O suicida e a sonhadora escrita por Oliver


Capítulo 8
O Sufoco De Um Estranho


Notas iniciais do capítulo

Como você reagiria se estivesse tentando salvar um estranho? O que faria depois do sufoco? Continuaria a ajudá-lo? Até aonde você iria?



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Oli já estava há um tempinho debaixo d’agua, naquele momento, já começava a ver aquela “luz” se distanciar. Em um local não muito distante de onde Oli entrou no rio, se encontrava Anna. De longe a garota achava estranho a forma em que o garoto entrou dentro da água, e vendo que já tinha um tempinho que ele não voltava a superfície, correu em direção ao rio se perguntando o que tinha acontecido. Anna sabia nadar, porém, não era boa nadadora... Jogou seus documentos e celular junto comas coisas do rapaz, entrou na água sem qualquer receio. E enquanto estava dentro da água à procura do rapaz, se perguntava sobre como iria fazer quando encontrar o rapaz, pois sabia sua limitações e nunca tinha vivido algo como o que passava. Sua mente se encontrava em desespero quando viu aquele corpo imóvel a sua frente... Anna segurou o rapaz e não tinha forças o suficiente pra nadar carregando. Procurou se manter calma enquanto pensava em como tirar o rapaz dali!

ANNA: Meu Deus o que eu faço. Tenho que achar uma solução logo...

Anna deu um empurrão no rapaz tentando jogá-lo cima e o mais rápido possível subiu a superfície para recuperar fôlego, e enquanto o fazia, viu que não estava distante da beira do rio... Pensou e mergulhou de novo, pegou o rapaz e foi na fundura até tocar o chão e agarrado nele, foi dando pulos em direção a beira do rio e assim seguiu até conseguir ficar com numa fundura em que já conseguia respirar normal...

Quando conseguiu tirar o rapaz de dentro da água, a garota começou a fazer as técnicas que sabia para ressuscitar o garoto. Compressões e respiração boca a boca foram feitas repetidas vezes e o garoto ainda continuava sem reação.

ANNA: Vai! Acorda. Por favor...

A agonia já tomava de conta da garota, quando finalmente o Oli cuspiu toda a água que tinha engolido... Agradeceu muito aos céus pela força que conseguiu naquele momento para salvar o rapaz. Se sentia feliz e emocionada, pois ela nunca imaginou que passaria por um momento tão sufocante como aquele e conseguiria se sair bem...

ANNA: Ainda bem... Já estava ficando agoniada.

OLI: O que houve?

ANNA: Você entrou dentro do rio e não subia a superfície. Eu tava longe mais consegui chegar a tempo. Foi por pouco.

OLI: E por que você fez isso? Poderia ter me deixado lá.

ANNA: Será que não poderia só me dizer obrigado? Quer ir pra um hospital? Você engoliu muita água e seu corpo tá muito frio...

OLI: Não vou pra hospital nenhum.

ANNA: E seus pais? Qual o numero deles? Vou ligar pra eles virem e buscar. Você não tá em condições de sair sozinho.

OLI: Meus pais tão viajando. Não voltam tão cedo.

ANNA: Pois espero que não se incomode porque você não ta com condições de ficar sozinho.

OLI: Eu sempre fiquei sozinho e me virei. Não preciso de ninguém.

ANNA: Você não tem condições de discutir. Vamos... Eu te levo pra casa.

OLI: Não precisa. Me deixar.

ANNA: Sua boca pode falar o que quiser, mais seu corpo não tem forças pra me contrariar. Só me diz onde você mora que vou te levar pra lá.

A noite chegou e os dois já estavam chegando na casa de Oli. O garoto já não estava mais tão molhado, mais seu corpo tinha começado a arder em uma febre que parecia aumentar a cada segundo que passava. Chegando na casa do de Oli, Anna se vê preocupada com o grau da febre do menino e se perguntava o porque de não o levar para um hospital. Chagando na casa, junto com o taxista, Anna levou o garoto para um dos quarto e vendo que realmente não poderia deixá-lo só naquela situação. Oli estava realmente muito mal. Anna pega o telefone e liga para sua mãe, que já se encontrava preocupada por ter anoitecido e a filha não ter voltado.

ANNA: Alô... Mãe?

ADRIENE: Minha filha já é noite, aonde é que você tá? Venda pra casa logo. Já tá ficando tarde.

ANNA: Mãe, eu to ligando pra avisar que eu não vou pra casa hoje.

ADRIENE: Como assim? Aconteceu alguma coisa?

ANNA: Sim... Mais eu to bem. Amanhã quando chegar em casa eu explico pra senhora. Fica tranqüila... Não to fazendo nada de errado só é meio complicado de falar por aqui.

ADRIENE: Tá bem Anna... Cuidado e juízo. Tchau.

ANNA: Tchau.

OLI: Tá falando sozinha garota?

ANNA: Não. Com minha mãe.

OLI: É bom você ir garota. Só joga a chave por cima do muro depois de trancar o portão.

ANNA: Nem pensar que vou te deixar só. Já te falei que você não tá em condições de discutir... E mais uma coisa. Anna! Meu nome é Anna.

OLI: Porque você tá fazendo isso? Não me conhece... Tá na casa de um estranho.

ANNA: Isso é verdade. Tô na casa de um estranho... Nos dois sentido! Mais, não me sinto em perigo. Sei que não vai fazer nada.

OLI: Como tem certeza que não?

ANNA: Nossa... Sua febre tá muito alta... Onde... Já sei! Na cozinha... Já volto.

O frio começava a tomar de conta da noite, era o começo de uma chuva! Chuva não estava muito forte e parecia não ter hora pra acabar. Enquanto a chuva caia, Oli se perguntava o porque daquela garota está lhe ajudando... Porque ela não ia embora e o deixava só... Ele esteve tão perto, e porque ela tinha que esta por perto... Em meio a tantos pensamentos, um novo acaba de surge em sua mente... Os olhos daquela de Anna era diferente e o incomodava. Tinha um brilho no qual não pudera explicar.


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