o havia visto. Era Poseidon Olimpus.

   — Não é permitido alunos aqui. — ele avisou, parecia um tanto nervoso — Quais são seus nomes?

   — Percy Jackson, estou procurando a sala de testes. — ele começou a explicar — Esse é Grover, veio me ajudar.

   Ele primeiro olhou para Percy, com desconforto, o analisando e depois olhou para Grover que parecia um pouco paralisado. Sorriu fraco e um pouco falso, Percy diria.

   — 4 portas a direita, depois 5 portas a esquerda. Estará escrito Testes, é fácil — ele começou e olhou para o relógio, que para a surpresa de Percy não parecia ser caro — Devem estar bem atrasados. É melhor correr.

   Depois sorriu e saiu. Grover e Percy caíram na gargalhada.

   — Cara estranho. — Grover comentou, não havia gostado muito de ter visto Poseidon.

   — Com certeza — afirmou, pensando em como o homem o deixava curioso — Viu como ele me olhava? Parecia medo.

   — Que bobagem — Grover cortou Percy rapidamente. Percy olhou para trás o homem o encarava, Percy logo desviou o olhar.

   Seguiram seu caminho até chegar a tal porta de testes, Percy sentiu seu coração inundar de pensamentos negativos. Ele havia estudado muito, semanas, se sentia mal mesmo assim. Não foi ao trabalho várias vezes, perdeu treinos, festas, dias com a namorada para passar nessa prova e vendo que seria hoje se sentiu inseguro. Até porque na sua cabeça ele era burro demais para passar numa prova desse nível.

   — Eu não consigo — falou começando a gaguejar motivos, totalmente nervoso.

   — Calma, você não estudou? — Grover perguntou — Então se você passar ótimo, mas se não bola para frente. A novas oportunidades esperando. Vai lá e mostra para eles do que a periferia é capaz!

   — Certo.

   — Mais uma coisa: não cole! — ele avisou — Aquilo é mais vigiado que prisão domiciliar.

   Percy se aproximou da porta e abriu com coragem. Viu uma garota. Ela ocupava o lugar da professora — mesmo que não tivesse idade para isso — e estava à aplicar a prova. A primeira coisa que atraiu o olhar de Percy foi seus grandes olhos cinzentos que dominavam o lugar. Percy se sentiu atraído pelo seu olhar e teve a leve impressão de que ela era perigosa.

   — Atrasado — ela reclamou, achou aquele garoto interessante, mas ao olhar para seu rosto assustado notou que pelo jeito não devia nem saber o verbo to be — Vamos, sente-se.

   Percy correu para a cadeira no fundo, começou a colocar vários adjetivos na garota mal-educada. Já havia visto ela na tv mas no momento não lembra onde. Irritante, metida, sabe tudo, chata, linda... mas o que estou falando? Pensou quando viu já falava alto.

   — Silêncio — A garota inquiriu, olhando para as mesas havia mais ou menos 60 pessoas na grande sala redonda. — A prova tem 40 questões de múltipla escolha, façam com cuidado e boa sorte.

   A prova estava difícil mas Percy surpreendentemente — pelo menos para ele — achou fácil. Demorou 45 minutos para terminar e quando terminou passou a prova para a menina que supervisionava. Olhando para seus olhos ele lembrou de seu nome: Annabeth Olimpus.

***

   Horas depois Annabeth estava com alguns representantes da escola — e 1 do conselho — que eram: Sr. D, o diretor; Quíron, o vice e seu tio Poseidon OLimpus. Para ver quem eles iriam aceitar no colégio.

   Estavam no começo dos testes, quando Poseidon deu um grito fraco.

   — O que foi tio? - questionou Annabeth.

   — Temos o primeiro gabarito — Ele se assustou

   — Quem é o piralho que vai se juntar esse ano? — perguntou Sr. D.

   — Perseus Jackson — ele revelou assustado, Annabeth não sabia quem era. Mas lembrou de um garoto que era muito elogiado por Quíron quando ele ainda era professor. Lembrou-se dele ter comentado sobre ele uma porção de vezes com a menina.

   — Era seu aluno professor? — perguntou a menina — Ou só tem o mesmo nome?

  — Sim é ele — suspirou Quíron ao analisar a prova — Sempre com os erros de português inconfundíveis.

  — O que? - perguntou Annabeth confusa, ele somente abanou a mão como se disse-se para ela não se preocupar. Ela se sentiu curiosa para saber mais sobre o garoto.

  — Não gosto dele é só um pobrezinho que se deu bem em uma prova — disse Poseidon com superioridade e um pouco de rancor.

  — Não entendi Poseidon — Quíron estava meio raivoso com sua conduta — Você também era um pobrezinho que teve uma ideia milionária. Se quer saber esse garoto tem tanto direito de estar aqui quanto Annabeth que nasceu em berço de ouro — a conversa estava virando pessoal, infelizmente Annabeth não consegui decifrar os olhares dos presente.

 — Ta! Não falo mais nada. Ele entra para escola meio sangue — concretizou Poseidon, Annabeth sentiu que essa história estava muito estranha.

  Ela não podia estar mais certa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Olimpus Family" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.